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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

BEM-ESTAR DE
AVES DE CORTE
Ana Paula Padilha
Fernanda Torquetti
Maria Eduarda Silva
Mathias Rasia
Milena Padoin

Ijuí/2019
AVICULTURA NO BRASIL
• Acredita-se que a ave tenha chegado ao Brasil em 1503. A produção
comercial surgiu em Minas Gerais, por volta de 1860, quando o Estado
começou a despachar galináceos e laticínios para outras regiões do País.

• O processo de modernização e de produção em escala da avicultura no


País começou na década de 30, em razão da necessidade de abastecer
os mercados que já eram gigantescos na época.

• Mas só a partir dos anos 50, a avicultura brasileira ganhou impulso com
os avanços da genética, com o desenvolvimento das vacinas, nutrição e
equipamentos específicos para sua criação. As grandes agroindústrias
avícolas brasileiras ganharam estrutura no início dos anos 60.
INSTALAÇÕES E QUIPAMENTOS
• Orientação do aviário em relação ao sol
• MEDIDAS PARA CONSTRUÇÃO DE AVIARIOS

CAPACIDADE COMPRIMENTO (m) LARGURA (m) ALTURA PÉ- ÁREA (m²)


DE AVES DIREITO (m)
12O 4 3 2,7 12
200 5 4 2,7 20
300 6 5 2,7 30
500 10 5 2,8 50
• PILARES: Podem ser de concreto armada ou em madeira tratada.
Atualmente para frangos de corte em construção empregam estruturas
pré-moldadas de concreto, estruturas metálicas ou mistas de ambos
compondo praticamente todos os pilares e estrutura do telhado. Os pilares
geralmente são afastados de 5,0 m, sustentando tesouras os pórticos com
apenas dois apoios de tal forma a manter o vão do galpão totalmente livre.

• FUNDAÇÃO: Direta descontinua em concreto, com profundidade variando


de 0,50 a 1,00 m sobre leito bem compactado, para o caso dos galpões
menores. No caso de grandes galpões, a fundação descontinua é formada
por sapatas armadas. Para apoiar as alvenarias das faces leste e oeste
do galpão, podem ser feitos alicerces contínuos e para apoiar as muretas
das faces norte e sul, alicerces contínuos rasos (de pequena
profundidade)
• PISO: Concreto simples, revestido com argamassa, de forma que a
espessura fique em tomo de 0,05 a 0,06 m. Em alguns casos, pode-se
utilizar piso de terra batida, mas deve ser evitado sempre que possível.
Deve ser considerada uma declividade de 2% no sentido de uma canaleta
central ou de duas canaletas internas ao galpão e paralelas ao seu eixo
longitudinal. Tais canaletas a “céu aberto” deveram possibilitar um
escoamento de 1% para o exterior dos galpões de forma a facilitar a
retirada das águas de limpeza e drenagem de umidade da cama;

• ALVENARIA: Faces leste e oeste com tijolos maciços e dotados de portal


grandes faces norte a sul com mureta até a altura de 20-40 cm, sendo o
restante fechado com rela metálica (2,5 cm) mais cortina plástica ou sacos
de aniagem, usada em casos de chuva e de incidência de raios solares;
• COBERTURA: Estrutura composta por tesouras ou pórticos, com telhas
de cerâmica, dotada de lanternim, para caso de largura do galpão maior
que 8 m e beiral amplo variando de 1,0 a 2,5 m de largura nas faces norte
e sul do telhado, de acordo com o pé-direito e com a latitude. A cumeeira
deve ser no sentido leste-oeste;
ACESSORIOS E COMPLEMENTOS
• AQUECIMENTO: Os pintinhos precisam se aquecidos até os 14/15 dias
de vida e em alguns casos, como nos locais de climas caracterizados por
temperaturas baixas, até 21 dias de vida. Para isso, são colocadas em
lotes de 500 a 700 dentro de círculos de proteção feitos, mais comumente,
de chapas de Eucatex ou de outros materiais como chapas galvanizadas.
Os círculos normalmente têm altura de 0,40 m e diâmetro 3,00m e em
cima dos mesmos é afixada a campânula, elétrica ou a gás, para
aquecimento dos pintinhos.
• COMEDOUROS: Uma bandeja de 40x560x6 cm de Eucatex e pinho ou
cedro é utilizados para 100 pintinhos na primeira semana de vida. Esta
mesma bandeja para 50 pintos na segunda semana de vida. Da terceira
semana até o abate, são utilizados comedouros tubulares na ordem de 1
para 25 aves.

