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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
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Artigo apresentado à Central de Cursos de Extensão e Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho
como requisito parcial para a Conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Engenharia Civil: Sistemas
Construtivos de Edificações
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Arquiteto da Empresa Municipal de Obras Públicas (EMOP), e-mail: eduembap@estadao.com.br
A fim de discutir a possibilidade do uso de técnicas construtivas e intervenções no
entorno que possibilitem o adequado condicionamento térmico das edificações, foi
necessário: demonstrar que elementos do clima atuam sobre a percepção térmica do
homem influenciando na sua sensação de conforto; demonstrar como proporcionar
conforto térmico no interior das edificações utilizando-se soluções construtivas adequadas
ao contexto climático, e, finalmente, indicar métodos de atenuação dos efeitos da radiação
solar no interior da edificação com vistas a se minimizar a temperatura interna.
2.1.1. Temperatura
2.1.2. Umidade do ar
Frota; Schiffer (1995) explicam ainda que, quanto mais úmido estiver o ar, maior
será a quantidade de água em suspensão. Sendo que, as partículas de água, além do
consequente aquecimento pela radiação solar, vão funcionar, na fase diurna, como uma
barreira da radiação que atinge o solo e, durante a noite, funcionarão como barreira ao
calor dissipado pelo solo.
Segundo Frota; Schiffer (1995) a arquitetura, como uma de suas funções, deve
proporcionar ao homem condições térmicas compatíveis com os níveis adequados de
conforto no interior dos edifícios, sejam quais forem as condições climáticas externas.
Camargo; Freitas (2008) explicam que, nos climas quentes e secos, a amplitude
térmica é maior durante o dia, mas o desconforto fisiológico aumenta devido à menor
presença de umidade. Por outro lado, durante a noite, a variação de temperatura já não é
tão significativa.
Segundo Romero (1988) nestes climas deve-se reduzir a produção de calor devido
à condução e convecção do ar do exterior, aumentar a umidade com a introdução de
superfícies de água (espelhos d´água), reduzir a absorção de radiação solar e promover sua
perda. Também é necessário diminuir o movimento do ar durante o dia e ventilar à noite.
Este autor ainda explica que nas regiões de clima quente e úmido as variáveis que
devem ser controladas são: a intensa radiação solar e a temperatura elevada associada à
alta taxa de umidade do ar. Deve-se reduzir a absorção de radiação, incrementar o
movimento do ar, evitar a absorção da umidade, procurar a perda de calor pela evaporação
e pela convecção.
Frota; Schiffer (1995) explicam que obstáculos podem ser utilizados para dirigir a
ventilação como vemos nas figuras a seguir:
Figura 1 – Distância entre obstáculo e edificação com relação ao sentido da ventilação interna.
De acordo com Frota; Schiffer (1995) os ganhos de calor a que um edifício está
submetido ocasionam a elevação de temperatura do ar contido no seu interior. O ar
aquecido torna-se menos denso e sobe. Se um recinto dispuser de aberturas próximas ao
piso e próximas ao teto ou no teto, o ar interno, mais aquecido que o externo, tenderá a
sair pelas aberturas altas, enquanto o ar externo, cuja temperatura é inferior à do interno,
encontrará condições de penetrar pelas aberturas baixas. Frota; Schiffer (1995) observam
ainda que o fluxo de ar será tanto mais intenso quanto mais baixas forem as aberturas de
entrada de ar e quanto mais altas forem as saídas de ar.
Figura 2 - Possibilidades de ventilação pelo efeito chaminé
3.2. O ar condicionado
Apesar de Frota; Schiffer (1995), no item 3.2, afirmarem não ser possível garantir
temperaturas internas compatíveis com o nível de conforto apenas valendo -se dos métodos
de climatização natural, quando a temperatura externa ultrapassa os 28⁰C, esta pesquisa
demonstra algumas soluções que mesmo em climas quentes, em época de verão,
dispensam o uso do ar condicionado. São elas: tomadas de ar por meio de túneis, telhados
verdes e a chaminé solar.
Material Condutibilidade
térmica(K) (W/mK)
Aço 52,9
Tijolos de barro 4,0
Concreto comum 1,0
Madeira 0,11
Fibra de vidro 0,05
Tabela 2 – Economia de energia com e sem isolamento térmico (valores atualizados para dez 2009)
Área 100m²
Fluxo de calor Consumo de
kcal/hora energia R$/hora
Valor Valor Valor Valor
Médio Máximo Médio Máximo
Sem isolamento 7,559 10,948 1,38 2,01
Com isolamento 1, 533 2,146 0,28 0,40
Índice de
economia 6,026 8,802 1,11 1,61
No item 4.2. verifica-se que a utilização de materiais de alta inércia térmica nas
coberturas das edificações vem a contribuir para minimizar os efeitos da radiação solar.
5. CONCLUSÃO
COSTA, Ennio Cruz da. Arquitetura ecológica: condicionamento térmico natural. 4.ed.
São Paulo: Blücher, 2008.
FROTA, Anésia Barros; SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de conforto térmico. 2.ed.
São Paulo: Studio Nobel, 1995.
MASCARÓ, Lúcia Raffo de. Luz, clima e arquitetura. 3.ed. São Paulo: Nobel, 1983.
PARADA FILHO, Américo Garcia. BTN – bônus do tesouro nacional. Cosif.e - Portal da
Contabilidade, Megale, 2012. Seção Legislação. Disponível em:
<http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=mtvm_btn>. Acesso em: 24 nov. 2012.