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Universidade Federal do Pará – UFPA

Instituto de Tecnologia - ITEC


Faculdade de Engenharia Mecânica - FEM
TE 04181 – Sistemas Térmicos I: Motores de Combustão Interna – Aulas 1 e 2

Sistemas Térmicos -
Introdução

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng.


eraldocs@ufpa.br
TÓPICOS DA APRESENTAÇÃO

 INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS TÉRMICOS;


 APRESENTAÇÃO DO CURSO:
 Objetivo (objetivos permanentes);
 Ementa;
 Conteúdo Programático;
 Carga Horária;
 Formas de Avaliação;
 Referências.
 CONCEITOS, DEFINIÇÕES E ENUNCIADOS:
 Calor e Trabalho;
 Estado e Processos;
 Equilíbrio e Ciclo Termodinâmicos;
 Máquinas e Reservatórios Térmicos;
 Unidades de Medida;
 REVISÃO.

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INTRODUÇÃO

Livro de Projeto de Máquinas


de Fluxo do Prof. Dr. Zulcy
de Souza, que usa métodos
de Dinâmica dos Fluidos
Computacionais – CFD (cuja
elaboração do capítulo nono
foi com a participação dos
membros do GETEC), lançado
em Julho de 2011.

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INTRODUÇÃO

Capítulo 6 – Biofuel and Gas Capítulo 5 – Micro Gas Turbine


Turbine Engine: 2012. Engine: A Review: 2013.
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INTRODUÇÃO

Sistemas Térmicos e a Engenharia


Na engenharia moderna são encontrados sistemas nas
mais variadas áreas do conhecimento e aplicações.
Dentre as diversas classificações os sistemas de um
equipamento podem ser:
 Hidráulicos; Na maioria dos equipamentos

 Mecânicos; estes sistemas são híbridos, ou seja,

 Elétricos; envolvem dois ou mais tipos de

 Térmicos; sistemas para formar um equipamento

 Pneumáticos; ou conjunto de equipamentos

 Etc. atendendo a diversas aplicações.

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INTRODUÇÃO

Sistemas Térmicos

Um Sistema Térmico pode ser definido como sendo


um equipamento ou conjunto de equipamentos usados em
transformações mútuas das energias
química/térmica/mecânica e/ou na transferência de
energia térmica.

Os sistemas térmicos estão relacionados com a


maneira como a energia é utilizada para levar benefícios
aos setores industrial, comercial, de transporte, de saúde,
de entretenimento, doméstico, etc.

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INTRODUÇÃO

 Como um futuro Engenheiro Mecânico qual a importância de se


estudar os sistemas térmicos?

 Com quais sistemas térmicos você interage no seu dia a dia?

 Hoje você consegue descrever os princípios de funcionamento


ou os componentes dos sistemas térmicos você interage?

 Você sabe modelar matematicamente os sistemas térmicos


com os quais você interage no seu dia a dia?

 Você consegue descrever os limites de operação dos sistemas


térmicos?

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INTRODUÇÃO

É possível descrever o funcionamento deste sistema?


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INTRODUÇÃO

É possível descrever o funcionamento destes sistemas?


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INTRODUÇÃO

É possível descrever o funcionamento destes sistemas?


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INTRODUÇÃO

Os sistemas térmicos são aplicados em:


 Usinas termelétricas com motores a vapor, a gás e a combustão
interna;
 Sistemas de geração e utilização de vapor;
 Sistemas de cogeração;
 Fornos industriais;
 Refrigeradores;
 Fogões e micro-ondas;
 Sistemas de condicionamento de ar;
 Motores automotivos;
 Estufas;
 Sistemas de aquecimento solar;
 Canhões de neve;
 Bombas de calor;
 Secadores de grãos, de madeira, de roupa, etc.
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INTRODUÇÃO
Um sistema termodinâmico pode receber, transformar,
armazenar e fornecer energia. Se o sistema for aberto, poderá ocorrer
trocas de energia com o meio em forma de calor, trabalho ou através da
massa que passa por sua fronteira.
O somatório de todas
as energias que entram no
sistema, comparadas com o
total que sai, poderá ser
maior, igual ou menor,
dependendo da quantidade que
fica retido dentro do sistema.

