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Produção de mudas

viveiros
ESTABLECMIENTO DE VIVEIROS

1. DEFINICÃO
É uma área especial destinada produção de
plantas de diferentes espécies, com fins de
plantação.

2. Tipos De Viveiros:
•Viveiros Temporais
•Viveiros Permanentes
•Viveiros em Envases
Viveiros. Classificação
1.TEMPORAIS.

São instalações que por suas características


físicas e de produção, tem períodos de
tempo relativamente curtos.
Características:
• Seu espaço físico de produção é bastante
pequeno
• Não requer infraestrutura de apoio
• podem estar situados dentro de uma
mesma área de produção
• Sua missão termina, quando termina o
projeto de plantação
Vantajem :
• os danos as plantas por manipulação e
transporte são mínimos
• as plantas se produzem dentro de um
mesmo local de plantação
• a inversão para seu estabelecimento es
muito baixa
2. Viveiros PERMANENTES
• São Viveiros que produzem grandes
quantidades de plantas para abastecer
programas ou regiões durante tempos
muito prolongados.
Caracteristicas
• Seu espaço físico de produção é bastante
grande
• Necessita infraestrutura de apoio
(galpões, sistemas de rega, oficina e
outras)
• Produze grandes quantidades de plantas.
vantagem
• Por sua localização , dispõem de agua
para rega durante todo um ano.
• Existe uma melhor controle da produção
• Possui maior número de mão de obra
• Abastecem muitos programas de
plantação ou reflorestação.
VIVEIROS EM ENVASES
• São Viveiros temporais ou permanentes,
cuja produção se faz especificamente em
envases, para dar-lhes melhores condições
as plantas, antes de expedi-as aos locais
de plantação.
Razões dos Viveiros em Envases:

• Se devem fazer grandes quantidades de


extrações de terra para encher os
envases.
• Permitem dar-lhe as plantas, condições
similares as sítios de plantação.
• Reduze drasticamente o dessecamento
das raízes por efeito de exposição das
mesmas.
• Fatores gerais que devem considerar-se para o
estabelecimento de Viveiros

a) seleção do local:, é uma operação que deve realizar


se com cuidado.
Geralmente , os Viveiros devem estar situados cerca da
área que se vá a plantar e como estas em sua
maioria são acidentadas ou montanhosas, não é
fácil reunir todas as características favoráveis ; sem
embargo, se devem tomar em consideração os
seguintes fatores:
1. localização com respeito a área de plantação

a ) proximidade de um viveiro com respeito ao


sitio de plantação, se deve a que se diminuem
os gastos de transporte, manipulação e
condições climáticas, já que as mesmas dentro
do sitio de plantação são mais favoráveis
(precipitação, umidade, ventos, insolação) e
mais similares que fora de eles.

podem estabelecer-se Viveiros temporais ou


permanentes, tendo sempre em conta a
distancia que devem percorrer as mudas antes
de ser plantados.
2. Características do solo
E
Em geral, os solos para Viveiros devem ser o
suficientemente férteis para garantir os nutrientes
necessários que as plantas requerem para seu
desenvolvimento.

Tanto para a produção a raiz nua como para as de


envases, a profundidade do solo a extrair não deve ser
maior de 20 cm. Se devem evitar os solos argilosos
pesados e os arenosos soltos ; os primeiros por ter
dificuldades para a drenagem e os labores, os
segundos por sua pouca retenção de nutrientes e
umidade e ademais, por desmoronar-se a terra no caso
de produção em envases.
• Estando o viveiro cerca do sitio de
plantação (no caso de Unidades de
Manejo ou áreas montanhosas), podem
garantir-se solos de boa qualidade e pH
apropriado.
3. Abastecimento de agua
quando se pensa estabelecer Viveiros (qualquer que seja o sitio),
deve garantir se uma fonte de agua permanente.
Isto se deve a que a maioria de plantas florestais que se produzem
em viveiro, devem permanecer entre 3 a 12 meses , antes de ser
levadas a plantação. a cantada de agua necessária para o
abastecimento de um viveiro depende de:

• Extensão do viveiro.
• Exigência das espécies
• Tipo de viveiro (os Viveiros em envases necessitam maior
quantidade de agua que os demais)
• Método de irrigação
• Características do solo
• quantidade e frequência de chuvas
• Necessidade de abastecer instalações anexas como comedores,
albergues, tanques e outros.
4. Relevo do terreno e sua adaptabilidade

O sitio selecionado para um viveiro deve


ser plano e com bom drenagem, assim se
eliminam problemas de erosão ou
utilização de maquinaria pesada para
fazer trabalhos de movimentos de terra.

