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AQUICULTURA-

PISCICULTURA
AQUICULTURA

 A aquicultura é uma atividade praticada pelo ser humano há


milhares de anos.

 Lei 11959: Atividade de cultivo de organismos cujo ciclo de


vida em condições naturais se dá total ou parcialmente em
meio aquático, implicando a propriedade do estoque sob
cultivo, equiparada à atividade agropecuária
AQUICULTURA

 Registro milenar da atividade aquícola

 Produção de peixes, camarões, rãs, ostras e outras


espécies com o objetivo de seguridade alimentar

 Produção de peixes, essa atividade caracteriza-se como um


subtipo da aquicultura denominado de piscicultura.
AQUICULTURA
IMPLANTAÇÃO DO PROJETO E
LOCALIZAÇÃO

 Obtenção das licenças necessárias junto aos órgãos


ambientais, como Secretaria de Meio Ambiente Estadual,
Ministério da Agricultura e Ibama, entre outros.

 Evitar locais sujeitos a inundações, considerando sempre a


cota máxima histórica

 Solos com boa relação de argila, silte e areia, permitindo


boa compactação
RECURSO HÍDRICO E DRENAGEM

 Adequar o tamanho do projeto à disponibilidade de água,

 Qualidade físico-química da água,

 Avaliar o risco de contaminação a montante (acima da


captação),

 Promover conscientização da importância da preservação


dos mananciais de água e da mata ciliar,

 Os sistemas de drenagens devem ser dimensionados de


acordo com a vazão máxima, (considerando a entrada de
água via abastecimento e o aumento da água no período
das chuvas fortes)
SEGURANÇA QUÍMICA

 Combustíveis, óleos e produtos químicos devem ser


armazenados fora da área de produção,

 Tanques de combustíveis devem possuir estrutura de


contenção com capacidade superior ao tanque para evitar
que combustível derramado em um acidente atinja a
piscicultura ou meio ambiente.
ISOLAMENTO DA ÁREA DE PRODUÇÃO

 Para evitar o acesso de veículos não autorizados nas áreas


de produção, recomenda-se uma estrutura de
estacionamento para veículos de visitantes e funcionários
em uma área isolada da área de produção
SISTEMA ANTIFUGA

 Todas as saídas dos tanques devem possuir telas que


impeçam o escape de peixes para a natureza.

 As aberturas devem ser dimensionadas de acordo com o


tamanho dos peixes estocados.

 Nas entradas de abastecimento sejam utilizados filtros que


impeçam a entrada de peixes invasores

 Filtros são obrigatórios nos tanques onde são estocados


larvas e pequenos alevinos
VIVEIROS DE AQUICULTURA

 Reservatório artificial construído em terreno natural e que é


dotado de mecanismos de abastecimento e drenagem de
água, de preferência por gravidade, que permitam seu
enchimento e secagem no menor espaço de tempo possível.
TIPOS DE VIVEIROS

 Apresentam várias formas

- Maturação para reprodução

- Larvicultura

- Alevinagem/pós-larvas

- Engorda

 Para cada sistema relacionado, os sistemas de


abastecimento e de drenagem irão se ajustar a estrutura
desses sistemas
TIPOS DE VIVEIROS
TIPOS DE VIVEIROS
TIPOS DE VIVEIROS
TOPOGRAFIA DO TERRENO

 Deve ser considerada com muita atenção para que se possa


determinar:

 Tipos de viveiros,

 Formato,

 Profundidade,

 Quantidade.
TOPOGRAFIA DO TERRENO

 Terrenos que apresentam uma declividade muito acentuada

não são recomendados

 Terrenos que apresentem uma declividade muito baixa o

ideal é que se construam viveiros de barragem.

 Para a construção de viveiros é recomendado que se faça

um levantamento planialtimétrico
FORMATOS

 Podem ser construídos de diversas formas,

 Em geral os viveiros devem ser construídos levando em


consideração a redução do perímetro dos viveiros para
evitar custos elevados com escavações e movimentações de
terra.
ÁREA DE CULTIVO

 Área de viveiros levamos em consideração seu espelho d'água

 Viveiros de alevinagem ou no segundo estágio de cultivo em


camarões geralmente têm uma área 0,02 a 0,5 ha

 Os viveiros de engorda geralmente possuem uma área de 01 a


03 ha para piscicultura

 01 a 20 ha para carcinicultura

 Depende de vários fatores:

 Capacidade produtiva da unidade;

 tipo de cultivo;

 topografia do terreno.
PROFUNDIDADE DE VIVEIRO

 Diz respeito a sua lâmina de água

 A profundidade média geralmente varia entre 1, 0 a 1,5 m de


profundidade.

 Não é recomendada a construção e/ou utilização de viveiros


com profundidades acima de 3,0 m.

 Termoclina
CONSTRUÇÃO

 Elevação, quanto por elevação parcial e ainda totalmente


elevados em terreno natural.

 A escavação pode ser realizada tanto manualmente quanto


através de máquinas, como retroescavadeiras, tratores de
esteiras, dragas,

 No início da escavação é feita uma vala central e o solo


retirado é depositado ao longo dessa vala para a construção
dos taludes
MOVIMENTAÇÃO DE TERRA
DIQUES E TALUDES

 Para a construção é recomendado utilizar o próprio material

retirado na escavação

 A compactação com piçarra ou material semelhante devem

ser utilizado quando o solo não apresentar uma

consistência apropriada.

 A inclinação dos diques no caso em que separem dois

viveiros, essa inclinação pode ser de 2:1 a 3:1,


DIQUES E TALUDES

 Já nos casos dos diques externos essa inclinação poderá

ser de 1:1 a 2:1

 A largura do coroamento do dique pode variar de 1 a 5m.

