Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2022
COORDENAÇÃO E REALIZACÃO
Esta apostila descreve os conceitos básicos dos diversos tipos de sistemas de ar condicionado e a
seleção dos seus principais componentes.
1 TIPOS DE SISTEMAS
Diversas classificações podem ser utilizadas para identificar um tipo de sistema de condicionamento
de ar. A mais usual é a classificação quanto a troca de calor entre o ar do ambiente (resultado final
do processo) e o processo de resfriamento ocorrida no circuito de refrigeração.
Quando a troca de calor ocorre de forma direta entre o ar do ambiente e o evaporador do circuito de
refrigeração, chamamos o sistema de expansão direta. Quando existe um meio intermediário de
transporte de calor chamamos de expansão indireta, onde o fluido intermediário normalmente
utilizado é a água gelada.
TIPOS DE SISTEMAS:
Expansão Direta
Expansão
Indireta
Roof-top
Chiller a ar
Chiller a água
Outras classificações também encontradas são: quanto ao tipo de compressor do chiller (centrífuga,
parafuso, scroll, alternativo); utilização ou não de termoacumulação (gelo ou água); tipo de circuito
de refrigeração do chiller (absorção ou compressão de vapor); fonte de energia principal do chiller
(gás, elétrico, cogeração); entre outras.
Os itens a seguir apresentam alguns tipos de sistemas utilizados no Brasil, suas características
técnicas principais e também suas vantagens, desvantagens e aplicações.
2 EXPANSÃO DIRETA
2.1.2. Vantagens
2.1.3. Desvantagens
2.2.2 Vantagens
Custo inicial relativamente baixo para pequenas capacidades, porém superior ao aparelho de
janela.
2.2.3 Desvantagens
Baixa qualidade do ar quando não é utilizado um sistema auxiliar de ventilação para suprimento
de ar externo de renovação
Lojas comerciais
O ar tratado na unidade condicionadora é distribuído aos ambientes através de uma rede de dutos.
Após a troca de calor no ambiente o ar retorna até o condicionador de ar para recirculação.
2.3.2 Vantagens
Menor custo de implantação que os sistemas de água gelada para aplicações de pequeno a
médio porte
Maior durabilidade e confiabilidade que os sistemas unitários de pequeno porte (split e aparelho
de janela)
2.3.3 Desvantagens
Agências bancárias
Pequenos escritórios
Lojas comerciais
Restaurantes
Esse tipo de sistema foi muito utilizado no Brasil em edifícios comerciais construídos na década de
70 e 80 que permanecem operando até hoje.
2.4.2 Vantagens
2.4.3 Desvantagens
Consumo de energia mais elevado que os sistemas de água gelada com condensação a água
Maior nível de ruído no ambiente que os sistemas de água gelada devido a presença do
compressor próximo ao ambiente climatizado
Agências bancárias
Lojas
2.5.2 Vantagens
2.5.3 Desvantagens
No caso de utilização de muitas unidades em instalações de grande porte resulta em maior custo
de manutenção em função da utilização de muitos equipamentos e componentes
Hipermercados
Lojas de conveniência
Restaurantes
As limitações de distâncias são muito superiores às dos Splits podendo chegar a mais 100 metros de
comprimento total.
2.6.2 Vantagens
2.6.3 Desvantagens
Perda de eficiência e capacidade quando aplicado com longas linhas de gás refrigerante
Eventuais problemas de vazamento nas linhas de gás refrigerante podem ser de difícil
diagnóstico e solução
Trata-se do sistema central mais comum utilizado no Brasil em instalações de grande porte.
O sistema de condicionamento de ar utiliza água gelada produzida em uma Central de Água Gelada
(CAG), que pode apresentar diferentes configurações e desempenhos.
O condicionador atende a uma determinada zona através de rede de dutos de distribuição de ar.
3.1.2 Vantagens
Manutenção centralizada
ANO 2022 AUTOR : PROF. MAURICIO DE BARROS
VENDA PROIBIDA MATERIAL PARA USO INTERNO E TREINAMENTO 12
CURSO DE EXTENSÃO EM ENGENHARIA DO AR CONDICIONADO
Menor capacidade instalada que os sistemas de expansão direta em instalações de grande porte
em função do aproveitamento dos fatores de demanda e diversidade de carga para
dimensionamento da capacidade da Central de Água Gelada
3.1.3 Desvantagens
Shopping Centers
Hospitais e Laboratórios.
