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Revisão do artigo:
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O uso de adoçantes naturais como a estévia pode evitar os problemas acima
mencionados. A estévia é um adoçante natural e sua doçura é 300 vezes maior do que o
açúcar convencional. As suas folhas podem ser consumidas na forma seca. O método de
secagem afeta a qualidade das folhas de estévia.
Quando o método é de secagem direta ao sol, a qualidade das folhas se degrada e os
valores medicinais das folhas também são reduzidos radicalmente. A secagem solar com
temperatura e umidade controlada, é o melhor método para preservar até certo ponto sua
qualidade original. Deste forma, com o intuito de manter a boa qualidade das folhas de
estévia mesmo seca, foi desenvolvido um secador solar do tipo convecção forçada indireta
(IFSCD) integrado com aquecedor auxiliar.
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2. MATERIAIS E PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2.1. Local
O ar ambiente entra no SAH1 por meio de um duto circular. O ar flui primeiro sobre a
placa absorvente e recebe calor da radiação solar. O ar quente então entra abaixo da placa
absorvente (passagem dupla) e então passa para o SAH2. Para aproveitar ao máximo a
incidência de radiação solar no coletor solar, ambos os aquecedores são ajustados para o
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sul com um ângulo de 26,21 °. A câmara de secagem solar é fabricada com chapa de aço
macio e coberta com madeira. A câmara tem seção divergente para distribuição uniforme
do ar que sai do ventilador para a câmara de secagem. O sacador é composto por 6
bandejas nas quais os produtos são mantidos para a secagem.
A câmara pode ser considerada híbrida porque o ar quente entra por um lado e a radiação
solar direta é passada para a câmara de secagem através da tampa de vidro que é fixada
no topo da câmara. Esta hibridização ajuda na secagem mais rápida.
O ventilador centrífugo (consumo de energia de 200 W) tem uma capacidade de 1,95
m3/min e é conectado entre o SAH2 e a câmara de secagem. A taxa de fluxo de ar é
controlada por uma válvula. A vazão do ar de secagem em 0,049 kg / s foi mantida durante
o experimento.
Nº Componentes Especificações
Aquecedor de ar solar de contrafluxo de placa
1 Tipo de coletor
plana de passagem dupla (DPCSAH)
2 Placa absorvente Folha GI de 1 mm de espessura revestida de preto
3 Vidraças Vidro de janela normal de 4 mm de espessura
4 Placa de base Alumínio 0,2 mm de espessura
5 Isolamento Lã de vidro com 25 mm de espessura
Câmara de secagem (DC) Aço macio com espessura de 1,2 mm, tamanho 2 m
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(L) × 0,85 m (L) × 0,4 m (A)
7 Número de bandejas 6
Dimensão de cada bandeja e
8 0,58 m (L) × 0,83 m (L); 0,35 m (L) × 0,43 m (L)
dimensão da bandeja de amostra
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2.3 Procedimento experimental
As folhas frescas de estévia de 10 kg foram colocadas em seis bandejas e distribuídas
uniformemente. Para investigar o comportamento de secagem das folhas de estévia, 100
g de amostra de folhas de estévia foram mantidas em uma bandeja de amostra e colocadas
mais perto do conjunto. Outra amostra de mesma massa (100 g) foi colocada ao sol para
secar e depois realizar a comparação do comportamento de secagem.
Uma balança de pesagem digital (precisão de ± 0,01 g) foi usada para medir o peso das
amostras em intervalos de 30 minutos. A umidade da câmara de secagem foi medida com
higrômetro (higrômetro Lutron HT 305, resolução de ± 1% UR). Termopares do tipo T
(precisão de ± 0,2 ° C) foram posicionados em vários locais do SAH para medir a
temperatura, como mostra a figura 3.