Pelo geral, sim se estabelecem Viveiros em


zonas montanhosas, se deve prever a
velocidade e circulação de ventos, devido
a que estes podem ocasionar problemas
de dessecação rápida do material vegetal.
5. Disponibilidade de pessoal

• Um bom viveiro deve contar com


suficiente número de pessoal , tanto
técnico como obreiro, devido a que em
este, as labores desde o estabelecimento
ate a produção, são bastante
consideráveis e muito tediosas. Por
suposto, que para o estabelecimento de
um viveiro, o número de pessoas deve ser
maior que para as atividades de produção.
Em geral, um viveiro funciona muito bem contando com :
• 01 Coordenador geral
• 01 Assistente
• 01 gerente de produção
• Operário para as labores de manutenção e cuidados
culturais (rega, controle de malesas, de pragas e
doenças, fertilização e outros).
• Quanto maior seja o número de pessoal, as labores em
um viveiro serão mais rápidas e fácies, porem o custo
por concepto salario do pessoal seja maior.
6. Proteção Permanente

• a zona onde se estabelece o viveiro, deve


ser objeto de proteção para evitar
possíveis danos como: passo de gado,
incêndios, ventos e outros.
• Assim mesmo, o viveiro deve ter
proteção em quanto a vigilância se refere,
já que as plantas podem ser objeto de
furtos contínuos, se não se dispõe de um
guarda.
• Substrato
• Os tipos de substratos utilizados no enchimento das embalagens são variados:
• a) acículas de pinus
• b) areia
• c) bagaço de cana curtido ou carbonizado
• d) cama de frango
• e) casca de arroz carbonizada
• f) esterco de gado curtido
• g) folhas de eucalipto curtidas
• h) galhos de eucalipto carbonizados
• i) moinha de carvão vegetal
• j) serragem curtida*
• k) terra argilosa
• l) terra de sub-solo
• m) terriço
• n) turfa palhosa ou argilosa
• o) vermiculita 2 a 3 mm

• * detalhes sobre a relação C/N em ROSA JUNIOR (1991) - Relação Solo-


organismos-plantas.
• O sistema de produção em recipitentes pode ser assim subdividido:
Casca de arroz carbonizada
• permite a penetração e a troca de ar na base das raízes;
• é suficientemente firme e densa para fixar a semente ou
estaca; tem coloração escura e forma sombra na base da
estaca;
• é leve e porosa permitindo boa aeração e drenagem;
• tem volume constante seja seca ou úmida; é livre de
plantas daninhas,nematóides e patógenos;
• não necessita de tratamento químico para esterilização, em
razão de ter sido esterilizada com a carbonização.
Exemplos da composição dos substratos utilizados por 6
empresas
Valores médio, Maximo e mínimo de nutrientes utilizados
na fertilização de base das mudas no viveiro
Substrato e recipiente

• Peneira para terra de


subsolo (Afubra)

• Mistura do
substrato e adubo
Substrato e recipiente
• Tubos para nativas e • Limpeza de
depósito de tubetes ao tubetes
sol (Afubra) (Fonte:
Botrel-FAG)

• Depósito de tubetes ao
sol (Aracruz, 2007)
Substrato e recipiente
• Abastecimento de
substrato e adubo e
enchimento de tubetes
(Aracruz, 2007).
Substrato e recipiente
• Esterilização de recipientes e
substrato com vapor: 80oC por 30s,
ou 70oC por 3 m (Aracruz, 2007).
Substrato e recipiente

Esterilização dos tubetes com


água quente 70-90 ºC/ 30”
(Fonte: Botrel-FAG)
Substrato e recipiente

Enchimento de tubetes (UFSM)

Enchimento de sacolas (Afubra)

