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27/06/2017

Olericultura e Plantas
Aromáticas e Medicinais
Agronomia – 3º ano

Tecnologia de produção
 - Culturas protegidas – tipos de estufa e de controlo ambiental
 - Culturas sem solo: em vaso e hidroponia (NFT, lá de rocha, fibra de coco)

Tipos de estufas

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ESTUFA TUNEL

É a estufa mais comum,
 Vantagem_
 De fácil instalação
 A forma curva não marca e não quebra o plástico.
 É mais à prova de vento por sua aerodinâmica. Pela forma é fácil esticar o
plástico.
 A ventilação é geralmente colocada na parte da frente e de trás, de modo
que são produzidas suficientes correntes de ar para uma ventilação
adequada. Pela forma evitam-se sombras e distribui-se melhor a luz no
interior da estufa

Tipos de estufas

Estufa capela (a duas águas)

 ESTUFA CAPELA (a duas águas).


 telhados planos e retos, (seu formato lembra uma igreja).
 São adequados para locais onde há fortes contrastes térmicos, porque o
telhado inclinado impede a caída de agua de condensação sobre as
plantas.
 Neste tipo de estufas é muito fácil construir janelas para ventilação. No
entanto, é importante cobrir estas janelas com malha de mosquito ou anti-
trips.
Inclinação do telhado: pelo menos 30%, com isto evitamos a queda da
agua de condensação sobre as plantas.

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Estufas tipo capela

Estufas tipo capela

 As estufas capela e multicapela são o resultado da união de vários


navios na bateria.
As estruturas das estufas devem satisfazer as seguintes condições:
• Devem ser leves e fortes.
• De materiais económicos e fáceis de cuidar.
• suscetíveis de serem aumentadas.
• Ocupam pouca superfície
• Adaptável e modificável aos materiais de coberta.

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Controlo ambiental

 Com as estufas agrícolas procuramos obter um alto rendimento na


produção e qualidade dos produtos a desenvolver, embora as condições
ambientais exteriores sejam desfavoráveis
 Dentro da estufa é preciso procurar que os factores que intervêm no
desenvolvimento dos vegetais sejam os adequados. A Climatização regula
a concentração do anidrido carbónico CO2 e o oxigénio, a temperatura,
a humidade, a luminosidade, além de outros factores muito relacionados
entre si e que precisam estar presente de forma equilibrada
 As zonas climáticas na Espanha são muito variadas e as condições
favoráveis durante o Inverno podem resultar problemáticas no Verão. Na
zona mediterrânica, principalmente no Sul, resulta mais difícil arrefecer a
estufa no Verão que a aquecer no Inverno. Será preciso então recorrer a
técnicas diferentes para alcançar climas desejáveis.

 A temperatura atua sobre as funções vitais dos vegetais resultando, em


geral, crítica abaixo dos zero graus ou acima de 70 ºC. Fora destes limites
morrem ou se entorpecem.

temperaturas ótimas para diversas culturas.

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Humidade
 A humidade do ar interior de uma estufa é muito importante para a
vida das plantas. Intervém no crescimento, na transpiração, a
fecundação das flores e no desenvolvimento de doenças, quando
for excessiva.

valores adequados para cada tipo de cultivo

 Humidade for excessiva  dificulta a evaporação.


 Humidade escassa aumenta a transpiração até chegar a dificultar a
fotossíntese.
 A humidade, com a mesma quantidade de água no ambiente, varia com
a temperatura pelo que devem ser controlados ambos os parâmetros
para oferecer as melhores condições.
 Se a humidade for excessiva pode ser corrigida com ventilação, elevando
a temperatura e evitando solos húmidos.
 Se a humidade for escassa, é preciso aumentá-la com rega, nebulização
de água ou superfícies impregnadas de água para os valores adequados
para cada tipo de cultivo.

Aquecimento das estufas

 Se as temperaturas presentes na estufa estiverem


abaixo das ótimas será preciso aquecê-la.
 Prescindindo de sistemas rudimentares, os geradores de
ar quente com queimadores de óleos pesados em
geral, resultam os mais racionais, sendo proibido o
aquecimento elétrico.