Um anemômetro de fio quente (TESTO-490, precisão ± 0,01 m / s) foi usado para medir
a velocidade do ar na câmara de secagem. Piranômetro (Modelo: SP 110; Marca: Apogee,
precisão ± 1 W / m 2 ) foi usado para medir a radiação solar incidente nos coletores solar
de ar. As saídas de termopares tipo T e piranômetro foram adquiridas para um sistema de
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aquisição de dados (Agilent-34972 A) para monitoramento contínuo. O teor de umidade
das amostras (inicial e final) foi estimado usando o método de forno de ar quente.
As Figuras. 2 (a) e (b) mostram os locais das medições de temperatura, velocidade e
umidade no aquecedor de ar e no secador.
2.4. Teoria
Com base nas leis da termodinâmica (1ª e 2ª), foram realizadas análises de exergia e
energia do secador. Considerando as seguintes hipóteses:
A quantidade de calor útil adquirida pelo coletor solar de ar (SAH1) é estimada como:
𝑄𝑢 = 𝑚̇𝑎 × 𝐶𝑝 × (𝑇𝑜,𝑆𝐴𝐻1 − 𝑇𝑖,𝑆𝐴𝐻1 ) (2)
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𝑚̇𝑎 × 𝐶𝑝 × (𝑇𝑜,𝑆𝐴𝐻2 − 𝑇𝑖,𝑆𝐴𝐻1 )
𝜂𝑂𝑣𝑒𝑟𝑎𝑙𝑙,𝑆𝐴𝐻 = (5)
𝛼 × 𝜏 × 𝐼 × (𝐴𝑆𝐴𝐻1 + 𝐴𝑆𝐴𝐻1 )
O consumo específico de energia (SEC) do secador é a razão entre a energia total em kWh
e a quantidade de água removida (kg) do produto.
𝐸𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑆𝐸𝐶 = (9)
𝑚𝑤
A eficiência geral de secagem do secador é estimada como:
𝑄̇𝑒𝑣𝑎𝑟
𝜂𝑂𝑣𝑒𝑟𝑎𝑙𝑙,𝑑𝑟𝑦𝑒𝑟 = (10)
𝐸𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
a) O fluxo é estável;
b) Os efeitos das energias cinética, potencial e química do ar são negligenciados;
c) O secador é horizontal e a queda de pressão é desprezada;
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d) O calor específico do fluido de trabalho é assumido como constante (C p =
1,005 kJ / kg.K-1).
As equações de balanço de exergia derivadas para câmara de secagem são fornecidas
abaixo,
∑ 𝐸𝑥̇𝑖𝑛 = ∑ 𝐸̇ 𝑥𝑜𝑢𝑡 = ∑ 𝐸𝑥̇𝑑𝑒𝑠𝑡 (12)
ou,
𝐸̇ 𝑥𝑝𝑟 = 𝐸̇ 𝑥𝑖𝑛 − 𝐸̇ 𝑥𝑜𝑢𝑡 + 𝐸̇ 𝑥𝑒𝑣𝑎𝑝 + 𝐸̇ 𝑥𝑠𝑜𝑙𝑎𝑟 − 𝐸̇ 𝑥𝑙𝑜𝑠𝑠 − 𝐸̇ 𝑥𝑑𝑒𝑠 (13)
As exergias de entrada e saída do ar de secagem são definidas como:
𝑇𝑑𝑖
𝐸̇ 𝑥(𝑑𝑖) = 𝑚̇𝑎 × 𝐶𝑝 × [(𝑇𝑑𝑖 − 𝑇𝑟 ) − 𝑇𝑟 ln ( )] (14)
𝑇𝑟
𝑇𝑑𝑜
𝐸̇ 𝑥(𝑑𝑜) = 𝑚̇𝑎 × 𝐶𝑝 × [(𝑇𝑑𝑜 − 𝑇𝑟 ) − 𝑇𝑟 ln ( )] (15)
𝑇𝑟
A taxa de exergia devido à evaporação da água do produto é dada por:
𝑇𝑟
𝐸̇ 𝑥(𝑒𝑣𝑎𝑝) = 𝑄̇𝑒𝑣𝑎𝑝 × [1 − ] (16)
𝑇𝑝𝑟
A taxa de exergia da radiação incidente no vidro da câmara de secagem é dada como:
𝑇𝑟
𝐸̇ 𝑥(𝑠𝑜𝑙𝑎𝑟) = 𝑄̇𝑑𝑟𝑦𝑒𝑟 × [1 − ] (17)
𝑇𝑠
𝑄̇ 𝑥(𝑑𝑟𝑦𝑒𝑟) = 𝛼 × 𝜏 × 𝐼𝑑𝑟𝑦𝑒𝑟 × 𝐴𝑑𝑟𝑦𝑒𝑟 (18)
A eficiência exergética do produto é a razão entre a taxa de evaporação de exergia do
produto e a soma da taxa de exergia recebida devido à radiação solar no vidro da câmara
e a taxa de exergia recebida do ar quente.
