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Introdução e
Ciclos de
Refrigeração
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng.
eraldocs@ufpa.br
TÓPICOS DA REFRIGERAÇÃO
INTRODUÇÃO À REFRIGERAÇÃO;
Definição;
Porque Conservar os Alimentos;
Generalidades da Refrigeração;
HISTÓRICO DA REFRIGERAÇÃO:
Início da Refrigeração.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS
REFRIGERADORES;
CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E ENUNCIADOS;
CONDIÇÕES E PROCESSOS DA REFRIGERAÇÃO;
APLICAÇÕES DA REFRIGERAÇÃO:
PLANO DE ENSINO:
Identificação;
Formas de Avaliação.
CICLO DE POTÊNICA;
Ciclo de Carnot;
Ciclo de Refrigeração de Carnot;
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO;
REVISÃO.
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INTRODUÇÃO À REFRIGERAÇÃO
INTRODUÇÃO À
REFRIGERAÇÃO
Consiste no processo de
retirar calor de um corpo, de uma
substância ou de um espaço para
reduzir sua temperatura e
transferir este calor para um outro
espaço, substância ou corpo.
Uso de
Produtos
Conservantes
Vírus
Fungos
Bactérias
T AR ÚMIDO
E
M
P
AR
E Acima de
CONDICIONADO
15 °C
R CLIMATIZAÇÃO
A
Processos
T
Abaixo para Pessoas
U
de 15°C
REFRIGERAÇÃO
R
A
Processos para
Produto
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HISTÓRICO DA REFRIGERAÇÃO
HISTÓRICO DA
REFRIGERAÇÃO
Início da Refrigeração
Os chineses foram os primeiros povos a aprender
que o gelo tornava as bebidas mais frias e saborosas.
Início da Refrigeração
A água foi o primeiro fluido refrigerante, com uma
longa história que se estende até os tempos modernos.
Com a passagem dos anos, foram melhorando os
métodos de armazenagem e manuseio, mas em todas as
partes do mundo o gelo natural continua sendo usado
para a refrigeração.
Início da Refrigeração
Seus refrigeradores eram feitos de bronze e
cobre e consistiam em tanques externos e internos com
gelo entre eles.
Início da Refrigeração
Em seguida, esses tanques foram cobertos com uma
grande tampa.
Com o tempo, os chineses começaram a fabricar
geladeiras de madeira.
Início da Refrigeração
Os chineses também usaram câmaras
frigoríficas para armazenar gelo,
que eram construídas a partir de
Um ou mais buracos com de três
metros de profundidade,
escavados no solo, como poços,
onde o gelo era colocado e
armazenado no inverno.
Os buracos tampados
conseguiam manter o gelo
por longos períodos, ou até o
próximo outono.
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HISTÓTICO DA REFRIGERAÇÃO
Início da Refrigeração
Os gregos e romanos usavam escravos para
apanhar neve no topo das montanhas, a qual era
armazenada em buracos na terra para ser usada
posteriormente na confecção de guloseimas congeladas.
Início da Refrigeração
Os Persas a mais de 2400 anos atrás criavam gelo no
meio do deserto com uma estrutura chamada YAKHCHAL.
Início da Refrigeração
Na Rússia antiga, o frio era usado para armazenar
alimentos desde tempos imemoriais.
Início da Refrigeração
As paredes dos refrigeradores russos era muito
espessa e, no inverno, o gelo era coletado de
reservatórios e colocado em um porão profundo.
Nessas instalações era possível se armazenar
alimentos em qualquer época do ano, a temperatura no
interior do refrigerador era inferior a zero.
Isso permitiu as famílias russas comer peixe
fresco, carne e outros produtos por muito tempo.
Início da Refrigeração
Com a invenção do microscópio no século XVIII,
verificou-se a existência de micro-organismos (micróbios,
bactérias, enzimas).
Mais tarde, cientistas demonstram que alguns desses
micróbios são responsáveis pela decomposição dos
alimentos.
Outros estudos
provaram que a propagação
dos micróbios pode ser
impedida com o resfriamento
dos alimentos, que enquanto
mantido no frio, permanecem
conservados.
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HISTÓTICO DA REFRIGERAÇÃO
Início da Refrigeração
1626: Francis Bacon foi o primeiro a pensar em um
dispositivo destinado à refrigeração.
