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Elaborador:
Autores: Paulo Fernando F Maciel
Edson Alves Sousa
E-mail do Autor:edsonengenheiromecanico@gmail.com;
Telefone: (99) 991763630
1
Sumário
Introdução
Objetivos
Referências
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Introdução
O advento da refrigeração mecânica e logo em seguida do ar condicionado representou
um importanteavanço para a humanidade. A possibilidade de armazenar e redistribuir
alimentos e de viver e trabalhar em climas adversos, trouxeram novas perspectivas para o
homem.
Objetivos
O objetivo geral desta apostila é possibilitar que o nosso aluno tenha um aprendizado
global e ativa do conteúdo específico de projetos de refrigeração e condicionamento de
ar. Esse material traz um bom escopo sobre projeto e manutenção desses sistemas e
várias informações pertinentes a área de refrigeração e condicionamento de ar.
Francis Bacon, em 1626, pensou no resfriamento como meio para conservar alimentos.
Seu experimento foi enterrar uma galinha na neve e concluir se isso a preservava. Esse
experimento acabou levando o cientista a morrer por conta do frio (MATOS, 2015)
O primeiro equipamento de refrigeração que operava de maneira cíclica, foi projetado pelo
Engenheiro Mecânico Jacob Perkins, em 1834 na Inglaterra. Perkins foi o inventor do gelo
artificial (STROBEL, 2013).
Não houve interesse pelo invento de Perkins, não existindo sequer registro de menções a
ele na literatura da época. Seu invento permaneceu esquecido por aproximadamente 50
anos (Perkins faleceu em 1849) até que Bramwell descreveu o invento em um artigo para
o “Journal of the Royal Society of Arts” (STROBEL, 2013).
Bomba
manual
Tanque de água
Evaporador
Fonte:Adaptado de https://jesuegraciliano.files.wordpress.com/2018/05/perkins-equipamento.jpg
James Harrison, escocês, nascido em 1815, foi o responsável por criar o primeiro
equipamento de refrigeração por compressão mecânica. No ano de 1857, a pedido de
uma cervejaria, ele projetou um equipamento de refrigeração usando o princípio da
compressão de vapor. Não se sabe se Harrison conhecia ou não o trabalho de
Perkins(STROBEL, 2013; DRUZIAN,. et al, 2014).
[Saiba mais]
O primeiro refrigerador brasileiro foi construído no ano de 1947 na cidade de Brusque-SC
De 1947 a 1950, Guilherme Holderegger e Rudolf Stutzer fabricaram 31 aparelhos
4
movidos a querosene. Em seguida o comerciante WittichFreitag da cidade de Joinville-SC
entra na história e convence a dupla a montarem uma fábrica, surgindo assim, em 15 de
julho de 1950, a CONSUL, primeira fábrica e referência até os dias atuais em
refrigeradores no Brasil. Saiba um pouco mais sobre essa história fascinante nos links a
seguir:
https://www.consul.com.br/sobreaconsul/
https://ndmais.com.br/especiais/memoria-primeira-geladeira-fabricada-no-brasil-surgiu-
em-fabrica-de-anzois-de-brusque/
[Fim do Saiba mais]
Fonte: http://www.centroargo.com.br/extraimg/images/Maqgelo.jpg
Porém no início a produção de gelo artificial sofreu muita resistência e apesar da melhoria
nos processos produtivos o consumo não cresceu na mesma proporção. Tudo isso devido
ao medo do público consumidor perante o gelo artificial. Esse temor advinha de uma
crença que o gelo artificial era prejudicial à saúde. Mesmo diante das vantagens essa
crença tinha muita força (MARTINELLI, 2008).
Tão crença não tinha sentido algum, mas impactava diretamente a expansão do setor
haja vista que o consumo era baixo. O mito caiu de forma compulsória por conta de um
inverno fraco que ocorreu em 1890 nos Estados Unidos, com o inverno fraco a
disponibilidade de gelo natural foi bem inferior na época, não atendendo a demanda. Com
pouco gelo natural a disposição a população se viu obrigada a usar o gelo artificial
(MARTINELLI, 2008).
Com o tempo viu que, apesar da crença, o gelo artificial era de melhor qualidade que o
natural. O gelo artificial a água era mais pura e como sua produção não dependia de
fatores climáticos o mesmo poderia ser fabricado à vontade de acordo com a demanda
solicitada pelo público consumidor (MARTINELLI, 2008).
5
As primeiras geladeiras eram um recipiente, isolado por meio de placas de cortiça, dentro
do qual eram colocadas pedras de gelo e os alimentos a conservar. A fusão do gelo
absorvia parte do calor dos alimentos e reduzia, de forma considerável, a temperatura no
interior da geladeira (MARTINELLI, 2008).
O geleiro era figura típica na época, com sua carroça isolada entregava nas casas dos
consumidores, as pedras de gelo que deviam ser colocadas nas primeiras geladeiras
(MARTINELLI, 2008).
[Saiba mais]
Carrier criou o produto pensando em um problema que uma empresa de impressão nova-
iorquina estava enfrentando. Durante os meses quentes do verão a umidade do ar era
absorvida pelo papel que se dilatava fazendo com que as cores impressas em dias
úmidos não se alinhassem, imprimindo imagens borradas e obscuras.
6
Saiba um pouco mais sobre a historia de Willys Haviland Carrier no link a seguir:
https://www.carrier.com/truck-trailer/pt/br/sobre-a-carrier/willis-carrier/
[Fim do Saiba mais]
À indústria têxtil foi o primeiro grande mercado para o condicionador de ar, seguido pelas
indústrias de papel, produtos farmacêuticos, tabaco além de estabelecimentos comerciais.
A primeira aplicação residencial foi em uma mansão de Minneapolis, em 1914. Carrier
desenhou um equipamento especial para residências, maior e mais simples do que os
condicionadores de hoje em dia (SOARES, 2003).
Willis Carrier faleceu em 1950. Em 1952, a sua empresa desenvolveu a primeira produção
em série de unidades centrais de condicionadores de ar para residências. O estoque
esgotou em 15 dias (SOARES, 2003).
O sistema não era muito prático e ocupava todo o porta malas do veículo, além de não
possuir controle de temperatura. Além disso o sistema custava cerca de 25% do preço do
veículo o que inviabilizava a expansão do sistema (SOARES, 2003).
Capitulo 2-Aplicação
2.1 Refrigeração domestica
A refrigeração doméstica engloba os refrigeradores domésticos, congeladores,
cervejeiras, filtros para água e freezers. Em geral são equipamentos de baixa potência
(0,05 a 0,5hp) e muitos modelos são também utilizados na refrigeração comercial já que
não há uma divisão formal. São de tamanho reduzido e geralmente do tipo
hermeticamente fechado.
Apesar da baixa potência a refrigeração domestica representa uma das principais partes
da indústria de refrigeração, devido ao grande número de unidades produzidas todos os
7
anos. Nos dias atuais praticamente todas as residências contam com uma geladeira.
Trata-se de um mercado muito importante no Brasil com várias empresas instaladas.
Fonte: https://climatizacaolumertz.files.wordpress.com/2017/06/geladeira.jpg?w=720
Fonte:http://www.tecnocp.com.br/resources/refrigeracao-comercial-em-sp.jpg
8
Fonte: https://www.refringer.com.br/images/refrigeracao-industrial-01.jpg
Imagine por exemplo alimentar toda a população de grandes metrópoles como Tóquio,
Japão ou São Paulo sem a refrigeração para transporte? Tais cidades não têm condições
de produzir toda a quantidade de alimentos que consome. O abastecimento é realizado
através do transporte de alimentos resfriados e/ou congelados. Dependemos diariamente
da refrigeração para transporte.
Fonte: https://static.iclaz.com.br/foto/400/72254/imagem3_6416/refrigeracao-para-transportes-ar-
condicionado-para-maquinas.jpg
9
Indústria de impressão, onde necessita-se de um rígido controle da umidade
adequada fixação das cores.
Indústria têxtil, onde é importante reduzir a eletricidade estática e limitar o
rompimento de fibras.
Na indústria de material fotográfico, onde o material virgem deteriora-se
rapidamente se exposto a alta temperatura e umidade.
Fonte:https://consul.vteximg.com.br/arquivos/ids/189288-1000-
1000/Consul_Ar_Split_CBN12CB_Imagem_Produzida_Maxi_Economia_1.jpg?v=6367883251980
30000
[Saiba mais]
“Existem 350 corpos congelados para serem ressuscitados no futuro”. Leia sobre esse
assunto bizarro na matéria abaixo e tente entender essa utopia.
https://saude.abril.com.br/blog/tunel-do-tempo/existem-350-corpos-congelados-para-
serem-ressuscitados-no-futuro/
Os links abaixo te levaram a conhecer um pouco mais sobre a criogenia, ramo importante
da físico química.
https://www.webarcondicionado.com.br/para-que-serve-os-sistemas-de-refrigeracao-de-
criogenio
https://www.youtube.com/watch?v=_sQFxFHlTQY
[Fim do Saiba mais]
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Fonte:https://static.webarcondicionado.com.br/blog/uploads/2015/06/568901-300x196.jpg
3 2
Condensador
𝑊𝑇 𝑊𝐶
Turbina Compressor
Evaporador
4 1
𝑄𝑒
Região fria
As trocas de calor envolvidas são somente as indicadas no ciclo, não existe atrito e todos
os processos são internamente reversíveis (ideais). Os processos 1-2 e 3-4 são
isentrópicos (adiabáticos). Os processos do ciclo de refrigeração de Carnot são indicados
na sequência abaixo:
1-2- Compressão adiabática,
2-3- Liberação isotérmica de calor,
3-4 - Expansão adiabática,
4-1 - Admissão isotérmica de calor,
12
̇
̇
Então para um ciclo de refrigeração por compressão a vapor podemos concluir que uma
temperatura de evaporação tão alta quanto possível e uma temperatura de condensação,
Tc tão baixa quanto possível colabora para uma otimização do COP e consequente
melhoria de desempenho do sistema.
