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Bovinocultura de Leite

Classificação do leite (antigamente) RISPOA


• Leite tipo A – produzido em granjas leiteiras
• Leite tipo B – produzido em estábulo leiteiro
• Leite tipo C – produzido em fazenda leiteira

Leite tipo A: leite de ordenha mecânica e todo o procedimento ocorre no laticínio dentro da
mesma propriedade rural. Local onde tem a melhor tecnologia.
Leite tipo B: leite de ordenha mecânica só que todo o procedimento industrial é realizado no
laticínio da cidade.
Leite tipo C: leite de ordenha manual só que todo o procedimento industrial é realizado no
laticínio da cidade.

Atualmente:
 Leite tipo A continua a mesma definição de antigamente
 Leite B e C se infundiram atualmente para formar o “Leite Cru Refrigerado”, que é o
leite que fica no tanque e o caminhão vem buscar geralmente a cada 48h.

Controle e Higiene do leite:


Pasteurização: é baseada no tempo e na temperatura. Antigamente: existia apenas dois tipos,
a pasteurização lenta e a rápida. Atualmente existe a pasteurização lenta, a rápida e a UHT
O tipo de pasteurização depende da tecnologia do laticínio.
 Pasteurização lenta: o leite é submetido a uma temperatura de 62 a 65oC durante 20 a
30min.
 Pasteurização rápida: o leite é submetido a uma temperatura de 72 a 75oC durante 15
a 20seg.
 Ultra pasteurização: UHT – aparelhos variam a temperatura de 118 algumas 132oC.
Inativa a microbiota não esporulada termófila a fim de aumentar o tempo de vida de
prateleira do produto.

Principais Raças Leiteiras


 Zebuínas leiteiras: Gir leiteiro, Guzerá (dupla aptidão 2a maior taxa de gordura no
leite) e Sindi/ Sindi vermelha.
 Taurinas Puras Leiteiras =holandesa – PB/VB (raça mais sensível a doenças) e Jersey –
pequeno porte (maior taxa de gordura de no leite)
 Taurinas Dupla Aptidão = Simental e Pardo Suíço
 Raças Sintéticas: Girolando – raça que mais tem no Brasil e Guzolando – Guzerá com
holandesa (aumenta a taxa de gordura no leite)

Instalações gerais – Animais Adultos

• Cochos de Alimentação: deve possuir os cantos arredondados para não machucar os animais.
Deve ter um revestimento de azulejo/ladrilho (auxilia na higienização) e deve ter 50cm lineares
por vaca, ou seja 0,5m por animal.

• Cocho para água/bebedouro: fundamental ter bebedouro perto da sala de ordenha, pois, a
demanda da produção de leite necessita de muita água. No mínimo 2 pontos por lote. Nível de
água abaixo da borda deve estar de 5 a 10cm. No geral o cocho de água é mais estreito que o
de alimentação.
• Canaletas: deve ter uma declividade de 1 a 2%. E espaço onde cai os dejetos do animal para
facilita a limpeza.
• Contenção – Canzil espaço onde a vaca coloca a cabeça para ter acesso ao cocho. Canzil
possui 1,00 a 1,20m de distância. Argola 20cm distante do chão, aí se aplica a corrente para
manter o animal naquele lugar durante a ordenha.

• Pedilúvio – local em que ocorre a antissepsia dos pés do animal. O ideal é ter dois, sendo um
pré pedilúvio e o pedilúvio. No pré pedilúvio se coloca só a água e normalmente elas defecam
e no pedilúvio coloca os produtos (formol, cal virgem, sulfato de cobre).

Instalações gerais (touros)


• Baia de 3,0m por 4,0m e um piquete anexo (no modelo intensivo)

Instalações (novilhas e vacas secas)


• Piquetes – pastejo rotacionado
• Piquetes maternidade – são piquetes onde as vacas ficam 1 mês antes do parto.

Instalações (vacas em produção)


▪ Nebulização: dispersão 15L de água/vaca/dia para auxiliar no controle da temperatura.
▪ Ventiladores: 6 a 9 m entre um ventilador e outro. (Sala de espera)

Instalações (vacas em produção – Free Stall) modelo intensivo


Animais tem acesso livre às instalações, tem acesso a cama, cocho e fica também pelos
corredores. Acesso livre, porém, confinado. Tem Área de alimentação e de descanso
individual.

Instalações (vacas em produção – Loosing Housing/ Compost Barn) semi intensivo


▪ Area de alimentação e descanso e piquete anexo.
▪ Composto Barn: instalação onde os animais ficam direto piso com chão batido quando
animais vão para ordenha passa o motor para revirar as fezes, e cama (ideal que seja 3x ao dia)

Instalações (vacas em produção - Tie Stall) completamente intensivo.