𝐸̇ 𝑥(𝑒𝑣𝑎𝑝)
𝜂𝑒𝑥,𝑝𝑟𝑜𝑑 = (20)
𝐸̇ 𝑥𝑖𝑛
A entrada total de exergia da câmara de secagem é estimada como,
𝐸̇ 𝑥𝑖𝑛 = 𝐸̇ 𝑥(𝑠𝑜𝑙𝑎𝑟) + 𝐸̇ 𝑥𝑑𝑖 (21)
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2.5. Resultados e discussão
Em qualquer tipo de secador solar, o SAH é uma componente chave. O seu desempenho
depende do tipo de placa absorvente e do calor recebido do sol. A figura 4 mostra as
variações das temperaturas ambiente e da placa absorvente, as temperaturas do ar de saída
do SAH1 e SAH2 e a intensidade da radiação solar incidente no coletor.
Na figura 4, observa-se que o ganho de calor médio para SAH1, SAH2 e o ganho de calor
geral de SAH são 537,2 W, 153,4 W e 656,6 W, respectivamente. A variação das
eficiências térmicas de SAH1 e SAH2 e a eficiência térmica geral do SAH são mostradas
na Fig. 5. A eficiência térmica de SAH1 é alta em comparação com SAH2 devido à maior
perda de calor do SAH2. As eficiências térmicas médias estimadas de SAH1 e SAH2 são
56,3% e 23,5%, respectivamente. A eficiência térmica geral do aquecedor solar de ar
varia de 36,1% a 40,6%.
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Figura 5. Variação do ganho de calor útil de SAH1 e SAH2, e ganho de calor geral de
SAH com o tempo de secagem.
Figura 6. Variação das eficiências térmicas de SAH1 e SAH2 e eficiência térmica geral
dos dois.
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Figura 7. Variação da temperatura do ar na entrada e saída do secador com o tempo.
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Figura 9. Variação do teor de umidade (db) de folhas de estévia em diferentes condições
de secagem.
Figura 10. Variação da taxa de secagem com o tempo de secagem sob condições de modo
misto solar e OSD.
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A eficiência exergética no processo de secagem é a razão entre a taxa de exergia usada
para remover a umidade do produto e a taxa de exergia fornecida para secar o produto. A
taxa de exergia fornecida ao produto é a soma da exergia do coletor e da exergia devido
à radiação solar incidente no vidro da câmara.
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6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
➢ Folhas de estévia alcançaram o teor de umidade desejado (0,053 db) em 330 min
no secador recém-desenvolvido. Considerando que, o mesmo teor de umidade
final foi atingido em 870 min na condição OSD. O recém-desenvolvido secador
solar reduz o tempo de secagem em 62% e, portanto, prova a sua utilidade.
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De formas a aproveitar o recurso solar local e reduzir os custos com a electricidade,
recomendo que se adicione no projeto um mini sistema fotovoltaico para alimentação
eléctrica do ventilidor.
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