Para uma bomba de calor o COP é dado por:
̇
̇
13
trocar calor, mas na prática o vapor elimina calor para o meio externo.
Linha de líquido: É a tubulação frigorífica utilizada para escoar o líquido quente e a
alta pressão do reservatório de líquido ao dispositivo medidor.
[Atenção]
Quanto maior o sistema, maior o grau de complexidade e a necessidade de automação.
Com isso diversos equipamentos e componentes são adicionados aos sistemas. Na
unidade II traremos mais especificações sobre os principais equipamentos da refrigeração
e climatização, além de outros dispositivos de automação e controle.
[Fim do Atenção]
No ciclo que possui o ciclo de refrigeração por compressão a vapor sem
superaquecimento é formado por quatro processos fundamentais: expansão, vaporização,
compressão e condensação como pode ser visto na figura 11.
Condensador
3
2s
Válvula de 𝑊𝐶
expansão Compressor
Evaporador
4 1
𝑄𝑒
Região fria
14
A tecnologia da termo acumulação, conhecida também como armazenamento de frio, é a
produção de água gelada ou gelo durante os períodos fora de pico, geralmente no
período noturno ou nos fins de semana. O “frio“ é armazenado em tanques e são
utilizados nos horários de ponta. As aplicações de armazenamento de frio incluem
edifícios comerciais e de escritórios, centros médicos, prédios de faculdades e centros
comerciais (Moran e Shapiro 2009).
Dependendo do clima local, alguma umidade também pode ser removida ou adicionada.
O armazenamento de frio pode fornecer a climatização adequada de acordo com o
número de ocupantes ou pelo dimensionamento correto do sistema de refrigeração por
compressão de vapor ou outro sistema de conforto térmico para atender as necessidades.
Normalmente os sistemas de termo acumulação funcionam através das centrais de água
gelada que possuem os chillers e estes devem estar bem dimensionados para garantir a
harmonia do funcionamento de seus equipamentos e atender a aplicação eficiente do
estabelecimento.
O sistema deve ser projetado analisando desde a água gelada nos chillers, o sistema de
bombeamento, o sistema de controle das válvulas e torres de resfriamento. Além disso
deve ser feita a previsão da montagem do sistema, se está montada em série, paralelo ou
série contra fluxo e o tipo de bombeamento, se constante ou variável.
Compressor
Válvula de Ciclo 2 𝑊̇ 𝐶𝐴
expansão
Evaporador de
baixa temperatura
𝑄𝑒
Fonte:Adaptado de Moran e Shapiro (2014)
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Um aspecto importante do sistema em cascata é que os fluidos refrigerantes podem ser
selecionados nos dois ou mais estágios de modo a apresentarem pressões vantajosas no
evaporador e no condensador nos dois ou mais intervalos de temperatura (MORAN e
SHAPIRO, 2014).
Como o volume específico médio da solução líquida é muito menor que o volume do
vapor do refrigerante, é necessária uma quantidade significativamente menor de trabalho.
Consequentemente, os sistemas de refrigeração por absorção têm a vantagem de
necessitar de uma menor potência de acionamento em comparação com os sistemas de
compressão a vapor (MORAN e SHAPIRO, 2014).
Isso envolve uma transferência de calor de uma fonte que esteja a uma temperatura
relativamente alta. O vapor ou o calor rejeitado que seria descarregado para a vizinhança
sem qualquer uso é financeiramente atraente nesse propósito (MORAN e SHAPIRO,
2014).
Na maioria das vezes a amônia é o refrigerante e a água é o absorvente. A amônia circula
pelo condensador, pela válvula de expansão e pelo evaporador como em um sistema de
vapor por compressão. No entanto o compressor é substituído pelo absorvedor, pela
bomba e pelo gerador (MORAN e SHAPIRO, 2014).
A solução forte de amônia e água deixa o absorvedor e entra na bomba, onde sua
pressão é elevada até a pressão do gerador. Os principais componentes de um sistema
de refrigeração por absorção são mostrados na figura 13. (MORAN e SHAPIRO, 2014).
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Figura 13 - Sistema de refrigeração por absorção
Fonte de alta
temperatura
𝑄̇ 𝑠
Condensador
Gerador
Válvula de
Válvula de Expansão
o fraca
Soluçã
Expansão
𝑊̇ 𝑏
Bomba
Absorvedor
Evaporador
𝑄̇ 𝑒
Região
refrigerada
Fonte: Adaptado de Moran e Shapiro (2009)
Essa separação é feita pelo calor recebido do vapor ou outro fluido quente no gerador. A
solução fraca é outra vez remetida ao absorvedor para receber mais amônia (MORAN e
SHAPIRO, 2014).
O gás natural ou algum outro combustível pode ser queimado para fornecer a fonte de
calor, e existem aplicações práticas da refrigeração por absorção em que se usam
recursos energéticos alternativos, como a energia solar ou geotérmica (MORAN e
SHAPIRO, 2014).
5 Condensador
4
Válvula de
expansão 𝑊̇ 𝐶2 Compressor
3
6 Câmara de Trocador de calor
9
separação de contato direto
7 2 Compressor
Válvula de
expansão 𝑊̇ 𝐶
1
Evaporador
𝑄𝑒 1
8
Fonte:Adaptado de Moran e Shapiro (2009)
Inversamente, haverá variação de temperatura dois metais diferentes se, entre eles,
fizermos circular uma corrente elétrica retificada. Instalando-se adequadamente o metal
de menor temperatura dentro de um recinto termicamente isolado do exterior, podemos
obter baixas temperaturas.
Já existem geladeiras que funcionam usando esse princípio, porém são de baixo
rendimento (MORAN e SHAPIRO, 2014).
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Os sistemas de climatização são classificados quanto ao tipo de sistema de expansão e
quanto ao tipo de sistema de condensação. Os sistemas de condensação podem ser a
água e a ar, os sistemas de expansão podem ser classificados como sistema de
expansão direta ou sistema de expansão indireta.
Figura 15 - Sistema de expansão direta com condensação a ar; Janela (a), Rooftop (b),
Split System (c).
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Fonte: https://img.carrierdobrasil.com.br/caracteristicas_modelos/6f28a-2.jpg
Sistema de cogeração
Sistema Evaporativo
Sistema de volume refrigerante variável
Termo - acumulação
Fonte: O autor
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3.10 Sistema de cogeração
Para aplicações que envolvem uma grande carga térmica, tais como em hospitais,
shoppings, aeroportos, estações de metrô, que envolvem normalmente uma grande
quantidade de público, os sistemas de refrigeração com cogeração que utilizam o gás
natural é uma solução alternativa.
O sistema de cogeração com gás natural proporciona uma economia considerável com
energia elétrica. Os sistemas que se adaptam ao sistema de cogeração são os chillers por
absorção, os chillers convencionais com compressor acoplado a motor de combustão
interna a gás.
A grande vantagem do sistema está na economia de energia, uma vez que possui uma
menor quantidade de cargas elétricas, o que o torna também um sistema com baixo custo
de manutenção se comparado com um sistema de compressão de vapor. No entanto, o
sistema evaporativo apresenta uma desvantagem em aplicações onde a umidade relativa
do ar é alta, o sistema se torna ineficiente, necessitando de uma maior quantidade de
equipamentos para uma mesma instalação.
Uma outra característica do sistema VRF é que ele possui uma válvula de expansão para
cada unidade evaporadora, além de possuir um controle eletrônico mais preciso.
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O sistema representa no mercado uma resposta de uso racional da energia, de modo a
não prejudicar o conforto do usuário, permite também a climatização de grandes edifícios
sem a necessidade água, torres de resfriamento, bombas e tubulações hidráulicas.
• Alternativo
Deslocamento • De parafusos
positivo • De palhetas
• Scroll
Máquina de •Centrifugo
Fluxo
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Da Silva, (2005) divide os compressores em três categorias de acordo com a capacidade
da instalação:
Baixa capacidade (< 2,5 TR).
Média capacidade (entre 2,5 e 75 TR).
Grande capacidade (> 75 TR).
Por fim, e não menos importante, é preciso saber que os compressores também são
classificados de acordo com os seus aspectos construtivos sendo denominados como
abertos, herméticos ou semi herméticos.
Fonte: https://www.gelbox.com.br/admin/image/produto/53/204lg.jpg
Porém as desvantagens são inúmeras como baixa capacidade, perda de eficiência devido
superaquecimento, contaminação do sistema pelos resíduos após a queima do motor;
difícil manutenção e reparação, não permitem o controle de capacidade; não podem ser
utilizados com amônia; apresentam problemas sérios com a umidade do sistema (DA
SILVA, 2005).