▪ Vaca fica confinada na baia, com cocho individual. Países de clima muito frio.

Instalações (vacas em produção - Pastejo rotacionado) – Sombras


Ausencia de sombras: queda de até 20% da produção
▪ Sibipurana e Sombrite (sombra artificial problema: acumulo de barro) muito utilizado hoje.

Instalações Bezerros
 Gaiolas ou Cabanas tropicais individuais = Cama de areia, Cocho, Bebedouro, Telhado
branco (para refletir a luz e não absorver tanto calor), Umidade relativa UR – 50 a 70%
e Temperatura: 15 a 21oC
 Gaiolas coletivas = 6 a 8 bezerros – tem maior índice de diarreia e mortalidade
 Criação a pasto= Próximo ao estábulo, Terreno em nível superior ao estábulo. (Evita
parasitas e larvas, a gravidade auxilia muito no controle)

Curva de produção leiteira – Fêmeas Bovinas. Fisiologicamente essa curva é semelhante para
todas as fêmeas. O que muda é a quantidade de leite que cada uma produz.
Separada em 4 fases – tempo em meses
 Primeira vai da parição até 2 meses (0-2m ) quando a fêmea dá cria, ocorre o pico da
produção e quando chega a 2 meses dá uma estabilizada e cai um pouco a produção.
 Segunda vai de 2 à 7 meses (2-7m) máxima ingestão de alimento. No terceiro mês é
aconselhável que ela seja inseminada para parir no 12o mês.
 Terceira vai de 7 à 10 meses (7-10m) cai a ingestão de alimento e a produção leiteira.
 Quarta vai de 10 à 12 meses (10-12m) período seco. Não há produção de leite. Período
de descanso da glândula mamária para que a próxima produção seja maior. Lactação
dura 10 meses, sendo 2 meses do ano o período seco/descanso.

Estação de Monta – Gado leiteiro


Não é feita a estação de monta em gado leiteiro, porque concentra o nascimento e período
seco tudo na mesma época, trazendo prejuízo de 2 meses para o produtor.
Em algumas regiões tem cota de leite, e alguns laticínios calculam a média de produção diária
na seca exemplo: ele produz 100litros na seca então a cota dele é 100. Na época da chuva
100mitros ele paga o valor real para o proprietário. O que passar dos 100 litros ele recebe um
valor bem inferior. Baseado na lei da oferta e da procura. Todo ano tem uma reposição da
femeas que são as novilhas, então recomendo que seja feita em novilhas, se eu padronizar nas
novilhas que elas deem cria nas secas eu tenho mais femeas nesse período e minha cota no
laticínio vai aumentar. Posso realizar a suplementação de vacas secas, em épocas das secas pois
não tenho pasto para elas.
Outra coisa importante é a taxa de reposição de novilhas = a novilha no gado de leite a partir
do momento que a femea começou a ingerir alimentação solida ela já e chamada de novilha e
vai até o primeiro parto. Se tenho 100 vacas eu não fico com elas eternamente, a taxa é 25 do
plantel por ano, então teoricamente preciso repôs 25 % do plantel ao ano. Faço essa reposição
por problemas de casco, manejo, reprodução. Fora os 25% mais 2,5 % por mortalidade.
Idade ao Primeiro Parto: zebuína 3 anos e taurina aprox. 2 anos
Taurina: cio por volta dos 12 meses, devendo emprenhar a partir do 3o cio (14 meses), que na
prática ela terá mais ou menos 70% do peso adulto.
Ciclo estral: 21 dias, Tempo de gestação: 9 meses, Primeiro parto: 2 anos (sendo14 m idade de
emprenhar +9 m de gestação).

Manejo de Bezerros
Existe aleitamento liberal x desaleitamento precoce = a diferença é que no aleitamento liberal
o animal só recebe leite e o desaleitamento precoce com uma certa idade comeca a receber
alimentacao solida.
O aleitamento liberal ( mama a vontade) eu faço com machos de propriedades leiteiras. É o
vitello. Um animal que recebe só leite e ele tem uma taxa de crescimento diario quase o dobro
do ideal, ele tem uma taxa de crescimento por dia de 1,5% que é grande. Quando ele tem 4
meses de idade ele vai para o abate pesando em media 100kg. Posso ter outro ponto de vista
que é ter o macho para reproduzir.
O correto é o desalenitamento precoce e a taxa de crescimento é de 0,875 que é o normal e
ideal para o desenvolvimento osseo. O manejo é em primeiro lugar o animal receber colostro
nas primeiras 6 horas ( 24horas), do quarto dia em diante comeca a receber leite que re
fornecido na cabana tropical ou se for bezerro dzebuino com a mae. O vitello recebe leite de 4
a 2i dias e no desaleitamento precoce ente 1 a 2 meses eles recebem alimentos solidos como
volumoso (feno) e concentrado ( palatabilizante leite em po).