1683: Descobrimento do Microscópio com o estudo de
bactérias, enzimas e fungos que se multiplicam com o calor e
pareciam hibernar com temperaturas de 10 °C ou menores.
Sendo assim percebeu-se que os alimentos poderiam ser
mantidos em seu estado natural pelo uso do frio.
O ponto de partida na história da tecnologia de
refrigeração pode ser considerado o experimento do
resfriamento artificial, demonstrado em 1748 pelo
cientista William Cullen, da Universidade de Glasgow.
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HISTÓTICO DA REFRIGERAÇÃO
Início da Refrigeração
Para baixar a temperatura, Cullen usou o efeito de
resfriar o líquido com intensa evaporação.
Para o experimento, ele substituiu a água comum por
éter dietílico, que ferve a cerca de 35 °C, e o colocou em
um recipiente hermético, produzindo gelo pela primeira vez.
Quando o ar foi evacuado, uma pressão reduzida foi
criada, devido à qual o éter dietílico começou a ferver à
temperatura ambiente, absorvendo o calor e resfriando a
superfície da qual evaporou.
1775: Foram realizados os primeiros experimentos em
laboratórios envolvendo a refrigeração de alimentos.
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HISTÓTICO DA REFRIGERAÇÃO
Início da Refrigeração
Início da Refrigeração
A primeira descrição completa de um equipamento
de refrigeração, operando de maneira cíclica, foi feita
por Jacob Perkins, em 1834 (British Patent 6662).
O trabalho de Perkins despertou pouco interesse.
Não foi mencionado na literatura
da época e permaneceu esquecido
por aproximadamente 50 anos, até
que Bramwell descreveu o artigo
para o Journal of the Royal
society of Arts.
Início da Refrigeração
1748: Willian Cullen - médico, químico e físico escocês –
Demonstrou o primeiro refrigerador artificial, mas não
aproveitou seus achados para nenhum uso prático.
1805: Oliver Evans - inventor americano – descreveu o
projeto da primeira máquina de refrigeração movida a
vapor, mas nunca construiu uma.
1834 - Jacob Perkins - inventor e físico americano -
construiu a primeira máquina de refrigeração usando o
princípio da compressão do vapor.
1844 - John Gorrie - médico americano, cientista,
inventor e humanitário - construiu um refrigerador a
vapor baseado nos projetos de Oliver Evans
Início da Refrigeração
Início da Refrigeração
1850: Alexander Twining – recebeu uma patente britânica para
um sistema de compressão de vapor que utilizava éter, amônia e
dióxido de carbono como fluido refrigerante.
1851: O médico americano John Gorrie constrói a primeira
geladeira a qual os moldes atuais ainda seguem. Ela
comprime um gás, usando um motor a combustão, e depois
permite que ele se expanda gerando frio.
Início da Refrigeração
1854: foi criado o primeiro sistema refrigerador para a
indústria de carnes, em um frigorífico de Chicago, EUA.
1855: surgiu na
Alemanha outro tipo de
mecanismo para a
fabricação do gelo
artificial, este,
baseado no principio da
absorção, descoberto
em 1824 pelo físico e
químico inglês Michael
Faraday.
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HISTÓTICO DA REFRIGERAÇÃO
Início da Refrigeração
1856: James Harrison – obteve uma patente por
construir um sistema de compressão a vapor que utilizava
álcool, éter e amônia.
Início da Refrigeração
O principal responsável por tornar o princípio de
refrigeração por compressão mecânica em um equipamento real
foi James Harrison (escocês, nascido em 1815 ou 1816).
O refrigerador foi
construído em Cleveland, Ohio
– EUA.
Não se sabe se Harrison
conhecia ou não o trabalho de
Perkins.
Em 1856 e em 1857
obteve, respectivamente, as
patentes britânicas 747 e
2362.
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HISTÓTICO DA REFRIGERAÇÃO
Início da Refrigeração
Início da Refrigeração
Em 1862, em uma exibição internacional em Londres, o
equipamento de Harrison, fabricado por Daniel Siebe, foi
apresentado à sociedade da época.
A partir daí desenvolveram-se diversos sistemas de
produção do frio artificiais e também vários tipos de fluidos
refrigerantes foram desenvolvidos e usados.