Fonte: https://superfrioamc.com.br/wp-content/uploads/2017/03/prod2.jpg
Fonte:http://www.cere.com.br/imagens/informacoes/compressores-aberto-bitzer-refrigeracao-
03.jpg
Parte do vapor permanece no interior do cilindro, na pressão de descarga, uma vez que o
pistão não consegue varrer todo o volume do cilindro. Esse volume residual é conhecido
por espaço nocivo e é necessário para acomodar as válvulas de sução e descarga e para
permitir tolerâncias do processo de fabricação.
Fonte:https://2.bp.blogspot.com/_F0oi7vYTnew/SgtEX7s1_YI/AAAAAAAABV0/hQp6yjvAAnk/s400/
qr25.jpg
26
No compressor parafuso o rotor “fêmea” é acionado pelo rotor “macho. O fluido
refrigerante entra pela parte superior em uma das extremidades e sai pela parte inferior
da outra extremidade.
Fonte:https://www.lojaschulz.com.br/imagens/uploads/conteudos/crop_201907031555570DLsKR2
whC.jpg
[Atenção]
No vídeo abaixo é possível entender o funcionamento de um compressor parafuso
https://www.youtube.com/watch?v=CGiFuZEwdJs
[Fim do Atenção]
27
Figura 26: Compressor centrifugo
O R-22 é o fluido refrigerante mais utilizado nesse tipo de compressor, sendo, assim
como o compressor de palhetas, os fluidos refrigerantes HFC-407C e HFC-410A seus
substitutos. Para sistemas de expansão direta, o potencial de refrigeração dos
compressores Scroll pode alcançar a faixa de 52,3 kW. Para resfriadores (Chiller), este
valor pode chegar à 210kW.
Sucção
Fonte: Adaptado de https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTm9CBfZyJv45WqEdQ3kHvVZCM9kQc8UKmLA-
meinMehjkCl5ZW&s
[Sintetizando]
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Compressores Scroll são hoje um novo conceito para compressores de sistemas
frigoríficos e o mesmo traz várias vantagens perante os compressores alternativos de
mesma capacidade. O mesmo foi criado pelo engenheiro Léon Creux em 1905 na França.
Porém sua aplicação foi difundida mais de 50 anos depois. Isso porque para um
funcionamento efetivo o compressor Scroll necessita de baixíssimas tolerâncias de
fabricação o que não era possível com a tecnologia da época. Veja no vídeo abaixo o
princípio de funcionamento de um compressor Scroll.
https://www.youtube.com/watch?v=i0F1ZnknkDw
[ Fim do Sintetizando]
Capítulo 2 – Condensadores
2.1 Introdução
Na refrigeração dar-se o nome de condensadores os trocadores de calor onde a
condensação do refrigerante é realizada. A energia térmica a ser rejeitada pelo
condensador advém do calor adicionado ao fluido refrigerante pela operação do
equipamento frigorífico, o calor gerado pelo atrito nas partes internas do compressor e o
calor gerado pelos enrolamentos do motor (DA SILVA 2005).
Descarga do compressor
Tubos de
refrigerante
Refrigerante liquido
Ar
Bomba Purga
Fonte: Adaptado de
https://slideplayer.com.br/slide/1789872/7/images/9/Condensadores+Evaporativos.jpg
29
Nessa configuração de condensador o contato da água com as áreas de temperatura
mais elevada da serpentina, onde o refrigerante se encontra no estado superaquecido,
pode provocar a formação excessiva de incrustações sobre a superfície dos tubos,
diminuindo sua eficiência.
Para combater o problema da incrustação é comum instalar, acima da região onde a água
é borrifada, uma primeira serpentina que tem a função de reduzir a temperatura do
refrigerante.
O condensador de duplo tubo consiste em dois tubos concêntricos, onde a água circula
no interior do tubo de maior diâmetro e o refrigerante circula em contracorrente no espaço
entre os dois tubos, sendo resfriado ao mesmo tempo pela água e pelo ar que está em
contato com a área externa do tubo de diâmetro maior.
Seu funcionamento consiste em água fluindo no interior dos tubos, enquanto o fluido
refrigerante escoa pela carcaça. São adequados para aplicações de pequena e média
capacidade (até 15 TR). Sua desvantagem é a dificuldade de realizar a limpeza sendo
necessário o uso de produtos químicos.
A configuração carcaça e tubo consiste em uma carcaça cilíndrica, onde uma quantidade
de tubos horizontais e paralelos são instalados e conectados a duas placas nos dois
lados.
30
Água flui por dentro dos tubos e o refrigerante pelo interior da carcaça, ao redor dos
tubos.
São de fácil limpeza e manutenção. Esses condensadores podem ser utilizados em uma
ampla faixa de capacidades e atende desde de pequenos a grandes sistemas.
[Atenção ]
A velocidade da água em um condensador carcaça e tubo jamais deve ultrapassar 2,5
m/s. Sua vazão volumétrica de água deve ficar entre ser 0,10 a 0,15 l/s para cada TR.
[Fim da atenção ]
31
A temperatura de condensação nunca deve ser maior que 55ºC. Porém para garantir uma
maior eficiência do sistema de compressão e uma maior vida útil dos compressores,
recomenda-se que a temperatura de condensação não deve ser maior que:
48ºC, quando a temperatura de evaporação do sistema de refrigeração for igual ou
superar 0ºC;
43ºC, quando a temperatura de evaporação do sistema frigorífico for menor que
0ºC.
Uma vantagem adicional dos condensadores evaporativos é que a bomba de água destes
condensadores é de menor capacidade que a requerida pelos condensadores resfriados a
água, o que resulta em menor consumo de energia.
[Saiba mais]
Entenda um pouco mais do processo de condensação e das configurações dos principais
tipos de condensadores nos vídeos abaixo.
https://www.youtube.com/watch?v=MNts_EroEM8
https://www.youtube.com/watch?v=pr5YnwnEnVQ
[Fim do Saiba mais]
Capitulo 3 – Evaporadores
3.1 Classificação
De forma sucinta evaporadores são superfícies de transferência de calor onde o fluido
refrigerante é vaporizado com o objetivo de remover calor do ambiente ou do produto.
32
Uma definição mais formal dos evaporadores é: trocadores de calor que atuam na
interface entre o processo e o sistema de refrigeração retirando calor no ambiente a ser
refrigerado e consequentemente vaporizando o fluido refrigerante.
Os evaporadores são utilizados para remover o calor de um ambiente fechado, como
câmaras frias e refrigeradores. O evaporador recebe o fluido refrigerante do dispositivo de
expansão na forma de uma mistura de líquido-vapor (a baixa pressão e temperatura) e o
envia para o compressor no estado de vapor superaquecido.
No tipo de construção temos os de tubo liso que são utilizados para câmaras frigoríficas
que necessitam de circulação de uma vazão alta de ar em baixa velocidade. Os de placas
que são utilizados em refrigeradores domésticos; caminhões frigoríficos; balcões
expositores de alimentos congelados e resfriados etc.
É possível o uso de aletas em situações que se deseja uma maior resistência a condução
do calor e circulação de ar. Nessa configuração a formação de gelo no evaporador é
inevitável.
As aletas trazem como vantagem uma maior área de troca térmica além de para uma
mesma potência frigorifica as aletas ocupam menos espaço e consomem menos material
que a configuração de tubo liso ou de placas
33
Fonte: Adaptado
https://www.unicaarcondicionado.com.br/media/catalog/product/cache/1/small_imag
e/455x/9df78eab33525d08d6e5fb8d27136e95/c/b/cbj_internaexterna-698x698_1__1.jpg
Nos evaporadores inundados o fluido refrigerante após ser admitido por uma válvula de
Saída de escoa através dos tubos da serpentina, removendo calor do meio a ser
expansão
refrigerante
resfriado.
Saída de
refrigerante
Entrada de
refrigerante
Fonte: Adaptado
dehttp://pt.hstarschiller.com/js/htmledit/kindeditor/attached/20190228/20190228172516_20053.jpg
Uma baixa vazão de ar pode diminuir a capacidade do evaporador e levar a uma taxa
baixa de resfriamento do produto. Já uma velocidade alta pode levar a uma maior
umidade na superfície do produto, a desidratação além de uma menor vida útil do
produto.
34
Evaporador para resfriamento de ar: refrigerante ao vaporizar resfria diretamente o ar
que escoa pela superfície externa do evaporador. Estes evaporadores podem ser do tipo
circulação natural ou circulação forçada (DA SILVA, 2005).
É muito utilizado nas aplicações comerciais ou industriais molhar a sua superfície externa
dos evaporadores através da aspersão de um líquido na forma de spray (os chamados
“evaporadores de superfície úmida”).
A configuração carcaça e tubo é uma das mais utilizados na indústria de refrigeração para
o resfriamento de líquidos. Possuem uma vasta faixa de capacidades.
O tipo carcaça e serpentina o fluído refrigerante flui pelo interior do tubo, e o líquido
circula por fora do mesmo. Possuem baixo coeficiente global de transferência de calor e
são de difícil limpeza.