 Ordenha manual: pressão positiva que você exerce sobre a gl mamária (comprime o
teto e o esfíncter abre)
 Ordenha mecânica: pressão negativa (vácuo que existe entre a membrana rígida
externa e a membrana de borracha. A retirada desse vácuo cria uma pressão negativa
e abre o esfíncter do teto.
Manejo de ordenha:
Intervalo e frequência de ordenhas: ideal entre 8 até 12 horas
De 1 para 2 ordenhas – 20 a 30% de aumento na produção
De 2 para 3 ordenhas – 15 a 20% de aumento na produção
Linha de ordenha para controle de Mastite* - determina quais animais você ordenha primeiro.
A primeira linha são as femeas de primeira lactação/jovens que nunca tiveram mastite. A
segunda linha são fêmeas adultas de 2a 3a, e 4a lactação que nunca tiveram mastite. A terceira
linha são fêmeas que já foram tratadas contra mastite. A 4a e última linha são fêmeas que
estão em tratamento contra mastite.

Rotinha de Boas Práticas:


Pré-dipping: imersão dos tetos em solução antisséptica (iodo 2%) em sala de ordenha, jamais
higienizar o úbere. Redução de infecções por patógenos ambientais = redução de 50%
Pós-dipping: evita a mastite contagiosa. Ideal evitar que as vacas deitem associado ao manejo
para que as vacas se alimentem pelo menos 1h após ordenha.

Mastite clínica: visualiza alguma alteração = Diagnóstico dentro da sala de ordenha: caneca do
fundo escuro (auxilia na visualização de alguma alteração)
Mastite subclínica = Diagnostico dentro da sala de ordenha: CMT – Raquete com 4 espaços
para ordenhar um teto em cada espaço e verificar a celuraridade através da coloração.
Tipos de mastite clínica: Catarral: formação de grumos no leite; Apostematosa: presença de
pus no leite ou Flegmonosa: secreção escura, voltada para o vermelho-marrom.

Sistema e salas de ordenha principais: Manual; Balde ao pé: carrinho com latão junto.
(Ordenha mecânica) e ordenha em linha: plana e alta, pode ser em espinha de peixe
(poligonal), tandem: individual. 1 vaca na sala de ordenha, paralelo e carrossel
Sala de espera: a espera deve ser de no máximo 1 hora com no mínimo 2 bebedouros e deve
ter sombra.

Bubalinocultura
Predomina – Ilha de Marajó e SP – vale do ribeiro, 1% do rebanho bovino, pois falta maior
explicação da espécie e dos produtos. Tem Preconceito em relação ao temperamento da
espécie, porém só os touros possuem temperamento agressivo.

Raça Mediterrânea
Dupla aptidão: leite e corte, destinada a produção de muçarela verdadeira.
Possui chifre aberto, acima das orelhas.

Raça Murrah = Raça indiana, possui o chifre a cima das orelhas, e enrolada para dentro.
Principal raça leiteira.

Raça Jaffarabadi = Raça de dupla aptidão: corte e leite


Chifre em forma de J, principal produtora de carne no Brasil. Raça indiana.

Raça Carabao = Raça de origem filipina, dupla aptidão: corte e tração. Chifre bem aberto,
predomina na Ilha de Marajó Possui um par a menos de cromossomos que as outras.
Diminuindo índices reprodutivos.

Características e Vantagens da Espécie: Facilidade de apreensão de alimentos, Facilidade de


reconhecer plantas tóxicas, Temperamento dócil, Maior taxa de proteínas e gordura no leite.
Na ingestão da forragem é fornecido forragem de vit A, ingere o betacaroteno (precursor da vit
a) O betacaroteno é um pigmento de cor amarela. No bubalino é convertido todo o
betacaroteno em Vit A. Já os bovinos não conseguem converter todo o betacaroteno em vit A,
mantendo assim a pigmentação amarelada na carne e leite.

Características de Ordenha
• Linha alta (pode ser espinha de peixe ou paralela) quando bem manejados, podem ser
ordenhados sem fazer a peia.
• Balde ao pé. Necessidade do bezerro na sala de ordenha, ao pé.
Vaca bubalina: 8L a 10L 30 a 40% de leite de búfalo a menos que você precisa para produzir
queijo, quando comparado com bovinos.

Características da Carne - Menos gordura que a carne bovina. Gordura de cor branca, pois
convertem todo o betacaroteno em Vit. A; menor rendimento de carcaça: (mais ou menos
45%) maior desenvolvimento anterior (torácico), couro mais grosso. Em geral, o bubalino custa
o preço da @ da fêmea bovina.

