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Linhas puras: populações para trabalhos de melhoramento genético

Bisavós: acasalamento entre machos e fêmeas da mesma linha pura

Avós: machos e fêmeas resultantes do acasalamento das bisavós, apenas um dos sexos de cada linha pura, existe
linha só de machos e linha só de fêmeas.

Matriz: machos e fêmeas resultantes do cruzamento das avós – híbrido

Frango de corte: resultante do cruzamento entre as matrizes – híbrido duplo

São utilizados linhagens (cruzamento entre raças) e não linha pura para agregar as características desejadas das duas
raças, melhoramento genético, seleção, incorporação do vigor híbrido e heterose

Sexagem: tamanho das penas primárias. Mesmo tamanho: macho

Características selecionáveis:

Linha macho: índice de crescimento, conversão alimentar, conformação, rendimento, formação de carne,
viabilidade, capacidade de acasalamento, fertilidade, produção/eclodibilidade dos ovos, vigor e adaptação ao
manejo

Linha fêmea: produção de ovos, fertilidade e eclodibilidade, tamanho e qualidade do ovo, viabilidade, índice de
crescimento, conversão alimentar, conformação, formação da carne e rendimento, adaptabilidade.

Principais linhagens de frango de corte: Cobb, Ross e Hubbard

O frango de corte atual teve um rápido crescimento e ganho de peso, excelente eficiência alimentar e canela curta
que acabou causando o sedentarismo, o deixando propensa a formação de calos e problemas articulares e
diminuindo a imunidade

Ascite: edema da cavidade abdominal. É uma doença metabólica que afeta a produção do frango. Estresse por frio
pode levar o desenvolvimento de ascite.

Estresse calórico: aumento de temperatura, hiperventilação, redução da pressão parcial de gás carbônico no sangue,
quedas nas concentrações de ácido carbônico e íons H > alcalose metabólica > morte por calor

Índices zootécnicos:

 Índice de conversão alimentar = consumo de ração do animal em um período de tempo/ganho de peso. EX:
índice de conversão alimentar em granja de aves de frango de corte aos 42 dias de idade
 Conversão alimentar (CA) = consumo médio/ peso inicial médio – peso final médio. (quantos kg de ração
precisa pra converter em 1kg) quanto mais baixo melhor
 Eficiência alimentar (EA) = peso vivo médio / consumo médio x 100 (eficiência para converter a ração em
peso) quanto mais alto melhor
 Consumo de ração/ave: ração total consumida (Kg) / número de aves entregues
 GMD: peso total das aves / numero de aves x dias de idade
 Peso médio (kg): pesar uma parcela representativa de aves e 1 a 5% verificar o papo
 Consumo de ração = CA x peso médio x nº de aves x nº de lotes
 Fórmula da eficiência produtiva, o produtor integrado é recebe o pagamento em relação a FEP
Consumo de água por frangos de corte (1000 aves), em conforto térmico.

Consumo p/ 12 mil aves em 1 ano: 1000 – 160 então 1200 – 1960L/dia x 42 (dias) x 6 (lotes) x número de aviários

Tipos de galpões
Convencionais
 Sistema de produção mais antigo.
 Uso de ventiladores, pressão positiva
 Permite a renovação do ar e remoção de excesso de umidade e odores
 Maior mão de obra (manejo das cortinas, portas e ventiladores)
 Resultados zootécnicos mais baixos
 Lanternim: estrutura do sistema convencional antigo, ventilação do ático no teto do aviário, por cima do
telhado.
 Sistema de aspersores de água para umidificar o ar
Dark house
 Pressão negativa: exaustão, o ar é forçado por meio de ventiladores de dentro para fora, criando um vácuo
parcial dentro da instalação. Totalmente vedado. Necessidade de gerador, painel de controle.
 Ambiente controlado, conforto para as aves, melhora na produtividade.
 Controlador de luminosidade: de acordo com a idade dos animais, simulação do amanhecer ao anoitecer, os
frangos nunca vêem a luz natural. Comedouros e bebedouros automáticos.
 Menor mortalidade, menor consumo de ração, menor tempo para o abate, acomoda mais aves (de 3 a 4
aves a mais por m²), maior conforto térmico, exige menos mão de obra.
 Quanto melhor a climatização/ventilação do galpão, maior a densidade máxima de alojamento (kg/m²).

Aquecimento para os pintinhos:

 Temperatura: 29-32ºC constante nos primeiros dias, a cada semana reduzir 2-4ºC. No verão até 15 dias e
inverno até 21 dias
 Primeira semana: desenvolvimento dos órgãos vitais.
 Importante até 21 dias nos períodos de frio, se não haverá desuniformidade, causando penugens
insuficientes e mau desenvolvimento termorregulador

Ambiência – programa de luz:

 Elevar ao máximo consumo da ração fazendo o manejo das cortinas associado ao das campânulas
 1-7º dia: 24h luz ou 23h luz 1h escuro ou 14h luz e 10h escuro. (20 lux)
 A partir do 7º dia até 35º: 2-4h artificial + luz natural, restante escuro; ou 16h luz e 8h escuro. (5 lux)
 5 dias antes do abate: luz direto – programa contínuo de luz (5 lux) para engordar
 Programa de luz contínua: período bem breve de obscuridade (1 hora); aves acostumam com a falta de luz
evitando amontoamentos e morte por asfixia
 Programa de luz intermitente: alternância entre períodos de luz e escuridão durante o período noturno;
temporizador para sincronizar a alimentação com os períodos de luminosidade

Mortalidade: taxa normal 0,5 a 1% na primeira semana. Geralmente as causas de mortalidade inicial é a falta do
aquecimento, falta de água, desidratação, onfalite (inflamação do umbigo) e pisoteamento

Categorias de frango de corte

 Fase inicial: 1-21 dias (1-15 dias)


 Fase de crescimento: 22-29 dias ou 22-36 dias
 Fase de acabamento: 7 a 15 dias antes do abate

Criação mista: machos e fêmeas, melhor custo-benefício

Criação só de machos: melhor conversão alimentar

Criação de frangos de corte com separação de sexo: uniformidade do produto, melhor eficiência no aproveitamento
da ração, melhor adequação de equipamentos, custo elevado e maiores exigências.