Laminados (Afubra)
Substrato e recipiente
Enchimento das bandejas:
50% vermiculita fina
50% casca de arroz carbonizada
(Fonte: Botrel-FAG)
Substrato e recipiente

Adição de vermiculita e
umidecimento do substrato
(Plantar; fonte: Boetrel)
• COBERTURA DOS CANTEIROS
• A cobertura da semente tem em vista colocá-la em
íntimo contato com as partículas terrosas, facultando-
lhes as melhores condições de germinação e
desenvolvimento das radículas e impedindo que as
sementes sejam arrastadas pelas águas das chuvas,
pelos ventos ou consumidas pelos animais.
• Os materiais mais comuns usados para a
cobertura são:
• cinza, serragem,acícula seca picada,
composto peneirado, palha de arroz,
casca de arroz carbonizada.
• Na prática espalha-se uma ligeira camada
do material usado, sobre o canteiro e/ou
sobre o tubete ou saco plástico.
• A espessura é variável com a dimensão
da semente e deve ser o mais
uniformemente possível.
• ABRIGO DOS CANTEIROS
• É a proteção colocada a uma altura
variável, usualmente até 50 cm, sobre a
• superfície dos canteiros.
Sua principal finalidade,nas primeiras
semanas após a semeadura, é estimular a
percentagem de emergência, atuando
contra baixas temperaturas, no inverno, e
também protege contra forte insolação e
intempéries.
• Sistema de repicagem.

• espécies que suportem bem o trauma


radicular.
• sistema de
semeadura direta
• Este método vem
sendo bastante
utilizado, sendo viável
para muitas espécies,
como o pinus,
eucalipto, araucária,
bracatinga, pau-de-
balsa e guapuruvú,
devendo ser utilizado
para as espécies que
não toleram trauma no
sistema radicular.
Preparação de sementeiras
• 1. sementeiras: As sementeiras são os
locais onde as sementes são colocadas
para germinar.
• São canteiros de terra peneirada e
misturada com areia, onde as sementes
são enterradas e irrigadas em meia
sombra. Podem ser construídas, também,
em alvenaria, a 70 cm do solo.
• Estes podem ser construídos com apoios laterais de madeira, tijolos
ou com o mesmo solo do terreno sem necessidade apoios laterais.
as dimensões podem ser diferentes segundo seja o número de
plantas a produzir.

o mais recomendável é construir sementeiras de 1,20 m de largura e


de 20 m de comprimento para facilitar as labores culturais e as de
transplante podem ser mais difíceis e incómodas.

Este tipo de sementeiras geralmente se utiliza para a semeadura de


sementes (regularmente pequenas a medianas), ou quando a
quantidade de plantas a produzir es muita.
Preparação de sementeiras
2. sementeiras de transplante: São
infraestruturas que se estabelecem no
solo, com a a finalidade de albergar as
plântulas e que se desenvolveram ate
que sejam levadas a plantação.
Este tipo de sementeiras se fazem geralmente
com bolsas ou envases de polietileno, plástico
ou outro material resistente, na atualidade ,
envases de polietileno (em varias dimensões).
os envases se usam para dar-lhe certas
condições as plantas antes de ir aos sítios de
plantação, os envases estarão cheios com
substrato.

Também os envases se podem usar para semear


sementes de mediano a grande tamanho, sem
existir a necessidade de usar sementeiras
3. sementeiras, germinadores: Estas
sementeiras se constroem com a única
finalidade de semear sementes para sua
germinação.

Estas diferem das sementeiras e de transplante, já


que são construídos especialmente para que a
germinação seja rápida e homogénea.
geralmente, se constroem “caixas” de varias
dimensões ou sementeiras no solo, mas com a
diferencia de que o substrato é areia.
• sementeiras de transplante: São
infraestruturas que se estabelecem no
solo, com a finalidade de albergar as
sementes germinadas e que se
desenvolverão ate que sejam levadas a
plantação.
Este tipo de sementeiras se fazem geralmente
com bolsas ou envases de polietileno, plástico
ou outro material resistente, os mais
recomendáveis e que se usam com maior
frequência na atualidade, são os envases de
polietileno (em varias dimensões). os envases
se usam para dar-lhe certas condições as
plantas antes de ir aos sítios de plantação.