Depois de muita luta em sistemas falidos, a engenharia
da refrigeração recebeu uma contribuição decisiva.
Foi no começo do século XX, com a descoberta da
eletricidade por Thomas Edson.
Início da Refrigeração
Início da Refrigeração
1864 – Charles Tellier - inventor francês patenteou um
sistema de refrigeração de compressão de vapor baseado
em éter dimetil.
1866: também nos Estados Unidos, foi construído
outro aperfeiçoamento da invenção, o que permitiu a
refrigeração de frutas e legumes.
1867: Andrew Muhl - construiu uma máquina de gelo nos
Estados Unidos, para atender às necessidades da
indústria de carnes.
Início da Refrigeração
A primeira geladeira tinha, aos olhos dos
modernos, uma aparência um tanto estranha. Era um
container de chapa de aço envolto em peles de coelho. O
óleo foi colocado dentro dela, e o próprio recipiente foi
colocado em um enorme barril de cedro coberto com
gelo.
Início da Refrigeração
1874: Raoul Pictet – desenvolveu em Genebra, na Suíça,
um sistema baseado em dióxido sulfúrico.
1877: Carl von Linde – alemão, desenvolveu o primeiro
sistema de refrigeração baseado em amônia.
1885: Fraunz Windhausen – desenvolveu o primeiro
sistema baseado em dióxido de carbono na Alemanha.
1894: Carl von Linde - físico e engenheiro alemão
aperfeiçoou a invenção de John Gorrie, substituindo o
vapor d´água por éter metílico.
Início da Refrigeração
1911: General Electric – desenvolveu o primeiro
refrigerador de uso doméstico nos EUA.
1913: Fred W. Wolf Junior - USA - produziu o
primeiro refrigerador doméstico, sob a marca Domestic
Electric Refrigerator, também conhecida como
Kelvinator, resfriava usando uma bomba de calor de fase
alternada.
1915: Frigidarie – desenvolveu outros modelos de
refrigeradores;
1918: Kelvinator – apresenta a sua linha de
refrigeradores domésticos.
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HISTÓTICO DA REFRIGERAÇÃO
Início da Refrigeração
.
Início da Refrigeração
Em 1918 surgiu o primeiro refrigerador
automático movido à eletricidade e com um pequeno
motor (compressor).
A fabricação do primeiro refrigerador em pequena
escala foi Kelvinator Company, dos Estados Unidos.
Início da Refrigeração
A invenção do refrigerador domestico foi um grande
sucesso e inspirou engenheiros a experimentarem unidades de
refrigeração. Uma verdadeira sensação era a geladeira, que
funcionava com amônia e produzia gelo no processo.
Início da Refrigeração
Em 1926 Engenheiro dinamarquês
Strindrup criou uma geladeira silenciosa que rapidamente
se tornou popular na América e ficou conhecida como
"fábrica de frio doméstico".
Início da Refrigeração
1927: Primeiro refrigerador a ter
sucesso mundial foi um modelo da
General Eletric (Monitor-Top).
Essa geladeira usava dióxido de
enxofre como refrigerante.
As geladeiras no final dos
anos 1800 até 1929 usavam gases
tóxicos como fluidos refrigerantes
e a indústria da refrigeração se uniu
para produzir um gás mais seguro.
Início da Refrigeração
Contudo, em 1928 que surgiu os gases
refrigerantes fluorados, desenvolvidos por Sr. Thomas
Midgely e esta substância demonstrou-se que não era
tóxica, a partir daí a indústria de refrigeração
desenvolveu-se a todo vapor, onde abrange os mais
variados tipos de aplicação.
1928: engenheiro americano, Thomas Midgley Jr.
desenvolveu os clorofluorcarbono (CFCs) como
substituto para os gases tóxicos.
Neste período as geladeiras começaram a ser
importadas geladeiras americanas para o Brasil, porém
funcionavam com querosene.
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HISTÓTICO DA REFRIGERAÇÃO
Início da Refrigeração
1930 - Uma geladeira que não usa compressor e gasta
muito menos energia é criada por ninguém menos do que
Albert Einsten. Seu único problema é que não gela tão
bem como as outras.
1950 - A primeira fábrica brasileira de geladeiras é
criada pelo empresário Wittich Freitag, com o nome de
Consul, em um pequeno galpão em Joinville (SC).
