PROJETOS COM

VENTILAÇÃO
NATURAL
Paula Letícia Coutinho Sales
SOBRE A VENTILAÇÃO
NATURAL
Segundo Viegas (2010) a ventilação natural (VN) é o método
de renovação de ar em ambientes interiores, de modo a
remover poluentes e odores.

A ventilação natural é um recurso, ou ainda uma estratégia

projetual, que se consolida como uma solução direta e de
baixo custo, trazendo inúmeros benefícios dentre eles o
conforto térmico e a eficiência energética, uma vez que os
edifícios bem ventilados não necessitam de climatização
artificial (MORAES, 2014).
 • ALTERAÇÕES NAS PRÁTICAS • ALTERAÇÕES
DEFICIÊNCIAS CONSTRUTIVAS COMPORTAMENTAIS
NA VN – Crise do Petróleo (1973) -
HUMANAS
Promover conservação de Mudanças na
COMO energia. dinâmica/rotina familiar.
SURGIRAM As edificações foram
construídas de maneira a
reduzir permeabilidade do ar.
A tendência consistiu em:
Redução da permeabilidade do
ar não compensada pela
admissão de ar de renovação.
OBJETIVOS DA VN

CONFORTO REMOÇÃO DE
TÉRMICO POLUENTES

REMOÇÃO DE RENOVAÇÃO
ODORES DO AR

EFICIÊNCIA AMBIENTES
ENERGÉTICA SALUBRES
ENTRADA DE AR E EXAUSTÃO

O fluxo de ar que penetra ou sai pelas

aberturas de um prédio por VN depende:

• da diferença entre as pressões existentes

no exterior e no interior do prédio ou
recinto;

• da resistência oferecida à passagem de ar

pelas aberturas.
DIVISÃO DO ESTUDO DA VN
VENTILAÇÃO DEVIDO A AÇÃO DO VENTO -
ABERTURAS PARA O LADO DOS VENTOS, ZONA DE
PRESSÃO POSITIVA E SAÍDAS EM REGIÕES DE BAIXA
PRESSÃO EXTERIOR)
VENTILAÇÃO DEVIDO A DIFERENÇA DE VENTILAÇÃO PELA AÇÃO COMBINADA DA VENTO E DA
TEMPERATURAS - DIFERENÇA DE TEMPERATURAS DIFERENÇA DE TEMPERATURAS.
ENTRE O AR INTEROR E EXTERIOR, COM A
CORRESPONDENTE DIFERENÇA DE DENSIDADES, GERA
DIFERENTES GRADIENTES DE PRESSÃO HIDROSTÁTICA,
PROVOCANDO UM DESEQUILÍBRIO DE PRESSÕES , O
QUE PROMOVE A TROCA DE FLUXOS DE AR.
FATORES QUE AFETAM A VN

A localização e a posição do prédio;

As condições atmosféricas e climáticas;

Ação do vento;

O movimento do ar;

Porosidade - Dada pela relação entre a soma das áreas
efetivas de ventilação e a área da fachada, sendo
idealmente de pelo menos 20% em duas fachadas
distintas.
Área de Ventilação - A área de ventilação exigida para
cada ambiente depende principalmente de dois
fatores: uso e zona bioclimática. A área mínima é
indicada por uma porcentagem da área de piso do
ambiente.
Permeabilidade entre fachadas - O projeto de
ventilação natural deve promover condições de
escoamento de ar entre as aberturas localizadas em
pelo menos duas fachadas, permitindo o fluxo de ar
necessário para atender condições de conforto e
higiene. A fachada com menos aberturas deve possuir
pelo menos 25% da área efetiva de ventilação da
fachada principal.
Calor - A quantidade de calor gerado nos ambientes
deve ser levada em consideração para determinar a
taxa de fluxo de ar necessária, assim como a diferença
entre a temperatura interna e externa.
 • Ventilação Cruzada
A ventilação cruzada é caracterizada pelo fluxo de ar entre
aberturas localizadas em fachadas distintas. Nesse tipo de
ventilação exploram-se os efeitos de pressão negativa e positiva
que o vento exerce sobre a edificação, sendo necessário
posicionar as aberturas em zonas de pressão oposta para
proporcionar uma boa ventilação natural.

TIPOS DE • Ventilação por Efeito Chaminé

Pelo chamado efeito chaminé, o ar mais frio, mais denso,
VENTILAÇÃO exerce pressão positiva, o ar mais quente, por tornar-se
menos denso, exerce baixa pressão e tende a subir criando
correntes de convecção.
NATURAL • Ventilação Zenital
A ventilação zenital recebe este nome em função da
localização de pelo menos uma das aberturas, sendo o zênite
definido como o ponto exatamente acima de um lugar
específico.
 Ventilação conjunta – A circulação de ar
deve ser realizada: – dos compartimentos

CRITÉRIOS DE principais (quartos e salas) – para os

compartimentos de serviço (cozinhas e
instalações sanitárias).
VENTILAÇÃO
EM Ventilação separada de compartimentos –
HABITAÇÕES Em cada setor da habitação devem ser
previstas aberturas de ventilação
(admissão e exaustão) independentes.
VENTILAÇÃO NATURAL APLICADA A QUALIDADE DO AR
INTERIOR
Ambiente hospitalar – Hospital Sarah Kubitschek/RJ
- Arquitetura Bioclimática
- Estrutura: pré-fabricado misto de estrutura metálica e
vedação em argamassa armada.
- Clima RJ: quente e úmido;
- Cobertura: sheds (camada de ar de 15 cm); Cobertura
desconectada (ar ventilado); Aberturas dos sheds em lados
opostos (renovação do ar).
- Redução de temperaturas (conforto térmico); menor gasto
energético.
- O movimento de ar interno provoca uma sensação de
resfriamento devido à perda de calor por convecção, que
aumenta a evaporação do corpo. À medida que o movimento
do ar aumenta, o limite superior do conforto também se
eleva.
Resfriamento de
casas – Paraguai
Poços canadenses
Clima: alta umidade e temperaturas amenas,
que prevalecem durante todo o ano, com
verões quentes e chuvosos e invernos
amenos.
Série de tubos por onde circula o ar (subsolo)
Profundidade (cerca 2 metros), percorrem
vários metros ligando o exterior com o
interior.
Troca de calor entre o ar circulante e a terra
que o rodeia ao longo do caminho.
No verão, como a temperatura do ar exterior
é superior à temperatura média a dois metros
de profundidade, à medida que o ar circula
pelos tubos, vai perdendo o calor e chegará à
casa alguns graus mais baixo, arrefecendo as
superfícies.
 Gobbi, M. E.; Santos, M.; Rola, S, M. QUALIDADE DO AR E VENTILAÇÃO NATURAL NO
AMBIENTE HOSPITALAR - O EXEMPLO DO EDIFÍCIO SARAH KUBITSCHEK NO RIO DE
JANEIRO. In: III Encuentro Latinoamericano y Europeo sobre Edificaciones y
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Maiztegui, Belén. "Ventilação natural: estratégias tradicionais de resfriamento em
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Macintyre, A. J. Ventilação Industrial e Controle da Poluição. 2ª Ed. LTC EDITORA, 1990.
Matheus Pereira. "Ventilação cruzada? Efeito chaminé? Entenda alguns conceitos de
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Viegas, J.C. VENTILAÇÃO NATURAL DE EDIFÍCIOS DE HABITAÇÃO. LNEC, 2002.