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HADA SUÍNOS RESUMO:

Curiosidades:
- Não possuem glând. sudoríparas -> perdem calor por condução, encostam nas
paredes e gostam de água.

Mercado Mundial:
- Concentração de criação: Sul (RS, SC, PR), Centro-Oeste (MT), Sudeste (MG, SP)
(contexto histórico europeu, em especial Sul).
- 77,5% para mercado interno, e 22,5% para exportação.
- Consumidores de carne suína mundial: China > União Européia > EUA > Rússia >
Brasil.
- Maiores Produtores mundiais: China > União Européia > EUA > Brasil > Rússia.
- Maiores Exportadores: União Européia > EUA > Canadá > Brasil.
- Maiores Importadores: China > Japão > México > Reino Unido > Coréia.
- Produtos exportados: Carne, miúdos, gorduras, salgados, tripas e caudas, carcaças.

Aspecto Brasi:
- 4º maior rebanho mundial.
- 4º maior produtor.
- 4º maior exportador.
- Carne de boa qualidade e menor custo.
- Baixo consumo per capita.

O que favorece o Brasil:


- Produção de baixo custo.
- Grande território.
- Muitos insumos.
- Alta demanda para exportação.
- Não tem neve -> Clima favorável.
- Parque industrial = Verticalização e tecnologia.

Principais destinos de Importação: China > Hong Kong > Filipinas > Chile > Singapura.

Sistemas de produção:
- Independente: Produtor realiza tudo, confecciona ração, vende, trasporta,
responsável por todas as fases de criação.
- Cooperados: Produtores que se unem e cada um é responsável por 1 parte do
processo.
- Integrado: Empresa oferece mão de obra especializada, transporte, ração, genética
(sêmen) - Produtor faz o manejo, instalações, tratamento de resíduos. 3 divisões dos
produtores:
● UPL: Leitões.
● UTs: Terminadores.
● CC: Ciclo completo.

Custos da produção:
- Alimento Milho e farelo de soja (70%) -> muito caro.
- Instalações / equipamentos / bom manejo de higiene / manejo de dejetos.
- Mão de obra especializada.
- Elevada mortalidade embrionária 20 - 35%.
- Diesel.
- Energia elétrica.
- Embalagens.

Vantagens da suinocultura:
- Grande assimilação de alimentos.
- Mercado fácil.
- Reversão rápida de capital.
- Pequena área para produção.
- Bom rendimento de carcaça.

Definir objetivo da criação:


- Subsistência.
- Comercial; mercado normal ou mercado específico.

Fatores que afetam o consumo: Mentalidade de carne "gorda", suja, e de difícil preparo ->
mentalidade de algumas regiões do Brasil.

SUÍNO DOMÉSTICO CARACTERÍSTICAS: Sus scrofa.

Nomenclatura:
- Macho > de 1 ano: Cachaço, varão.
- Fêmea > de 1 ano: Matriz, criadeira.
- Machos e Fêmeas até 2 meses: Leitão, leitoa, bácaro.
- Machos e Fêmeas entre 2 - 8 meses: Marrote e marrã.
- Macho jovem castrado: Capadote.
- Macho adulto castrado: Capado.
- Animais em terminação 105 - 140 dias: Cevado.

Longevidade:
- Animais de produção: 5 meses.
- Matrizes: 3 anos.
- Cachaço: 2 anos.

Prolificidade: 11 leitões/parto.
Rendimento de carcaça: 70 - 80%.

Causas de morte em leitões:


1) Esmagamento.
2) Refugo.
3) Diarréia.
4) Falta de leite.
5) Pneumonia / frio.
6) Comido pela porca.
7) Acidentes.
8) Causas diversas

TERMORREGULAÇÃO:
- Leitões ao nascerem perdem 2 - 7ºC -> Termorregulação começa a funcionar
apenas a partir do 2º dia de vida.
- Animais ofegantes = acima da termorregularidade.
- Leitões = sensíveis ao frio.
- Adultos = sensíveis ao calor.
● TºC ideal para leitões ao nascerem: 30 - 32ºC.
● TºC ideal para leitões na creche: 24 - 28ºC.
● TºC ideal para suínos em cresc.: 18 - 20ºC.
● TºC ideal para adultos e suínos em terminação: 15 - 18ºC.

Estresse por calor:


- Reduz atv metabólica do fígado /rins /intestinos.
- Aumento de frequência resp.
- Menos ingestão de alimentos.
- Menor desempenho e crescimento
- Menor eficiência alimentar.
- Menor desempenho produtivo.

MELHORAMENTO GENÉTICO:

Fenótipo: 11mm de espessura de toucinho / 146 dias para atingir 90Kg / 95Kg da carcaça.
Genótipo: Linhas sintéticas, mestiças, raças puras.

-> Suínos de raça pura (normalmente homozigotos para alelos) = obtém pela endogamia.

RAÇA: Conjunto de indivíduos da mesma espécie com origem / características comuns,


transmitindo aos seus descendentes tais características.
-> Características específicas de exterior.
-> Criados / selecionados e separados de outros genótipos e agrupados em registros
genealógicos.
MAS dentro da RAÇA, animais NÃO são UNIFORMES -> Animais bons / ruins.

CLASSIFICAÇÃO DE RAÇAS:
- Tipo de perfil fronto-nasal: Cóncavo, Retilíneo, Subconcavo.
- Pelagem: Cor única (branca, vermelha, preta) ≠ Composta: Branca com manchas
pretas, Preta com manchas brancas.
- Orelha: Asiática, Ibérica, Céltica.
LINHAGENS: Grupo de animais selecionados para maior expressão de certas
características.
Ex: Large White: Marerick -> Maior taxa de cresc. diário.

OBJ DO MELHORAMENTO:
- Melhorias na saúde (resistência de doenças), diminuir problemas genéticas,
melhorar qualidade da carne (controlar % de gordura do toucinho e colesterol),
aumentar prolificidade.
MATRIZES IDEAIS:
- Resistentes a doenças.
- Dóceis para manejo.
- Bons aprumos e cascos.
- Longevidade (para 7 ou + leitegadas).
- Alta prolificidade.
- Menor variação de peso dos leitões.
- Menor mortalidade pré e pós desmame.

ANIMAL IDEAL:
- Boa eficiência alimentar.
- Alta taxa de cresc., rendimento de carcaça.
- Qualidade de carcaça, cascos, aprumo.
- Alta resistência contra doenças.

CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA:
- Peso ao nascer tem elevada herdabilidade (h2) = vigor e potencial dos leitões.
- Peso da leitegada ao desmame (alta h2).
- Capacidade materna -> rápido aumento de peso para abate.
- Ganho de peso da desmama - abate (alta h2).