Início da Refrigeração
No Brasil de 1947 a 1950, Guilherme Holderegger
e Stutzer já tinham fabricado, 31 aparelhos movidos a
querosene. Então surge um novo personagem, Wittich
Freitag, que convence os dois a montarem uma fábrica.
Fechada a sociedade entre os três, em 15 de julho de
1950 entra em operação a CONSUL, primeira fábrica de
refrigeradores do Brasil, na cidade de Joinville.
1973: os químicos americanos Frank Sherwood Rowland e
Mario Molina, perceberam o efeito danoso dos CFCs à
camada de ozônio do planeta.
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HISTÓTICO DA REFRIGERAÇÃO
Início da Refrigeração
Em 1973 Cientistas descobrem que os CFCs
destroem a camada de ozônio que protege a terra contra os
raios ultravioletas.
O Cloro dos CFCs reage com o O3 formando ClO e O2.
Início da Refrigeração
1989: o Protocolo de Montreal proibiu a produção dos CFCs
até 1996. 150 países assinam este protocolo.
Início da Refrigeração
Whirlpool S. A. Subsidiária da multinacional Whirlpool
Corporation, foi resultado da fusão entre a Multibrás e a
Embraco ocorrida em 2006. A empresa é responsável pelas
marcas Brastemp, Consul e Kitchen Aid no Brasil.
Início da Refrigeração
2000 – 2010: Pesquisas apontam que os HCFCs são ainda
piores, eles turbinam o aquecimento global.
Início da Refrigeração
Evolução
Humana
Evolução
das
Geladeiras
CONCEITOS,
DEFINIÇÕES,
FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
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CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
Ar Refrigerado ou Condicionado:
T0
TP TS
TP
TC
TS
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CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
Temperatura do Reservatório Quente - TQ:
representa a média da temperatura da fonte geradora
de calor (quente) de um sistema de refrigeração.
Temperatura do Reservatório Frio – TF: representa a
média da temperatura da fonte dissipadora de calor
(fria) de um sistema de refrigeração.
Temperatura de Condensação - TCD: representa a
média da temperatura trocada no condensador de um
sistema de refrigeração, ou seja, é a temperatura da
quantidade de calor trocado com o ambiente externo.
Temperatura de Evaporação - TEV: representa a
média da temperatura trocada no evaporador de um
sistema de refrigeração, ou seja, é a temperatura da
quantidade de calor trocado com o ambiente interno.
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CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
Exemplos das Temperaturas
TQ
TS T0
TCD
TEV
TF
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CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
Temperatura de Vaporização - TEV: é obtida pela diferença
entre a temperatura interna do ambiente - TIA, função do tipo
de produto a ser armazenado e o ∆T, função da umidade
relativa a ser mantida no ambiente refrigerado para atender o
produto:
𝑇𝐸𝑉 = 𝑇𝐼𝐴 − ∆𝑇
Temperatura de Descarga do Compressor - TDCP: é a
Temperatura a qual o vapor superaquecido sai do compressor.
Pressão de Condensação - pCD: é sempre a pressão de
saturação correspondente à temperatura da mistura líquido-
vapor no condensador.
Pressão de Vaporização - pV: é sempre a pressão de
saturação correspondente à temperatura da mistura líquido-
vapor no evaporador.
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CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
Temperatura de Condensação - TCD: é a temperatura
do meio de condensação (ar ou á água) para a qual o calor
flui no condensador, determina a temperatura à qual
ocorrerá a condensação.
À medida que o condensador retira calor do
refrigerante a temperatura do meio de condensação,
sobe para manter o fluxo de calor, a temperatura do
refrigerante no condensador deve estar sempre acima
da temperatura do meio de condensação.
- para o Ar: TCD = temperatura de bulbo seco do ar
externo deve ser acima de 10 (°C);
- para a Água: TCD = temperatura da água deve ser
superior a 5 (°C).
Vantagens: Desvantagens:
Evita a desidratação Temperatura mínima
de produtos não limitada a 0 °C;
embalados; Necessidade de
Mantém a aparência de constante reposição
produtos não do gelo;
embalados; Eliminação da água de
O gelo é muito usado degelo;
na refrigeração de Dificuldade de
vegetais, peixes e controle da razão de
carnes, etc. troca de calor.
