Você está na página 1de 65

Luiz Fernando| 6º Agronomia

“ UNIDADE 2
“ BIOCLIMATOLOGIA E MELHORAMENTO
ANIMAL
BIOCLIMATOLOGIA E MELHORAMENTO ANIMAL - UNIDADE 2

TÓPICO 1 – AÇÃO DO AMBIENTE SOBRE OS ANIMAIS


DOMÉSTICOS
TÓPICO 2 – ACLIMATAÇÃO DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS
TÓPICO 3 – TIPOS E TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DOS ANIMAIS
DOMÉSTICOS
TÓPICO 4 – TIPOS DE CRUZAMENTOS – RAÇAS FORMADAS A
PARTIR DE CRUZAMENTOS
MELHORAMENTO GENÉTICO 6

Aumento da produtividade dos animais através da análise


dos seus componentes genéticos e interação com o meio
ambiente

É um conjunto de processos seletivos que visam o aumento


da frequência dos genes desejáveis na população

Trabalha com a diferença entre indivíduos – variabilidade


genética
Aumentar a produtividade e qualidade da produção animal
POPULAÇÃO 7

ATENDER ÀS NECESSIDADES DE ALIMENTOS EM


FUNÇÃO DO CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO
AVICULTURA, SUINOCULTURA E BOVINOCULTURA 8
DE CORTE
BOVINOCULTURA DE LEITE
9
OVINOCULTURA
10
11
CAPRINOCULTURA
12

AVANÇOS NAS CATEGORIAS


ANIMAIS
AVES 13
AVES - crescimento 14

Passado Presente
AVES - precocidade 15

Passado Presente

70 dias 30 - 35 dias
AVES - qualidade da carcaça 16

Passado Presente
AVES - postura 17

Passado Presente
SUÍNOS - prolificidade 18
SUÍNOS - tipo banha e tipo carne 19

Passado Presente
SUÍNOS - qualidade da carne 20

Passado Presente
BOVINOS 21
BOVINOS - conformação corporal 22

Passado Presente
BOVINOS - produção de leite 23

Passado Presente
CAPRINOS e OVINOS 24
CAPRINOS -conformação corporal 25

Passado Presente
CAPRINOS - produção de leite 26

Passado Presente
OVINOS - conformação
corporal 27

Passado Presente
OVINOS - produção de leite 28

Passado Presente
OVINOS - produção de lã 29

Passado Presente
EQUINOS - provas 30

Passado Presente
MELHORAMENTO GENÉTICO E
AMBIENTAL 31

Mel. Zootécnico = Mel. Genético + Ambiental


MELHORAMENTO ZOOTÉCNICO = PRODUÇÃO
ANIMAL
MELHORAMENTO GENÉTICO = AUMENTAR A
FREQUÊNCIA DE GENES FAVORÁVEIS
AMBIENTAL = EFEITOS NÃO GENÉTICOS, NUTRIÇÃO,
SANIDADE, INSTALAÇÕES, MANEJO, ENTRE OUTROS

POSSIBILITAR AS MELHORES CONDIÇÕES PARA


EXPLORAÇÃO DE TODO O POTENCIAL GENÉTICO
ANIMAL
INTERAÇÃO GENÓTIPO x AMBIENTE 32

F = G + A + IGA
F = FENÓTIPO
G = GENÓTIPO
A = AMBIENTE
IGA = INTERAÇÃO GENÓTIPO AMBIENTE

EFEITO DE AMBIENTE PODE SER TEMPORÁRIO OU


PERMANENTE
INTERAÇÃO GENÓTIPO x AMBIENTE 33
Potencial de expressar melhor suas características em
determinadas condições climáticas
Adaptado ao clima frio Adaptado ao clima quente
INTERAÇÃO GENÓTIPO x AMBIENTE 34

F = G + A + IGA
Tem genética para responder a Não tem genética para responder a melhoria
melhoria no ambiente no ambiente
AÇÃO DO AMBIENTE SOBRE OS ANIMAIS DOMÉSTICOS

Ambiência animal é o conjunto de condições e influências externas que atuam


direta ou indiretamente sobre os animais sem, necessariamente, o
envolvimento de fatores genéticos

F = G + A + Interação (GA)

Inúmeros fatores ambientais influenciam na resposta e no comportamento


fisiológico dos animais, especialmente a temperatura, a radiação solar e a
umidade relativa do ar.
AÇÃO DO AMBIENTE SOBRE OS ANIMAIS DOMÉSTICOS
F = G + A + Interação (GA)
 Temperatura: Animais domésticos são (em sua maioria) homeotérmicos, isto é,
possuem habilidade de controlar a própria temperatura corporal dentro de faixa
estreita, quando expostos a grandes variações de temperatura
ACLIMATAÇÃO DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

Na adaptação biológica, existem alterações morfológicas, anatômicas, que ocorrem


nos animais para que eles possam se adequar e sobreviver em uma determinada
realidade climática.

A adaptação genética ocorre nas características de adaptabilidade (com


cruzamentos e seleção natural), para que os animais consigam sobreviver a
alterações de clima.