Também os envases se podem usar para semear


sementes de mediano a grande tamanho, sem
existir a necessidade de usar sementeiras
sementeiras germinadores: Estas sementeiras se
constroem com a única finalidade de semear sementes
para sua germinação.

Estas diferem das sementeiras e de transplante, já que são


construídos especialmente para que a germinação seja
rápida e homogénea. geralmente, se constroem caixa
de varias dimensões ou sementeiras no solo, mas com a
diferencia de que o substrato é areia.
• Sistema por propagação vegetativa
• A. Estaquia

Aspectos do processo de melhoramento genético florestal - classificação
das técnicas propagação vegetativa
b. Enxertia. Este método é mais comum
para a montagem de bancos e pomares
clonais de pinus e eucalipto (ASSIS, et al.,
1983).,
c. Micropropagação ou cultura de tecidos
Técnica que utiliza alta tecnologia, consiste em se produzir brotos e
raízes por meio de células retiradas de órgãos de plantas, e tratadas em
ambiente asséptico contendo meio com substâncias estimulantes
• d.Microestaquia
• A microestaquia, como o próprio nome
evidencia, é uma técnica de propagação
vegetativa na qual utilizam-se
microestacas a serem enraizadas para a
obtenção de mudas.
Comparativo entre estaquia e microestaquia na reprodução
de algumas espécies de Eucalipto (Champion Papel e
Celulose Ltda
• e. Miniestaquia. A técnica de
miniestaquia consiste na utilização de
brotações de plantas propagadas pelo
método de estaquia convencional como
fontes de propágulos vegetativos.
(b)

(a) (c)

(a) Muda de estaca enraizada, antes (esquerda) e após (direita) a poda do ápice;
(b) coleta de miniestacas em minicepa; (c) miniestaca pronta para a cada se
vegetação (XAVIER e WENDLING, 1998).
Comparação entre macro e micro estacas de eucalipto
(Higashi et al, 2002)
Produção de propágulos
Corte de mini-estacas

Minijardim clonal (Plantar; fonte: Boetrel)


Produção de propágulos

Mini-cepas aos 3 anos


(Plantar; fonte: Boetrel)

Colheita da miniestaca
(Plantar; fonte: Boetrel)
Coleta de brotos em minijardim

Minijardim
Irrigação em minijardim

Minijardim
Produção de propágulos

• Conservação das
estacas até o
plantio - carro
com irrigação
Plantio de propágulos

Plantio manual de
sementes

Bandeja para plantio


de sementes
Estaqueamento peletizadas
(Afubra)
Plantio de estacas
Estaqueamento
Estaqueamento
e irrigação das
mudas
Conservação e Transporte

Transporte das bandejas estaqueadas

Sistema de conservação das


miniestacas
Germinação de sementes e crescimento

• Germinação e
crescimento • Canteiros de
em tubetes mudas de raiz
nua em fase
de crescimento
Enraizamento
Detalhe de bico
nebulizador na Área
de enraizamento

Área de enraizamento

Área de crescimento

Detalhe de bico de
irrigação na área de
crescimento
Fertirrigação

Controle eletrônico da
aplicação de
fertilizantes
Fertilização por
fase:
• Enraizamento:
equilíbrio de macro
e micro de acordo
com a espécie;
• Crescimento:
+ N;
• Rustificação:
-N e
+Ca, Mg e K.
Crescimento

• Área de
crescimento

Uso de sombrite 50%


Crescimento

• Lavagem das mudas após


adubação na fase de crescimento
(Plantar; fonte: Boetrel)

Nesta fase a densidade de mudas nas


bandejas é reduzida pela metade
Crescimento e rustificação

Crescimento e rustificação
Seleção de mudas na rustificação

1ª Seleção das mudas.

Na rustificação a densidade de mudas nas


bandejas é reduzida a um terço da inicial,
ou menos para proporcionar arejamento.

Classificação das mudas:


•Sem folhas (descartadas)
•Pequenas
•Médias
•Grandes.
Rustificação

Mudas em área de pleno sol.


Seleção de mudas na rustificação
Após a 3ª seleção, as mudas
pequenas são adubadas e ficam no
viveiro até atingir tamanho para
plantio; as demais são enviadas
para o campo.
Mudas pequenas com 5 meses ou
mais são descartadas.