● Cor, textura, sabor, suculência, proteínas, minerais, vitaminas.

Carne magra: Menor espessura do toucinho (alta h2) + carcaça maior -> correlação positiva.
● Selecionar para espessura de toucinho para ter ganho em tamanho de carcaça =
SELEÇÃO INDIRETA.
● Problema que ao selecionar para menor espessura de toucinho, ocorre menor
deposição de gordura intramuscular; Alternativa -> Usar Duroc.

SÍNDROME DO ESTRESSE SUÍNO: Hipertermia maligna.


- Falta de adaptação ao estresse.
- Carne PSE.
- Causa: Baixo suprimento de O2; desequilíbrio da transformação de energia pelos
músculos.
- Insuficiente regulação metabólica energética: enzimática e endócrina.
● Sinais de estresse: Aumento frequências cardíacas / resp., elevação de temperatura
corporal, rigidez cadavérica imediata, morte súbita, manchas na pele, dispnéia.
● Gene autossômico recessivo: EE não reagente, Ee não reagente, ee reagente!
● Teste: sensibilidade ao anestésico halotano: Inalação de O2 de halotano; Não
sensíveis = relaxamento, sensíveis = espasmos!

RAÇAS BANHA E CARNE:


- Tipo banha: Caruncho, Piau, Sorocaba, Canastra.
- Tipo carne: Duroc, Pietran, Landrace, Large White, Wessex, Hampshire.
- Medir espessura do toucinho medir a partir da última costela.

Linhagens:
● Materna: Foco em nº de leitões, leite, habilidade materna (Landrace, Large White,
Wessex).
● Paterna: Foco em aprumos, qualidade de carcaça, ganho de peso, conversão
alimentar (Landrace, Large White, Duroc, Hampshire, Peitran).

DUROC: Pelagem vermelha, orelhas ibéricas, perfil fronto nasal subconcavo.


- Linhagem paterna (ganho por HETEROSE); marmoreio da carne.
- Fêmeas PÉSSIMA habilidade materna, e baixa prolificidade, pouco leite.
- Rústico / adaptado.
- Alta taxa de cresc.
- Praticamente livre de gene Halotano.

LANDRACE: Pelo curto branco, perfil fronto-nasal retilíneo ou subconcavo, orelhas célticas.
- Origem: Dinamarca.
- Alta variabilidade genética.
- Melhor escolha para Linhagem Materna (melhor raça para nº de leitões, e peso dos
leitões), mas pode ser usada em Paterna também.
- 6 - 8 pares de tetos.
- Bem adaptado.
- Alta habilidade materna, muito leite, precoce, menor deposição de gordura, alta
eficiência alimentar, grande área de lombo, pernis de boa conformação.
- Fêmeas Universais: Landrace (materna) x Large White (paterna).

LARGE WHITE; Pelagem branca, orelhas asiáticas, perfil subconcavo.


- 6 - 8 pares de tetos.
- Bons pernis, alto rendimento de carcaça, alta conversão alimentar, alto ganho de
peso.
- Livre do gene halotano.
- Ganho por HETEROSE.

PIETRAN: Orelhas asiáticas, perfil fronto-nasal retilíneo ou subconcavo.


- Carcaça magra.
- Raça dos 4 pernis.
- Uso na linhagem Paterna!
- Muitos tem o gene Halotano.
- Fêmeas são inferiores.
HAMPSHIRE: Perfil fronto-nasal concavo, ou subconcavo, orelhas asiáticas.
- Apenas machos para cruzamento, Linhagem Paterna!
- Fêmeas possuem baixa habilidade materna.

CRUZAMENTOS:

Simples / industrial; Ganho por heterose, maior heterozigose.


- Resultado de cruzamento simples entre 2 raças.
- Ruim para produtor independente; Tem que fazer manutenção de plantel de matrizes
puras.

Rotativo / alternado: Machos de 2 raças + linhagens mestiças, alternando a cada geração:


- Macho (A) X Fêmea B = F1.
- Macho (B) X Fêmea F1 = F2.
- Macho (A) x Fêmea F2 = F3.
OBS: 67% de heterozigose na 5º geração.
● Bom para o produtor independente! Faz reposição de leitoas com o próprio plantel.

Retrocruzamento / Back Cross:


- Macho (A) X Fêmea (B) = F1.
- Macho (A) X Fêmea F1 = F2 (75% A, 25%B).

Three Cross 3 raças:


- A X B = F1.
- F1 X C = F2.

4 Raças: Fêmea F1 (Combinação racial AXB) X Macho F1 (Combinação racial CXD).


- 25% DE A,B,C,D.

LINHAGENS SINTÉTICAS / COMPOSTA: Cruzamento único / sequencial de 2 ou + raças


formando 1 novo genótipo contendo genes de cada clima das populações de origem.

SELEÇÃO INTENSA: Para características de interesse artes dos cruzamentos originais.


- Maximizar a variabilidade genética (aumentar valor genético), utilizando o maior
número possível de animais não parentes.

SELEÇÃO APÓS FORMADA A LINHAGEM SINTÉTICA: Animais superiores para


características de interesse = tempo resulta em nova raça.

OBJ: Linhagens maternas; Prolificidade.


OBJ: Linhagens paternas; Eficiência alimentar, rendimento de carcaça.

Ex de linhagens comerciais:
1) Embrapa MS-58: 1990; Aumento da % de carne da carcaça: Pietran 62,5% +
18,75% Duroc + 18,75% Hampshire.
2) Embrapa MS-60: Eliminação do gene halotano e animais + pesados.

Ex de empresas:
1) Agroceres, Topigs, Choice Genetics, DB, Topgen.

LOCALIZAÇÃO DOS SÍTIOS: Ciclo completo todas as fases da produção (chegada das
leitoas - reprodução - até terminação).
- Sistema de 2 Sítios: 1º Matrizes (reprodução, maternidade, creche) + 2º Terminação.
- Sistema 3 Sítios: 1º Reprodução, maternidade + 2º Creche + 3ºTerminação.
- Sistema 4 Sítios: 1º Reprodução, maternidade + 2º Creche + 3ºTerminação + 4º
Leitoas de reposição.
● Cobrição -> Maternidade -> Creche -> Crescimento -> Terminação -> Pós
terminação.

MANEJO DE DEJETOS + OBJETIVOS DO PROJETO:


- Maior controle sanitário.
- Controle zootécnico / econômico.
- Maiores índices produtivos / reprodutivos.
- Instalações por fases.
- Mão de obra especializada.
- Tecnologia.