Indústrias
O sistema de condicionamento de ar utiliza água gelada produzida em uma Central de Água Gelada
(CAG), que pode apresentar diferentes configurações e performances.
Manutenção centralizada
Menor capacidade instalada que os sistemas de expansão direta em instalações de grande porte
em função do aproveitamento dos fatores de demanda e diversidade de carga para
dimensionamento da capacidade da Central de Água Gelada
3.2.3 Desvantagens
Requer maior espaço físico no entre forro para instalação das caixas de VAV e dutos
O sistema utiliza água gelada produzida em uma Central de Água Gelada (CAG), que pode
apresentar diferentes configurações e performances.
O ar exterior de renovação deve ser fornecido por um sistema de ventilação com filtro e dutos ou
pré-tratamento central primário.
3.3.2 Vantagens
Utiliza a água para transporte do frio ("sistema todo água"), o que economiza espaço interno e
por isso é muitas vezes aplicado em casos de pé-direito restrito.
3.3.3 Desvantagens
Reforma de prédios originalmente sem sistemas de ar condicionado com baixo pé-direito sob as
vigas
Esse equipamento é utilizado em sistemas do tipo "expansão indireta", onde o gás refrigerante do
ciclo de refrigeração troca calor com um fluido intermediário, usualmente água gelada, que será
responsável então pela troca de calor com o ar nos ambientes beneficiados.
4.1 Compressores
A aplicação de compressores tipo parafuso preencheu com eficiência uma faixa de capacidade onde
os equipamentos com compressores centrífugos eram pouco eficientes e os equipamentos com
compressores alternativos possuíam uma quantidade grande de compressores resultando em menor
eficiência e confiabilidade.
Esta evolução tecnológica dos compressores, associada aos novos controles digitais
microprocessados e novos materiais e projetos dos trocadores de calor, permitiram um elevado
O gás refrigerante utilizado nos resfriadores de líquido pode ser associado ao tipo de compressor
empregado. Desta forma as tabelas apresentadas no item anterior podem ser complementadas com
mais um coluna:
Chillers utilizados até início da década de 90
Compressor Faixa de capacidade (TR) Gás Refrigerante
Alternativo 20 a 200 R-22
Centrífugo 300 a 5000 R-11 ou R-12
Chillers atuais
Compressor Faixa de capacidade (TR) Gás Refrigerante
Scroll 20 a 120 R-22 ou R-407C ou R-410A
Parafuso 60 a 400 R-22, R-407C ou R-134a
Centrífugo 300 a 5000 R-123 ou R-134a
O gás refrigerante R-11 e o R-12 possuem Cloro, Flúor e Carbono - CFC em sua composição e
tiveram sua utilização restringida pelo Protocolo de Montreal por afetarem a camada de ozônio.
O gás refrigerante R-22 e o R-123 possuem Hidrogênio, Cloro, Flúor e Carbono em sua composição
e também afetam a camada de ozônio, porém em um grau muito inferior ao R-11 e R-12. Em
função disso, o prazo para sua eliminação é no ano 2040 e equipamentos que utilizam esse tipo de
gás continuam sendo fabricados, uma vez que esse prazo é superior a vida útil do mesmo.
O gás refrigerante R-407C, R-410A e o R-134a possuem Hidrogênio, Flúor e Carbono em sua
composição, portanto isentos de Cloro, e não possuem restrições ambientais a sua fabricação e uso.
4.3.1 KW / TR
Como a maioria dos equipamentos de ar condicionado são acionados por motores elétricos, o índice
de desempenho mais comum é a relação entre o consumo de energia elétrica em kW dividido pela
capacidade de refrigeração em TR. Se um fabricante indica o consumo de um chiller com
KWelétrico
KW / TR =
TRTérmico
Este parâmetro é a razão da capacidade de resfriamento dividida pela energia consumida, ambos
expressos na mesma unidade. Portanto, trata-se de uma variável adimensional onde podemos
utilizar a capacidade térmica de resfriamento em kW dividida pelo consumo elétrico em kW ou
qualquer outro sistema de unidades.
WTérmico
COP =
Welétrico
Para achar o COP de um equipamento a partir da eficiência em kW/TR, basta dividir 3,517 pela
eficiência em kW/TR (1TR = 3,517 kW). Portanto, a eficiência de um chiller parafuso de 0,7
kW/TR pode ser indicada como COP=5,0.