Manejos Reprodutivos:
Fêmeas bovinas são poliéstricas anual (ciclo 21 dias), ou seja, a cada 21 dias entra no cio.
Fêmeas bubalinas são poliéstricas estacional de dias curtos, semelhante ao ovino lanado e
caprinos. Ou seja, entra no cio a cada 21 dias em época de luminosidade baixa (inverno = abril
a setembro). Em época de luminosidade alta estão em anestro (mas existem aplicações de
hormônios). A época de reprodução intensa para búfalo é de abril a julho.
Tempo de gestação: 10 meses à 10 meses e meio.
Período de lactação: mais ou menos 7 meses.

A época da safra de leite de búfala, coincide com a entre safra de leite de vaca. Ou seja,
quando está no auge do período seco das vacas, está no pico do período de produção de leite
das búfalas (ideal quando se possui os dois tipos de criação). Se trabalhar só com búfala existe
um período que não haverá lactação.
Estação de monta possui vantagem para o corte, porque padroniza os animais, crescem na
mesma época facilitando a seleção. Necessidade do rufião – aceitam somente machos;

IEP: 14 meses (período de tempo entre o nasc do bezerro e o nasc do próximo); vantagem
quando comparado com a realidade de IEP de bovinos em brasil
Início de reprodução aos 2 anos (fêmea e macho), exceto CARABAO aos 2,5 anos;
Lactação: 7 meses + 7 meses de descanso – 14 meses
Longevidade reprodutiva
IPP: 3 anos // carabao 3.5 anos
Relação touro / vaca: 1 para 25; somente um touro por lote (brigam até morrer).

Manejo do Bezerro
Ingestão de colostro até 3 horas após o parto; Cura do umbigo; (evita miiase)
Vermifugação: 1a dose entre 10-15. Parasita muito comum no búfalo Neoascaris vitullorum:
ingestão direta na pastagem, transplacentária e transmamária – formas passivas (o bezerro
muitas vezes já nasce infectado. Desmame: 7 a 8 meses

Sistema de marcação: A ferro no couro ou no chifre, usa a marca TVI, sendo T letra virando em
sentido anti horário 1 a 4 ; V sendo de 5 a 8 ; I entre 9 e 0(em pé é 9 e deitado é 0);
fazer no chifre, porque o couro do animal é escuro e vai apagando. Ou usar brinco na orelha
(geralmente marcação normal, igual bovino embora tenha alguns com o sistema tvi).

Doenças Infecciosas e Parasitárias


Vacinação obrigatória: aftosa e brucelose. Aftosa (maio – rebanho inteiro e novembro –
animais até 2 anos) Brucelose: bezerras fêmeas de 3 a 8 meses. Carbúnculo sintomático: não é
obrigatória e muitas vezes é aplicada junto da aftosa.
Idade ao abate: 2 anos e meio em média (a campo) e 2 anos e 3 meses (confinado)
PV: 450kg. Rendimento de carcaça: 45% Valor da @ da vaca normalmente dá 14 arrobas
Instalações: de bovinos, exceto, na grande necessidade de água.

CAPRINOCULTURA
O Brasil é o 6o maior produtor, sendo 90% criado no modelo extensivo.
No Nordeste 90% predominam as raças nativas desde a época do descobrimento do Brasil. E
respectivamente MG e vale do paraíba SP.

Principais produtos produzidos pela espécie:


No mercado: para o leite, derivados, pele, couro e por último, carne.
Derivados do leite: Iogurtes, Rapadura, Queijos, Doce de leite, Sorvetes e Cosméticos.
Leite de Cabra x Leite de Vaca = R$ 32,22 (400g) // R$ 8,26 (400g)
Leite de cabra é 4x mais caro que o leite da vaca para o consumidor e o o dobro para o
produtor. Composição do leite: possui vit A, B1 e B12 em maior concentração. Lactose é maior
em comparação ao leite de bovino e ovino.

Classificação das Raças


▪ Raças nativas: predominam no Nordeste. (Couro, subsistência)
▪ Raças exóticas: leiteiras (europeias); de corte (africanas); exóticas de dupla e tripla aptidão
(oriente médio);

Principais Raças Nativas:


▪ Moxotó, Bhuj, Azul, Barroca, Repartida e Canindé

Principais Raças Leiteiras: Origem europeia:


 Saanen: 1a maior produtora de leite do mundo inteiro, equivale a raça holandesa
bovina; Seu ciclo de produção chega a 7 a 8 meses, comparado a outras raças que
produzem normalmente 5 ou 6 meses.
 Toggenburg: 2a maior produtora.
 Parda Alpina: 3a maior produtora.
 Murciana: cabra espanhola. Alta taxa de gordura no leite.