A climatização refere a ajustes fisiológicos adaptativos que o organismo faz com


intuito de melhorar a tolerância a exposições de ambientes estressantes (sejam
eles de condições climáticas, de manejo ou outros).

A aclimatação, por sua vez, refere-se à alteração adaptativa em decorrência de


uma variável climática, como vimos anteriormente: temperatura, umidade relativa
do ar e radiação solar.
ACLIMATAÇÃO DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

 Para que os processos nos organismos mantenham o funcionamento


normal, eles precisam ocorrer em uma temperatura adequada, porque
todos os processos dependem do funcionamento de enzimas, ou seja,
reações que variam de acordo com o gradiente de temperatura.
 Tanto a hipotermia (temperatura corporal abaixo do esperado fisiológico)
quanto a hipertermia (temperatura altamente elevada) podem prejudicar o
funcionamento do organismo animal.
 Nesse caso, o organismo utiliza seu mecanismo termorregulador para
que as funções não sejam comprometidas.
 As estratégias dos organismos para regular a temperatura do corpo,
também definem a classificação dos animais como homeotérmicos ou
endotérmicos, e pecilotérmicos ou ectotérmicos.
ACLIMATAÇÃO DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

Os animais ectotérmicos variam a temperatura corporal de acordo com o


ambiente, mas controlam essa variação por métodos de comportamento.
Como exemplo temos o lagarto, pois ele fica exposto ao sol pela manhã, e
no restante do dia se esconde para evitar que seu corpo superaqueça.

Os endotérmicos são os animais que conseguem manter a temperatura


corporal constante, mesmo na presença de variações de temperatura do
ambiente. Com essa capacidade, esses animais (considerados
homeotérmicos) podem viver em uma ampla variedade de ambientes, além
disso, podem ficar ativos em estações do ano, como o inverno.
ACLIMATAÇÃO DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS
Os mecanismos de defesa do animal, contra os diferentes cenários encontrados
ao longo da variação de temperatura do ambiente:
 vasodilatação periférica;
 aumento da frequência respiratória;
 mudanças de comportamento dos animais (nesse caso, ocorre a inibição do
apetite e menor consumo de alimentos);
 alterações endócrinas e metabólicas, visando a diminuição do metabolismo
e, com isso, a diminuição da produção de calor.

Os animais perdem temperatura pela evaporação e têm a elevação da temperatura


corporal.
Já no cenário oposto, os mecanismos são outros, de modo que se percebe
vasoconstrição periférica, a fim de diminuir a perda de temperatura para o
ambiente, por convecção e irradiação, além de termogênese mediante tremores e
piloereção.
ACLIMATAÇÃO DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

Mecanismos de adaptação não evaporativos:

 Condução: ocorre pelo contato de uma superfície com outra, como um bovino
submetido à alta temperatura, ele irá procurar locais com temperatura mais
baixa para entrar em contato, por exemplo, poças de água ou lama. Essas
superfícies permitirão a perda de calor do corpo para a superfície com
temperatura inferior.

 Convecção ocorre pelo movimento de líquido ou gás, retirando calor de uma


região, ou seja, na presença de corrente de fluido líquido ou gasoso, absorve
energia térmica em uma superfície e se desloca para outro local, misturando-se
com porções mais frias do fluido, transferindo, dessa forma, a energia térmica.

 Radiação é uma transferência de energia de um organismo a outro que ocorre


por ondas eletromagnéticas. Com relação à radiação, uma superfície pode ser
apresentada de três formas distintas: refletindo a energia incidente, absorvendo
a energia, transmitindo a energia.
ACLIMATAÇÃO DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

Mecanismos de adaptação evaporativos:

 Evaporação é a transferência de moléculas de água ao ar por meio de vapor, sendo um


mecanismo importante, permitindo a dissipação de calor que pode ocorrer na pele e vias
respiratórias.

 Esse tipo de mecanismo, em temperaturas muito elevadas, é o mais eficiente em termos de


regulação. A maior parte da dissipação por calor ocorrerá pela sudação, ou seja, perda de
água pelo suor, saliva e secreções respiratórias, sendo transformada em vapor de água.

 Mesmo na zona de termoneutralidade ocorre a perda de calor por evaporação, pela ocorrência
de difusão de água pela pele (sudorese) e vapor de água nas vias respiratórias.

 Sobre as vias respiratórias, as alterações que ocorrem na frequência respiratória dos animais
são causadas para realizar a perda de calor para o ambiente (pela via da respiração).
TIPOS E TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS DOS ANIMAIS
TIPOS DE CRUZAMENTOS - RAÇAS FORMADAS A PARTIR DE CRUZAMENTOS
Conceitos importantes

 Herdabilidade medição do grau de correspondência entre fenótipo e valor genético, ou seja, a


capacidade de influenciar a próxima geração após cruzamento.

 Acurácia da seleção estimativa da segurança que se terá ao se adotar determinado


procedimento

 A variabilidade genética capacidade da promoção de seleção e, com isso, o melhoramento


genético, à medida que se organiza um processo de seleção eficiente, perpetuando pelas
gerações, reduzindo a variabilidade genética, como resultado de homozigose.