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Aquecimento das estufas


 aquecimento deve compensar as perdas de calor por radiação, renovação de ar,
condução, convecção e pelo solo. Se prescindirmos da renovação de ar, que
costuma ser nula no Inverno, pode ser efectuado o cálculo aproximadamente pela
fórmula:

 C = K . S . (ti-te)

C = Quilocalorias / horas necessárias
 K = Coef. de transmissão da cobertura (de 2,5 a 7)
 S = Superfície da cobertura e paredes
 ti-te = Incremento temperatura no interior respeito ao exterior

Aquecimento das estufas


 Embora seja projetado um aquecimento discreto por motivos económicos e
não pretendamos alcançar as temperaturas ótimas da Tabela 1, o montante
do aquecimento resulta sempre importante.
 Só como exemplo indicativo deixaremos anotado que para uma estufa de
4.000 m², com um coeficiente de transmissão médio e para um incremento de
temperatura de 10 ºC, da aplicação da fórmula indicada resulta uma
afluência de calor, mais 10% por perdas diversas, de 250.000 kcal/h equivalente
a uma potência elétrica de 290 kw.
 Em casos de uma emergência temporária, é possível evitar a catástrofe, sem
fornecer calor artificial, com a produção de fumo ou vapor de água dentro da
estufa.

Refrigeração

 Conforme o material da cobertura da estufa a

radiação solar, que na zona mediterrânica alcança até

600 W/m², pode determinar um sobreaquecimento do

ar interior muito elevado.

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Refrigeração
 Será preciso eliminar esta sobrecarga de calor procurando que a
temperatura se aproxime às ótimas assinaladas. O gráfico da Fig. 1 mostra
a diferença de temperatura entre a interior e exterior de uma estufa
fechada, sem aberturas, durante as horas do dia.

Refrigeração

Recorrer a uma refrigeração mecânica a base de compressor,


bomba de calor, etc, resultaria absurdo pelo custo que iria
supor.
É preciso utilizar sistemas mais económicos como a
ventilação, os painéis evaporativos, a nebulização e aspersão
de água e o sombreamento.

Ventilação
 A ventilação numa estufa consiste em substituir o ar quente
interior do mesmo por outra massa de ar mais frio
proveniente do exterior.

 Assim pode ser evacuada grande parte da sobrecarga de


calor, baixando a temperatura e, ao mesmo tempo,
modificar a humidade e a concentração de gases.

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Ventilação
Sistemas de ventilação:
 Ventilação Natural
 Ventilação Mecânica.
 Escolha do sistema de ventilação: deve ser escolhido
conforme:
 o tipo de cultivo e as características da estufa.
 O número de renovações horárias de ar -(45-60)
 A temperatura que se pretende manter no interior

1 - Ventilação natural
 O ar quente interior da estufa ascende e sai por aberturas no teto com entradas
laterais pelos baixos.
 Estabelecem-se umas correntes de ar que ventilam o espaço coberto.
 O montante da ventilação obtida por este sistema depende do gradiente de
temperatura interior-exterior, da intensidade e direção do vento e da construção
da estufa.

Ventilação natural

 A ventilação natural exige grandes aberturas, de 15% a 25% da


superfície coberta e decidir se efetuar aberturas centrais ou laterais
ou a combinação de ambas.
 Para obter uma boa distribuição do ar devem abranger toda a
longitude da instalação e, para épocas frias ou para poder regular
a humidade, é necessário poder fechar de forma progressiva,
parcial ou total estas aberturas.
 A manobra pode ser manual ou automática mas sempre será
conveniente que for mecanizada, centralizando o seu comando.
 Em mudanças bruscas da climatologia é preciso poder reagir com
rapidez e a qualquer hora, por isso se o sistema for automático,
deverá estar equipado com sensores de chuva e vento para atuar.

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Ventilação natural

VentiVentilação natural lação

 Limitações da ventilação natural:


 É difícil conhecer que renovação de podemos obter,
 É impossível regular a velocidade de incidência do ar sobre as
plantas,
 Está muito condicionado pelas condições meteorológicas
 Em caso de estufas aquecidas é difícil conservar a energia devido
ao defeituoso fechamento de janelas ou do muito comprimento
das chaminés centrais, especialmente quando as instalações
envelhecerem depois de um longo tempo de uso.