Raças de Dupla Aptidão: Leite e carne


 Anglo Nubiana: (no início a ideia era produzir carne) mas hoje em dia é criada também
para leite. As vezes pode produzir mais do que as europeias.

Raça de tripla aptidão (leite, corte, pele/couro)


 Mambrina: produz menos leite. 2,5L /dia

Raças de Corte
 Boer: pelagem branca com a cabeça vermelha ou marrom (macho); as vezes a fêmea
pode ser branca. Principal raça de corte que existe no Brasil.
 Savana: africana, mais rustica que a Boer. Tem crescido sua criação no Brasil. É um
pouco menor que a Boer, machos e fêmeas sempre brancos.

Características ideais do Animal Leiteiro: Característica corporal ideal: forma de cunha,


tipicamente do animal leiteira. Mostra profundidade, comprimento. Na visão frontal, abaixo
do triangulo será possível visualizar a largura entre os olecranos e a linha sobe e cruza na
cernelha, mostra a cernelha, possibilitando mensurar a medida do tórax, que está
intimamente relacionada com a capacidade de respiração. Foto posterior mostra a altura de
úbere posterior e largura de membro posterior. (Profundidade do úbere).

Instalações:
Sala de Ordenha: muito parecido com bovino. Mais comum a paralela linha alta, alternar
ordenhadeiras para ter praticidade na hora de tirar as teteiras, elas ficam contidas num canzil,
realizo o Pré diping e pós dipping. Oferecer a alimentação pós ordenha para que ela fique em
pé o tempo necessário para se alimentar e fechar o esfíncter do teto.
Aonde você coloca uma vaca, você coloca 6 cabras. Ou seja, bovino produz 30L (uma vaca); 6
cabras produzem 30L porém o valor que você ganha é o dobro.
Embora produzem valor igual, você possui maior distribuição dos animais (se a vaca morre,
você produz 0 leite, se uma cabra morre, você produz 25L); Aumenta o no de descendentes.

Cama: no modelo de produção intensiva é muito importante. Pode ser feita de feno, casca de
café, casca de arroz, serragem ou maravalha. Solário: deve ter mais ou menos o dobro do
tamanho da área da baia, Caso não haja, precisa realizar suplementação com a vitamina D;
Cochos: tem 3 tipos (alimentação; mineral; água/bebedouro)
Alimentação = Deve ser do lado de fora; Fácil acesso para todos os animais simultaneamente.
Mineral/Saleiros Devem ser longe dos bebedouros, Planejados para o fornecimento uma
vez/semana. Bebedouros devem manter o nível constante e deve ser do lado de fora . Quebra
ventos: em relação ao vento, fundamental o uso de quebra vento deve ser perpendicular ao
vento predominante.

Fenil ou manjedoura: tem a forma de um triangulo, normalmente feito de tela de arame,


sempre acima da cabeça dos animais, Acesso somente do focinho para puxarem o alimento.
Manjedoura: Mais utilizado em feiras de exposição

Bodeiro: Instalação dos reprodutores (pensando no modelo intensivo) Deve ser afastado da
sala de ordenha – para evitar que fique aquele cheiro característico no leite.

Cabriteiros: Instalação onde fica os filhotes até ir ao setor de crescimento. Fundamental para
criações leiteiras. Geralmente é fornecido leite de vaca. (custo benefício; controle da CAE)

Características do Animal Produtor de Carne = idade ao abate: 5 meses


▪ Início da engorda: 3 meses de idade
▪ Peso ao abate: 15 ou 16kg (ou mais)
▪ Rendimento de carcaça: 100%
Não deve apresentar grande profundidade, Deve ter maior desenvolvimento de posterior, (m.
longíssimos dorsis) quanto maior o lombo, maior o rendimento de carcaça.

Manejo reprodutivo: Início da reprodução: 12 meses de idade (F) 13/14 meses de idade (M)
▪ A fêmea deve entrar na produção quando tem 70% do PV.
Reprodução satisfatória: até 7 ou 8 anos.
Período de gestação: 5 meses. (150 dias)
Cabras são iguais búfalas e raças de ovinos lanadas: poliéstricas estacionais de dias curtos
(época de baixa luminosidade)
Monta natural: 1 macho para 25 fêmeas

Alternativa para estacionalidade reprodutiva: indução do cio Naturalmente:


Março até setembro – estação de monta
Setembro até fevereiro: anestro
Fevereiro: já pode acasalar

Comportamento reprodutivo = Ato de fungar, Reação de “flehmen”, Acotovelamento e


escoiceamento, Monta, Cópula. Comportamento da cabra no cio: Redução do apetite (nota-se
uma sobra maior de alimentação), Inquieta, Urina com frequência (comum em várias
espécies), agita a cauda com movimentos rápidos (muito indicativo de cio), procura o macho e
monta nas companheiras e deixa ser montada.