Esta dependência está ligada ao princípio da conservação da


energia, que estabelece que: “a energia se transforma, mas não se
extingue e nem se cria.”
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INTRODUÇÃO
Quando se afirma que um sistema termodinâmico ou uma
máquina “produz” energia, na realidade ela somente transforma
energia, como por exemplo:
 Um motor elétrico transforma energia elétrica em trabalho
mecânicos que sai através de sei eixo;
 Um motor de um automóvel transforma a energia química do
combustível em calor e este em trabalho mecânico;
 Uma turbina hidráulica transforma a energia potencial da água
em eletricidade;
 Uma turbina a vapor ou a gás transforma a
energia química do gás em energia elétrica.

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INTRODUÇÃO
Em todas as máquinas o rendimento de transformação
nunca é total, por causa, principalmente, dos seguintes fatores:
 Atrito entre as partes mecânicas em movimento relativo;
 Variação de algumas propriedades com as condições atmosféricas do
local da instalação do sistema;
 Efeito Joule;
 Qualidade do combustível utilizado;
 Emissão de gases;
 Ruído excessivo;
 Modulação de carga do sistema;
 Regime de operação do sistema;
 Perdas por efeito do movimento de um fluido dentro da máquina;
 Perdas por meio dos gases de escape, por alta temperatura e pela
presença de combustível não queimado (misturas ricas);
 Outras.
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OBJETIVO

O objetivo principal da Faculdade de Engenharia


Mecânica - FEM é prover formação que capacite o
profissional para a solução de problemas do mundo real,
por meio do desenvolvimento e aplicação de novas
tecnologias considerando seus aspectos técnicos,
econômicos, políticos, sociais, ambientais e culturais,
com visão ética e humanística, em consonância com as
demandas da sociedade.

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OBJETIVO PERMANENTES DO CURO

Alguns dos objetivos permanentes da FEM são:


a) Oferecer aos estudantes uma boa formação básica interligada
às disciplinas de formação profissional e específica;
b) Desenvolver atividades práticas nas disciplinas para que os
alunos possam aplicar os conhecimentos teóricos e entender a
importância dos mesmos na sua formação, bem como
desenvolver habilidades técnico-profissionais;
c) Capacitar os alunos a resolverem problemas de engenharia
através do domínio de conhecimentos profissionalizantes e
específicos;
d) Proporcionar atividades acadêmicas que permitam o
desenvolvimento de trabalhos e projetos interdisciplinares em
equipe e a integração dos conhecimentos do curso;
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OBJETIVO PERMANENTES DO CURO
Alguns dos objetivos permanentes da FEM são:
e) Promover a interação dos docentes e discentes com a
indústria e instituições de ensino, através de projetos de
pesquisa e extensão, estágios e outras atividades acadêmicas;
f) Desenvolver atividades científicas de alto nível, visando
formar engenheiros com habilidades para pesquisa científica e
tecnológica;
g) Estimular uma atitude proativa do aluno na busca do
conhecimento e nas relações interpessoais de modo a facilitar
sua inserção e evolução técnica no mercado de trabalho.
h) Promover a divulgação de conhecimentos técnicos, científicos
e culturais que constituem patrimônio da humanidade e
comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de
outras formas de comunicação.
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EMENTA DO CURSO

 Ciclos motores padrões de ar;


 Tipos de motores e sua operação;
 Componentes de motores e parâmetros operacionais;
 Combustão de misturas ar-combustível;
 Formação de poluentes e controle
 Modelos ideais para ciclos reais;
 Admissão e exaustão de gases;
 Transferência de calor em motores: Atrito e Lubrificação;
 Características operacionais de motores;
 Turbinas a gás.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Visando atender a ementa do curso, o conteúdo


programático terá os seguintes tópicos:
 Introdução aos sistemas térmicos;
 Ciclos de Potência:
 Conceitos, definições e enunciados;
 Ciclo de Carnot.
 Ciclos motores padrões de ar:
 Sistema de potência a vapor;
 Sistema de potência a gás;
 Sistema de refrigeração e bomba de calor.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
 Motores de combustão interna:
 Tipos;
 Componentes principais;
 Princípio de funcionamento;
 Processos de combustão;
 Transmissão de calor em motores;
 Características operacionais;
 Emissão e controle de gases.
 Turbinas a gás:
 Tipos;
 Componentes principais;
 Aplicação;
 Princípio de funcionamento;
 Características operacionais.
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CARGA HORÁRIA