Ventilação mecânica simples

 consiste em renovar o ar com a instalação de ventiladores

eletromecânicos colocados na cobertura ou na parte lateral alta

da instalação, dependendo do comprimento da mesma.

 As entradas de ar exterior dispõem-se pela parte baixa da parede

oposta à dos ventiladores ou por ambas, se a descarga for

central,

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Ventilação mecânica simples

Ventilação mecânica simplesntilação

 Designamos como "simples" o facto de veicular ar do exterior,


com a sua temperatura e humidade e descarregá-lo, depois
de limpar o interior, evacuando humidade, gases e carga de
calor para o exterior.

 É lógico que a temperatura mínima interior que podemos


esperar com este sistema seja o mais próxima possível à do ar
exterior.

Ventilação mecânica simples

 As renovações de ar por hora N decididas, entre 40 a 60,


indicarão o fluxo de ar necessário

 Q (m 3/h) = volume do local x N

 E, o número de ventiladores será:

𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑁=
𝑞(𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑣𝑒𝑛𝑡𝑖𝑙𝑎𝑑𝑜𝑟

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Ventilação mecânica simples


 Distribuição dos ventiladores
 Os ventiladores serão distribuídos ao longo da instalação, na cobertura ou
numa parte lateral, distanciados entre 7 e 10 metros um do outro.
 No caso de ventiladores laterais é preciso colocar persianas de gravidade
para evitar correntes contrárias quando os aparelhos estiverem parados.
 As entradas de ar serão protegidas, para o exterior com grades anti-pássaros
ou roedores. Para o interior serão dispostos deflectores em caso que o ar
exterior em entrada incida diretamente sobre as plantas próximas.
 A ligação elétrica dos ventiladores será realizada através de reguladores de
velocidade que permitirão obter regimes de ventilação distintos conforme
às necessidades.

Ventilação mecânica húmida

 Consiste em saturar de humidade o ar de entrada,


fazendo-lhe atravessar uns painéis de grande superfície
construídos com material fibroso impregnado de água.
 Uns canais perfurados ao longo da parte alta dos
painéis fornecem água continuamente para mantê-los
molhados.

Ventilação mecânica húmida

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Ventilação mecânica húmida


 O ar exterior impulsionado por um ventilador contra os painéis no caso de uma
instalação por sobrepressão ou sugado por um exaustor na parede oposta da
instalação, no caso de depressão, penetra na estufa saturada de humidade e com
uma temperatura mais baixa.
 Dentro do local mistura-se com o ar ambiente e evapora-se, baixando a
temperatura e alterando a sua humidade.
 O ar à saída será o resultante da mistura, arrastando também os gases existentes.
 Com este sistema o ar renova-se, arrefece-se e varia a sua humidade.
 O arrefecimento conseguido será tanto maior quanto mais seco for o ar exterior,
podendo ser alcançadas diferenças de 5 ºC.
 A eficiência da instalação é definida como a relação entre a diferença de
temperaturas entre o ar exterior e o injetado ao interior e a do ar exterior e a do
injetado em caso de estar saturado a 100%. Podem ser alcançados rendimentos de
90%.

Ventilação mecânica húmida

O desenho na disposição dos ventiladores e os painéis


devem resolver os problemas da velocidade do ar sobre as
plantas e os gradientes de temperaturas dentro da estufa.
Alguns aspetos que devem ser atendidos são:
 A velocidade do ar através dos painéis húmidos deve estar entre 1 e 2 m/s.
 A perda de carga de um painel não deve ultrapassar os 15 P com um
arrefecimento de 3 ºC. Os painéis, que ocupam todo o comprimento de uma
parte lateral da estufa, devem ter uma altura entre 0,5 e 2,5 m.
 O fluxo de água para molhar os painéis verticais deve oscilar entre os 4 e 10
l/min. por metro de comprimento dos mesmos.
 Se os locais forem muito largos deve ser adotada a disposição de ventilador de
teto e entradas de ar, com painéis húmidos, em ambas as partes laterais.