Manejo do Filhote: no primeiro dia fornecimento de colostro e cura do umbigo, Fornecimento


do leite de vaca – motivos (CAE; custo), 15 dias: fornecimento de feno e concentrado;
desmame com 2 meses; Fornecimento de volumosos (feno no geral)

CAE: Artrite encefalite caprina = Característica principal do retrovírus: pertencente à família


retroviridae, possui enzima típica “transcriptase reversa”, converte a fita de rna em dna, que
faz com que ocorra mutações na célula do hospedeiro, não sendo mais a sua multiplicação no
ribossomo. Por isso que ainda não existem vacinas, muito difícil combater. Pode ser articular,
neurológica, respiratória e mamaria - leva agalaxia: não produção de leite); mastite; atrofia na
glândula mamária que vai depender da idade: se é uma cabra mais velha, geralmente a atrofia
será unilateral. Uma cabra jovem tende a apresentar atrofia bilateral.

OVINOCULTURA
Brasil é o 5o maior produtor de Ovinos. Subdividas em lanadas e deslanadas. Um animal
lanado não necessariamente servirá para lã; existem raças leiteiras que são lanadas mas a lã
possui péssima qualidade. Em primeiro lugar carne e respectivamente lã, leite e couro.

Principais diferenças entre ovinos e caprinos


 Só em ovinos = lã, Seio infraorbital (chamado de fossa lacrimal ou glândula sub-orbital,
chifre com presença de estria. Base da inserção triangular e espiralados, cauda longa e
pendente, ausência de barba e perfil nasal convexo.
 Só nos caprinos = chifres são lisos com base de inserção circular e normalmente, não
espiralados, cauda é curta e elevada; Cavanhaque. Perfil nasal (em relação ao chanfro):
ovinos perfil nasal retilíneo.

Até 1 ano de idade – Cordeiro; Entre 1 e 2 anos de idade – Borrego; A partir dos 2 anos de
idade – Carneiro (macho); A partir dos 2 anos de idade – Ovelha (fêmea)

Lã - alternativa principalmente para raças de dupla aptidão


▪ Merino Australiano tem Cobertura de lã da testa até o pé; nessa raça consegue 2 tosquias
por ano 5kg 6 meses já enche de novo. Já a Ideal; Corriedale; Romney Marsh tem 1 tosquia por
ano.

Lã: Garreio e Velo


Fatores para uma boa qualidade de lã = Cor, Brilho, Suavidade, Densidade e Finura

Carne:Idade e peso ao abate: 5 meses, Peso: 28 a 32kg (varia de acordo com a raça)
Rendimento de carcaça: 50%; Carne de cordeiro: menos gordura, mais macia, aroma suave,
carcaça menos avermelhada, gordura branca.

Raças especializadas na produção de carne são raças lanadas, porém de péssima qualidade
como, Dorset, Ile de Frane, Texel.
Raças lanadas do grupo “cara-negra”: Suffolk, Hampshire, Dorper, White dorper
Raças deslanadas: Ciclam o ano todo
▪ Santa Inês – tripla aptidão (1amaior no Brasil) – 1a carne, 2a couro e 3a produção de leite.
▪ Morada nova – dupla aptidão; porte menor que a santa ines – carne e couro

Leite: Produção diária satisfatória: 900ml à 1L por dia.


Produção de Queijo, Quando o cordeiro fica com a mãe durante o dia, e é feito separação a
noite, é feito 1 ordenha por dia (pela manhã).
Ciclo de lactação: 4 meses. Quando é feita a separação ao parto/nascimento (como em
caprinos e vacas europeias) o ciclo de lactação dura mais, chegando de 6 a 10 meses.

Raças leiteiras
São lanadas, porém possuem lã de péssima qualidade (só possuem aptidão para leite),
Begarmácia e Lacaune

Pele: Muito utilizada na indústria de vestuário e calçado. Perdas por lesões por arames
(farpado, principalmente), linfadenite caseosa, bernes e outros ectoparasitas, traumatismo
provocados por tocos, pais e espinhos em pastagens sujas.
• Karacul

Manejo do Cordeiro:
▪ Ingestão de colostro: para ovino o ideal é de 6 a 8h pós parto.
▪ 3a dia: corte e antissepsia de umbigo → tintura de iodo 10%
▪ 10a dia em diante: início do creep feeding → cocho que possui alimentação diferenciada,
onde só o filhote tem acesso > estimulação do filhote a se tornar um ruminante. Aqui só não
entra o filhote que é separado depois que nasce.
▪ 20o dia: descola ou caudectomia: feito as vezes para evitar fezes e consequentemente
miíase.
▪ 30o dia: vermifugação: via oral, líquido.
▪ 90o dia: desmame (para animal de corte)