Segunda e terceira seleções:


• 2ª seleção: 35 – 40dias
• 3ª seleção: 25 – 30 dias.
Rustificação e expedição

• Rustificação. • Expedição
Expedição e transporte
Espera

• Áreas de Espera )
Expedição
• Expedição
Expedição

• Rustificação e Expedição
Seleção e expedição

Preparação das mudas para


transporte .

Mudas prontas em 90 – 110 dias


Tamanho 25 – 35cm.
Expedição

Sobre-caixa para o transporte


• Recipientes
• Algumas características do recipiente
a) resistência ao período de encanteiramento;
b) facilidade do preenchimento com substrato;
c) facilidade de manuseio;
d) facilidade de acondicionamento para transporte;
e) permeabilidade às raízes;
f) boa capacidade de retenção de umidade;
g) facilidade de decomposição no solo;
h) permitir o plantio mecanizável;
i) ter custo acessível
paper-pot (a), bandejas de polietileno
Semeadoras
• Sistema de produção de mudas com
raízes nuas
• espécies mais rústicas, como o pinus e
alguns eucaliptos, ou que mesmo não o
sendo, suportam os traumas radiculares
• Ferlilização
• Nos viveiros, recomenda-se a adubação
parcelada (4 a 6 vezes) em irrigação após
a germinação, para se evitar perdas por
lixiviação. A quantidade varia de 2,5 a 5 g
de NPK (4-16-4 ou 5-14-3) por planta. No
entanto, cada espécie tem suas próprias
exigências que devem ser determinadas
por experimentação.
Efeitos da aplicação de alguns nutrientes sobre as plantas e o substrato
• Micorrizas na produção de mudas
• Micorriza é o conjunto simbiótico entre
fungos endo e/ou ectotróficos e o sistema
radicular dos vegetais.
• A inoculação de fungos micorrízicos pode ser:
• Natural
• Pode-se utilizar acículas de pinus ou material orgânico
encontrados sob os povoamentos adultos, incorporando-
os ao solo antes da semeadura, a uma profundidade de
12 a 15 cm, no caso dos canteiros, sendo que a
proporção inóculo/substrato deve ser de 1:10. As
acículas podem também ser utilizadas como proteção ás
plântulas e fonte de inóculo.
• Outro tipo de inóculo natural são os corpos de
frutificação dos fungos, que devem ser triturados e
incorporados ao substrato.
• Artificial
• Utiliza-se inóculo obtido em laboratório
com culturas puras e específicas para
cada espécie florestal.
• Seria um método ideal, mas ainda está
em estudos no meio florestal.
• Poda
• É uma técnica de manejo das mudas, que
visa melhorar a relação parte
aérea/sistema radicular, proporcionando
melhor aproveitamento de água e
nutrientes, ou favorecendo a
sobrevivência das mudas no campo.
• Poda do sistema radicular
• É normalmente utilizado nos métodos de produção de
mudas por repicagem e por raiz nua, aumentando a
formação de raízes laterais, ou retardando o
crescimento das mudas que ficarão no viveiro por tempo
além do normal ou previsto, como é o caso das mudas
para replantio.
• É uma técnica recomendada apenas para espécies que
suportem o trauma do sistema radicular, e deve ser
aplicada em conjunto com métodos de proteção contra a
invasão de patógenos.
• Poda da parte aérea
• Consiste em seccionar 2 a 3 cm apicais das
plantas, e deve ser feita tendo-se em mente a
possibilidade de se provocar a bifurcação
indesejável.
• A poda interrompe temporariamente a sintese e
translocação da vitamina B1 para as raízes, e
necessária ao crescimento da planta, além de
alguns hormônios
IRRIGAÇÃO - Área total
IRRIGAÇÃO - Individual
IRRIGAÇÃO - por capilaridade
MAL DISTRIBUIDA
EXCESSO
• Irrigação – O sistema de irrigação utilizado é diferenciado nas etapas
de produção do viveiro:

• Mini-jardim clonal:
i) subirrigação;
ii) gotejamento;
iii) sistema de aspersão

• Casa de vegetação:
i) nebulização com fogger;
ii) barra e micro aspersores

• Sombreamento:
i) mini-aspersão e aspersão
• Quadras de aclimatação:
ii) Aspersão

• Pleno sol:
i) aspersão;
ii) barra móvel;
iii) subirrigação;
iv) super mankad
• PRODUÇÃO DE MUDAS. FATORES QUE INFLUENCIAM
• Qualidade da semente
• Semeadura
• Água e oxigênio
• Irrigação
• Nutrientes
• Temperatura
• Luz
• Ventilação
• Pragas
• Doenças
• PRODUÇÃO DE MUDAS FATORES QUE INFLUENCIAM
• ÁGUA E OXIGÊNIO:
• EXCESSO DE ÁGUA:
• LIXIVIAÇÃO DE NUTRIENTES
• REDUÇÃO DE TROCA GASOSA (Oxigênio)
• Redução na absorção de água (murcha)
• Redução na absorção de nutrientes
• COM TEMPERATURA ELEVADA:
• Dormência secundária
• Aumento da taxa respiratória
• Aumento da demanda de água
• Favorece ataque de doenças
• IRRIGAÇÃO
• Qualidade da água
• Isenta de patógenos
• Composição química (pH, condutividade elétrica, concentração
de nutrientes)
• Quantidade da água
• Volume do substrato
• Formato do recipiente
• Tipo do substrato
• Quando irrigar
• Quando 75 a 85% da água é perdida
• Não no final da tarde
• Depende do estádio do desenvolvimento da muda
• Como efetuar
• Aspersão manual
• Micro aspersores (Baixar a temperatura)
• Por capilaridade
PRODUÇÃO DE MUDAS FATORES QUE INFLUENCIAM

• NUTRIENTES
- Substrato equilibrado para
cada cultura
• Solo corrigido e adubado
• Adubação complementar
com macro e micro
nutrientes
• Garantia da produção
inicial
• LUZ
– Redução de luminosidade
• Redução na relação raiz e
parte aérea
• Sombreamento entre mudas
• Estiolamento
• – Excesso de luminosidade
• Danos as plântulas logo após
a emergência
• TEMPERATURA
– Influência em todas as atividades fisiológicas
durante a germinação, crescimento e
desenvolvimento.
– Igual ou próxima a ótima de cada espécie
– Estresse por alta temperatura
• Dormência das sementes
• Injúria por esgotamento, toxidez e destruição
das proteínas
• Células danificadas suscetíveis a doenças.
• VENTILAÇÃO
– Abertura das cortinas
– Abertura dos portões
– Abertura dos janelões
• Doenças fúngicas no viveiro
• As doenças fúngicas são as de maior
ocorrência, portanto de maior importância
no viveiro, e dividem-se em três classes
• "Damping-off"
• É a mais importante das três, e pode ser
causada por uma série de fungos
presentes nas sementes ou no solo, entre
eles: Cercospora, Pestalozzia, Fusarium,
Phytophora, Botrytis, Diplodia,
Cylindrocladium, Pythium e Rhisoctonia.
Os três últimos são os mais comuns nos
nossos viveiros.
• Podridões de raízes
• Os patógenos são os mesmos que
causam o "damping-off", provocando
necrose nos tecidos das raízes, com
escurecimento e apodrecimento.
• Este problema tem sido mais frequente
em pinus, e os gêneros mais frequentes
são Fusarium e Cylindrocladium
• Doenças da copa
• Causam manchas e crestamentos foliares,
secamento de acículas, morte de
ponteiros e necroses no caule. Os
patógenos mais comuns são dos gêneros
Cylindrocladium, Botrytis, Phytophthora,
Cercospora e Puccinia psidii (ferrugem do
eucalipto). No entanto, o primeiro tem
causado maiores problemas.
• Controle
• Pode-se usar o controle cultural e o
controle químico
• Controle preventivo
• Faz-se a fumigação dos canteiros e material de
cobertura morta com brometo de metila nas
doses de 20 a 30 ml.m-2 e 40 ml.m-3
respectivamente, e a pulverização das
embalagens com Benomyl 50% a 0,1 g.m-2.
• Para a proteção das mudas os produtos são:
• - Benomyl 50%, Captam 50% .........1 g.l -1.m-1
• Controle curativo
• Este controle é feito após o aparecimento
da doença, aplicando-se Benomyl 50%
e/ou Captan 50% na dose de 0,4 kg/ha (2
g/L de água) a cada 3 dias, devendo-se
eliminar diariamente mudas doentes e
suas embalagens.
• Controle de insetos em viveiros
• combater grilos, lagartas-rosca, pulgões,
besouros, formigas-lavapés e outros insetos.
• A melhor alternativa de produção de
mudas depende de fatores técnico-
econômicos; - A escolha de insumos
de qualidade aliada ao bom manejo
garante a qualidade da muda.
• Dimensionamento
• Mudas de raiz nua