 Os demais diques devem ter coroamento de 1 a 2 m.


TALUDES

 Taludes internos dos tanques escavados assim como


taludes externos devem ser gramados para diminuir a
erosão,

 É recomendado o cascalhamento das estradas dos taludes,

 As represas e tanques devem ter bordas livres de pelo


menos 60 cm, e os tanques escavados devem ter borda livre
ao redor de 30 a 40 cm.
TALUDES
DIQUES E TALUDES
FUNDO DOS VIVEIROS

 Deve ser construído de tal forma que permitam:

 Uma boa regularidade, sem depressões e/ou elevações

 Declividade variando de 0,5 a 1 ,0% para viveiros com grandes

 Declividade 1 ,0 a 2,0% para viveiros pequenos,


SISTEMA DE ABASTECIMENTO

 Distribuição da água, captada de uma fonte ou manancial


através de canais escavados em solo natural até os
viveiros.

 A principal estrutura são as “Casas de Bombas”

 Podem existir sistemas de bombeamento auxiliares que


alimentam canais secundários como o intuito de aumentar o
potencial de abastecimento do todo o sistema
SISTEMA DE ABASTECIMENTO

 As bombas podem ser:

 Axiais

 Bombas flutuantes

 Devem ser dimensionadas para atender a demanda diária


de água para:

 Abastecimento completo dos viveiros,

 Reposição de água por perda e evaporação,

 Abastecimentos de emergência.
SISTEMA DE ABASTECIMENTO
SISTEMA DE ABASTECIMENTO
COMPORTAS

 Estruturas de alvenaria que são construídas no centro da


parede na largura do viveiro ou na junção entre as paredes
do viveiro

 Um viveiro possui uma comporta de abastecimento e uma


comporta de drenagem.
COMPORTAS

 Apresentam estrutura duas asas laterais (que apresentam


ranhuras onde serão instaladas as tábuas de vedação e
controle do nível de água, bem como as telas de proteção e
filtração e as redes de despesca
SISTEMAS DE CULTIVO

 Todo corpo de água preparado com a finalidade de se criar


peixes pode ser produtivo.

 A produção dependerá de fatores:

 Disponibilidade e qualidade da água,

 Condições locais de solo,

 Clima,

 Manejo dos peixes

 Sistema de cultivo
SISTEMA EXTENSIVO DE PRODUÇÃO

 Apresenta os menores índices de


produção,

 Exclusivamente do alimento natural


(plâncton) já existente nos tanques.

 Pode ser praticada em corpos d'água


que não foram construídos
especificamente para o cultivo de
peixes,
SISTEMA EXTENSIVO DE PRODUÇÃO

 A produtividade oscila entre 100 a 500 kg/ha/ano,

 Além do baixo rendimento em peixes,

 Não há controle das espécies existentes (predadores)

 A intervenção do homem é mínima

 A coleta de peixes é feita apenas através de pesca com


redes, tarrafas ou caniço,

 Dificuldades em se esvaziar os tanques.


SISTEMA EXTENSIVO DE PRODUÇÃO

 Só é indicado quando não houver interesse direto do


produtor em criar peixes, sendo a produção obtida utilizada
apenas para o consumo próprio ou lazer.
SISTEMA SEMI-INTENSIVO DE PRODUÇÃO

 Contribuição do homem na melhoria da produtividade


(calagem e adubação),

 Fornecimento de algum tipo de alimento suplementar como


resíduos da agroindústria, restos de abatedouros e ainda
rações de outras espécies animais.
SISTEMA SEMI-INTENSIVO DE PRODUÇÃO

 A produtividade varia entre 1000 até 5000 Kg/ha/ano,

 Produtividade dependente diretamente da disponibilidade


dos alimentos suplementares (quantidade e qualidade).

 Piscigranjas
SISTEMA SEMI-INTENSIVO DE PRODUÇÃO
SISTEMA INTENSIVO DE PRODUÇÃO

 Arraçoamento artificial, com


 Rações específicas como principal fonte de alimentação.
 Os peixes são criados em tanques construídos
especialmente para este fim,
 A produtividade obtida neste sistema pode variar entre 7 a
12 toneladas/ha/ano,
 Alguns fatores importantes:
 Quantidade e qualidade da água,
 Clima da região,
 espécies cultivadas.
SISTEMA INTENSIVO DE PRODUÇÃO

 A densidade de estocagem pode variar de 1 a 2 peixes/m 2 ,

 Controle sobre a qualidade da água

 Controle do estado geral dos peixes.


SISTEMA SUPERINTENSIVO DE
PRODUÇÃO

 Praticado, inicialmente, em cultivo de trutas;


 Já se encontra difundida entre as criações de bagre do
canal (catfish), salmão, tilápia e etc.
 Criação de uma única espécie (monocultura), elevada
densidade de estocagem (20 a 100 peixes/m 3 ),
 Controle total das condições ambientais.
 O fluxo da água é intenso,
 Aeração artificial por meio de compressores.
 A alimentação dos peixes é feita exclusivamente à base de
rações balanceadas (granuladas ou extrusadas),
SISTEMA SUPERINTENSIVO DE
PRODUÇÃO

 Os tanques são menores,

 Geral totalmente revestidos, ou tanques-rede.

 A produção atinge níveis altíssimos, tais como 50 Kg/m 3 em

6 meses de engorda.

 Os custos são muito elevados,

 Deve-se trabalhar com espécies de alto valor comercial.


SISTEMA SUPERINTENSIVO DE
PRODUÇÃO

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