Instalações:
 Cercas lisas
 Cochos para suplementação mineral: A cerca acima do cocho auxilia para que os
animais não defequem dentro do cocho e não passe para o outro lado. Dessa forma, é
possível utilizar o mesmo cocho em 2 piquetes.
 Curral de Manejo:
 Brete e Tronco de Contenção:Paredes laterais sem abertura: animal só deve olhar pra
frente. (tronco todo fechado)
 Tronco coletivo: forma de um V para o animal não deitar. Para isso deve ter 30cm de
largura inferior e 50cm de altura superior.
 Brete: onde realiza contenção e os procedimentos (contenção individual)
 Pré-Pedilúvio: possui água. Serve para “limpar os pés” do animal porque na hora do
manuseio ele defeca.
 Confinamento: Tipos de piso no confinamento e curralete: cimentado com cama por
cima (casca de arroz, maravalha, etc). Ou o piso ripado (de madeira)

Forma de captura de alimento semelhante ao de equino: basicamente usando os lábios


Se for utilizar bovino e ovino no mesmo ambiente > pastejar primeiramente os bovinos pra se
alimentar das pastagens mais altas e os ovinos pegando as mais baixas.
Ideal: estoloníferos (caules horizontais) ou cespitoso (caules verticais) de pequeno porte. Até
90cm, mais comum: Aruana.
Manejo reprodutivo:
▪ Início de reprodução para ovino: 12 a 18 meses e machos 18 meses.
▪ Reprodução satisfatória: 6 a 7 anos;
▪ Tempo de gestação: 5 meses (cabra e ovelha)
▪ Deslanadas (santa ines e morada nova no Brasil – as principais) ciclam o ano inteiro,
possuindo o ciclo estral de 17 dias.
▪ Lanadas: poliéstricas estacionais de dias curtos (abril a junho) terão ciclo de 17 dias em
épocas de baixa luminosidade.
▪ Estação de monta: aprox. 2 meses.
Nas lanadas determinamos a estação de monta entre abril a junho porque é a época que elas
estão ciclando, seguindo a fisiologia do animal.
Nas deslanadas, a estação de monta será a época mais interessante, planejando o abate
próximo ao natal (dezembro) que é quando há maior procura. Pensando nisso, eles devem
nascer por volta de junho/julho. Para nascer em julho, a estação de monta nas deslanadas
deve ser entre janeiro e fevereiro. (pensando nos ovinos de corte)

Fase reprodutiva
▪ Monta a campo: 1 macho para cada 25 a 30 fêmeas
▪ Monta controlada: piquete com o reprodutor, onde você detecta a fêmea no cio e coloca o
macho. 1 macho para 50 a 70 fêmeas
▪ Inseminação artificial: 1 macho pra 1000 femeas.

Manejo reprodutivo – Flushing


Pensando nas fêmeas que estão a baixo da condição corporal (fêmeas magras) mais ou menos
30 dias do período reprodutivo (antes da estação de monta), é feito o aumento da taxa de
energia da dieta. 20%. Isso significa que você vai fornecer 200 a 250gramas de ração por dia
associada com uma boa pastagem;

Manejo Sanitário:
▪ Verminoses: principalmente Haemonchus contortus (causa anemia, podendo levar à óbito)
▪ Pododermatite (problema de casco): causado pela Fusobacterium necrophorum. Simples de
tratar, fazer o manejo do casco, pois a bactéria é anaeróbica e morre com o contato de ar.
“foot hoot

Febre aftosa = o índice de mortalidade é baixo o grande problema é a barreira sanitária,