 Aulas com duração de 55 minutos cada:


 Quatro aulas semanais;
 60 aulas teóricas;
 08 aulas práticas;
 Totalizando 68 aulas no semestre.
 Disponibilidade das Apresentações das Aulas: a apostila,
as apresentações, lista de exercícios, etc., serão
disponibilizadas somente pelo sistema SIGAA (Comunidade
virtual – Sistemas Térmicos I);
 Cabe a cada um dos alunos obter os arquivos da disciplina, de
forma alguma, os arquivos serão repassados em sala de aula.

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FORMAS DE AVALIAÇÃO

As regras de pontuação seguem as que estão contidas


no projeto pedagógico do curso, ou seja, a avaliação segue o
regimento da UFPA, prevendo-se a atribuição de duas notas
bimestrais e havendo, ao fim do semestre, a aplicação dos
exame final.
A frequência também é apurada conforme regimento
da Universidade. Sendo necessário uma participação acima
de 75 % de presença nas aulas.
A avaliação é feita por meio de provas escritas,
trabalhos individuais ou em grupo; atividades práticas, entre
outras situações avaliativas, sempre adequadas à
metodologia empregada pelo professor.
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FORMAS DE AVALIAÇÃO

Será realizada, por bimestre, uma avaliação. Cada


avaliação será dividida nas seguintes atividades: uma prova
teórica, um trabalho (pesquisa aplicada) e uma lista de
exercícios, com a seguinte distribuição:
Primeiro Bimestre: (peso 2) – Data Provável 24/04/2015.
 P1 - Prova teórica: 30 %;
 T1 - Trabalho prático em grupo: 60 %;
 L1 - Lista de exercícios em sala 10 %.
Segundo Bimestre: (peso 3) – Data Provável 26/06/2015.
 P2 - Prova teórica: 20 %;
 T2 - Trabalho prático: 70 %;
 L2 - Lista de exercícios em sala 10 %.
Prova final abrangendo todo o conteúdo: Valor de 100 % – Data
Provável 06/07/2015.
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FORMAS DE AVALIAÇÃO

Os valores das notas de cada avaliação bimestral serão


convertidos nos respectivos conceitos, com a seguinte variação:
 Sem Rendimento (SRD): para alunos que não
comparecerem ou desenvolveram as atividades dos
bimestres ou final;
 Insuficiente (INS): 0 a 39,99;
 Regular (REG): 40,0 a 69,99;
 Bom (BOM): 70,0 a 89,99;
 Excelente (EXC): 90,0 a 100,0;

É importante lembrar que para ser aprovado um aluno


deve ter pontuação acima de 70 % e presença nas aulas acima
de 75 %, respectivamente.
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MATERIAL DIDÁTICO

Todo o conteúdo programático da disciplina Sistemas


Térmicos I foi organizado e três apostilas visando facilitar o
aprendizado e o acompanhamento das atividades no semestre.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bibliografia Básica:

1. Martins, Jorge, Motores de Combustão Interna,


Publindústria, 3ª Edição, 2011, ISBN 9789728953850.
2. Heywood, John B., Internal Combustion Engine –
Fundamentals, McGraw-Hill, 1988. ISBN 978007028637
Número de Chamada UFPA:621.43 H622i.
3. Brunetti, Franco, Motores de Combustão Interna - Vol. 1,
Editora: Blucher, 2012, ISBN 9788521207085.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bibliografia Complementar