[Atenção]
A capacidade do evaporador é a energia térmica de calor que ele deve absorver do
espaço refrigerado, em um determinado intervalo de tempo. O calor pode chegar ao
evaporador tanto por condução, quanto por convecção e radiação.
[Fim do Atenção]
[Saiba mais]
Entenda um pouco mais sobre o funcionamento de um evaporador assistindo o vídeo
abaixo.
https://www.youtube.com/watch?v=u703Ck0b-NU
35
[Saiba mais]
Para realizar o controle de nível de líquido deve ser controlado o grau de abertura do
dispositivo de expansão de acordo com a alteração de nível de líquido.
Para realizar este controle é necessária a mudança da taxa de vazão do refrigerante nos
evaporadores de acordo com demanda e realizando o degelo dos evaporadores.
Nos tópicos abaixo faremos a descrição dos principais componentes dos sistemas de
controle de um sistema frigorifico ou de condicionamento de ar.
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O dispositivo de expansão fica localizado entre a saída do condensador e a entrada do
evaporador. O fluido frigorifico com alta pressão e temperatura entra no dispositivo de
expansão deixando-o na fase de líquido e vapor a baixa pressão e temperatura.
Há dois tipos de dispositivos de expansão, os que tem uma abertura ou orifício fixo e não
ajustável e aqueles onde o orifício pode ser ajustado.
Quanto menor o diâmetro do tubo capilar ou maior o seu comprimento, maior a queda de
pressão ocasionada por ele. A forma de espiral economiza espaço e protege o tubo
contra danos (DA SILVA, 2005).
Como o tubo capilar tem um diâmetro muito pequeno, o mesmo é facilmente entupido.
Por essa razão um filtro de linha costuma ser instalado antes do tubo capilar.
38
Risco de quebra devido sua fragilidade, impossibilidade de controle da vazão de
refrigerante.
Baixa faixa de aplicação
1.10 Pressostatos
Os pressostatos são dispositivos eletromecânicos comandados pela pressão de operação
dos dispositivos instalados em um circuito de refrigeração. O ajuste da pressão se faz por
meio de um parafuso, o qual pressiona uma mola mecânica. O ajuste do parafuso implica
de forma direta nas pressões em que o sistema liga ou desliga.
1.11Termostatos
39
Os termostatos assim como os pressostatos são contatos eletromecânicos que variam o
estado de seus contatos com a variação de uma grandeza física, que no caso nos
termostatos é a temperatura.
Quando as bobinas de uma válvula solenoide normalmente fechada (NF) não está
alimentada eletricamente ela permanece fechada. Já quando as bobinas estão
alimentadas eletricamente a válvula permanece aberta.
[Provocação]
Fluidos frigoríficos, fluídos refrigerantes, ou simplesmente refrigerantes, são substâncias
que servem como meio de transporte de calor, absorvendo calor a baixa temperatura e
rejeitando a temperaturas mais elevadas. Sua utilização depende das faixas de
temperatura e pressão em que irá operar e, não menos importante, dos impactos
ambientais causados pelos mesmos (UNISINOS, 2015). Nos links abaixo há alguns
vídeos com aulas completas sobre o assunto. É importante que você reserve um tempo
nesses vídeos, isso irá facilitar seus estudos.
Vídeo 1
Conversão de pressão x temperatura de fluídos refrigerantes (aplicativo Danfoss)
https://www.youtube.com/watch?v=-gh0ccZqcK4&t=571s
Vídeo 2
Como achar pressão de trabalho da refrigeração
https://www.youtube.com/watch?v=qxx8K0AoKsU
Vídeo 3
Playlist completa sobre fluidos refrigerantes
https://www.youtube.com/playlist?list=PLHiIHXcCWhiXp6uM7YfNnyrUI03UZ_P-j
[Fim da Provocação]
Assim o pesquisador Thomas Midgely Jr, em 1932 criou o R-12, conhecido também como
Freon 12. Trata-se de um cloro-flúor-carbono (CFC) que tem a característica de ser
endotérmico quando expande ou quando vaporiza.
Os CFC´s não são inflamáveis, não são explosivos, não são tóxicos e não são corrosivos.
A pressão necessária para que suas propriedades refrigerantes sejam notáveis é bem
inferior à requerida pelos gases refrigerantes conhecidos até então.
41
Enfim, um fluido refrigerante “ideal”. Até descobrirem que o Freon destrói o ozônio da
atmosfera, tão importante para barrar o excesso de radiação solar ultravioleta na
superfície da Terra.
Em 1974, foram detectados, pela primeira vez, os problemas com CFCs, tendo sido
demonstrado que compostos clorados poderiam migrar para a estratosfera e destruir
moléculas de ozônio.
Por serem altamente estáveis, os fluidos refrigerantes do tipo CFC quanto liberados na
superfície da terra atingem a estratosfera antes de serem destruídos. Assim os CFCs
foram condenados como os maiores responsáveis pelo aparecimento do buraco na
camada de ozônio.
[Para refletir]
Quando você for contratado para um serviço que exija a substituição dos CFC´s por
fluidos refrigerantes alternativos você deve fazer uma análise cuidadosa em relação à
capacidade, eficiência, miscibilidade com o óleo do compressor e compatibilidade com
materiais existentes na instalação. Em grande parte das instalações, com tempo de vida
superior a 15 anos, pode ser vantajosa a substituição do sistema de refrigeração existente
por um novo, que não utilize refrigerantes CFCs.
[Fim do Para refletir]
Devido ao alto poder de destruição dos CFC´s novos refrigerantes foram criados. Os
chamados HFC´s, denominados de refrigerantes da terceira geração (UNISINOS,2015).
Assim foi criado o GWP, “global warming potential” ou potencial de aquecimento global.
Indicador que mensura os efeitos direto e indireto do fluido refrigerante na atmosfera. O
CO2 é utilizado como referência química para o GWP em função de seu elevado impacto
42
Tabela 3- Valores de ODP e GWP para alguns fluidos refrigerantes
Fluido Refrigerante ODP GWP
CFC-11 1 1
CFC-12 1 3
CFC-113 0,9 1,3
CFC-114 0,8 3,8
CFC-115 0,4 7,5
HCFC-123 0,02 0,02
HCFC-124 0,02 0,1
HCFC-141b 0,15 0,15
HCFC-142b 0,06 0,36
HCFC-22 0,05 0,34
HCFC-134a 0 0,25
HCFC-152a 0 0,58
Fonte: UNISINOS (2015).
Os fluidos refrigerantes também são classificados como fluidos primários que são os
fluidos usados no ciclo de compressão a vapor e os fluidos secundários que são
responsáveis por transferir a energia da substância que está sendo refrigerada para o
evaporador de um sistema de refrigeração.
De acordo com Melinder (2010) nenhum fluido secundário é ideal para todas as
aplicações. A Água congela a 0ºC e é corrosiva; os glicóis são corrosivos e tóxicos; os
álcoois são inflamáveis, corrosivos e tóxicos (metanol); a amônia é toxica, inflamável e
corrosiva; os cloretos são corrosivos, não são tóxicos, porém causam irritação. Para
temperaturas acima de 0º C a água é o melhor fluido secundário a ser empregado.
O ar por exemplo é o fluido refrigerante empregado na aviação pois tem o peso reduzido.
A amônia é utilizada em grandes sistemas de refrigeração industrial. O dióxido de carbono
é utilizado para congelamento de alimentos e possui alta pressão de condensação.
O R22, apesar de estar com os dias contados, é o sucessor do R12 (CFC) que era
utilizado em compressores alternativos, refrigeração doméstica e sistemas de ar
condicionado automotivo. O efeito de refrigeração (ou efeito frigorifico) do R22 é maior e
isso constitui uma vantagem muito interessante para o mesmo.
[Saiba mais]
O efeito frigorífico é definido como a diferença entre a entalpia do refrigerante na saída e
a entalpia do refrigerante na entrada do evaporador, através dele é feito o cálculo da
vazão de refrigerante no ciclo.
[Fim do saiba mais]
44
O R502 Apresenta temperaturas de descarga de compressores menores, e também
apresenta melhor comportamento com lubrificantes. Há também o R-134 (tetrafluoretano),
com propriedades físicas e termodinâmicas similares ao R-12.
A escolha entre a amônia e os refrigerantes halogenados pode ser definida pelo tipo de
aplicação. A amônia apresenta características de toxicidade e, de maneira geral, sua
utilização é restrita a locais afastados de áreas densamente povoadas, e instalações
industriais, cuja operação seja supervisionada por pessoal
especializado(UNISINOS,2015).
Com relação aos custos, os preços dos refrigerantes oscilam e dependem da quantidade
envolvida. O preço da amônia, entretanto, em geral é inferior ao preço dos refrigerantes
halogenados (UNISINOS,2015).
45
provocar o bloqueio por congelamento de válvulas de expansão e de controladores de
nível.
A amônia e o CO2 apresentam reduzida solubilidade nos óleos minerais de forma que,
em sistemas industriais, a coleta do óleo acumulado nas regiões baixas (fundo de
separadores de líquido) deve ser prevista para o seu retorno ao compressor.
Os materiais usados como isolantes são fibra de madeira aglomerada, cortiça; lã de vidro;
lã de rocha; concreto celular; espuma de borracha; poliestireno expandido (Isopor),
espumas de poliuretano; espaço livre entre paredes (ar ou vácuo).