Vantagens:
A vaporização é facilmente controlada podendo
ser iniciada e interrompida quando necessário;
A temperatura de vaporização pode ser
controlada pela pressão;
A razão de troca de calor pode ser pré-
determinada;
O vapor pode ser facilmente coletado e
condensado para ser novamente utilizado.
CONDIÇÕES DA
REFRIGERAÇÃO
SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
Entre os processos endotérmicos, pode-se citar:
A fusão de sólidos, como o gelo comum (0 °C) e o gelo
seco (neve carbônica – 78,9 °C);
A mistura de certos corpos com água (– 20 a – 40 °C),
com gelo de água (– 20 a – 50 °C), ou com gelo seco
(– 100 °C), as quais tomam o nome de misturas
criogênicas;
A expansão de um gás com a produção de trabalho;
Os fenômenos de adsorção;
Os fenômenos termelétricos.
SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
Temperatura de
Produto
Armazenamento (°C)
Abacate 4 a 13
Alface 0a1
Banana 13 a 14
Frango -1a2
Maçã -1 a 0
Morango - 0,5 a 0
Pera -2a 0
Queijo 0a1
Repolho 0
Tomate 3a4
PROCESSOS DE
REFRIGERAÇÃO
Processos de Refrigeração
CÂMARA FRIA
Armazenamento
sem congelamento
15 °C 0 °C 0 °C
T0 > TP > TC
CÂMARA DE CÂMARA
CRIOGENIA FRIGORÍFICA
Armazenamento Armazenamento
criogênico - 60 °C com congelamento
T0 >>> TC >>>>> TP T0 >> TC >>TP
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PROCESSOS DE REFRIGERAÇÃO
Processos de Refrigeração
CÂMARA FRIA
Armazenamento
sem congelamento
15 °C 0 °C
T0 > TP > TC
Câmara Fria
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PROCESSOS DE REFRIGERAÇÃO
Processos de Refrigeração
CÂMARA FRIA
Armazenamento
sem congelamento
15 °C 0 °C
T0 > TP > TC
Processos de Refrigeração
CÂMARA
FRIGORÍFICA
Armazenamento
com congelamento
0 °C - 60 °C
T0 >> TC >> TP
Câmara Frigorifica
Processos de Refrigeração
CÂMARA
FRIGORÍFICA
Armazenamento
com congelamento
0 °C - 60 °C
T0 >> TC >> TP
Câmara frigorífica
Processos de Refrigeração
CÂMARA DE
CRIOGENIA
Armazenamento
criogênico
- 60 °C
T0 >>> TC >>>>> TP
Câmara Criogênica
Processos de Refrigeração
CÂMARA DE
CRIOGENIA
Armazenamento
criogênico
- 80 °C
T0 >>> TC >>>>> TP
Instalação (refrigeradores)
para Armazenamento de
Vacinas
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APLICAÇÕES DA REFRIGERAÇÃO
APLICAÇÕES DA
REFRIGERAÇÃO
Refrigeração
Doméstica;
Bebedouros
Refrigeradores
Freezers
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APLICAÇÕES DA REFRIGERAÇÃO
Refrigeração
Comercial
Expositores
Freezers
Refrigeração
Industrial
Refrigeração
Marítima e
para
Transporte
Refrigeração
para Baixas
Temperaturas
Refrigeração
para
Condicionamento
do Ar
PRINCÍPIO DE
FUNCIONAMENTO
DE SISTEMAS
REFRIGERADORES
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Ciclos Geradores
Ciclo de Refrigeração
A refrigeração consiste em um processo de remoção
de calor de um espaço ou ambiente, de modo que a
temperatura média do ambiente seja inferior ao do meio a
sua volta.
Os Ciclos de Refrigeração são:
Por compressão mecânica de vapor;
Por absorção;
De compressão com expansão direta ou restringida de gás;
Sistema Peltier;
Magnética;
Sistema de Refrigeração passiva.
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Ciclos Geradores
Ciclo de Refrigeração
Os ciclos mais usados, na sequência, são:
Ciclo de refrigeração por compressão de vapor;
Ciclo de refrigeração por absorção;
Ciclo de Refrigeração
por Compressão
Mecânica de Vapor
Ciclo de Refrigeração
Os sistemas de refrigeração por compressão
mecânica de vapor são os mais usados dentre todos os
sistemas de refrigeração.