1. Brunetti, Franco, Motores de Combustão Interna - Vol. 2, Editora:


Blucher 2012, ISBN: 9788521207092.
2. Taylor, Charles F., Análise dos Motores de Combustão Interna,
Editora Edgard Blucher Ltda, 2000. Número de Chamada UFPA:
621.43 T239a.
3. OBERT, Edward F.. Motores de Combustão Interna. P. Alegre: Globo,
1971. Número de Chamada UFPA:621.43 O12.
4. GARCIA, Roberto, Combustíveis e Combustão Industrial. Rio de
Janeiro: Interciência, 2002. ISBN 8571930606. Número de Chamada
UFPA: 662.6 G216c
5. GIACOSA, Dante. Motores de Combustão Interna. McGraw Hill, 2002.
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DISCUSSÃO

Procedimentos na Sala de Aula

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CONCEITOS, DEFINIÇÕES E ENUNCIADOS

 Calor (Q):
É a energia que se transfere de um corpo para outro ou de um
ponto para outro de um mesmo corpo, movida somente pela diferença de
temperatura, até que se atinja o equilíbrio térmico.
O calor é uma propriedade de fronteira e, para haver
transferência de calor não há necessidade de massa entre os dois corpos.

 Trabalho (W):
Um sistema termodinâmico produz trabalho quando toda
energia liberada pode ser convertida no aumento da energia potencial
da posição de um em relação a outro corpo, ou seja, neste sistema o
trabalho produzido deve ter o mesmo efeito sobre o meio (tudo
externo ao sistema) que o de levantamento de um peso.

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CONCEITOS, DEFINIÇÕES E ENUNCIADOS

 Estado:
É a condição de uma substância ou corpo que pode ser
identificada ou descrita por certas propriedades macroscópicas
observáveis, como por exemplo, a temperatura, a pressão e densidade.
Quando um sistema está em equilíbrio, em relação a todas as
possíveis mudanças de estado, diz-se que ele encontra-se em equilíbrio
termodinâmico.
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CONCEITOS, DEFINIÇÕES E ENUNCIADOS

 Processos:
É o caminho definido pela sucessão de estados através dos
quais o sistema passa, entre outras palavras, um processo ocorre
quando um fluido de trabalho de um sistema térmico passa de um
estado de equilíbrio para outro, através de uma série de estados de
equilíbrio intermediários.

 Equilíbrio Termodinâmico:
Ocorre quando um sistema está, em um mesmo instante de tempo,
em equilíbrio mecânico (mesma pressão), químico e térmico (mesma
temperatura em todo o sistema). Nesta condição o sistema é considerado
em equilíbrio termodinâmico sendo que, a temperatura e a pressão são
considerados como propriedade do sistema.

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PROCESSOS, TRANSFORMAÇÕES E CICLOS

Estado 1 Estado 2
“Caminho” descrito pelo
P1 sistema na transformação.
P2
V1 V2
T1 T2
U1 U2

Processos Durante a transformação


Isotérmico Temperatura invariável (Constante)
Isobárico Pressão invariável (Constante)
Isovolumétrico,
Volume (Constante)
Isocórico, Isométrico
É nula a transferência de calor com a
Adiabático
vizinhança (sem transferência de calor).
Isoentalpico Entalpia invariável (Constante)
Isoentrópico Entropia invariável (Constante)
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CONCEITOS, DEFINIÇÕES E ENUNCIADOS

 Ciclos Termodinâmicos:
Um ciclo termodinâmico ocorre quando um fluido de
trabalho de um sistema (substância), em um dado estado
inicial, passa por uma série de mudança de estados
(processos), podendo retornar ou não para o seu estado inicial
ou ser renovado.
O ciclo em que o fluido de trabalho não retorna ao seu
estado inicial é chamado de ciclo aberto. Neste caso, existe
a necessidade de renovação do fluido de trabalho, pois no fim
do processo o fluido de trabalho apresenta características e
propriedades diferentes do estado inicial.

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PROCESSOS, TRANSFORMAÇÕES E CICLOS

Ciclo Termodinâmico

P1; P2;
T1; T2;
Estado 1 V1; V2; Estado 2
m1 ; m2;
... ...

O ciclo onde o fluido de trabalho retorna ao seu estado


inicial e é recirculado na máquina térmica é chamado de ciclo
fechado.