O óleo lubrificante permite a redução do atrito entre as partes móveis em contato direto, e
consequentemente, reduz o desgaste natural do compressor. O lubrificante evita o
superaquecimento do compressor de ar, uma vez que recircular desde o cárter do
compressor até o cabeçote.
É desejável que o fluido refrigerante não misture com o óleo lubrificante, e para isso não
aconteça os compressores são dotados de sistemas de vedação formados por anéis de
vedação.
No entanto em uma operação normal é comum que uma pequena parcela de óleo
lubrificante entre em contato com o refrigerante, dessas forma os sistemas de refrigeração
devem ser providos de um sistema de separação do óleo lubrificante e refrigerante.
Além da condição anterior, quando o retorno de óleo em um sistema não opera de forma
adequada, principalmente pelo excesso de óleo no sistema, deve ser instalado um
separador de óleo, pois este evita o acumulo de óleo nas superfícies de troca de calor do
circuito de refrigeração.
Para evitar o acumulo em excesso de óleo no filtro, a boia quando está no seu nível
máximo provoca a abertura da agulha, como a pressão no separador de óleo é supeior a
pressão no cárter, o óleo é drenado para o compressor. As quantidades de óleo que ficam
no separador de óleo são mínimas.
Nos condensadores do tipo Shell and tube não existe um reservatório, para que o fluido
seja armazenado é utilizado o espaço entre a carcaça e os tubos. Já nos condensadores
do tipo duplo tubo, resfriados a ar e evaporativos devem ser instalados um reservatório
isolado específico para o armazenamento de fluido.
3.6Sistema elétrico
Os equipamentos de refrigeração e condicionamento do ar dependem constantemente da
energia elétrica para o seu funcionamento adequado, o sistema elétrico então é o sistema
auxiliar que permite a alimentação e proteção elétrica de todos os equipamentos elétricos
dos sistemas de refrigeração.
48
O sistema elétrico é composto essencialmente pelas instalações elétricas e estas
contemplam os ramais de distribuição que conduzem a energia elétrica desde as centrais
de geração (usinas hidrelétricas, térmicas, eólicas, solares...) até as indústrias e
residências.
Os sistemas de geração próprios que compõem as instalações elétricas mais comuns são
os geradores diesel que são cada vez mais utilizados como fonte de energia elétrica
alternativa principalmente em áreas isoladas onde não se dispõe de energia elétrica
provinda da concessionária, como exemplo tem-se a Figura 33que representa o processo
de resfriamento artificial de gases de carbonização em uma localidade isolada, neste
exemplo todas as demandas das cargas elétricas são supridas pelo gerador diesel.
Equipamento
de resfriamento
artificial de
gases
Gerador
Diesel
Fonte: O Autor
49
horários de ponta (18:00 hs às 21:00 hs – de segunda à sexta-feira, exceto feriados)
quando então a energia elétrica da concessionária pode ser de maior custo.
A principal função dos quadros de distribuição é a proteção dos circuitos responsáveis por
desligar a parcela do sistema elétrico de potência que se encontra defeituosa ou
operando fora das condições normais de operação.
Fonte: https://www.mundodaeletrica.com.br/i/252/disjuntores2-600.webp
No caso dos sistemas de climatização do tipo Split, Selfs, água gelada e chilers os
disjuntores termomagnéticos adequados para sua proteção são os disjuntores que
possuem a curva característica tipo C, tendo em vista que estes sistemas possuem
cargas indutivas devidos seus motores elétricos de indução.
50
Quando temos uma sobrecarga ou uma falta de fase no circuito, ocorre um aumento na
corrente do motor. Esta elevação de corrente causa o acionamento do mecanismo de
disparo que atuará sobre os contatos auxiliares denominados como contatos
normalmente abertos ou normalmente fechados, indicados pela figura 35. O
dimensionamento dos relés térmicos baseia-se no tempo de disparo e corrente de
disparo.
Figura 35 – Modelos de relés térmicos
Para funcionar com desempenho satisfatório e ser suficientemente segura contra risco de
acidentes fatais, todo sistema elétrico deve possuir um sistema de aterramento
dimensionado adequadamente para as condições de cada projeto.
Para garantia de uma instalação com aterramento adequado, o mesmo deve ser
dimensionado com valor de resistência de aterramento abaixo de 10 Ohms. Para medição
da resistência de aterramento são utilizados os terrômetros com medida de precisão.
51
Caso não esteja presente, todos os equipamentos elétricos e eletrônicos do sistema de
refrigeração devem possuir aterramentos próprios.
Fonte: https://tel.com.br/wp-content/uploads/2017/05/spda-aterramento-768x504.png
3.7Tubos e dutos
As tubulações de refrigerante tem função muito importante no sistema de refrigeração,
pois elas permitem que o refrigerante flua por todo o circuito do sistema de refrigeração
passando por compressores, condensadores, válvulas e evaporadores.
Para a proteção do compressor, é preciso que seja previsto controle adequado para
minimizar a migração de refrigerante durante a parada do sistema (válvula solenoide na
linha de líquido, aquecedor de cárter e recolhimento de refrigerante).
53
No caso do escoamento laminar, caracterizado quando o número de Reynolds (Re) é
menor que 2000. O coeficiente de atrito pode ser determinado diretamente com a fórmula:
Onde
http://www.dequi.eel.usp.br/~lmguimaraes/Diagrama%20de%20Moody.pdf
[Fim da sugestão de estudo complementar ]
Após a instalação do sistema, e antes da tubulação ser isolada, todo circuito deve passar
por um teste de vazamento conhecido como teste de estanqueidade e além deste deve
ser feito também o vácuo no sistema e aplicação da carga de refrigerante e óleo
lubrificante.
As vazões de ar, as dimensões dos dutos e seu layout determinam as perdas de carga, o
tamanho dos ventiladores e suas potências. Um projeto malfeito resulta em operação
incorreta ou custos elevados de instalação e operação.
54
nos dutos e reduzem as vazões nos pontos de insuflação. Um isolamento térmico
apropriado reduz as perdas ou ganhos de calor pelos dutos (CORRÊA, J. E. 2014).
Projetar uma rede de dutos, com menores custos de aquisição e operacionais, depende
muito do tipo de aplicação e da experiência do projetista. Entretanto, os seguintes
princípios se aplicam em qualquer projeto:
A quantidade de energia necessária para movimentar o ar de um ponto a outro da
rede corresponde à variação (redução) de pressão total entre esses pontos;
A pressão total em qualquer ponto da rede corresponde à energia mecânica total
naquele ponto, e é a soma da pressão estática com a dinâmica.
A pressão total sempre diminui no sentido do escoamento de ar;
Em redes de dutos com mais de dois ramais, as perdas de pressão total entre o
ventilador e a extremidade de cada ramal devem ser iguais;
A pressão estática e a dinâmica são mutuamente conversíveis e podem aumentar
ou diminuir no sentido do escoamento de ar. Por exemplo, em trechos retos a
pressão estática decresce e a dinâmica permanece constante, porém, a pressão
total (ou seja, a soma) também decresce. Em trechos divergentes (área da seção
transversal aumenta gradualmente), a pressão estática cresce e a pressão total
permanece constante (desconsiderando as pequenas perdas por atrito). (CORRÊA,
J. E. 2014).
Assim que os dutos são dimensionados, as perdas de carga em cada trecho (duto
principal e ramais) podem ser calculadas e o gráfico da linha de pressão total pode ser
traçado.
Depois que a linha de pressão total foi traçada alguns trechos de dutos podem ser
redimensionados, a fim de obter um balanceamento adequado entre os ramais sem
depender inteiramente da instalação de registros de balanceamento (CORRÊA, J. E.
2014).
Por fim no método da recuperação estática os dutos são dimensionados de modo que a
recuperação de pressão estática, em cada acessório, compensa as perdas de cargas no
trecho imediato de duto. É especialmente indicado em dimensionamento de redes de alta
velocidade, contendo trechos retos longos com muitos acessórios e/ou terminais.
55
Na entrada de cada ramal existe praticamente a mesma pressão estática, o que facilita a
seleção de grelhas, difusores e o balanceamento do sistema. Com a rede dimensionada
sua perda de carga total pode ser calculada.
A principal desvantagem desse método é que as dimensões dos ramais, próximo aos
acessórios de insuflação e difusão de ar, resultam excessivamente grandes (baixas
velocidades).
[Saiba mais ]
Abaixo é apresentado um procedimento passo a passo para cálculo de tubos e
dutos.