SISTEMAS DE PRODUÇÃO: Conjunto de componentes (mão de obra, genética, instalação,


equipamentos, admnistração, sanidade, contaminantes, manejo, alimentos) organizados
para produzir suínos;
1) Sist. Extensivo; Foco em produção para subsistência, animais tipo banha, menor
produtividade, não há separação por fases, instalações rústicas.
2) Sistemas Industriais INTENSIVOS: Semi-confinado, confinado, ar livre, cama
sobreposta. Possuem maiores índices de produção, mão de obra especializada,
instalação por fases, maior área de uso, alimentação melhor (rações balanceadas
por fases e ingredientes de qualidade).

● Sist. de Intensivo SEMI-CONFINADO; Produção tipo carne: Piquetes (cercado +


grama): marrãs / machos / fêmeas vazias. CONFINADO do semi-confinado: Fêmeas
lactantes, leitões, e engorda.
● Sist. Intensivo CONFINADO (ou chamado de SISCON / Convencional); Principal
sistema! TODOS confinados (piso + cobertura), cada fase em 1 ou + prédios, maior
custo de instalações, menor área de produção.
● Sist. Intensivo de CAMA SOBREPOSTA; Melhor alternativa para evitar poluição
ambiental (forma adubo sólido ≠ de outros sistemas que resultam em dejetos
líquidos) -> dejetos fermentam na cama (material absorvente que devolve vapor:
casca de arroz, amendoim, maravalha, sabugo de milho) = adubo sólido. Problema
de alto custo da cama. Sempre em local seco e ventilado, com boa drenagem
sentido leste-oeste. Vantagens: Bem estar, melhor aproveitamento, menor
investimento em instalações, bom desempenho, menos gases e mão de obra para
limpeza, menor risco ambiental, e conforto térmico para regiões frias.
Desvantagens: Estresse por calor, depende do material de cama disponível, maior
área, maior ventilação, maior risco de linfadenite.

OBS: Sist. de cama possui chão de terra compactada e edificações abertas ->
compostagem aeróbica (menos amônia e odores); mexer cama (entrar O2) nas áreas sujas
semanalmente e total entre lotes (nº máx de 4 lotes), para aumento de evaporação (manual
ou mecanizada). 1º Lote sempre tem maior fermentação.

OBS: 20% da baia sendo leito de concreto para bebedouros, comedouros. E os outros 80%
de chão batido + cama. 3m de pé direito (ajuda na ventilação), telhas de barro, beirais
maiores (prolongação do telhado), árvores ao redor para evitar incidência direta do sol.

OBS: Camas profundas (1m) geram mais calor devido a maior fermentação (ideal para
locais frios). Para regiões mais quentes, cama de 0,2 - 0,4m.

● Sist. intensivo ao AR LIVRE (SISCAL); Menor custo de instalações / manutenção,


mas GRANDE área (não podendo ter alta declividade), menor desempenho
zootécnico, menor pressão de infecções. TODOS nos piquetes, exceto engorda
(confinado). Implantado sob gramíneas + sombra + árvores + abrigos.

OBS: Função das gramíneas: Animais poderem chafurdar, fuçar, pisoteio. PORÉM, pode
gerar compactação / degradação do solo; escolher gramínea de cresc. agressivo e
resistentes ao pisoteio (grama missionária, forquilha, tifton, estrela roxa) + pastoreio rotativo
(4 - 6 piquetes para rotacionar) + introduzir animais após enraizamento profundo.

OBS: Movimentar com frequência as posições de bebedouro, abrigos, cabanas -> evitar
acúmulo de lama e degradação do solo.
-> MANEJO DE LEITOAS NO SISCAL: Próx. aos machos.
-> COBERTURAS sempre nos piquetes dos machos.
-> FÊMEAS PRENHAS em piquetes de gestação.

DESTROMPE: Colocar argola de metal no focinho, para evitar chafurdar.

ÁREA NECESSÁRIA / PIQUETES:


1) Quarentenário.
2) Adaptação.
3) Reposição.
4) Machos (Cobrição).
5) Pré gestação.
6) Maternidade: Colocar cama (comportamento de ninho), trocar quando úmida;
desmama 21 - 35 dias.
7) Creche: 2 - 3 leitegadas (70m2 por leitão).
8) Corredores de acesso / depósito / fábrica de ração.

-> Necessário fazer rotação total de 2 - 3 anos; Abaixar pressão de infecção.

DISPOSIÇÃO DOS PIQUETES:


- RADIAL: Forma de pizza com área no centro (área de observação).
- PARALELO: + utilizado.

MATERIAL PARA PIQUETES: Cercas elétricas, arame galvanizado, malha ⅘ -> roçar área
das cercas para melhor visualização e evitar curto circuito.

BEBEDOUROS: Vaso comunicante com a baia, enterrado para manter água fresca.
COMEDOURO: Leve e resistente (na maternidade semi automático).
CABANA: Alojar e proteger contra tempo; NÃO usar chapa metálica! Pode ser de palha,
madeira.
ABRIGOS INDIVIDUAIS: Matrizes com leitões = Barras que evitam o esmagamento no
interior do abrigo.

INSTALAÇÕES E AMBIÊNCIA:

Instalações: Conjunto de prédios que o criador deve possuir para racionalizar a criação de
suínos.
-> Escritório, silos, embarcadouro, banho pré natal, quarentenário, armazenagem,
reposição, crescimento, terminação, pré cobrição, cobrição, maternidade, creche.

Equipamentos: Itens para uso na propriedade, visando melhor eficiência na exploração.


-> Bebedouros, comedouros, balança, veículos, pulverizador, máquinas para misturas,
aquecedor, gaiola de parição, instrumentos veterinários, limpeza, equipamentos de
escritório.

PRÉ COBRIÇÃO / COBRIÇÃO / GESTAÇÃO:


-> Baía coletivas: Fêmeas de reposição 1º parto.
-> Pares a partir de 28º de gestação.
-> Boxes individuais (gaiolas) fêmeas.
-> Baias individuais para machos.

ESTRUTURA (PRÉ COBRIÇÃO):


- Galpão com cortinas / aberturas.
- Fêmeas próx ao macho (frente/lado) = estímulo de cio, fácil manejo de cobertura.

ESTRUTURA (COBRIÇÃO):
- Acesso aos piquetes.
- Maior cuidado sanitário (vermes).
- Paredes laterais.

ESTRUTURA (GESTAÇÃO): Gaiolas.


- Bebedouro / comedouro.
- Piso parcialmente ripado.

ESTRUTURA BAIAS DE REPOSIÇÃO:


- ⅔ Ripado.
- Baia coletiva.
- Comedouro de concreto, ou tipo calha.
- Bebedouro nipple ou concha.

MATERNIDADE: Parto / lactação: 7 dias antes de parir para a adaptação.