A refrigeração é obtida com o fluido refrigerante
evaporando a baixas temperaturas.
O sistema opera a trabalho sob a forma de energia
mecânica necessária para movimentar o compressor
(sistemas mecânicos de refrigeração).
Disponível para atender quase todas as aplicações
de refrigeração com capacidades desde poucos watts até
alguns megawatts.
Ciclos de
Refrigeração por
Compressão de Vapor
de um Único Estágio
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Exemplos de Ciclos Geradores
Refrigerador
O coeficiente de
Entrada
Necessária desempenho do ciclo irreversível
do Refrigerador é menor do que o
ciclo reversível do Refrigerador
Refrigerador
𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂 𝒅𝒆 𝑹𝒆𝒇𝒓𝒊𝒈𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝑸𝟎
𝑪𝑶𝑷 = =
𝑻𝒓𝒂𝒃𝒂𝒍𝒉𝒐 𝑳í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 𝑾𝑪𝑷
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CICLO DE REFRIGERAÇÃO DE UM ESTÁGIO
Ciclo de Refrigeração de Carnot
𝑄0 𝑄0
𝐶𝑂𝑃 = =
𝑊𝐶𝑃 𝑄𝐻 − 𝑄0
𝑇𝐸𝑉 ∙ ∆𝑆
𝐶𝑂𝑃 =
𝑇𝐶𝐷 ∙ ∆𝑆 − 𝑇𝐸𝑉 ∙ ∆𝑆
𝑇𝐸𝑉
𝐶𝑂𝑃 =
𝑇𝐶𝐷 − 𝑇𝐸𝑉
Conclui-se que, para
otimizar o COP, deve-se optar
por:
- Uma TEV tão alta quanto
possível;
- Uma TCD tão baixa quanto
possível
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Limitação dos Ciclos Motores - Teoremas de Carnot
Eficiência Térmica de Carnot
Teorema I: não existe ciclo de refrigeração com
coeficiente de performance - COP mais alto
do que um ciclo reversível, desde que opere
entre as mesmas temperaturas.
Teorema II: todos os ciclos reversíveis que trabalham
entre as mesmas fontes ou reservatórios
térmicos apresentam o mesmo COP.
Ciclo de Refrigeração
Ciclo de Refrigeração
Ciclo de Refrigeração
Ciclo de Refrigeração
Componentes do
Ciclos de
Refrigeração por
Compressão de Vapor
de um Único Estágio
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Ciclos Geradores
TSCP
Linha ou
Tubulação
de Sucção
1 Vapor Saturado
Linha de Sucção:
2
s1 = s2
1
1 Vapor Saturado
𝑾𝑪𝑷
2 Vapor Superaquecido
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Ciclos Geradores
Componentes do Ciclo de Refrigeração
Compressor:
Linha ou
Tubulação de
Descarga
2 Vapor Superaquecido
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Ciclos Geradores
𝑸𝑪𝑫
TCD
pCD
2 Vapor Superaquecido
3 Líquido Saturado TECD
2
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Ciclos Geradores
3 Líquido Saturado
3 Líquido Saturado
h3 = h4
3 Líquido Saturado
4 Vapor Úmido
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Ciclos Geradores
𝑸𝟎
TEV
pEV
4 Vapor Úmido
1
1 Vapor Saturado TSEV
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 01/11/2021 161
Ciclos Geradores
Ciclo de Refrigeração
Refrigerador por
Compressão
Mecânica de Vapor
Ciclo de Refrigeração
para Geladeiras
Funcionamento
de um
Refrigerador
Comum
Ciclo de Refrigeração
Ciclo de Refrigeração
Ciclo de
Refrigeração por
Absorção
𝑾𝑪𝑷 𝑾𝑪𝑷
TF 𝑸𝑭
𝑸𝟎
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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Ciclo de Refrigeração por Compressão e por Absorção
𝑸𝑯 𝑸𝑮
𝑾𝑩
𝑸𝟎 𝑸𝑨 H20 + LiBr
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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Funcionamento de
um Refrigerador
a Gás e ou
Querosene
Bomba de Calor
Bomba de Calor
Saída
Desejada
O coeficiente de eficácia
Entrada do ciclo irreversível da bomba de
Necessária
calor é menor do que o ciclo
reversível da bomba de calor
quando ambos trocam energia por
calor com os mesmos reservatórios
térmicos (quente e frio).