1. Posicionar as grelhas e/ou difusores de insuflação e os bocais de retorno a fim
de distribuir o ar de modo adequado em cada ambiente condicionado com base nas
plantas da edificação;
2. Ajustar as quantidades de ar calculadas em função dos ganhos e/ou perdas de
calor, fugas de ar nos dutos e também de recomendações para satisfazer os requisitos de
qualidade do ar interno (ventilação);
3. Ajustar as quantidades de ar insuflado, de retorno e/ou exaustão para manter a
pressurização dos ambientes condicionados;
4. Selecionar as grelhas e/ou difusores de insuflação e retorno em catálogos de
fabricantes;
5. Traçar um esboço da rede de dutos, conectando os pontos de insuflação e
retorno ao equipamento central, evitando obstruções estruturais e de outros
equipamentos. Cuidar da ocupação de espaço pela rede de dutos. Usar dutos circulares
sempre que for possível;
6. Dividir a rede de dutos em seções e numerar cada seção. A rede deve ser
dividida em todos os pontos onde haja mudanças na direção do escoamento de ar,
dimensões e forma dos dutos. Associar o acessório ao trecho imediatamente posterior
nos dutos de distribuição, retorno e exaustão;
7. Dimensionar os dutos pelo método escolhido. Calcular a perda de carga total da
rede e selecionar o ventilador;
8. Traçar o layout detalhado da rede de dutos. Se as dimensões e acessórios forem
muito diferentes daqueles adotados no esboço, as perdas de carga devem ser
recalculadas; se necessário, o ventilador deve ser selecionado novamente;
9. Redimensionar os dutos para obter ramais com pressões relativamente
balanceadas;
10. Analisar o projeto com relação ao nível de ruído e especificar abafadores se
necessário. (CORRÊA, J. E. 2014).
[Fim do saiba mais ]
56
Existem também câmaras de maior porte com atmosfera controlada para estocagem de
produtos por um longo período de tempo. Nessas câmaras no lugar do oxigênio o
ambiente interno da câmara recebe gás carbônico (VILAIN, 2015).
Fonte: http://www.artico.com.br/wp-content/uploads/2015/10/IMG.png
É também necessário um estudo preliminar sobre onde será construída a câmara fria. É
preciso levar em conta as condições climáticas e meteorológicas do local pois isso reflete
na eficiência da mesma. Disponibilidade de eletricidade e água e questões logísticas e de
segurança também devem ser levadas em conta.
O correto projeto de uma instalação frigorifica também exige que seja seguido uma serie
de implicações técnicas, ambientais e sanitárias, além de levar em conta os custos de
operação da mesma.
Após uma análise dos fatores externos e da escolha do local onde a câmara será
instalada partimos para o cálculo da carga térmica. Potência frigorífica ou carga térmica é
a taxa de energia térmica (calor) que precisa ser retirada do ambiente a ser refrigerado
para que seja possível manter temperatura desejada neste ambiente (FIORELLI, 2010).
58
O termo representa o calor transmitido através das paredes, piso e teto, em
kJ/dia e é dado pela seguinte equação.
( )[ ]
Onde:
é a área total da câmara (piso, paredes e teto) em m²;
é o coeficiente global de transferência de calor,
é a temperatura externa da câmara frigorífica, em °C;
é a temperatura interna da câmara frigorífica, em °C;
é o acréscimo de temperatura devido à insolação conforme tabela 7 em °C.
[ ]
Na equação acima é a resistência térmica imposta a transmissão de calor
através da paredes e pode ser calculada com a seguinte equação.
59
Fonte: DA SILVA, 2005
Ao proceder com o cálculo algumas observações devem ser feitas para que o cálculo seja
o mais preciso possível e evitar um sub dimensionamento ou uma câmara
superdimensionada o que levaria a um aumento de custo desnecessário.
Se a câmara não sofrer efeitos da radiação solar direta o será igual a zero
(0).
Para paredes comuns a duas câmaras que possuam diferentes temperaturas,
haverá transferência de calor através da parede da câmara mais quente para a
mais fria. A câmara de maior temperatura é considerada como o meio externo.
Para um projeto mais preciso seria necessário que cada produto fosse armazenado de
acordo com seus requisitos, porém do ponto de vista comercial isso se torna impraticável.
Assim é conveniente separar os produtos por grupos que possuem requisitos
semelhantes de armazenamento ( HANDBOOK - APPLICATIONS DA ASHRAE, 1978).
Logicamente nem sempre será necessário o cálculo das três parcelas, haja vista que nem
todo armazenamento requer congelamento. Para frutas e hortaliças se faz necessário
calcular o calor de respiração dos produtos. Outra carga térmica que deve ser calculada é
e o calor cedido pelas embalagens.
O projeto deve ser feito de maneira criteriosa obedecendo a finalidade da câmara fria e
evitando sub ou superdimensionamento. Para somente resfriar o produto, é calculado
somente o calor removido antes do congelamento. Quando o produto já entra congelado
dentro da câmara será calculado somente o calor após o congelamento.
60
Tabela 9 - Informações de alguns produtos
PRODUTO Tconservação Densidade Tcongelamento Cp1 Cp2 L Resp
de carga
Maçãs –1,0 a 0,0 80 –2,0 1,133 0,45 43,19 0,25
Folhas 0 80 –0,4 0,96 0,48 76,12 0,65
Aves frescas 0 100 - 0,79 - - -
Aves –29,0 100 –2,8 0,79 0,36 59,1 -
congeladas
Carne
bovina –1,0 a 1,0 100 - 0,77 - - -
fresca
Carne
–15,0 100 –1,7 0,77 0,4 56,1 -
bovina cong.
Peixe fresco -1 100 - 0,45 - -
Peixe –18,0 100 –1,7 0,45 0,45 68,11 -
congelado
Suíno –0,5 a 0,0 100 - 3,77 - - -
Fresco
Suíno -18 100 -2,2 0,68 0,38 48 -
congelado
Ovos 0 - - 0,68 - -
Cerveja
0 100 - 0,98 - - -
LongNeck
Lacticínios 2 100 - 0,85 - - -
( )
( )
Para um projeto mais criterioso deve-se calcular a carga térmica devido as embalagens
conforme equação abaixo.
( )
Onde é a massa das embalagens dos produtos por dia e é o calor especifico da
embalagem.
A carga térmica total do produto é a soma simples das cargas térmicas acima, caso
alguma parcela não exista ou seja desprezada basta ignorar tal parcela.
61
4.6 Carga térmica de infiltração de ar
Outra fonte de carga térmica é referente a infiltração de ar “quente” na câmara toda vez
que a porta da mesma é aberta. A determinação exta dessa carga térmica é muito difícil
por isso o cálculo abaixo é a forma mais utilizada para se chegar a um valor aproximado
com boa confiabilidade. O cálculo é baseado no número de trocas de ar por dia. A
equação abaixo mostra como calcular.
( )
62
Né a quantidade de pessoas presentes na câmara fria, q é o calor gerado por pessoa, a
Tabela 12, em kJ/h e t é o tempo médio em horas/dia que cada pessoa permanece na
câmara.
Para temperaturas diversas da tabela 12acima o valor de q pode ser definido pela
seguinte equação.
[ ( )]
Quando o motor estiver trabalhando fora da câmara fria, a equação acima fica da seguinte
forma.
Em último caso se o motor estiver trabalhando dentro da câmara fria, mas o calor esteja
sendo dissipado para fora, a equação é apresentada da seguinte maneira.
( )
Onde
calor emitido pelos motores, em kcal/dia;
é a potência dos motores, em W;
é o número de horas de funcionamento do motor, em h/dia;
é a eficiência do motor que pode ser determinada conforme tabela 13 abaixo.
63
Tabela 13 - Eficiência dos motores
Potência do motor (kW) Η
<0,37 0,60
0,37 a 2,21 0,68
2,21 a 14,72 0,85
Fonte: DA SILVA, 2005
Essa carga total consideraria o funcionamento continuo da câmara fria, o que não é
verdadeiro pois o tempo de funcionamento é função do tipo de sistema de degelo
empregado. Isso deve-se a necessidade de descongelamento do evaporador em
intervalos frequentes pois o gelo formado na serpentina do evaporador diminui sua
capacidade de refrigeração.
Por exemplo um evaporador com um ∆T de 6ºC, significa que com uma temperatura na
câmara de 7ºC, a temperatura de evaporação do refrigerante é de 1ºC (VILAIN, 2006).
64
Figura 38: Esquema de uma câmara fria
Tint da T de evaporação
câmara T de
condensação
Ao realizar o projeto é muito comum o uso de 6°C para essa diferença de temperatura. A
tabela 15 traz valores característicos em função da diferença de temperatura. Podemos
observar que para umidades relativas altas dentro da câmara precisamos de um ∆T
pequeno o que leva a um tamanho maior de evaporador e consequentemente um maior
custo (VILAIN, 2015).
Tabela 15: UR em função do ∆T
∆T UR(%)
3-4 90 - 95
5-6 85 - 95
6-9 80 - 85
9 - 12 75
Fonte:VILAIN, (2015).
Em câmaras de resfriamento de carnes, a umidade deve ser mantida baixa para evitar o
gotejamento de água sobre o produto estragando sua aparência e diminuindo sua
qualidade (VILAIN, 2015).
65
DEGELO A ÁGUA: Trata-se da borrifação de água sobre a serpentina, drenando a
água gelada resultante para fora do espaço refrigerado.
DEGELO ELÉTRICO: Utiliza-se um aquecedor elétrico que mantem um bom
contato térmico com a serpentina. O custo inicial do degelo elétrico éo menor entre
todas as opções mencionadas anteriormente. Porém o seu custo operacional
geralmente é elevado devido as tarifas de energia elétrica em vigor.