É definida pela razão entre a capacidade de resfriamento em BTU/h dividida pelo consumo de
energia em Watts. A EER é bastante utilizada para equipamentos de pequena capacidade.
BTU / hTérmico
EER =
Welétrico
As tabelas do item anterior podem ser complementadas com as eficiências típicas dos equipamentos
com condensação a ar ou a água:
Chillers atuais
Compressor Faixa de capacidade Gás Refrigerante Eficiência
(TR) (kW/TR)
Scroll a ar 20 a 150 R-22 ou R-407C ou R-410A 1,1 a 1,3
Scroll a água 20 a 150 R-22 ou R-407C ou R-410A 0,8 a 0,95
Parafuso a ar 60 a 400 R-22, R407C ou R-134a 1,1 a 1,2
Parafuso a água 60 a 400 R-22, R407C ou R-134a 0,6 a 0,8
Centrífugo a água 300 a 5000 R-123 ou R-134a 0,5 a 0,7
No caso de chillers existentes a eficiência real pode ser significativamente menor que os valores
indicados em função do seu desgaste e histórico de manutenção.
A figura a seguir ilustra a evolução da eficiência dos chillers centrífugos ao longo dos anos:
Um chiller operando com condições de condensação mais favoráveis, maior vazão e/ou menor
temperatura da água da torre de resfriamento por exemplo, apresenta uma performance melhor. Por
outro lado, a utilização de temperaturas de evaporação mais baixas, menor temperatura da água
gelada, reduz o desempenho.
Para que se possa fazer uma comparação da performance de diferentes equipamentos e modelos, a
AHRI, Air Conditioning, Heating and Refrigeration Institute, possui uma série de normas para
estabelecer as condições de teste e performance de equipamentos, sendo que no caso dos chillers a
A tabela a seguir apresenta as condições nominais de operação dos chillers a plena carga e em carga
parcial:
Este parâmetro é definido pela ARI 550/590 é calculado pela média ponderada da eficiência
energética do equipamento a 100%, 75%, 50% e 25% da capacidade total, conforme a fórmula a
seguir:
1
IPLV =
0,01 0,42 0,45 0,12
+ + +
A B C D
Os fatores de 1%, 42%, 45%, 12% do tempo em operação para cada faixa de capacidade 100%,
75%, 50%, 25% respectivamente, são aleatórios e procuram refletir a faixa de operação do
equipamento ao longo do ano. Porém, dependendo das variações climáticas e de carga térmica ao
longo do ano e da quantidade de chilles da planta, a realidade de operação em um determinado
prédio poderá ser muito diferente dos valores da equação. De qualquer forma, a utilização deste
parâmetro IPLV permite comparar a performance de diferentes modelos em regime de carga
parcial, sem um maior aprofundamento nas características operacionais de um determinado caso.
NPLV – Non-Standard Part Load Value (Eficiência em Carga Parcial para uma Condição
Qualquer)
O NPLV é o parâmetro de avaliação de eficiência média do chiller em carga parcial para uma
condição operacional (vazão e temperatura de condensação e água gelada) diferente da estabelecida
para o IPLV. Portanto, o NPLV mantém a mesma equação do IPLV, mas para condições
particulares de temperatura e vazão de um determinado caso:
1
NPLV =
0,01 0,42 0,45 0,12
+ + +
A B C D
Uma vez definido o tipo de sistema de condicionamento de ar a ser aplicado e calculada a carga
térmica dos ambientes e zonas climatizadas, o processo seguinte é a seleção de um modelo de
condicionador de ar disponível no mercado que atenda a todas as características de carga térmica do
ambiente.
De modo geral, devem ser observadas as seguintes características técnicas para seleção do modelo a
ser adotado:
Aparelho de Janela
Item Descrição Dados para seleção Unidade
01 Modelo de referência ---
02 Modelo x Somente Frio Quente/Frio ---
03 Capacidade nominal 12.000 BTU/h
04 Alimentação 2F+T/60Hz 220 V
05 Corrente nominal 6,0 A
06 Consumo 1.270 W
07 Dimensões do gabinete
07.01 Altura 370 mm
07.02 Largura 590 mm
07.03 Profundidade 575 mm
08 Peso 35 kg
Além desses dados, devem ser observadas as particularidades da instalação, tais como:
Outra característica importante desses tipos de equipamentos é que a vazão de ar definida pelo
fabricante é normalmente baixa, resultando em um fator de calor sensível (calor sensível dividido
pelo calor total) baixo, com valores de até 0,65. Portanto, em aplicações com características de
carga térmica de alto fator de calor sensível (salas de equipamentos, áreas com grande exposição a
radiação solar, entre outras) a seleção da capacidade deve considerar o calor sensível total da carga
térmica comparado com a capacidade de calor sensível real do modelo considerado, resultando em
capacidades nominais mais elevadas em muitos casos.