Bomba de Calor
Bomba de Calor
Bomba de Calor
Bebedouro
BEBEDOUROS
PLANO DE ENSINO
DA DISCIPLINA
REFRIGERAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO
Disciplina: Refrigeração – TE 04184;
Faculdade: Engenharia Mecânica – FEM;
Turma: 24M56 (11:10 às 12:50 horas)
+ 7T5 (11:10 horas);
Local: Sala virtual (Google Meet);
Caráter: Disciplina Obrigatória;
Pré-Requisito: Termodinâmica;
Carga horária (h): 4 h/a semanais e 60 h/a semestrais
(cada aula com 50 minutos);
Professor: Dr. Eraldo Cruz dos Santos: eraldocs@ufpa.br;
Monitores: Alunos dos cursos de pós-graduação e de
graduação do Projeto Resfriar.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 01/11/2021 192
PLANO DE ENSINO
OBJETIVO GERAL
O objetivo principal da Faculdade de Engenharia
Mecânica - FEM é prover formação que capacite o
profissional para a solução de problemas do mundo real
a partir de análise de Sistemas Térmicos, por meio do
desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias
considerando seus aspectos técnicos, econômicos,
políticos, sociais, ambientais, culturais e de
sustentabilidade, com visão ética e humanística, em
consonância com as demandas da sociedade.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 01/11/2021 193
PLANO DE ENSINO
Conceitos Fundamentais;
Ciclos de Refrigeração;
Componentes do Sistema de Refrigeração;
Sistemas Multipressão;
Cálculo da Carga Térmica de Refrigeração;
Teste e Manutenção em Circuitos de Refrigeração;
Conservação de Energia em Sistemas de
Refrigeração;
Controles em Sistemas de Refrigeração.
Nota
Pr1 Pr2 (onde Pr1 e Pr2 são os valores
2 das provas dos bimestres)
Nota >= 50 e frequência > 75% - Aprovado
30 < Nota < 50 – Exame Final
Nota < 30 – Reprovado
Frequência < 75% - Reprovado
Bibliografia Básica
Miller, R., Refrigeração e Ar-condicionado – Ed. LTC, 2007.
Stoecker, W. F. e Jones, J. W., Refrigeração e Ar-
condicionado – Ed. McGraw-Hill do Brasil, 2002
Stoecker, W. F. e Jones, J. W., Refrigeração Industrial – Ed.
McGraw-Hill do Brasil, 2002.
Bibliografia Complementar
Costa, E. C. Refrigeração – Ed. Edgard Blucher Ltda., 2009.
Dossat, R. J., Princípios de Refrigeração Ed. Hemus, 2007
Creder, H., Instalações de Ar-condicionado – Ed. LTC, 2004.
Coleção Técnica, Refrigeração Comercial – Ed. Nova Técnica
– SP, 2007.
Silva, J. G. Introdução a Tecnologia de Refrigeração e da
Climatização – Ed. Artiber, 2ª. Ed. 2004.
CICLOS DE
POTÊNCIA
Q W Usando a 2ª. 𝜂𝑻
Lei da
𝜂𝑻 Termodinâmica
−𝑾 = −𝑸𝑯 + 𝑸𝑪
𝑾 = 𝑸𝑯 − 𝑸𝑪 𝑾 = 𝑸𝑯 − 𝑸𝑪
Fonte Quente
Máquina de Transformação
Fonte Fria
Máquina de Transformação
Fonte Quente
Fonte Fria
CICLO DE CARNOT
Ciclo de Carnot
Até meados do século XIX, os engenheiros e estudiosos
acreditavam ser possível a construção de uma máquina térmica
ideal, que seria capaz de transformar toda a energia fornecida
ao sistema em trabalho, obtendo um rendimento total (100%).