econômica, se for diagnosticado não vai para fora do Brasil. É uma doença que tem
consequência de abate sanitário e fecha barreira de exportação. É uma doença altamente
contagiosa tem curso rápido e está na fase de erradicação, se tem 1 positivo todos são
abatidos. Cascos biungulados (todos os ruminantes e suínos), bovinos e bubalinos são
obrigados a vacinação.
Em maio e novembro (de mamando a caducando) macho e femeas são vacinadas.
Tem que ter nota da quantidade de animais que tenho na fazenda de vacina. Tem grande
problema comercial pois tem questão de mercado exportação.
Ela é altamente contagiosa muito transmissível, tem curso rápido, a doença começa e termina
em 15 dias.
Febre e lesão vesicular (afta). O animal tem inapetência, fica anoréxico atrapalha a produção, o
problema é comercial e econômico. Essa doença em 7 dias pode acometer o rebanho inteiro
Etiologia - aphtovirus é um aerossol, RNA não envelopado então geralmente é um vírus mais
mutável e é muito resistente.
Tem 4 proteínas na sua capsula externa a VP1 é altamente imunogenica E TEM O VP2/VP3/VP4
SOROTIPOS – vacina é bivalente com A e O já o C já foi erradicado sento o A muito mais
imunogênica.
Patogenia – febre desencadeamento a resposta imune tenho algum agente estranho, já
hipertermia é aumento da temperatura por questão ambiental onde o animal não consegue
controlar a temperatura corporal. A porta de entrada é oral e nasal, além do vírus ser leve
transmissível, resistente e mutável ele é eliminado em milhões de partículas, tem carga
infectante baixa, não preciso de muitos para infectar.
Tem lesão em boca e interdigital pode se confundir com doenças vesiculares aftas, para fechar
o diagnóstico é laboratorial, isolo o vírus coloco em células fazendo a cultura de células e se
lesar as células o vírus está lá.
Esse vírus é sitopatico, ele lisa a célula na hora de sair, célula de mucosa nasal e oral. Tem alta
replicação dentro do hospedeiro, ou seja, viremia, o macrófago não digere a partícula e acaba
transportando o vírus para o corpo.
Além da inapetência tem claudicação ou para de andar, pois tenho uma lesão seria no digito. O
lado bom é que a resposta imune é rápida com 4 dias.
Num primeiro momento tenho o período de incubação que é desde o primeiro contato até os
sintomas aparecerem que dura 3 dias então nessa fase onde o sistema imune ainda não
reconheceu o vírus ele se replica bastante, num segundo momento quando já tem lesa após 3
dias tenho um pico de viremia e o sistema imune já começa a tentar eliminar o vírus e o título
viral cai bastante, faço o isolamento viral, diagnostico direto, pego material e coloco em célula
e vejo se faz lesão. Depois vou para recuperação eu procuro anticorpo (AC).
Pode ter salivação, descarga nasal e vesícula na cavidade oral, pode aparecer vesicular na
cavidade oral, patas, úbere e rumem. Com 5 dias tenho o rompimento de vesículas e
intensificação de sintomas, tenho febre, no final da viremia tenho começo da produção de
anticorpos, no 8 dia tenho diminuição do título de vírus em vários tecidos e líquidos
desaparecimento gradual do vírus de tecidos e líquidos e aumento de anticorpos e por fim cura
completa 15 dias. De 3 a 5 dias e a pior fase a mais crítica e depois de 5 dias começa a diminuir
vírus e desaparecimento gradual da doença até cura completa.
Transmissão - porta de saída é o leite, fezes, sêmen, aerossóis (10km) e vesícula 1ml - libera
10milhoes de partículas virais. A cadeia de transmissão é curta, vesículas (boca,nariz,teto e
dígitos), densidade e corte x leite são iguais.
Sinais clínicos - se notei claudicação, lesão ulcerativa na boca vou ligar para o órgão vet mais
perto ou vou para o setor estadual de agricultura para notificar, ai vem o MAPA com
veterinários oficiais para fazer o diagnóstico. Mortalidade é baixa com morbidade alta, a
produção cai por conta da inapetência e se for confirmado tem barreira sanitária e para a
exportação.
Tem febre, anorexia, inapetência, vesícula em boca e nariz, salivação e apatia, tudo de forma
intensiva. A descarga nasal é incolor não tem produção de pus e muito raro a miocardite em
bezerros 90dias. Não é uma zoonose. Em ovinos a febre aftosa tem lesões mais brandas, suínos
não tem lesão vesicular oral e sim entre dígitos, focinho é difícil também .
Vacinas maio e novembro = dose era de 5 ml agora são de 2ml temperatura de conservação da
vacina 2 a 8 graus em bovinos e bubalinos, o local de aplicação é tabua do pescoço e tenho que
ter o certificado da declaração de vacina comprovando a vacinação.
Novembro dependendo do estado só faço em animais até 24 meses. Santa Catarina é livre sem
vacina.
Para fazer o diagnóstico quando é estomatite vesicular é diagnostico diferencial e comprovo
laboratorialmente. Estratégia – suspeito vem o MAPA coletar o material. Diagnostico é
laboratorial 1 grama de tecido vesicular se esta recente ou se está cicatrizando vou para uma
coleta chamada probang que vou até o esôfago do animal e pego o liquido. Faço elisa que é
rápido se der positivo pronto se não der faço o isolamento viral o grande problema do
isolamento viral é que ele demora para sair o resultado e a propriedade para sua rotina
totalmente. Faço até 3 isolamentos para confirmar e demora 4 dias cada exame, ou seja, quase
15 dias. 3 km de zona infectada eu abato e faço uma vigilância em 70 km e assim vai.

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