Diferenças de exigências de nutriente entre macho e fêmea: mudança nas exigências de nutrientes a partir dos 20
dias, pois a deposição de proteína do macho é maior que a da fêmea e a deposição de gordura da fêmea é maior que
a do macho (a partir dos 30 dias)

A densidade depende de vários fatores:

Período de criação das aves é de 42/45 dias, mas é determinado pelo tipo de objetivo (exportação ou galeto peso
1,8kg com 32 a 35 dias).

Tratamento da cama

 Depois de utilizada, é reutilizada ou usada como fertilizante na agricultura


 Caso for reutilizar, precisa ser uma cama que não teve problemas sanitários com doença infecciosa. Pinteiros
sempre com cama nova
 Reutilização da cama: custo, mão de obra, escassez de material e redução de impacto ambiental
 Maravalha, serragem, casca de arroz, palha ou feno
 Fatores que afetam a vida útil da cama: umidade, densidade, estações do ano, ventilação das instalações,
dieta, bebedouro
 Tratamento: enlonamento ou enleiramento fermentativo de 10 a 12 dias. Aplicação de cal eleva o pH (72
horas antes do alojamento)
 Processos fermentativos decompõem a matéria orgânica em ambiente anaeróbico, aumento de
temperatura, redução de pH, inviabiliza sobrevivência de bactérias.
Princípios da biosseguridade

 Proteger os rebanhos da introdução de microorganismos altamente contagiosos e potencialmente letais


 Limitar a expressão dos agentes patogênicos infecciosos já existentes nos aviários
 Controle e prevenção dos agentes infecciosos de importância em saúde pública
 Controle de agentes infecciosos de transmissão vertical
 As medidas devem ser econômicas
 Produto final deve ser seguro, sob ponto de vista alimentar
Reprodução em aves:

Aves não tem cio, porém dependem do fotoperíodo.

Aparelho reprodutor do macho: fluido leitoso altamente concentrado com lipoproteínas espermatozoides. T = 41-
43ºC. Os sacos aéreos abdominais fazem o resfriamento. Testículo na porção caudal da cloaca. Testículos
intracavitários. Falo (pênis rudimentar)

Aparelho reprodutor da fêmea: Ovário e oviduto esquerdos bem desenvolvidos (direitos atrofiados) Útero = glândula
da casca. Vagina: passagem entre a glândula da casca e a cloaca. Ovário fica cranial ao rim e extremidade caudal do
pulmão. Doenças do aparelho respiratório afetam o aparelho reprodutor, queda de postura.

Glândulas hospedeiras de espermatozóides: aglutinação de cabeça com cabeça dos espermatozóides – manutenção
prolongada in vivo dos sptz nas glândulas hospedeiras. Armazenam os sptz 1 a 4 semanas (galinhas) e 5-8 semanas
(peruas)

Ovulação: LH (liberação noturna, 5-8 horas antes da ovulação).

Escala hierárquica: ordem de ovulação/rompimento do estigma dos folículos (F1, F2, etc.). Fases iniciais dos folículos
determinam a liberação dos maduros.

Ciclo ovulatório na produção de 4 ovos: a oviposição ocorre de 24 a 26 horas após a ovulação. Ocorre uma pausa a
cada 4 ovos.

Aves submetidas a curtos períodos de luz durante a recria alcançam a maturidade sexual a uma idade mais precoce
e o inicio da produção de ovos será mais rápida e sincronizada

Programa de luz: Ovulação múltipla

 Até 7 dias: 23 horas de luz  Ocorre em matrizes muito pesadas


 Até 21 semanas: 8-10 horas de luz  Duas a três gemas liberadas
 2,2kg – 22 semanas = 14 horas de luz simultaneamente
 Grande variação dos protocolos  Maior número de ovos sem casca
 Maior incidência de casca defeituos

Comportamento sexual das aves

 Monta natural
 Galo 1:12 ou 15 fêmeas, mas atualmente é mais comum 1:8
 Maior freqüência de montas tardias – ausência de postura, necessita de maior volume de sêmen
 Especialmente de machos de alta performance (mais agressivos) possuem problema com o
comportamento sexual

Biotécnicas atuais

 Coleta de sêmen: massagem dorsal e eversão da cloaca


 Inseminação artificial: pressão abdominal e eversão da cloaca
 Período fértil
 Galinha: 3 a 4 dias. IA 1 ou 2x por semana = 93% fertilidade.
 Perua: 8 a 15 dias. IA 1 x a cada 7 ou 15 dias = 98% de fertilidade
 Em perus é extremamente importante pois o macho pesa de 14-15kg e a fêmea 8kg. O macho tem 2-
4ml de sêmen e insemina 2 a 3 fêmeas por dose

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