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PROCESSOS, TRANSFORMAÇÕES E CICLOS

Transformação
Estado 1 Estado 2

Variáveis de Variáveis de
estado estado
P1 P2
V1 V2
T1 T2
U1 U2
Transformação
Estado 1 Estado 2

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CONCEITOS, DEFINIÇÕES E ENUNCIADOS

 Máquinas Térmicas:
Assim como na termodinâmica, em sistemas térmicos as
máquinas térmicas são sistemas ou dispositivos que operam segundo
um ciclo termodinâmico e que realizam a conversão de calor ou
energia térmica e em trabalho mecânico. Isto se dá quando uma
fonte de calor leva uma substância de trabalho de um estado de
baixa temperatura para um estado de temperatura mais alta.
A substância de trabalho (normalmente gás ou vapor em
expansão térmica) transfere essa energia através de sua expansão
no interior da máquina térmica, acionando o sistema mecânico
(pistão, rotor ou outro) e realizando trabalho.

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CONCEITOS, DEFINIÇÕES E ENUNCIADOS

 Máquinas Térmicas:

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CONCEITOS, DEFINIÇÕES E ENUNCIADOS

 Reservatório Térmico:

É um tipo de sistema fechado que sempre mantém a


temperatura constante mesmo que a energia seja adicionada ou
removida por transferência de calor.

 Motor:

É uma máquina térmica a pistão ou de fluxo destinada a


converter qualquer forma de energia em energia mecânica, ou
seja, os motores podem ser definidos como todo tipo de
conjunto mecânico capaz de transformar uma forma qualquer de
energia em energia mecânica.

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CONCEITOS, DEFINIÇÕES E ENUNCIADOS

 Motores:
Esses motores podem ser divididos em:
 Eólicos;
 Hidráulicos;
 Elétricos e
 Térmicos:
 De combustão externa e
 De combustão interna).

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CONCEITOS, DEFINIÇÕES E ENUNCIADOS

 Máquinas Térmicas:

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CONCEITOS, DEFINIÇÕES E ENUNCIADOS

 Turbina:
É uma máquina térmica de fluxo
construída para captar e converter energia
mecânica e térmica contida em um fluido,
em trabalho de eixo.

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CONCEITOS, DEFINIÇÕES E ENUNCIADOS

 Rendimento:
O rendimento de uma máquina térmica é o quociente
entre o trabalho total produzido e o trabalho (ou calor) gasto
necessário para que ela funcione, sendo assim o rendimento de
uma máquina nunca pode ser igual a 100 %.
Pode-se ainda dizer que o rendimento é a eficiência
com que uma máquina térmica funciona. Em geral o rendimento
das máquinas é baixo:
 Motores de automóveis rendem em média 22%;
 Motores a diesel rendem em média de 15 a 30%;
 Grandes turbinas a gás da ordem de 25 a 35%;
 Turbinas a vapor da ordem de 35 a 45 %;
 O motor de Stirling tem um dos maiores rendimentos,
podendo chegar a 40 %.
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UNIDADES DE MEDIDA

Unidades de Força

GRANDEZAS UNIDADES FUNDAMENTAIS


FUNDAMENTAIS NOME SÍMBOLO
Comprimento metro m
Força Quilograma força kgf
Capacidade Litro l
Tempo Segundo / Hora s/h
Massa Quilograma kg
Potência Watt W
Energia Joule J
Temperatura Celsius / Kelvin °C / K

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UNIDADES DE MEDIDA

Sistemas de Unidades

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UNIDADES DE MEDIDA

Unidades de Força

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SISTEMA TÉRMICO DE UNIDADES

Grandezas e Unidades Derivadas


GRANDEZA UNIDADE
EQUAÇÃO FÍSICA SIMBOLOGIA
DERIVADA DERIVADA
Massa UTM
Energia Kilogramametro
Trabalho Kilogramametro
Calor Kilocaloria
Potência kilogramametro/s
Pressão -----
Volume
-----
específico
Peso específico -----