• BEBEDOUROS: Copos de pressão com capacidade para armazenar


aproximadamente 4 litros de água são utilizados na ordem de 1 para 100
aves na primeira semana e 1 a 50 aves na segunda semana. Da terceira
semana até o abate, 1 bebedouro pendular para cada 50 aves.
• CORTINA DE PROTEÇÃO: Geralmente as costinhas são plásticas e é
acionada por carretilha, manivela e cordões em roldanas presas à
estrutura do telhado. É utilizada quando há incidências de ventos fortes,
chuvas e em casos de mudanças inesperadas de temperatura, sendo
recomendada a abertura de cima para baixo, visando controle de
movimentação de ar dentro do galpão.
• Ainda podem ser considerados como complementos na unidade de
produção de frangos, os reservatórios de água, os paióis, os crematórios,
as fossas de putrefação, cômodo anexo ao galpão (depósito) para guardar
ração, medicamentos e equipamentos e ainda as estruturas destinadas ao
manejo e tratamento dos dejetos.
• É recomendado, em alguns casos, fazer divisões internas, de modo que
separam lotes uniformes de 1000 a 2000 aves dentro do galpão. Essas
divisões podem ser feitas com quadros de madeira com tela e devem ser
removíveis para facilitar a limpeza do galpão.
CONDIÇÕES AMBIENTAIS E DE HIGIENE
• A limpeza e desinfecção devem ser efetuadas no intervalo entre lotes;
• Fazer o descanso do galpão, ou seja, deixar o galpão algum tempo
despovoado;
• Evitar ao máximo a entrada e a circulação de pessoas estranhas na área
dos galpões, quando isso se faz necessário, é fundamental que essas
pessoas usem botas e roupas da própria granja previamente
desinfetadas;
• O trânsito de veículos dentro da granja deve ser o mais reduzido possível;
• Evitar a circulação de outros animais na área dos galpões, pois estes
podem transmitir doenças;
• Manter o mais limpo possível a área próxima aos galpões;
• Controlar roedores e moscas em toda a granja;
• Para evitar a transmissão de doenças entre galpões, o recomendado é
que tenha uma distância mínima de 100 metros entre eles. Da mesma
forma entre os galpões e as construções que servem como depósitos;
• De preferência cada núcleo da granja deve ter um tratador;
• Quando o mesmo tratador for responsável por todo o plantes, os
trabalhos devem começar pelos lotes mais novos;
• Cada galpão deve ter os seus equipamentos, como: carrinho de ração,
pás, etc..
• Quando se retira o esterco ou cama, o mesmo deve ser levado para
bem longe do galpão, assim como todo lixo ou resíduos da limpeza dos
equipamentos;
• Retirar diariamente todas as aves mortas e elimina-las em local
afastado.
NUTRIÇÃO DE AVES DE CORTE
• Como a conversão em frangos aumenta a produtividade;
• Exigência para nutrição de aves de corte;
• Melhores práticas para nutrição e alta produtividade.
APANHAMENTO DE AVES E
CARREGAMENTO
• É o inicio do processo de pré-abate das aves é onde as preocupações
devem começar, pois é onde as aves estarão susceptíveis a inciar
processo de estresse. A captura dos frangos durante a retirada das aves
do galpão para o abate, é um trabalho que a primeira vista pode parecer
fácil, mais que no fundo exige muito treinamento e força física por parte
das pessoas contrata das para esse tipo de tarefa.
TRANSPORTE
• A mortalidade no transporte de frangos de corte, acarreta num grande
prejuízo anual as empresas. Sendo que a avicultura de corte no Brasil
modernizou-se muito, devido à necessidade de redução de custos e
aumento da produtividade. Os índices de mortalidade 0,15%, é um índice
aceitável pelas empresas, acima disso ocorrerá uma grande perda em
produtividade. A mortalidade no transporte não consiste somente as
mortes no deslocamento da granja até o abatedouro, e sim todas as
etapas de manejo pré-abate, como: Jejum pré-abate, apanha,
carregamento, espera no frigorífico.
DESCANÇO E PRÉ-ABATE
ETAPAS DE MANEJO
• O aviário deve ser isolado das outras instalações e criações;
• O ambiente deve ser seco, arejado e protegido dos ventos fortes;
• Estar sempre limpo antes da chegada dos pintinhos, e sem a
presença de aves por pelo menos dez dias.
• É importante alojar somente aves de mesma idade em cada aviário.
• É importante verificar antes do recebimento se as campânulas estão
funcionando e os bebedouros e comedouros abastecidos;
• Na chegada dos pintos, efetuar a contagem dos pintos existentes nas
caixas;
• Separar aqueles que apresentam pernas retorcidas, cabeças e olhos
defeituosos, bicos cruzados e aspecto de inviabilidade de
sobrevivência (refugo);
• O total de pintos com problemas deve ser anotado e alojar somente
aves da mesma idade;
• As temperaturas exigidas para que as aves encontrem conforto
ambiental são as seguintes:
DIAS/SEMANAS TEMPERATURA (°C)
1° dia 32
2° ao 7° dia 30
2ª semana 29
3ª semana 27
4ª semana 24

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