Ciclo de Carnot
𝑾 = 𝑸𝑯 − 𝑸𝑳
Ou ainda:
𝑸𝑯 𝑻𝑯
=
𝑸𝑳 𝑻𝑳
Ciclo de Carnot
É um processo reversível
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 01/11/2021 216
CICLO DE POTÊNCIA
Ciclo de Carnot
Ciclo de Carnot
QH
QH
QC QC
Ciclo de Carnot
A área delimitada 1 – 2 – 3 – 4 – 1
representa o trabalho líquido do ciclo
WCiclo area 1 2 3 4 1
Q23 area 2 3 a b 2
Ciclo de Carnot
Analisando-se as relações entre o calor, o trabalho e
outras variáveis para cada trecho do ciclo de Carnot, tem-se:
No processo 1 → 2 (isotérmico) o calor fornecido QH ao
sistema e o trabalho 1W2 são expressos pela equação:
𝒑𝟏
𝑸𝑯 =𝟏 𝑾𝟐 = 𝒎 ∙ 𝑹𝒈á𝒔 ∙ 𝑻𝑯 ∙ 𝒍𝒏
𝒑𝟐
No processo 2 → 3 (adiabático), Q = 0, o trabalho é
expresso pela equação:
𝟐 𝑾𝟑 = 𝒎 ∙ 𝑪𝑽 ∙ 𝑻𝟐 − 𝑻𝟑
No processo 3 → 4 (isotérmico) o calor cedido e o
trabalho são calculados de forma similar ao processo 1 → 2
pela equação:
𝒑𝟑
𝑸𝑳 =𝟑 𝑾𝟒 = 𝒎 ∙ 𝑹𝒈á𝒔 ∙ 𝑻𝑳 ∙ 𝒍𝒏
𝒑𝟒
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 01/11/2021 220
CICLO DE POTÊNCIA
Ciclo de Carnot
No processo 4 → 1 (adiabático), Q = 0, o trabalho é
determinado pela equação:
𝟒 𝑾𝟏 = 𝒎 ∙ 𝑪𝑽 ∙ 𝑻𝟒 − 𝑻𝟏
São válidas para o Ciclo de Carnot as seguintes relações
do processo isentrópico:
𝒌−𝟏 𝒌−𝟏
𝒌−𝟏 𝒌−𝟏
𝑻𝑯 𝑻𝟐 𝒑𝟐 𝒌 𝑽𝟑 𝑻𝑳 𝑻𝟒 𝒑𝟒 𝒌 𝑽𝟏
= = = = = =
𝑻𝑳 𝑻𝟑 𝒑𝟑 𝑽𝟐 𝑻𝑯 𝑻𝟏 𝒑𝟏 𝑽𝟒
𝒌 𝒌
𝑽𝟏 𝑽𝟐
𝒑𝟒 = 𝒑𝟏 ∙ 𝒑𝟑 = 𝒑𝟐 ∙
𝑽𝟒 𝑽𝟑
Como T1 = T2 = TH e T3 = T4 = TL:
𝒑𝟏 𝒑𝟒 𝑽𝟐 𝑽𝟏
= =
𝒑𝟐 𝒑𝟑 𝑽𝟑 𝑽𝟒
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CICLO DE POTÊNCIA
Ciclo de Carnot
QC TC Q1 T1
QH TH Q2 T2
Ciclo de Carnot
CICLO DE
REFRIGERAÇÃO
DE CARNOT
∆𝑻𝑪𝑫 = 𝑻𝑪𝑫 − 𝑻𝑸
∆𝑻𝑬𝑽 = 𝑻𝑭 − 𝑻𝑬𝑽
𝑾𝑢𝑡𝑖𝑙
𝜂𝑻 = 0,8
𝑄𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜 0,7
0,6
0,4
𝑄𝐻 − 𝑄𝐶 𝑄𝐶 0,3
𝜂𝑻 = =1− 0,2
𝑄𝐻 𝑄𝐻 0,1
Eficiência Térmica de 0
300 1300 2300 3300
Carnot 𝑻𝐶 Temperatura T (K)
𝜂𝑻𝑴á𝒙 = 𝜂𝑪𝒂𝒓𝒏𝒐𝒕 = 1 −
𝑻𝐻
𝜂𝑻 < 𝜂𝑪𝒂𝒓𝒏𝒐𝒕 Condição de Existência de uma MTM
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 01/11/2021 229
Limitação dos Ciclos Motores - Teoremas de Carnot
MUITO OBRIGADO!