DEGELO POR GÁS QUENTE: O fornecimento de fluido refrigerante líquido no
evaporador é suprimido, sendo trocado pelo vapor do fluido refrigerante a alta
pressão. Para um rápido degelo, a temperatura de saturação é mantida em níveis
elevados pela ação de uma válvula de controle de pressão instalada na saída do
evaporador. Para controlar a formação de neve sobre as superfícies das
serpentinas que operam a baixas temperaturas é comum borrifá-las com algum
anticongelante como etileno glicol ou propileno glicol.
[Sintetizando]
A escolha correta do evaporador é fundamental para um bom desempenho do sistema.
Trata-se de uma parte crucial e complexa no projeto de um sistema de refrigeração ou
climatização. E inclui tópicos como circuitagem, disposição dos tubos, definição das aletas
e etc. Para a correta escolha dos evaporadores disponíveis em uma vasta opção de
catálogos de fabricantes é importante o conhecimento da sequência a seguir:
1. Calcular a carga térmica sem considerar os motores que acionam os ventiladores
do evaporador
2. Definir o ∆T do evaporador. Verificar se o ∆T é igual ou maior que o utilizado pelo
fabricante, com o qual foram definidos as capacidades dos evaporadores.
3. Recalcular a carga térmica considerando os motores dos ventiladores. Conferir se
a nova carga térmica não ultrapassa a capacidade do evaporador informada pelo
fabricante.
4. Escolher o evaporador em função da capacidade (carga térmica calculada) e da
temperatura de evaporação definida.
5. É importante estar atendo a localização do evaporador na câmara, isso é
fundamental para um bom rendimento e vida útil. A distribuição do ar deve ser por
toda a câmara.
[Fim do Sintetizando]
Sendo:
Qcomp = Capacidade frigorífica do compressor;
Fmotor = Fator multiplicativo para obter o calor rejeitado pelo motor,
FTemp = Fator relativo à diferença de temperatura;
Frefrigerante= Fator relativo ao refrigerante;
Far = Fator relativo à temperatura de entrada do ar;
Fh = Fator relativo à altitude da instalação
A seleção final deve ser analisada caso a caso. Para compressores de grande
capacidade, as opções são os alternativos e os parafusos, abertos e semi-herméticos, ou,
em alguns casos, os centrífugos.
A opção mais eficiente não pode ser definida facilmente, e diferentes opções devem ser
investigadas, determinando-se o consumo dos equipamentos por meio dos dados dos
fabricantes.
2.3Válvula de expansão
A escolha do dispositivo de expansão depende carga térmica total e da temperatura de
evaporação e de condensação em que a mesma deverá operar, além do tipo de fluido
refrigerante utilizado no sistema (VILAIN, 2015).
Um dispositivo de expansão com capacidade muito maior ou menor que a do sistema leva
a uma operação deficiente. Um superdimensionamento pode levar a uma inundação no
evaporador, ocasionando o risco de golpes de líquidos para o compressor (VILAIN, 2015).
67
Um subdimensionamento causa uma alimentação deficitária de refrigerante no
evaporador, consequentemente o compressor aspira muito mais fluido refrigerante do que
a válvula de expansão o fornece, reduzindo a capacidade do sistema e comprometendo o
seu funcionamento. Em casos extremos o pressostato de baixa pode ser acionado e o
sistema não vai conseguir operar (VILAIN, 2015).
Já uma diminuição da carga térmica sem uma resposta do mesmo leva a um desperdício
de energia. Imagine a operação continua de um compressor para uma condição de carga
térmica reduzida, isso pode baixar demasiadamente a temperatura de evaporação, o que
pode ser indesejável, por exemplo, na conservação de alimentos frescos, cuja
temperatura é controlada.
[Provocação]
O vídeo abaixo é uma aula invertida (metodologia ativa de aprendizado) sobre o tema
conforto ambiental. Nesta aula são apresentados os princípios do conforto ambiental em
sua totalidade. Então, antes de mergulhar na unidade V dessa apostila assista o
vídeocomo muita atenção com isso o entendimento de todo a unidade será muito mais
fácil e prazeroso.
https://www.youtube.com/watch?v=Tsm3YL7p9eA
[Fim da Provocação]
O metabolismo humano está associado a alguns fatores tais como idade, sexo, raça,
hábitos alimentares atividades físicas e vestimentas.
Neste contexto o conforto térmico está então relacionado com o metabolismo. E além
dele, está relacionado também com as variáveis do ambiente tais como materiais
aplicados nas construções dos ambientes, equipamentos e iluminação do ambiente,
demanda de renovação de ar e infiltração.
Uma avaliação ambiental de conforto térmico muito importante é a avaliação de calor que
define o IBUTG (índice de bulbo úmido termômetro de globo). Esta avaliação é
comumente aplicada em ambientes de trabalho, e o seu principal objetivo é definir se a
condição de exposição ao calor em que se encontra o trabalhador produz ou não algum
efeito à saúde.
As temperaturas de bulbo úmido, bulbo seco e globo são inseridas em uma equação
definida pela Norma regulamentadora de número 15 (NR15) a qual é possível determinar
o IBUTG com e sem carga solar e a taxa de metabolismo para cada tipo de atividade.
Um exemplo de avaliação ambiental de calor pode ser visto na Figura 39, onde temos a
avaliação de calor em um escritório administrativo. O termômetro de globo é posicionado
o mais próximo possível do trabalhador, normalmente na mesma altura da região do
tronco.
Termômetro de globo
70
Fonte: O autor
[Atenção]
TBS é a temperatura de bulbo seco e TBU é a temperatura de bulbo úmido. A TBS não é
influenciada pela umidade relativa do ar. Já a TBU é a temperatura de bulbo úmido é uma
temperatura mais (cai, devido ao calor retirado para evaporar a água). A TBS é sempre
superior a TBUcom exceção quando o ar está saturado, onde as duas temperaturas se
igualam.
[Fim do atenção]
Por fins de praticidade a tabela 16, adaptada da NBR 16401traz alguns dados de
temperatura e umidade relativa ideais para o conforto térmico de acordo com o ambiente
Esta é uma parcela de calor sensível transmitido através das superfícies que limitam o
ambiente.
∑( )(kcal/h)
Onde K é o coeficiente global de transmissão de calor (kcal/m²h°k), A é a área de em m²,
e ΔT a diferença de temperatura das temperaturas externa e interna.
Uma mulher adulta libera 85% dos valores de um homem enquanto uma criança libera
75% deste valor, conforme norma NBR 6401.
73
Os motores elétricos, quer dentro do recinto, em qualquer ponto do fluxo de ar, quer
mesmo nos ventiladores, adicionam carga térmica ao sistema devida às perdas nos
enrolamentos.
1050 sensível
Máquinas de café 1500 450 latente
1150 a
Máquinas de venda de bebidas refrigerantes 1920 575 a 960
Máquina de venda de salgadinhos 240 a 275 240 a 275
Bebedouros refrigerados 700 350
TV 42” 220 176
Fonte: Adaptado de (NBR 16401/2008)
As lâmpadas de LED (Diodo emissor de luz) transformam até 40% de sua potência em
luz, o que as torna as lâmpadas mais eficientes do mercado. Já as lâmpadas
fluorescentes convertem 25% de sua potência em luz e as lâmpadas incandescentes
transformam apenas 10% de sua potência elétrica em luz.
A tabela 19, adaptada da NBR 16401, indica o calor dissipado através de várias
aplicações de iluminação com lâmpadas fluorescentes ou incandescentes.
74
Local Tipo de Potência dissipada
iluminação (W/m2)
Escritórios Fluorescente 40
Lojas Fluorescente 50
Residências Incandescente 30
Supermercados Fluorescente 35
Barbearias e Salões beleza Fluorescente 20
O calor dissipado nos motores elétricos pode ser calculado em função de suas
características construtivas e potência elétrica. A carga térmica (Q)de motores elétricos
que operam em ambientes climatizados pode ser calculada com a equação abaixo:
75
Fonte: O autor.
Com o valor da carga térmica total, visto no capítulo 1 desta mesma unidade, o projetista
deve iniciar o processo de seleção dos equipamentos que farão parte do sistema de
climatização.
A ABNT NBR 16401 faz uma série de recomendações que favorecem a conservação e
uso consciente de energia na seleção dos equipamentos que devem ser avaliadas pelo
projetista.
76
As instalações mais comuns de climatização podem ser classificadas em dois grupos: os
sistemas de expansão direta e os de expansão indireta, conforme visto na unidade II, o
sistema de expansão direta possui a particularidade de o refrigerante contido numa
serpentina, ao se evaporar, resfriar diretamente o ar em contato com ela.
Nesse grupo estão os ar condicionados tipo janela, os sistemas splits simples e multi Split
e o self-contained. Já o sistema de expansão indireta é caracterizado pela utilização de
um fluido refrigerante secundário para resfriamento do ar, em geral a água, que por sua
vez é resfriada num circuito de compressão a vapor ou absorção por um chiller.
A NBR 16401 definida pela ABNT não normatiza exigências para sistemas de potência
inferior a 10 TR, por isso, o ACJ e Split não são detalhados na norma. Todavia os
sistemas multi-split, self-contained e sistemas com presença de chillers serão detalhados
a seguir. A ASHRAE - HVAC System Analysis and Selection – sugere no seu primeiro
capítulo uma ferramenta para comparar os diversos tipos de sistemas possíveis de serem
instalados.