Aspersão e nebulização de água


 Consiste em espalhar por todo o local uns pulverizadores de água
que difundem gotas por todo o ambiente. Conforme o tamanho
das gotas, acima ou abaixo dos 200 µm., resultam gotas que
molham ou formam nevoeiro. Estas gotas de água evaporam-se,
absorvendo grande parte da energia solar recebida, com o que
arrefecem o ambiente.
 Como este sistema não possui uma ventilação resulta inferior à
ventilação húmida pelo que é aconselhável combiná-lo com uma
ventilação simples.
 Um inconveniente a assinalar é que os equipamentos pulverizadores
são muito delicados pela facilidade de ser obstruídos os pequenos
orifícios com os sais da água.

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Sombreamento
 Mais que um sistema em si, o sombreamento é um bom
complemento para qualquer sistema de refrigeração que for
adoptado, consistente em colocar uns guarda-sóis, ecrãs de
protecção, para paliar o excesso de radiação solar sobre a
estufa. Todavia resulta difícil instalar por razões de tamanho,
solidez mecânica, existência aos elementos meteorológicos e
de orientação exacta em caso de recorrer ao mesmo de
forma parcial.
 Também pode ser reduzida a temperatura da cobertura, que
emite calor para o interior de forma importante, por aspersão
de água sobre a mesma, embora esta medida requeira uma
despesa de água elevada.

Hidroponia

Escolha do local
 Incidência de radiação solar (luz solar);
 Superfície do solo plana, porém não pode ser considerado
como fator altamente limitante para a tomada de decisão
na construção do sistema hidropónico;
 Drenagem eficiente do terreno;
 Local ventilado mas sem incidência excessiva de ventos.
Entretanto, se forem observados ventos fortes, faz-se o
necessário à construção de "quebra-ventos";
 Estruturas próximas ao domicilio para facilitar um melhor
acompanhamento de todo o processo produtivo;
 Presença indispensável de energia elétrica;
 Disponibilidade de água de qualidade.

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Materiais utilizados para construção


de estufas
 Os materiais utilizados para as estruturas, são aqueles
prontamente disponíveis pelo agricultor na sua propriedade ou
região, prevalecendo a madeira roliça ou a serrada.
 Comercialmente, existem empresas especializadas que
utilizam estruturas de ferro galvanizado a quente, facilitando
consequentemente, o transporte e a sua construção.
 É importante salientar que a estrutura industrializada de boa
qualidade proporciona melhor relação custo beneficio do que
a construída pelo próprio agricultor, na maioria das vezes.

Materiais utilizados para construção


de estufas
 Uma estrutura de proteção para clima tropical deve possuir
características que permitam ventilação e proteção contra
chuvas pesadas (ventos fortes, chuva de granizo), além de ser
robusta, de baixo custo.
 Cabe ressaltar que o custo para a montagem do sistema é um
fator decisivo. Já para os climas temperados, as estufas tem
como papel a manutenção da temperatura durante o
inverno.

Materiais utilizados para construção


de estufas
 Existem diferentes modelos de estufas que devem ser utilizados
para situações próprias de cada local.

 Os principais são os seguintes tipos: capela, arco e dente de


serra. Para cada um deles tem sido desenvolvidos vários
métodos de construção, sistemas de ventilação, fixação e
tipos de materiais de cobertura, porem cabe ressaltar que
para regiões com temperaturas elevadas, devemos utilizar
estruturas com pé-direito acima de 3,5 m de altura

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Materiais utilizados para cobertura


 existem vários tipos de materiais existentes no mercado,
sendo que os mais utilizados para a cobertura de estruturas
são:
 Polietileno de baixa densidade (PEBD);
 Polietileno de alta densidade (PEAD);
 Policloreto de Vinila (PVC);
 Polipropileno (PP);
 Poliestireno (PS);
 Etileno Vinil Acetato (EVA);
 Polietileno Linear (LDPE);
 Policarbonato (PC) e
 Poliester (PL).

Fatores que afetam a durabilidade do filme agrícola

 Entre os fatores que diminuem o tempo de vida útil ligados à


fabricação do filme para a cobertura vegetal destaca-se:

 o tipo de estrutura (metal ou madeira),

 desenho da estufa (distância entre arcos, formatos e proteção da


superfície de contato com tinta),

 fixação do filme (pregos, arame, perfil "lock"),

 clima (intensidade e qualidade de radiação solar, ventos, chuvas,


poluição, altas variações de temperatura).