O processo de seleção se baseia na aplicação dos dados do projeto indicados acima nos gráficos ou
tabelas de desempenho do catálogo do fabricante. Este processo de seleção será exemplificado em
aula.
Portanto, em casos com características de carga térmica muito diferentes das indicadas, a aplicação
de condicionadores de expansão direta ocasionará o super dimensionamento da capacidade
instalada ou o não atendimento das condições de projeto.
Como no item anterior, relativo a condicionadores com condensação a ar, o processo de seleção se
baseia na aplicação dos dados do projeto nos gráficos ou tabelas de desempenho do catálogo do
fabricante. Este processo de seleção será exemplificado em aula.
Da mesma forma, os condicionadores de expansão direta com condensação a água também são
normalmente concebidos para aplicações comerciais de conforto com características de carga
térmica típicas de ocupação de escritórios, ou seja, fator de calor sensível (calor sensível total
dividido pelo calor total) FCS = 0,75 e vazão de ar de 680 m3/h/TR, com variação de +/- 10 %.
Em função do grande número de variáveis envolvidas, a seleção de condicionadores tipo fan coil é
feita por meio de softwares desenvolvido pelos fabricantes que simulam o desempenho do
equipamento em função das condições de entrada do ar e de água.
Serpentina de resfriamento
Vazão de ar
Variáveis do lado da água gelada (definidas pela carga térmica e pelo sistema central de água
gelada):
Temperatura de entrada
Vazão de água
Área de face
Número de filas
Número de circuitos
No caso de utilização de outro diferencial de temperatura, a vazão de água gelada pode ser
calculada com a seguinte equação:
Q = V x 1000 x (DT)
Área de face:
sendo que o valor usualmente adotado como máximo é de 2,5 m/s. Portanto, seleciona-se o
V = (v . Af ) x 3600
Número de filas:
A serpentina da ilustração acima possui 4 filas. As serpentinas são fabricadas normalmente com
3, 4, 5, 6 ou 8 filas (a maioria dos fabricantes utilizam 4, 6 ou 8 filas). Quanto maior o número
de filas, maior a área de troca de calor e consequentemente a capacidade térmica.
Número de circuitos:
As serpentinas são fabricadas normalmente com valores de 8 a 14 aletas por polegada. Quanto
maior o número de aletas por polegada (densidade), maior a área de troca de calor e
consequentemente a capacidade térmica. No entanto, serpentinas com 14 aletas por polegada são
ficam obstruídas com maior facilidade, dificultando assim a manutenção.
Com os dados de carga térmica da zona, condições de água gelada do sistema central e demais
particularidades da instalação, pode-se selecionar as características da serpentina através de um
software do fabricante. As características técnicas de entrada de dados para seleção encontram-se na
tabela a seguir:
6 SELEÇÃO DE UM CHILLER
A escolha da capacidade, gás refrigerante, tipo de compressor, tipo de condensação, entre outras
definições devem ser objetos de uma análise profunda que leve em consideração todos os aspectos
técnicos e econômicos. Essa apostila trata apenas da seleção de um modelo já tendo sido definido os
demais aspectos citados.
Os principais dados necessários para seleção de um chiller estão apresentados nas tabelas a seguir
ilustrados com alguns valores típicos normalmente utilizados:
Para essa análise devem ser solicitadas as folhas de saída (print-out) do programa com os resultados
da seleção contendo todas as condições de operação do equipamento para os dados de entrada
fornecidos. Os dados de saída usualmente requeridos são:
Capacidade efetiva
Amperagem nominal
Amperagem de partida
Além das condições de operação do equipamento, devem ser verificados os acessórios disponíveis e
seu custo a fim de possibilitar uma comparação abrangente de diferentes fornecedores. Alguns
acessórios importantes estão relacionados a seguir:
Marine Water Box (acesso a limpeza dos trocadores de calor sem desmontagem da tubulação
hidráulica)
Amortecedor de vibração
Outros
Um sistema eficiente não é apenas o que utiliza um equipamento eficiente. As interações do sistema
podem desempenhar um papel importante na sua performance térmica e energética global.
