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Fernanda Vizeu

AMBIÊNCIA NA AVICULTURA Médica Veterinária


CRMV- Ba 3901
AMBIÊNCIA NA AVICULTURA

Quando o assunto é bem estar animal, uma das preocupações


do avicultor é a ambiência nos aviários.
AMBIÊNCIA NA AVICULTURA

O que é
ambiência?
AMBIÊNCIA NA AVICULTURA

Quanto ciência, a ambiência seria o ramo


em que são estudadas as formas de
promover a adequação do ambiente ao
conforto animal.
AMBIÊNCIA NA AVICULTURA

➢As características de meio ambiente são analisadas


em função da zona de conforto, levando em
consideração a fisiologia de regulação da
temperatura interna atuante.

➢O ambiente é subdividido pelos diferentes fatores


físicos, químicos e biológicos e pode interagir de
forma direta e indireta sobre os animais.
IMPORTÂNCIA DA AMBIÊNCIA
A ambiência leva em conta o bem estar animal. Possuem juntas a obrigação de
investigar e estabelecer formas de minimizar condições estressantes como densidade
animal, poluição sonora e ambiental, além de propiciar conforto e possibilitar ao
animal expressar seu comportamento natural.
AMBIENTE TÉRMICO

O ambiente térmico
age de forma
específica nas
diferentes espécies
e fases de vida dos
animais.
AMBIENTE TÉRMICO
➢Aves são homeotérmicos, ou seja, possuem a capacidade de manter a temperatura do núcleo corporal
dentro de limites relativamente estreitos, mesmo que a temperatura ambiental flutue e que sua
atividade varie intensamente.

➢ Para que isso seja possível, o animal mantém-se em constante troca de energia com o ambiente,
formando uma espécie de sistema termodinâmico.

➢Variações normais na temperatura corporal dos homeotermos podem comumente ocorrer devido às
inúmeras condições, como Idade, Sexo, estações do ano, hora do dia, temperatura ambiental, nível de
exercício, alimentação, digestão e ingestão de água
AMBIENTE TÉRMICO
O ambiente térmico animal é caracterizado por:
1. Temperatura
2. Umidade relativa (o quanto de água na forma de vapor existe na atmosfera no momento em
relação ao total máximo que poderia existir, na temperatura observada)
3. Vento
4. Radiação

Esses elementos não atuam isoladamente, eles apresentam efeito conjunto que pode ser
traduzido por uma temperatura ambiental efetiva.
AMBIÊNCIA
As trocas de energia térmicas do animal para o meio se dão na forma de :
➢calor sensível
1. Condução
2. Convecção
3. Radiação;
➢calor latente:
1. Evaporação cutânea
2. Evaporação respiratória;
O problema não vai estar na ave de bico aberto (ofegação), mas sim no período de
tempo em que ela vai permanecer aberto.
AMBIENTE TÉRMICO

Convecção: perda de calor por


fluxo de ar criado por
ventiladores, vento, brisa

Radiação: perda de calor através


da temperatura irradiada (ondas
eletromagnéticas)

Condução: perda de calor pelo


contato com a superfície mais fria

Evaporação: perda de calor pela


água (transformação de líquido
para vapor) ofegar.
AMBIÊNCIA
AMBIÊNCIA E TEMPERATURA
AMBIÊNCIA E VENTILAÇÃO
AMBIÊNCIA E VENTILAÇÃO
Ventilação
➢pressão positiva: ao invés de usar placas de resfriamento e exaustores, você
utilizará ventiladores que terão a função de retirar o ar quente de dentro do aviário,
dissipar a amônia e outros gases e promover a troca pelo ar externo que é mais frio,
melhorando assim a ambiência do aviário.
➢Existem dois formatos de ventilação por pressão positiva:
1. o sistema de fluxo transversal
2. Sistema de fluxo longitudinal (conhecido também como ventilação por túnel)
AMBIÊNCIA E VENTILAÇÃO
1- Ventilação positiva por sistema de fluxo transversal
Neste sistema os ventiladores são instalados de seis em seis metros em uma das
paredes laterais do aviário, ligeiramente voltados para baixo.
Quando ligados os ventiladores expelem o ar quente do aviário lateralmente. Para
isso é necessário que as cortinas do aviário estejam levantadas, pois os ventiladores
forçarão o ar externo do aviário a entrar por um lado, ao mesmo tempo que sopram
o ar e os gases internos para fora pelo outro lado.
Como o sistema de fluxo transversal exige que as cortinas estejam abertas, o
modelo não é tão eficiente, pois sofre influência direta do clima, o que diminui o
controle por parte do produtor.
AMBIÊNCIA E VENTILAÇÃO
Ventilação positiva por sistema de fluxo transversal
AMBIÊNCIA E VENTILAÇÃO
Esse sistema é conhecido como túnel, pois a movimentação do ar dentro do aviário
realmente simula um túnel.
Os ventiladores são instalados de doze em doze metros ao longo do comprimento
do aviário. Quando acionados, os equipamentos atraem o ar externo por um lado
do aviário e expelem o ar quente e os gases pelo outro lado que deve permanecer
sempre aberto.
Como o sistema de fluxo longitudinal exige cortinas fechadas e bem vedadas, a
interferência do clima é muito menor e a eficiência do sistema é maior.
AMBIÊNCIA E VENTILAÇÃO
Sistema em túnel
AMBIÊNCIA E VENTILAÇÃO
Ventilação
➢Diminuição de problemas respiratórios
➢Redução da umidade, gases tóxicos e poeira
➢Qualidade do ar
➢Qualidade intestinal