 Homozigose processo genético em que o indivíduo recebe genes idênticos dos pais para
determinada característica, ao contrário do

 Heterozigoto, que ocorre quando o indivíduo recebe um gene da mãe e um diferente do gene
herdado do pai.
HETEROSE E CRUZAMENTOS

HETEROSE - também conhecida como vigor híbrido, consiste na superioridade da


média de produção dos filhos em relação a média dos pais, ou seja, os filhos
apresentam melhor desempenho (maior produção) em relação a media dos pais

TIPOS DE HETEROSE:

 Individual: Aumento do vigor devido fatores indivíduais.


 Materna: Aumento do vigor devido fatores maternos.
 Paterna: Aumento do vigor devido fatores paternos.

45
HETEROSE E CRUZAMENTOS
SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
 Cruzamento simples:

Pais AA x aa

F1 Aa 100% de heterose

Retrocruzamento Aa x AA ou Aa x aa

½AA + ½Aa ½Aa + ½aa


50% de heterose
47
HETEROSE E CRUZAMENTOS

SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
 Cruzamento contínuo ou absorvente:

Pais - A x B

F1 - AB x A Ao longo das gerações:

- Aumenta a fração de A;
F2 - AAB x A
- Diminui a fração de B
(absorve);
F3 - AAAB x A - Diminui a heterose.

F4 - AAAAB x A
HETEROSE E CRUZAMENTOS

SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
 Cruzamento rotacionado ou alternativo (2 pais):

Pais - A x B
Ao longo das gerações:

F1 - AB x A - Em F3, F4... Existe a


tendência de estabilizar as
F2 - AAB x B frações de A e B;
- Estima-se que a heterose se
F3 - BAAB x A mantém em torno de 67%
(processo considerado bom
para mantença de heterose).
F4 - ABAAB x B 49
HETEROSE E CRUZAMENTOS

SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
 Cruzamento rotacional ou alternativo (3 raças):

Pais - A x B
Ao longo das gerações:

F1 - AB x C - Frações de A, B e C ficam
diversificadas, tendendo a
F2 - CAB x B estabilidade;
- Estima-se que a heterose se
F3 - BCAB x A mantém em torno de 85%
(processo muito bom para
mantença de heterose).
F4 - ABCAB x C
CRUZAMENTO
ROTACIONADO
HETEROSE E CRUZAMENTOS

SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
- Peixes de produção
Pirarara

Cachara
HETEROSE E CRUZAMENTOS
SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
- Peixes de produção

Robalo-
flecha

Robalo-peva

53
HETEROSE E CRUZAMENTOS
SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
- Peixes de produção
Channel catfish - Ictalurus punctatus Blue catfish - Ictalurus furcatus

Catfish Genetics
Research Unit. - US
54
HETEROSE E CRUZAMENTOS
SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
- Bovinos de corte
ZEBUÍNOS X TAURINOS (BRITÂNICOS)

Nelore Guzerá Angus Hereford

Tabapuã Brahman Shorthorn

Devon

Red Poll 55
HETEROSE E CRUZAMENTOS
SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
- Bovinos de corte
ZEBUÍNOS X TAURINOS (BRITÂNICOS CONTINENTAIS)
Nelore Guzerá Piemontês Charolês

Tabapuã Brahman Limousin Marchigian


a

56
HETEROSE E CRUZAMENTOS
SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
- Bovinos de corte
ZEBUÍNOS X TAURINOS (BRITÂNICOS CONTINENTAIS)
Nelore Guzerá Blonde D’aquitaine Simental

Tabapuã Brahman Braunvieh Gelbvieh

57
HETEROSE E CRUZAMENTOS
SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
- Bovinos de corte
ZEBUÍNOS X TAURINOS (TROPICAIS)
Nelore Guzerá Caracu Senepol

Tabapuã Brahman Tuli Bonsmara

58
HETEROSE E CRUZAMENTOS
SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
- Bovinos de leite
Gir leiteiro Girolando

X
Holandês

59
HETEROSE E CRUZAMENTOS
SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
- Bovinos de leite
Jersey Jersolando

Holandês X

60
HETEROSE E CRUZAMENTOS
SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
- Bovinos de leite
Simental
Simlandês

Holandês X

61
HETEROSE E CRUZAMENTOS
SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
- Aves de corte e postura - obtenção de híbridos
Rhodes Island Red Plymouth Rock Sussex Cornish

New Hampshire Isa Brow Dekalb Híbridos: Ag Ross, Cobb


Vantress, Hybro, Isa Vedette,
MPK, Arbor Acres, Avian,
Shaver e Hubbard.

Híbridos nacionais: Embrapa


021, S-54 e Chester.
HETEROSE E CRUZAMENTOS
SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
Landrace
- Suínos

Duroc

X Large White
HETEROSE E CRUZAMENTOS

SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
- Suínos

Large White Landrace

64
HETEROSE E CRUZAMENTOS
SISTEMAS DE CRUZAMENTOS
- Equínos
Mula (infértil)
Asno ou jumento

Manga larga marchador

Você também pode gostar