• K - quantidade de sementes em kg por canteiro.


• D - densidade de mudas por m2.
• A - área do canteiro em m2.
• G - % de germinação em decimais.
• N - número de sementes por kg.
• P - % de pureza em decimais.
• f - fator de segurança (0,10)
• Para o caso de se querer calcular a
quantidade total de sementes, tem-se:

K - quantidade total em kg de sementes.


n - número de mudas a serem produzidas.
N - número de sementes por kg.
G - % de germinação em decimais.
P - % de pureza em decimais.
f - fator de segurança.
Para efeito de segurança na produção, pode-se considerar perdas na
germinação, na repicagem (até 25%), na seleção da repicagem (até 10%) e no
campo (até 20%).
Qualidade de mudas
Sanidade

Cliente

Qualidade Origem
INDICADORES DA QUALIDADE DAS MUDAS

• Introdução
• Vários parâmetros são utilizados para avaliar a
qualidade das mudas de espécies florestais e,
dentre eles, destacam-se: altura da parte aérea,
sistema radicular, diâmetro do coleto, proporção
entre as partes aérea e radicular, proporção
entre o diâmetro do coleto e a altura da parte
aérea, pesos de matéria seca e verde das
partes aérea e radicular, rigidez da parte aérea,
aspectos nutricionais, etc.
• 2. Parâmetros de verificação
• A qualidade das mudas pode ser verificada
por dois parâmetros:
1. Parâmetros morfológicos
• São considerados importantes para
classificação de mudas, os seguintes
parâmetros morfológicos:
• a. Altura da parte aérea
• É um indicador que sozinho não tem muita importância,
pois através de uma adubação nitrogenada excessiva,
pode ocorrer maior crescimento em altura, e como
conseqüência um enfraquecimento geral aumentando a
mortalidade no plantio.
• Na prática, verifica-se a ocorrência de menor
mortalidade entre mudas de menor altura do que nas
mais altas.
• Quanto ao desenvolvimento no campo, existe muita
controvérsia quanto à relação altura no
viveiro/sobrevivência no campo.
• b. Diâmetro do coleto
• Vários trabalhos indicam que mudas com maior
diâmetro de coleto apresentam maior
sobrevivência no campo.
• Se for necessário utilizar mudas com maior
altura do que o normal, como por exemplo num
plantio em área com grande concorrência com
outro tipo de vegetação, é recomendável que
estas tenham grandes dimensões de diâmetro
de coleto.
• c. Peso das mudas
• Este parâmetro é composto por: peso das
sementes, procedência, altitude e latitude
do viveiro, espaçamento no viveiro e
especialmente a disponibilidade de
nutrientes no substrato.
• d. Relação parte aérea/sistema radicular
• Pode-se considerar nessa relação, o
comprimento, o peso de matéria seca e o peso
de matéria verde. Para o peso de matéria seca,
verifica-se que plantas que tenham
proporcionalmente maior peso do sistema
radicular do que na parte aérea, têm maior
chance de sobrevivência no campo.
2. Parâmetros fisiológicos
• Dentre os principais parâmetros fisiológicos, destacam-
se:
a. Poder de regeneração das raízes
• Após o transplante ou repicagem, a sobrevivência e o
crescimento das mudas dependem em grande parte, da
rapidez com que estas enraízam no solo.
• O poder de regeneração das raízes é influenciado pelo
ambiente, pelo tipo de solo e suas propriedades, pela
época de extração e modo de armazenagem das mudas
antes do plantio.
• b. Teor de nutrientes das mudas
• A reserva de nutrientes das mudas é
importante para o seu incremento após o
plantio, bem como para a sua
sobrevivência e resistência ao ataque de
doenças.
• b. Teor de nutrientes das mudas
• A reserva de nutrientes das mudas é
importante para o seu incremento após o
plantio, bem como para a sua
sobrevivência e resistência ao ataque de