- Precisa de gaiolas para evitar ESMAGAMENTO.
- Instalações devem evitar umidade, esmagamento, calor e frio.

ESTRUTURA DA MATERNIDADE: Cela convencional.


- 2 Zonas de conforto térmico: Leitões possuem escamoteador.
- Forro como isolante térmico do galpão.
- Escamoteador: lâmpada térmica ou de secagem.
- As salas não devem ter comunicação direta (porta lateral).
- Gaiolas de parição; problemas com bem estar -> restrição de movimento =
estereotipias.
- Baias convencionais (gaiola no meio = cela convencional, barras de metal contra
esmagamento).
- Chão de concreto ou alvenaria, parcialmente ripado (podem dar problemas no
casco).
- Tapete de aquecimento (placa de resistência) ao invés do escamoteador… menos
usado.
- Circulador de ar.
- Palhada como enriquecimento ambiental -> comportamento de ninho.

OUTROS MODELOS DE MATERNIDADE: Propões matrizes exercerem comportamento


natural e melhor bem estar unidos a alta sobrevivência de leitões e menores custos!
1) Cela de material removível: 1 das loterias é móvel, deslocada a até 360º; Primeiros
7 dias fêmea presa (evitar esmagamento, uniformizar leitegada).
2) Baia simples sem gaiola: Alto índice de problemas de casco, menor peso dos
leitões (frio).
3) Baia adaptada: Áreas definidas e maior área de descanso (piso vazado +
enriquecimento ambiental), barras móveis -> pouco utilizado.
4) Sistema em grupo: Baias coletivas entre matrizes e leitões, ir após 7º dia na baia
individual com leitões nascidos, sistema com cama sobreposta.
5) Modelo SISCAL: Maior área de piquetes individuais, uso de cabanas com 2
aberturas, no interior possui barras de proteção e palhada.

CRECHE: Unidade que completa a fase de amamentação. Prédio separado da


maternidade.
- Fonte de calor.
- Ventilação.
- 5 - 8kg até 25kg (63 dias).
- Baias que comportam 20 leitões (2 leitegadas) OU Gaiolas elevadas com piso telado
para 10 leitões.
- Total ou parcialmente ripado.

CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO: Final da creche até abate. CUIDADO com calor!

- Crescimento 25-60kg / terminação 60-100kg / pós terminação 120kg.


- Piso ⅔ compactado e ⅓ ripado.
- Totalmente ripado em regiões quentes.
- Bebedouro Nipple 1:10 (frio) e 1:5 (quente).
- Comedouros semi-automáticos (silos de plástico ou inox) 1:4 crescimento e 1:2
terminação.
- Ventilação: Força + (ventiladores empurram o ar), força - (exaustores puxam o ar).
- Resfriamento evaporativo.

FONTES DE ESTRESSE (O que causa, tensão é o resultado!):


- Temperatura, velocidade do vento na altura do animal, unidade relativa, tipo de piso /
telhado, gases.

GALPÃO:
1) Localização: Espaço para instalações e futuras expansões.
2) Circulação de vento, levar em consideração a direção do vento e evitar barreiras.
3) Declividade.
4) Afastamento entre instalações.
5) Distância de rodovias e vizinhos.
6) Leste-Oeste (nascimento e por do sol). Sol na face Norte = incidência no interior do
galpão (no inverno o sol bate mais na face Norte).
7) Largura, quanto + frio, > conforto térmico.
8) Pé direito quanto mais alto melhor a ventilação 3,5m, e menor energia radiante sob
os animais.
9) Cobertura com forro e telhado para absorção de radiação solar e menor emissão de
radiação para animais; telha de cerâmica pintar de branco, 30º inclinado, lanternin
(tela de arame -> função de troca de ar com o forro).
10) Área circulante com grama -> maior absorção de radiação solar, auxilia no controle
de poeira, água e barro.
11) Ventiladores (convecção forçada), micropulverizadores (troca de calor por
evaporação, usar em locais de baixa umidade relativa do ar).
12) Cortinas para manejo dos dias frios e quentes.
13) Aquecedores.
14) Nebulizadores -> troca de calor.
15) Lâmpada de secagem.

MANEJO NA MATERNIDADE: 1º Limpeza, piso vazado e elevado, manter seco para reduzir
incidência de diarréia. Sempre deve ser um ambiente CALMO-> O estresse eleva índices
de metrites, mastites, agalaxia = (MMA) + comportamentos anormais no parto;
rejeição do leitão. Práticas: Conversas tranquilas, toque gentil, acompanhar e acalmar
primíparas.

- Vazio sanitário 5 dias mín.


- Banho pré maternidade.
- Transferência das matrizes prenhas nos horários mais frescos, em grupos de 3-4 un,
de forma tranquila, 7 dias antes do parto para adaptação.
- Escamoteador aquecido (leitões), e chuveirinho (fêmea).
- Água 20-30L / dia.
- Temperatura ideal para a fêmea 16 - 22ºC.
- Estresse térmico = aumento de natimortos e prolongamento do tempo de gestação.

OBS: Estresse térmico 30ºC, comum em fêmeas gordas ou idosas = aumento de


temperatura, frequência cardiorespiratória, inquietude, aborto e morte.

REJEIÇÃO DO LEITÃO: Ocorre devida a baixa ocitocina (comum em primípara) =


agressividade ou apatia -> Interfere no comportamento de cuidar e amamentar.

PARTO: Parto dura de 1-3h, trabalho de parto 4-6h, com intervalo de 10-15min / leitão. No
1º dia de vida, ocorrem 5 - 10% de mortalidade e 70% de mortalidade pré-desmame até 7
dias (esmagamento e inanição). Distocias, o estresse pode aumentar o tempo mais de 12h.
Sinais: Senta / deita, inquietude, não se alimenta, flacidez abdominal, vocalização, edema
de vulva, edema de mamas.

1º Ambiente deve ser limpo, seco e aquecido (32ºC).


2º Causas de morte nas primeiras horas pós parto: Refugo, esmagamento, sufocados pela
placenta.
3º Teste do pulmão; colocar na água, se boiar significa que o animla já respirou em algum
momento.
4º Caso precise de aleitamento artificial; a cada 1h colocar 20 - 60s para mamar.
5º Caso precise redistribuir leitões entre matrizes, fazer nas primeiras 24h antes do imprint:
Leitões maiores são de porcas maiores e leitões menores são de porcas mais novas ->
colocar SEMPRE maior com maior e menor com menor = maior uniformidade e menor
mortalidade. Esfregar placenta ou Cesto de criolina ("bomba de fumaça"). Troca Unilateral:
Mãe 1 -> Mãe 2. Troca Cruzada: Mãe 1 <-> Mãe 2.