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Fatores de Conversão de Unidades
COMPRIMENTO
1 m 3,281 ft = 39,37 in 1 ft = 0,3048 m
1 cm = 0,3937 in 1 in = 0,0254 m
1 km = 0,6214 in 1 in = 5280 ft = 1609,3
ÁREA
1 m2 = 10,76 ft2 1 ft2 = 0,0929 m2
1 cm2 = 0,1550 in2 1 in2 = 645,16 mm2
VOLUME
1 m3 = 35,315 ft3
1 ft3 = 0,028 317 m3
1 cm3 = 0,06102 in3
1 in3 = 1.6387 x 10-5 m3
1 l = 0,001 m3 = 0,035315 ft3
1 gal = 0,0037854 m3
1 gal = 231 in3
MASSA
1 lg = 2,20462 lbm
1 slug = 14,594 kg
1 ton = 1000 kg
1 ton = 2000 lbm
1 lbm = 0,453592 kg
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Fatores de Conversão de Unidades

PRESSÃO
1 psi = 6,894757 kPa
1 Pa = 1 N/m2
1 inHg = 3,387 kPa
1 kPa = 0,145038 psi
1 bar = 100 kPa
1 in Hg = 0,9412 psi
1 atm = 101,325 kPa = 14,696 psi =
1 mm Hg = 0,1333 kPa
760 mmHg = 29,92 inHg
FORÇA
1 N = 1 kg m/s2 1 lbf = 4,448222 N
1 N = 0,224809 lbf 1 dina = 1 x 10-5 N

ENERGIA
1 Btu= 778,169 ft lbf 1 Btu = 1,055056 kJ
1 J = 9,478 x 10-4 Btu 1 ft lbf = 1,3558 J
1 cal = 4,1840 J 1 IT cal = 4,1868 J

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Fatores de Conversão de Unidades

ENERGIA ESPECÍFICA
1 kJ/kg = 0,42992 Btu/lbm 1 Btu/lbm = 2,326 kJ/kg
1 kJ/kg mol = 0,4299 Btu/lbmol 1 Btu/lbmol = 2,326 kJ/kg mol
ENTROPIA ESPECÍFICA, CALOR ESPECÍFICO, CONSTANTE DO
GÁS
1 kJ/kg K = 0,2388 Btu/lbm °R 1 Btu/lbmR = 4,1868 kJ/kg K
1 kJ/kg mol K = 0,2388 Btu/lbmol °R 1 Btu/lbmolR = 4,1868 kJ/kg K
MASSA ESPECÍFICA
1 kg/m3 = 0,062428 lbm/ft3 1 lbm/ft3 = 16,0185 kg/m3
VOLUME ESPECÍFICO
1 m3/kg = 16,018 ft3/lbm 1 ft3/lbm = 0,062428 m3/kg

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Fatores de Conversão de Unidades

POTÊNCIA
1 W = 1 J/s Btu = 1,055056 kW
1 hp = 550 ft lbf/s = 2545 Btu =
1 kW = 1,3410 hp = 3412 Btu/h
745,7 W
1 W = 735,5 cv 1 W = 746,5 hp
VELOCIDADE

1 m/s = 3,281 ft/s =


1 mph = 1,467 ft/s = 0,4470 m/s
1 ft/s = 0,3048 m/s

TEMPERATURA
T[°C] = (5/9) . (T[°F] - 32) T[K] = T[°C]
T[°C] = T[K] – 273,15 T[°F] = (9/5) . T[°C] + 32
T[K] = (5/9) . T[°R] T[°F] = T[°R] – 459,67
T[K] = 1,8 . T[°R] T[R] = T[°F]

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REVISÃO

 INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS TÉRMICOS;


 APRESENTAÇÃO DO CURSO:
 Objetivo (objetivos permanentes);
 Ementa;
 Conteúdo Programático;
 Carga Horária;
 Formas de Avaliação;
Assuntos da Aula
 Referências.
 CONCEITOS, DEFINIÇÕES E ENUNCIADOS:
 Calor e Trabalho;
 Estado e Processos;
 Equilíbrio e Ciclo Termodinâmicos;
 Máquinas e Reservatórios Térmicos;
 Unidades de Medida;
 REVISÃO.

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AGRADECIMENTO

MUITO OBRIGADO!

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 17/03/2015 52

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