Este recurso consiste basicamente de uma tabela que, para diferentes requisitos, como
temperatura desejada, ciclo de vida do equipamento, custo inicial, dentre outros, dá-se
notas de zero a dez. Ao final do preenchimento da tabela aquele sistema que tiver
recebido o maior somatório de notas deve ser o mais viável para ser aplicado
(Nascimento e Reuter, 2013).
77
5.2.2.1 Sistema Inverter
Quando o condicionador de ar é ligado, automaticamente o compressor irá funcionar à
velocidade máxima para atingir rapidamente a temperatura desejada. Uma vez alcançada
essa temperatura, ao contrário dos sistemas de ar condicionado convencionais que ligam
e desligam o compressor, as unidades inverter constantemente ajustam e variam a
velocidade do compressor para manter a temperatura desejada com uma flutuação
mínima para garantir que o seu conforto não fique comprometido.
5.2.2.3 Self-contained
Os Self-contained são condicionadores de ar que em seu gabinete estão contidos todos
os equipamentos necessários para promover o tratamento de ar, tais como: filtragem,
refrigeração, umidificação, aquecimento, desumidificação e movimentação do ar.
Este ar então é distribuído através da rede de dutos para as áreas desejadas. Sua
potência normalmente situa-se na faixa de 5 TR a 30 TR. Possui vantagem de ter menor
custo de manutenção, fácil reposição de peças e grande versatilidade para projetos.
5.3.2Válvula de expansão
Para seleção dos evaporadores, os fabricantes fornecem catálogos com especificações
de modelos através da diferença de pressão entre os pontos que precedem a válvula de
expansão e que a sucedem, além da diferença de pressão deve ser utilizado o valor da
carga térmica do trocador de calor.
78
Com os dados citado acima os fabricantes de trocadores de calor fornecem em seus sites
programas que determinam a melhor opção para o trocador de calor.
5.3.4 Condensador
A especificação do condensador é similar a especificação de evaporador. Deve ser
observado também que o condensador é especificado de acordo com o número de
ventiladores, potência, tensão, corrente e o nível de emissão de ruído.
5.3.5 Compressor
Assim como o trocador de calor, os fabricantes dos compressores, fornecem softwares
para seleção dos compressores, e estes permitem que o projetista forneça como dados
iniciais o tipo de fluido refrigerante, a capacidade frigorífica, a temperatura de evaporação,
a temperatura de condensação, o sub resfriamento do líquido, o superaquecimento do
gás, a frequência de alimentação e a tensão de alimentação.
Esse método não contempla por exemplo todas as cargas térmicas com suas respectivas
intensidades. Não considera como são as paredes, qual a sua disposição com o ambiente
externo, qual a sua dimensão, qual o material de sua construção, se há ou não isolamento
térmico, como o calor é propagado e como são as aberturas.
79
O projeto de climatização deve levar em consideração todos os detalhes descritos, e
contemplar um planejamento.
80
16401/2008 Instalações de ar condicionado - Partes I, II e II
Fonte: O autor
A lei 13.589/2018 define que todo edifício de uso público e coletivo que possui ambientes
climatizados artificialmente devem dispor do plano de manutenção operação o controle
que é o PMOC.
Desde 1998 a portaria 3523 do ministério da saúde já obrigava a todos os edifícios que
possuem climatização artificial em ambientes fechados a ter o PMOC.
Existem muitas empresas que já possuem esse plano de manutenção e já cumprem essa
determinação, porém a grande maioria das empresas desconhecem sobre o assunto e da
existência do plano de manutenção e de sua obrigatoriedade.
Além da portaria 3523 ainda existe a resolução 09 (RE-09) da Anvisa e a NBR 16401 que
regulamentam todo o processo de realização e elaboração desse plano de manutenção.
A lei não tirou o valor de todos os procedimentos e resoluções que já existiam, muito pelo
contrário, ela veio para reforçar a importância desses procedimentos, pois a portaria
3523/98 assim como a RE-09 e a NBR-16401 estabelecem todos os procedimentos que
não estão descritos na lei e abrangem de forma superficial os requisitos do PMOC.
Em síntese a lei obriga a realização do PMOC, porém ela não determina como deve ser
feito. E isso está regulamentado na RE-09 e NBR 16401.
81
Os estabelecimentos que atendem as recomendações do PMOC têm benefícios que vão
muito além da qualidade do a. Proporciona também o aumento de produtividade da
equipe, bem-estar e assiduidade, podem ser citados também a economia de energia
elétrica, pois a eficiência energética de um aparelho que é mantido limpo e funcionando é
muito maior se comparado com aqueles que permanecem sujos comprometendo a sua
eficiência térmica devido redução de troca de calor.
82
A elaboração de um PMOC se inicia pela identificação da empresa contratante que é
realizada através dos dados cadastrais disponíveis tais como a razão social, CNPJ, nome
fantasia, endereço, telefone e e-mail.
Nome fantasia:
Endereço: e-mail:
Endereço: N°
Cidade:
Complemento: Bairro:
UF:
Telefone: Fax: E-mail:
Registro no Conselho de Classe: N° ART:
Fonte: O Autor
83
SPLIT
12 ELECTROLUX SPLIT Sala do ELECTROLUX TI30F SPLIT
Administrativo
13 KOMEKO PISO/TETO 55.000 Sala de treinamento KOMEKO PISO/TETO
BTU
14 BRIZE SPLIT 60.000 BTU Subestação BRIZE SPLIT
Fonte: O Autor
Quadro 1 – PMOC
Executado Aprovado
Descrição da atividade Periodicidade
Por Por
Ventiladores
Téc. em
Verificar apertos e a fixação. MENSAL Eng°. Mecânico
Refrigeração
Executado Aprovado
Descrição da atividade Periodicidade
Por Por
Gabinete
Verificar e corrigir a existência de Téc. em
BIMESTRAL Eng°. Mecânico
sujeiras, danos e corrosões. Refrigeração
Verificar e corrigir o estado e painéis de Téc. em
BIMESTRAL Eng°. Mecânico
fechamento do gabinete. Refrigeração
Verificar e corrigir o estado de Téc. em
BIMESTRAL Eng°. Mecânico
conservação do isolamento do gabinete. Refrigeração
Verificação e corrigir a vedação dos Téc. em
BIMESTRAL Eng°. Mecânico
painéis de fechamento do gabinete. Refrigeração
Verificar e corrigir o estado de
Téc. em
conservação do isolamento termo- BIMESTRAL Eng°. Mecânico
Refrigeração
acústico.
Evaporador (refrigerante/Ar)
Verificar e corrigir a existência de sujeira,
danos e corrosão na moldura da
serpentina e na bandeja. Levar a bandeja Téc. em
MENSAL Eng°. Mecânico
e serpentina com remoção de biofilme Refrigeração
(lodo), sem uso de produtos
desengraxantes e corrosivo.
Téc. em
Limpar as superfícies do lado ar MENSAL Eng°. Mecânico
Refrigeração
Téc. em
Realizar drenagem da bandeija. MENSAL Eng°. Mecânico
Refrigeração
Verificar e corrigir a existência de Téc. em
BIMESTRAL Eng°. Mecânico
vazamentos internos e extremos. Refrigeração
Condensadores
Verificar e corrigir a existência de agentes Téc. em
MENSAL Eng°. Mecânico
prejudiciais à troca térmica. Refrigeração
Higienizar as superfícies de troca de Téc. em
MENSAL Eng°. Mecânico
calor. Refrigeração
Verificar e corrigir vazamentos internos e Téc. em
BIMESTRAL Eng°. Mecânico
externos. Refrigeração
Compressores
Verificar e corrigir a existência de sujeira, Téc. em
BIMESTRAL Eng°. Mecânico
danos e corrosão. Refrigeração
Verificar e corrigir a fixação e a existência Téc. em
BIMESTRAL Eng°. Mecânico
de vibrações ou ruídos anormais. Refrigeração
Téc. em
Verificar e corrigir o aterramento. BIMESTRAL Eng°. Mecânico
Refrigeração
Descrição da atividade Periodicidade Executado Aprovado
85
Registrar a pressão de sucção junto ao Téc. em
BIMESTRAL Eng°. Mecânico
compressor. Refrigeração
Registrar a temperatura de sucção junto Téc. em
MENSAL Eng°. Mecânico
ao compressor. Refrigeração
Registrar a pressão de sucção junto ao Téc. em
MENSAL Eng°. Mecânico
compressor. Refrigeração
Verificar funcionamento das válvulas de Téc. em
BIMESTRAL Eng°. Mecânico
serviço. Refrigeração
Executado Aprovado
Descrição da atividade Periodicidade
Por Por
Circuito Refrigerante
Téc. em
Realizar ensaio de estanqueidade. MENSAL Eng°. Mecânico
Refrigeração
Téc. em
Verificar existência de pontos quentes. BIMESTRAL Eng°. Mecânico
Refrigeração
Téc. em
Verificar funcionamento. BIMESTRAL Eng°. Mecânico
Refrigeração
86
Verificar e corrigir o funcionamento dos
Téc. em
alarmes visuais e sonoros, e operação no MENSAL Eng°. Mecânico
Refrigeração
modo manual, automático e remoto.
Téc. em
Medir e registrar corrente e tensão. MENSAL Eng°. Mecânico
Refrigeração
Fonte: O Autor
Bons Estudos!
Referências
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