MANEJO DO PARTO E LEITÃO:


1) Remover líquidos fetais e restos de membranas com papel / toalha.
2) Evitar perdas de calor; começar a secar e limpar pela cabeça (nariz, boca).
3) Realizar massagem no corpo = ativar respiração e circulação.
4) Corte e desinfecção do umbigo com iodo 5-7% ou iodo glicerinado molhando até a
base do umbigo OU cauterização.
5) Colocar leitões para mamar colostro (imunoglobulinas exclusivas do colostro na
espécie-> 6-8h pós parto, 12h intestino dos leitões se torna impermeável à
passagem de imunoglobulinas). OBS: Tetos peitorais são melhores (+ leite) >
abdominais > inguinais / a partir do 3º dia a escolha do teto pelos leitões já é
estabelecida, fazer o manejo dos filhotes antes disso. Colocar animais mais fracos
nos tetos peitorais para mamar 1º, e depois deixar os demais.
6) Colocar no escamoteador -> leitões não tem termorregulação estabelecida até o 2º
dia de vida além de possuírem pouco pelo, pouca gordura subcutânea.
Escamoteador: produz micro-ambiente de temperatura regular, sem correntes de ar,
menor custo, treinar leitões nas primeiras 24h de vida, menor mortalidade, evita
esmagamento. Leitão encolhido = frio, estirado com os 4 membros = calor.
7) Corte dos dentes rente a gengiva ou desgaste com micro retífica do 1º terço,
feito de 6-12h pós nascimento. Corte de 8 dentes: 4 caninos e 4 pré molares ->
Função: Reduzir brigas entre leitões (1-3h pós parto), reduzir danos aos tetos da
mãe (mastite, hipo ou agalaxia) -> Mães podem abandonar leitões (principalmente
primíparas).
8) Corte do ⅓ da cauda + iodo-> previne canibalismo. Feito no 1º dia de vida.
9) Identificação: Para controle zootécnico -> 2-3º dia de vida; tatuagem, brinco,
marcação australiana (furos na orelha).
10) Aplicação de Ferro Dextrano contra anemia ferropriva (menor desenvolvimento e
predisposição a infecções secundárias): Aplicação intramuscular 1-7 dia 200mg. Em
último caso, oferecer terra.
11) Castração / Extirpação em leitões machos 7-10 dias de vida (para evitar odor,
sabor desagradável e brigas): Alterações na carne são devido a substâncias
voláteis: testosterona e 5 alfa aldosterona e escatol (subproduto de bactérias
intestinais metabolizado no fígado) -> acumulados na gordura.
OBS: Para castração: contenção, operação, remoção dos testículos, cicatrizantes,
desinfectantes e repelentes. Vantagens: Animais menores de fácil manejo -> 2 pessoas,
cicatrização rápida, fácil operação, menor estresse, caso morra menor perda econômica.

DESMAME: Difícil para o leitão:


- Separação da mãe.
- Troca de alimento.
- Troca de ambiente.
- Queda de imunidade passiva.
- Tensões sociais.
- Adaptação aos comedouros e bebedouros.
- Deficiência ambiental.
TIPOS DE DESMAME: Qto mais cedo, maximiza a produção das matrizes, melhor
aproveitamento das instalações, menor consumo de ração lactação.
- Artificial precoce (+ feito): 21-35 dias (5-8kg).
- Natural: 10-12 semanas.
- Artificial Antecipado: 35-49 dias.
- Artificial: 7 - 8 semanas.

COMO É FEITO O DESMAME:


- Desmame feito no período da tarde (16-18h) -> evita o cio no final de semana da
porca.
- Manter leitegadas juntas.
- Jejum hídrico durante a noite para menor consumo de ração (menor diarréia).
- Manhã dar água aos poucos = comer devagar (se comerem rápido = disbiose).
- Evitar grande nº de leitegadas, acesso de pessoas e ruídos.
- Dietas líquidas para aumento de consumo (2 partes de água para 1 de ração).

CRECHE: Até 23-25kg Desmame até 63-70 dias.


- Pré desmame: 42-49 dias.
- Papinha na creche 6 - 27 dias (começo na maternidade).
- Inicial: 42-49 dias até 63-70 dias.
- Alojar de acordo com sexo e idade.
- Ração a vontade.
- Temperatura ambiente 28 - 30ºC -> 1º semana após desmame dar aquecimento!
Tubo de ar quente a queimador a lenha / gás.
- Limpar diariamente: jato de alta pressão + vazio sanitário 5-7 dias entre lotes.

CAUSAS DE DIARRÉIA: Ingredientes de má qualidade, origem infecciosa, manejo incorreto


de limpeza, ração deficiente em nutrientes.

CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO:
- Crescimento 70-110 dias -> peso médio de 55kg.
- Terminação 110-140 dias -> peso médio de 100kg.
- Pós terminação 130-140 -> peso médio de 120kg.

ESTRUTURA:
- Piso totalmente / parcialmente (+ utilizado) ripado, cama sobreposta, lâmina da água
(o pior, animais defecam e ocorre transmissão de doenças).
- 18ºC temperatura confortável.
- Água a vontade, e ração a vontade até 60 - 80kg, > que 80kg restringir.
- Cortina, ventilador, forro, pé direito alto, telha de barro, árvores…

LIMPEZA:
- Seca: Vassoura + pá.
- Jato de alta pressão.

SAÍDA DOS ANIMAIS: Lotes: Animais uniformes das mesmas baias. 145-155 dias.
- Retirada da ração 12h antes.
- Horas frescas do dia + calma.
BEM ESTAR: Tratar com cuidado, respeitar senciência dos animais, ética e melhora
da qualidade dos produtos.
-> Público europeu exigente.

OBS: Baixo bem estar pode ser custoso, se é ruim pro animal, reflete na qualidade
de carcaça.

PILARES DO BEM ESTAR:


- Boa alimentação: disponibilidade e nutrição.
- Água limpa, fresca e disponível.
- Densidade populacional adequada.
- Expressão do comportamento natural.
- Ausência de dor, lesão e doença.
- Área de descanso.
- Facilidade de movimentos.
- Evitar situações de estresse.
- Conforto térmico.

ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL: Medidas interessantes: Para gerar sensações positivas


no animal e minimizar problemas consequentes da criação.
- Objetos inanimados ou animados para criar um ambiente estimulante (melhorar
qualidade de vida).
- Estimula desenvolvimento físico / psicológico.

Ex: Substrato para camas, cordas, correntes, deformantes, brinquedos comestíveis, feno =
reduz estresse, estimulam a investigação.
Ex: Sons e aromas, ex de lavanda (forma não invasiva)

OBS: Zonas de fuga: Reduz brigas.