Cuidados a serem tomados durante a aquisição do filme de


polietileno
1. Os aspetos agronómicos de luminosidade dos filmes são da responsabilidade
dos fabricantes, devendo, os mesmos, informarem as qualidades técnicas do
produto, para que o produtor possa escolher os materiais em função da
qualidade da luz transmitida;
2. Se a qualidade do filme não for boa irá refletir-se no sombreamento, que
poderá interferir na produção;
3. O ganho feito na compra de um filme em função do preço baixo será
perdido com a necessidade de aumento da adubação, irrigação e
cuidados culturais, na tentativa de regularizar a produção;
4. Lavagem do plástico com periodicidade. Atualmente as estufas são
montadas com plásticos aditivados com TEFLON, o qual diminui a
acumulação de detritos e, consequentemente, minimiza a redução da
luminosidade.

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Parâmetros a serem observados na escolha da orientação da


estufa e efeitos sobre a luminosidade e temperatura
 Os fatores mais importantes para o controlo ambiental, destaca-se a orientação
geográfica da estrutura, devendo-se levar em consideração a luminosidade,
vento e o tipo de cultura a ser produzida.
 Dentro destes, a luminosidade é o fator mais importante, pois dela depende a
fotossíntese. Tal facto é muito importante em certas regiões, durante o período de
inverno, pois podem apresentar menor comprimento do dia e menor inclinação
dos raios solares sobre a terra, variações significativas em produtividade.
 Em regiões mais frias, o alinhamento mais recomendado é o Norte- Sul, devido o
maior aproveitamento da incidência dos raios de menor energia durante a
manhã e a tarde.
 Em regiões mais quentes, onde se deseja algum sombreamento durante a maior
parte do dia deve-se utilizar o sentido Este-Oeste. Tratando-se de estruturas
geminadas convém analisar o sombreamento causado pelas calhas, pois se o
alinhamento for leste-oeste a sombra das mesmas permanecerá constante em
uma faixa de cultivo, já no sentido norte-sul a sombra é realizada para toda a
área.

Parâmetros a serem observados na escolha da orientação da


estufa e efeitos sobre a luminosidade e temperatura
 A orientação é fator importante também quanto ao controle e eficiência da
ventilação, pois dependendo do tipo de estrutura e a posição de suas janelas,
será maior ou menor, devendo-se utilizar sempre que possível dos ventos
dominantes para favorecer a exaustão.
 Cabe ressaltar que a renovação de ar de uma estufa é essencial para o evitar o
excessivo aumento da temperatura no seu interior. A ventilação natural é muito
estudada por diversos autores, por eliminar cargas térmicas indesejáveis, tirando-
se proveito sempre que possível da velocidade do vento e da sua direção. O uso
de equipamentos que permitiam 90% de renovação do ar no interior da estufa
por hora não foi significativamente diferente do que a ventilação natural, ficando
em ambos os casos, uma temperatura média de 3,0 o C acima da temperatura
ambiente.
 Em regiões de clima tropical, a relação entre a área destinada à ventilação
(entrada e saída de ar) e da área total coberta deva ser maior do que 20%.

Parâmetros a serem observados na escolha da orientação da


estufa e efeitos sobre a luminosidade e temperatura
 A utilização de sombreamento como forma de se diminuir a temperatura no
interior da estufa, é outra alternativa para baixar a temperatura.
 Limites do sombreamento, principalmente em regiões onde é frequente durante o
verão a entrada de frentes frias é o sombreamento excessivo, uma vez que
normalmente estas frentes frias podem deixar o Ceu nublado por mais de três
dias, o suficiente para que ocorra o estiolamento das plantas (alongamento das
folhas e caules) em cultivos adensados ou retardando o crescimento e quando a
frente fria se desloca ou se dissipa, a intensidade luminosa é alta e o calor
excessivo, causando stress às plantas.
 Consequentemente, para se obter o controle ideal entre o sombreamento e a
ausência de estiolamento, seria a utilização de uma tela móv el, com sistema de
abertura e fechamento tipo cortinas, maximizando as diferentes intensidades
luminosas que oscilam durante o desenvolvimento das plantas.

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