Particularmente em sistemas que servem diferentes zonas, a eficiência dos sistemas de distribuição
Uma metodologia que pode ser utilizada para análise simplificada do desempenho global de uma
Central de Água Gelada é colocar todos os consumos de energia em função da capacidade em TR.
Desta forma podemos somar as eficiências de cada componente do sistema utilizando uma mesma
base de unidade.
Por exemplo, se uma instalação de 240 TR possui dois chillers de 120 TR com 96 kW de potência,
duas bombas de água gelada de 11,0 kW, duas bombas de água de condensação de 7,5 kW e duas
torres de resfriamento de 5,5 kW, a eficiência global da planta pode ser resumida da seguinte forma:
É importante notar que esta eficiência global é válida para operação a plena carga. Como na maior
parte do tempo o sistema opera em carga parcial, dependendo do tipo de configuração e da
estratégia de operação, alguns equipamentos irão modular o consumo de energia em resposta as
variações de carga térmica e outros não. No exemplo acima, o consumo do chiller e da torre de
resfriamento é variável, enquanto o consumo das bombas é constante.
De um modo geral, quanto mais otimizada for a configuração e estratégia de controle da central de
água gelada em relação as variações de carga térmica, melhor será a eficiência média de operação
ao longo do dia e do ano. Quanto menos adequada for esta configuração e estratégia, pior será a
eficiência média global.
Como exemplo, suponha a mesma configuração da CAG do exemplo anterior operando em uma
condição de carga térmica parcial de 130 TR, supondo a eficiência do chiller e da torre de
resfriamento constante para essa condição. Neste caso a eficiência da planta passa a ser a seguinte:
Exemplo de Eficiência Global da Planta a carga parcial
Capacidade parcial Potência parcial Eficiência média
Equipamento
(TR) (kW) (kW/TR)
URA 2 x 65 = 130 2 x 52 = 104 0,80
BAG 2 x 65 = 130 2 x 11 = 22 0,169
BAC 2 x 65 = 130 2 x 7,5 = 15 0,115
2 x 5,5 = 11
TRA 2 x 65 = 130 0,046
(modulando on-off)
Total 130 147,0 1,13
Os sistemas de água gelada projetados até meados da década de 80 possuíam, em sua maioria,
vazão de água gelada constante utilizando válvulas de três vias para controle da capacidade dos
condicionadores de ar, conforme indicado no fluxograma a seguir:
Esse tipo de sistema pode apresentar problemas em instalações de múltiplos chillers durante a
operação em regime de carga térmica parcial (durante o inverno por exemplo). Nesses momentos,
um ou mais chillers podem ser desligados em função da menor demanda térmica. Dois
procedimentos operacionais podem ser então adotados, mas ambos resultam em problemas
operacionais para a instalação:
Manutenção da bomba de água gelada ligada com passagem da água pelo chiller desligado:
Neste caso a água não é resfriada ao passar pelo chiller desligado e se mistura com a água
resfriada que passa pelo(s) outro(s) chiller(s) em operação, elevando assim a temperatura de
alimentação de água gelada para todos os condicionadores de ar.
Esse problema vem sendo solucionado com sucesso desde o final da década de 80 com a adoção de
sistema de vazão de água variável. Nesse tipo de sistema, as válvulas de controle são de duas vias e
o by-pass de água é único, efetuado na Central de Água Gelada. Portanto, a vazão de água gelada
circulante em todo o prédio varia com a carga térmica, possibilitando ainda a redução da potência
consumida nas bombas com a aplicação de variadores de frequência. A figura a seguir ilustra a
configuração do sistema de vazão de água variável com válvula de dias vias:
B
Y
-
P
A
S
S
Com a atuação das válvulas de duas vias nos períodos de carga térmica parcial, a água gelada que
deixa de passar em uma serpentina é disponibilizada para os outros condicionadores, de modo que
quando essa redução de carga corresponde a capacidade de um chiller, o mesmo pode ser desligado
sem qualquer prejuízo para o sistema.