FATORES A CONSIDERAR:
- Dispor de ambiente que corresponda a necessidade de exercícios pelo animal.
- Custo X Benefício.
- Evitar manejos com mutilação -> repensar.
- Equilíbrio Bem Estar X Sustentabilidade.
- Economia.
- Higiene.

BEM ESTAR ANIMAL NO NASCIMENTO:


- Regular temperatura.
- Secar neonatos.
- Manejo dentário feito por vet caso muito necessário com micro retífica (o desgaste
chega a polpa dental e leva a dor).
- Castração feita com analgesia e por vet -> imunocastração não funciona muito bem
e é cara.
- Processos sem anestesia feitos até 7º dia de vida.
- Desmamados muito precoce tem comportamento de procurar tetos e parceiros de
baia, fazer desmame com 28 dias.

BEM ESTAR ANIMAL NA CRECHE:


- Fontes de estresse: densidade de animais / m2, mistura de lotes.
- Separar brigas.
- Zonas de fuga.
- Feridos em baias separadas.
- Fornecer calor.
- Mesmo bebedouro da maternidade.
- 18 - 23ºC

BEM ESTAR PARA GESTANTES:


- Europa proibiu gestação em gaiola = gestação em baia coletiva (reduziu
estereotipias).
- Zona de fuga.

BEM ESTAR DE LACTANTE: Gaiolas.


- Colocar palha / cama para melhorar bem estar.

TÉCNICAS DE BEM ESTAR: Movimentação dos animais: troca de local, cio, coleta de
sêmen, embarco e descarte, desembarque, reposição e desmame -> feitos com calma, sem
gritar + uso de tábuas de manejo (4-5 animais por vez).
- Leitões transportados da maternidade em carrinhos.
- Treinamento de funcionários.
- Ausência de perigos ou distrações.

MANEJO REPRODUTIVO:

Puberdade: Animais fisiologicamente prontos para reprodução, mas não prontos fisicamente
(5-6 meses):
- Fêmeas 1º cio.
- Machos produção de sptz.

Idade X Peso -> melhor parâmetro.


- Idade zootécnica 3º cio.

GENÉTICA:
- Raças menores são + precoces.
- Endogamia ocorre atraso.
- Cruzamento antecipa.

CLIMA:
- Clima quente atrasa.
- Fotoperíodo de 17 - 18h luz.

AMBIENTE:
- Fêmeas isolada atrasam.
- Fêmeas baia coletiva com apresentação de macho são mais precoces.

CIO: Ideal cruzar no 3º cio, útero maior. Pico de ovulação no 5º e 6º cio. Novas / velhas pior
eficiência reprodutiva -> reposição de 30 - 50% / ano. Endogamia leva a menor taxa de
ovulação, melhor desempenho em híbridos. Obesas menores índices de ovulação.
Inseminar 12h após identificação do cio.
- Ciclo dura 21 dias.
- Proestro: 2 dias, edema e hiperemia de vulva.
- Estro: Receptividade; 2-3 dias (estradiol) -> folículos maduros se rompem =
ovulação. Vulva entumecida, micção frequente, grunhidos, mov. das orelhas.
- Metaestro: Fase pós ovulatória, 2 dias, forma CL, NÃO aceita monta.
- Diestro: Fase luteínica, 14 dias, CL (P4).
- Anestro: Persistência de CL, baixo FSH -> Descarte.
- Fase folicular 7 dias.
- Fase luteínica 14 dias.

OVULAÇÃO: 24-36h após início.


- Vida útil do ovócito 12h.
- Vida útil do sptz 36h.
- Flushing (14 dias): Estimula a maior ovulação (aumento da taxa ovulatória, redução
da atresia folicular)-> tratamento para marrãs (melhor resposta do que pluríparas),
ração + energética ingerida de 11-14 dias a partir do 8º dia do ciclo antes da
cobrição, durante cio dar ração normal. OBS: Não fazer durante cio de cobertura,
começar no 2º cio para resultados no 3º cio, não dar ração de alta energia após
fertilização = morte embrionária.

SINCRONIZAÇÃO DE CIOS: Agrupar fêmeas que serão cobertas na mesma época ->
racionalizar mão de obra: ALL IN / ALL OUT.
- Método de desmama em grupo: Desmame 28 dias, cio na 1º semana.
- Retirada da leitegada nos 21 dias por um período de 12h = estresse das matrizes =
desequilíbrio hormonal = Cio.

RTH / RTM -> Resposta de tolerância ao homem e ao macho para inseminar.


- Monta e deixa montar; fêmea imóvel a pressão na lombar.

IDENTIFICAÇÃO DE CIO: Deve ser feito na manhã ou tarde -> intervalo de 12h (8h30 / 10h
- 15h30 / 16h45); Necessário RTH e RTM para inseminar (2-4 coberturas), inseminar 12h
após identificação do cio.

TIPOS DE MONTA: Fazer 3 coberturas por fêmea, macho > de 7 meses.


- Solta / livre / a campo: Sem controle de paternidade, brigas, falta de controle
zootécnico -> esgotamento dos machos.
- Mista / controlada: 1 macho e várias fêmeas nos piquetes -> controle de
paternidade, mas ocorre esgotamento do macho.
- Dirigida / à mão: Auxílio do criador -> controle da paternidade, evita endogamia,
máxima eficiência reprodutiva.
USO CORRETO DO MACHO; A partir de 7-8 meses. Cuidado para não esgotar (demora
repor sptz + menor concentração de sptz), animal precisa de descanso.

IA: Instalações:
- Alojamento dos animais.
- Sala de pré-coleta (anexa a sala de coleta)-> higienização do prepúcio, evitar
transferência de microorganismo e resquícios de urina.
- Sala de coleta (próxima ao laboratório)-> piso seco, tapete antiderrapante,
manequim.
- Laboratório (com janelinha)-> Microscópio, estufa e banho maria -> análise do
sêmen.

Vantagens IA: Menor nº de animais necessários, menor custo com alimentação e


manutenção dos animais, menor transmissão de doenças, controle da qualidade do sêmen,
alto progresso genético, menor tempo gasto com transferência de animais, menor estresse.
Desvantagens IA: Precisa de estrutura (custo de instalações), mão de obra qualificada,
curto período de armazenamento de sêmen (72h para a utilização), temperatura ideal entre
15-18ºC.

TREINAMENTO DOS MACHOS: Iniciar em idade púbere (6 meses), pode usar couro no
manequim, e urina de fêmeas no cio para estimular.
- Apresentar por 10min.