doenças.
3. Parâmetros morfológicos "versus"
sítio e métodos de produção de mudas
• O desenvolvimento das mudas no viveiro
é dado pelo genótipo e pela interação com
o ambiente, como o sítio e métodos de
produção:
• a. Influência do sítio
• A altitude do viveiro influencia indiretamente
sobre os parâmetros morfo e fisiológicos,
alterando a temperatura, a duração do período
vegetativo, a intensidade da radiação solar e o
fotoperíodo. Dessa forma, é importante procurar
relacionar a altitude da região de procedência
das sementes com o local de instalação do
viveiro.
• b. Influência dos métodos de produção
de mudas
• b.1. Densidade nos canteiros
• Deve-se procurar estudar a melhor
densidade de semeadura para a espécie,
local do viveiro e substrato.
• Existe uma relação entre a densidade e o
desenvolvimento das mudas. Grande
densidade leva a um menor
desenvolvimento, e conseqüentemente a
um maior número de mudas consideradas
"refugo". O excesso de espaçamento
entre as mudas também leva a problemas
morfológicos.
• b.2. Poda de raízes
• Já foi dito que a poda de raízes estimula o
crescimento do sistema radicular e reduz
o crescimento em altura. A poda é
recomendada para espécies com rápido
crescimento da parte aérea ou fraca
formação das raízes.
• b.3. Repicagem e raiz nua
• Sempre que se arranca uma muda, esta sofre
traumatismo nas raízes, levando a brotações.
• Na repicagem, deve-se observar que é fácil
produzir deformações nas raízes, o que leva a
um menor desenvolvimento do sistema
radicular. Essas deformações podem ser
evitadas ou diminuídas com um sulco ou furo de
profundidade suficiente, posição correta da
muda em relação ao sulco ou furo e poda de
raiz antes da repicagem.
• b.4. Embalagem
• A estrutura e forma da embalagem
influencia na expansão, forma e direção
de crescimento das raízes, e por
conseqüência, na conformação do
sistema radicular como um todo.
• b.5. Adubação
• A inadequação da quantidade elementos minerais
disponíveis às plantas pode levar à má formação das
mudas, e em alguns casos, contribuir para o
aparecimento de doenças.
• A adubação pode também influenciar negativamente na
formação de micorrizas, se houver excesso de
nitrogênio, fósforo ou boro (usado para aumentar a
resistência à geada) no solo.
• O pH do solo é importante também, pois pode propiciar
o aparecimento de doenças e afetar o desenvolvimento
geral das plantas.
• Tempo de formação e expedição das mudas
• A região, a época do ano, o sistema de plantio e os
tratos dados às mudas no viveiro podem afetar o tempo
de formação.
• Para o eucalipto o tempo de formação das mudas é de 2
a 4 meses, de pinus de 4 a 8 meses e de espécies
nativas de 10 a 12 meses.
• Para a expedição, se as mudas são produzidas em
recipientes, estas devem ser removidas, selecionadas e
encaixotadas com tempo suficiente para a rustificação.
As mudas de raízes nuas permanecem no canteiro até o
momento do plantio, como já foi descrito no capítulo
"Produção de mudas".
• Os principais parâmetros que indicam a boa qualidade de uma
muda são:
- uniformidade de altura entre as mudas;
- rigidez da haste principal (diâmetro de colo);
• número de folhas e/ou, tamanho de copa;
• aspecto visual vigoroso (sintomas de deficiência, tonalidade das
folhas);
• ausência de estiolamento;
• ausência de pragas e doenças na folha, no caule e nas raízes;
• ausência de ervas daninhas no substrato;
• sistema radicular e parte aérea bem desenvolvida (raiz pivotante
não enrolada e fixada no solo, fora do recipiente);
• relação parte aérea/sistema radicular.
• fim

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