➢A ventilação mínima nunca deve ser sacrificada


AMBIÊNCIA E VENTILAÇÃO
Problemas de ventilação
Pintinho molhado= Peito e pescoço
Diarreia= Ventilação – aumento do transito intestinal
Cegueira: Aumento da concentração da amônia
AMBIÊNCIA E VENTILAÇÃO
Ventilação
Exigências mínimas de qualidade do ar dentro dos galpões

Controlando a ventilação dos galpões!!!


AMBIÊNCIA E VENTILAÇÃO
O que e mais fácil?
aquecer ou resfriar?
AMBIÊNCIA E VENTILAÇÃO
Equipamentos para controlar ambiência
AMBIÊNCIA E VENTILAÇÃO
Janelas de ventilação
AMBIÊNCIA E VENTILAÇÃO
Perda de calor por conversão será menor custo
AMBIÊNCIA E LUMINOSIDADE
Fotoperíodo:
➢É a definição da intensidade e do tempo que o animal precisa ficar exposto à luz
diariamente;
➢É fundamental para que as aves possam reduzir o estresse fisiológico, melhorar a
resposta imunológica e o metabolismo ósseo.
➢Os princípios que envolvem a importância da luz para as aves são:
1. Fonte de luz
2. Intensidade luminosa
3. Duração do fotoperíodo.
4. Distribuição do fotoperíodo.
AMBIÊNCIA E LUMINOSIDADE
Fonte de luz: o tipo de luz utilizada irá determinar o comprimento de onda, o qual irá transmitir a
informação de cor ao cérebro.

As luzes incandescentes apresentam um aspecto de luz vermelha e a luz fluorescente um aspecto


azulado, com comprimento de onda mais longo e mais curto, respectivamente.
luz fluorescente acalme e beneficie maior produtividade às aves
luzes fluorescentes possuem maior poder de iluminação, possibilitando o uso de lâmpadas de menor
potência mas com a mesma eficiência das lâmpadas incandescentes (redução no custo de energia).

Intensidade de luz: determinada em “Lux”, é compreendida como uma estimativa da concentração


luminosa percebida pela ave.
AMBIÊNCIA E LUMINOSIDADE
➢Sem controle de luminosidade
AMBIÊNCIA E LUMINOSIDADE
➢Aviários com controle de luminosidade
AMBIÊNCIA E LUMINOSIDADE
Não menos importante do que a fonte de luz e intensidade luminosa, a distribuição da
luminosidade deve ser uniforme em todo galpão, para um melhor desenvolvimento do lote.
SISTEMAS DE CRIAÇÃO DE AVES
1- Extensivo: As aves são criadas completamente soltas, sem maiores cuidados com a
alimentação e abrigo. Utilizado geralmente para subsistência da família.
SISTEMAS DE CRIAÇÃO DE AVES
2- Semi-Intensivo:
➢Conhecido como produção pátio quintal;
➢Número de animais varia de 50 a 200;
➢Na fase inicial, as aves são alojadas em abrigos (instalações) visando à proteção
contra intempéries climáticas (chuvas e ventos) e predadores, recebendo rações
balanceadas;
➢Nas fases juvenil e adulta, as aves são soltas durante o dia, tendo à disposição
ração e acesso à área para pastejo e/ou ração verde;
➢Esse sistema busca a obtenção de lucros com a venda de ovos para consumo e
incubação, carnes e aves vivas;
SISTEMAS DE CRIAÇÃO DE AVES
Criação Semi-Intensivo:
SISTEMAS DE CRIAÇÃO DE AVES
3- Intensivo
➢As aves são criadas totalmente presas em galpões desde o nascimento até o abate;
➢São fornecidas rações balanceadas, vacinas e medicamentos, necessitando-se de
um bom manejo;
➢Apresenta a necessidade de maiores investimentos com instalações e equipamentos;
➢Quantidade de animais situa-se nos milhares;
SISTEMAS DE CRIAÇÃO DE AVES
Sistema intensivo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBINO, L. F. T.; TAVERNARI, F. de C. Produção e manejo de frangos de corte. Viçosa,
MG, ed. UFV, 2008.
BAÊTA, F. C.; SOUZA, C. F. Ambiência em edificações rurais: conforto animal. Viçosa:
UFV, 1997. 246p.
MARTINS, P. C. O controle do ambiente avícola. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL
SOBRE AMBIÊNCIA E INSTALAÇÃO NA AVICULTURA INDUSTRIAL, 1995, Campinas,
SP. Anais... Campinas: APINCO, 1995. p.183-203.
SILVA, R. D. de M.; NAKANO, M. Sistema caipira de criação de galinhas. Piracicaba,
SP, ed. Degaspari, 1997.
https://www.youtube.com/watch?v=QpqFhzVVmKE acesso em 24 de marco 2023;

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