MATERIAL PARA COLETA: Copo com tampa, gaze para reter fração gel (3º fase do
ejaculado), e suporte com isolante térmico (32 - 35ºC).

COMPOSIÇÃO ESPERMÁTICA:
1) Pré espermática: Descarte-> Secreção de glândulas uretrais / translúcida -> função
de limpar a uretra (10-25ml).
2) Espermática ou intermediária: Rica em sptz, leitosa, vem da vesícula seminal.

INSEMINAÇÃO:
1) Lavar vulva com água e sabão.
2) Pipeta entra de baixo para cima, giro anti horário de 45º para acertar a cérvix,
umedecer com sêmen.
3) Adaptar frasco na pipeta e deixar por 10min.

MONTA NATURAL: Levar fêmea na baia do macho, 1x ao dia por 5 dias ou 2x ao dia com
intervalo de 6-8h.
- Monta nas horas mais frescas.
- Cuidado com proporção de tamanho de ambos.
- Risco de lesão nos cascos.

DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO: Retirar fêmea vazia + cedo do grupo de parição.


Vantagens: Venda de fêmea com certificado de prenhez, previsão da produção,
identificação precoce de infertilidade.

-> Palpação retal: Artéria uterina média; 90% certeza 30-60 dias de gestação.
-> Ultrassom: 25 dias -> pulsação fetal / 30 dias -> líquidos fetais.
-> Abaulamento do abdômen, e movimentos fetais (8 semanas).
-> Método indireto -> retorno ao cio (21 dias após cobertura).

MANEJO DO ABATE: Abate humanitário, técnicas que priorizam o bem estar do embarque
até a sangria.
-> Produtos do abatedouro: Carne (músculos), gordura, vísceras, sangue, chifres, cascos.

PRÉ ABATE: Jejum, retirada da baia, condução, embarque, transporte, desembarque,


descanso, insensibilização:
- Jejum alimentar 12h antes; Previne liberação e disseminação de bactérias
(salmonella spp.), evita vômitos (morte por aspiração), facilita evisceração, menor
volume de dejetos no frigorífico, menor custo de produção, menos ração e dejetos
na propriedade. Evita estômago cheio -> pressão sob diafragma -> taquicardia e
parada.
- Água à vontade.
- NÃO fazer jejum longo (24h) = DFD e queda de bem estar (fome).
- Erros do jejum = animais agressivos, penalizações / prejuízos, perda qualitativa e
quantitativa da carne.
1) Jejum alimentar.
2) Retirada das baias em ordem sequências e transporte, na ordem de animais mais
próximos do transporte, para animais das baias mais distantes (riscos: lesões, perda
de peso, desclassificação de carcaças, e morte dos animais). Horário + fresco,
rampa de baixa inclinação, corredores limpos, largos com piso antiderrapante.
Profissionais calmos, condução de 3-4 animais por vez, levar em consideração zona
de fuga (máxima aproximação permitida antes de fuga) dos animais -> não ficar
atrás, ele não vê, não usar choque (bastão em último caso, não colocar em
mucosas, apenas em quarto traseiro, animal sai em debandada pode atropelar
outros), usar jato de água, chocalho, prancha, lonas, remo, ar comprimido (traseiro).
Animais velhos / cachaços -> embarcar por último e sozinhos.
3) No transporte evitar excesso de velocidade, freadas bruscas, paradas, sempre
inspecionar carroceria para ver objetos cortantes, fazer tudo no menor tempo
possível -> perda de peso 0,12 / 0,2% de hora.
4) Desembarque: Rampa -> protegido de sol e chuva com loterias fechadas, piso
antiderrapante, com inclinação de 10-15º, baixa luminosidade, 3 animais por vez.
5) Descaso (não por tanto tempo = brigas, DFD, lesões, contaminação bacteriana),
área ventilada, protegida do sol, terminar jejum, ter hidratação, eliminar conteúdo
dos intestinos, inspeção ante-mortem, agrupar nº de animais para subir na linha de
abate.

INSENSIBILIZAÇÃO -> Visa animal inconsciente de modo que não sinta dor. Métodos:
1) Percussivo Penetrativo: Dardo de pistola de pressão, atinge cérebro.
2) Percussivo não penetrativo: Concussão com o impacto, sem penetração.
OBS: Métodos para abate de emergência!
3) Método da atmosfera controlada (CO2).
4) Método Elétrico (15s de dessensibilização) -> Eletronarcose = inconsciência
instantânea e indolor através da epilepsia que evita atv cerebral devido a
despolarização das células neuronais (alta voltagem e baixa amperagem que
atravesse o cérebro) -> animais contidos no restrainer (calha em V, com fundo
escuro vazado).
- Método dos 3 pontos -> Irreversível -> 1 no coração.
- Método dos 2 pontos -> Reversível.
● Fase tônica (fazer sangria): 10-20s perda da consciência, músculos
contraem, ausência de movimentos respiratórios no flanco e focinho,
pupila em midríase (dilatada), ausência de reflexo corneal, sem dor!
Final de fase tônica sobrepõe a clônica.
● Fase clônica: 15-45s pedaleio involuntário, ausência de reflexo
corneal, relaxamento gradual -> retorno a consciência gradual.

SANGRIA: Morte por choque hipovolêmico.


- Corte a carótida e jugular (25s = morte).

MODIFICAÇÕES POST MORTEM: Rigor mortis; músculo vira carne, ocorre queda do pH
lentamente (glicogênio vira ácido lático).

DESCLASSIFICAÇÃO DE CARCAÇA:
- PSE (pálida, mole, úmida) -> após cozimento fica seca, dura e sem sabor: Estresse
intenso de curta duração, queda BRUSCA de pH. Glicose anaeróbia, aumento
rápido de temperatura = desnaturação proteica e perda de água.
- DFD (Seca, escura): Causa animais cansados, estresse crônico. Usaram reservas
de glicogênio, baixa produção de ácido lático, pH final é alto. Retém + água, menor
vida de prateleira, menor aceitação do consumidor, menos atratividade de cor e
textura, menor perda de água por exsudação.

BIOSSEGURIDADE: Desenvolvimento e implantação de normas / procedimentos para a


prevenção de introdução de doenças e predadores naturais.
- Impedir entrada e saída de doenças.
- Reconhecimento precoce de doenças.
- Procedimento para eliminar doenças.
- Manter rebanho livre de doenças erradicadas.
-> Plano de contigência; plano do que fazer.

IMPORTÂNCIA: Animais doentes dão menos lucro, devido ao peso da leitegada, custo com
remédios / veterinário, morte. Animais doente ficam + tempo nas instalações (consumo de
ração, custo de mão de obra, menor qualidade de carcaças).

ÁGUA: Potencial de transmissão de doenças (Salmonella spp, E.coli,


Clostridium,Leptospira).

PROXIMIDADE COM RODOVIAS E VIZINHOS: Cuidado com transmissão de doenças pelo


ar, densidade de pessoas, densidade de suínos na região.
ÁRVORES: Quebra vento e são filtro mecânico.

BARATAS: Transmissão mecânica.


MOSCAS E MOSQUITOS: Vetores de fungos, vírus e bactérias.
ROEDORES: Vetores e danos a estrutura, e abastecimento.
SÍTIOS: Separação geográfica dos setores de cobertura e maternidade, creche, recria e
terminação.

BARREIRAS SANITÁRIAS:
1) Portão, e cercas -> evitar tráfego humano.
2) Avisos proibindo entrada.
3) Telar granja.
4) Quebra ventos: Eucalipto ou Pinus.
5) Cercas perimetrais entre galpões e núcleo.
6) Escritório na entrada, mais distante possível dos galpões.
7) Restrição de acesso; uso de pedilúvio (Cal ou solução hiperclorada)-> Funcionários
proibidos de criar suínos, banho na entrada e saída + EPIs + proibido transitar entre
setores, registro de visitas, exames de rotina nos funcionários, esperar 72h para
visitar ≠ granjas.
8) Estacionamento exterior, para veículos que precisam entrar = rodolúvio (piscina +
jatos, roda precisa dar 360º, ⅓ submersa), e no uso interno, veículos da
propriedade.
9) Veículos lavados e desinfetados.
10) Quarentenário para animais novos e adaptação (3 semanas) + certificado GRSC +
fontes idôneas.

LIMPEZA E DESINFECÇÃO:
- Limpeza seca (retirada mecânica de sujeira, uso de pá e vassoura), restos orgânicos
podem proteger os microrganismos e evitar a ação dos desinfetantes.
- Limpeza úmida (água sob pressão com detergente, 3h após saída dos animais) ->
quente é melhor para remover gordura.
- Desinfecção (dia seguinte das limpezas seca e úmida) -> uso de desinfetante
(produto capaz de eliminar microrganismos em todos os estágios de vida), sob
superfície seca.
- Vassoura de fogo.
- Fumigação: Desinfecção feita em materiais que não pode lavar.
- Vazio sanitário, mín de 5 dias.

SISTEMAS DE MANEJO CONTÍNUO: Pressão de infecção aumenta progressivamente até


limiar de infecção (surto de doença).

SISTEMAS DE MANEJO ALL IN ALL OUT: Surge um pico eventual.

DESTINOS DE CARCAÇAS -> Incineração ou compostagem.

PODE aplicar dejetos como adubo: melhorias físicas, químicas e biológicas do solo, MAS:
EXCESSO DE MATÉRIA ORGÂNICA: Intoxicação das plantas!
- H2S + H2O = Chuva ácida.
- Metano -> Efeito estufa.
MANEJO DE DEJETOS -> Sistemas de confinamento possuem elevado potencial poluidor!
Precisa de tratamento de efluentes:
- Mão de obra.
- Custo.
- Confiabilidade.
- Legislação.
- Área.
- Operacionalidade.
- Potencial de poluição.

PODER POLUENTE ELEVADO: DBO = Qtd de O2 necessário para bactérias depuradoras


digerirem cargas poluidoras da água.

COMPONENTES POLUIDORES: Pelos, água da higienização, fezes, urina, água dos


bebedouros, ração:
- Matéria orgânica.
- Nutrientes.
- Bactérias fecais.
- Sedimentos.

GASES (metano, dióxido de carbono, sulfeto de hidrogênio e amônia -> mau cheiro):
- Prejuízo para vias respiratórias.
- Chuva ácida.
- Aquecimento global.

CONTAMINAÇÃO DO SOLO: Esterco líquido, sobrecarga de filtração, contaminação dos


lençois freáticos.

CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA: Patógenos não eliminados 100% (Salmonelose e


colibacilose).

TÉCNICAS DE TRATAMENTO: Físicos e Biológicos.

TRATAMENTOS FÍSICOS: Separação de sólido / líquido:


- Decantação.
- Centrifugação.
- Peneiramento.
- Desidratação.

TRATAMENTOS BIOLÓGICOS: Degradação biológica por MO aeróbios e anaeróbios,


material estável e isento de patógenos:
- Sólidos -> compostagem.
- Fluidos -> lagoas de estabilização.
- Tratamentos químicos: Esterqueiras e biodigestores.
DECANTAÇÃO: Armazenamento de volume líquido de dejetos por um período de tempo
para que fração sólida decante (reduz volume e mau cheiro) -> parte sólida vira o lodo
(fertilizante 15% dejeto), parte líquida (elementos fertilizantes solúveis).

DECANTAÇÃO:
- Lodo -> estrumeira (120 dias) / fertilizante (lavoura) -> rico em fósforo e nitrogênio.
- Líquido -> rico em potássio e nitrogênio amoniacal.

PENEIRAMENTO (- eficiente que decantadores): Separar sólido do líquido -> vibratórias,


estáticas ou rotativas.

CENTRIFUGAÇÃO: Força gravitacional -> horizontal / cilindro rotativo = fases sólida /


líquidas bem definidas.

DESIDRATAÇÃO (Caro) -> 10 - 15% de umidade, livre de odores, processo de aquecimento


/ evaporação / secagem.

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO (3 lagoas em série):


1) Lagoa anaeróbia; reduzir carga orgânica do efluente, degradam matéria orgânica,
baixa produção de O2 pelas algas (não atravessa luz). 35 dias.
2) Lagoa facultativa; Auxilia na remoção de matéria orgânica e nutrientes; bactérias
aeróbias e algas. 17-24 dias.
3) Lagoa de maturação; Remoção de 99% dos coliformes, radiação solar (lagoa rasa),
pH elevado. 3 dias.
4) Lagoa de aguapé (opcional); Remoção de N,F, retenção de metais poluentes, e
matéria orgânica (devido ao sistema radicular em cabeleira). 7 dias.
-> Vantagens: Alta remoção de carga orgânica, redução de coliformes fecais, baixo custo de
construção e manutenção.
-> Desvantagem: Uso de área.

ESTERQUEIRAS: Depósito de volume de dejetos líquidos -> 4-6 meses, carga diária,
fermentação anaeróbica. Construção em forma retangular / circular (alvenaria, pedra,
lona) -> vantagens: fácil construção, fermentação = fertilizante.

BIODIGESTORES: Câmaras fazem fermentação anaeróbica = biogás e biofertilizante:


Fases de hidrólise / acetogênese / metanogênese feitas por ≠ bactérias.

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