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DOUTOR DO AR CONDICONADO

Unidade Lagoa da Prata/MG

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MANUAL DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO

Elaborado por: Admilson Nery Teixeira – Sócio

SETEMBRO/2020
MANUAL DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO

ÍNDICE

Climatização................................................................................Pág. 02

Aquecimento...............................................................................Pág. 03

Ventilação....................................................................................Pág. 04

Ar Condicionado..........................................................................Pág. 06

Refrigeração................................................................................Pág. 08

Sensações Térmicas.....................................................................Pág. 17

Refrigeração Industrial.................................................................Pág. 19

Instalação do Ar Condicionado.....................................................Pág. 22

Instalação Elétrica........................................................................Pág. 37

Ar Condicionado Industrial...........................................................Pág. 42

Cálculo de Carga Térmica.............................................................Pág. 49

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CLIMATIZAÇÃO
Os aparelhos de climatização servem para tornar o seu ambiente mais agradável. Há diversas
categorias de climatização e ventilação, mas todas possuem o mesmo objetivo: purificar ou refrescar
o ar do seu ambiente, te oferecendo um maior conforto. Seja para seu quarto, sala, escritório ou
cozinha, confira os diferentes modelos e características dos climatizadores para sua casa.

Climatização é a definição dada ao processo de fazer com que um meio ambiente qualquer
permaneça numa faixa de temperatura simpática aos organismos biológicos que se quer preservar. A
AVAC ou HVAC constitui a tecnologia destinada ao conforto ambiental interior, sobretudo em
edifícios e em veículos. O conforto do aquecimento é condicionado pelo ar quente que saí do lado
exterior para o interior através de ventoinhas forçadas por motores bipolares. Tanto "AVAC" como
"HVAC" são siglas que significam "aquecimento, ventilação e ar condicionado" (em inglês "heating,
ventilating and air conditioning"), referindo-se às três funções principais e intimamente relacionadas
daquela tecnologia. Ocasionalmente, a refrigeração também é incluída no âmbito desta tecnologia,
que passa então a ser referida pelas siglas AVACR, AVAC/R, AVAC-R ou AVAC&R ou as
correspondentes HVACR, HVAC/R, HVAC-R e HVAC&R.

O projeto de sistemas de AVAC é um dos principais campos de atividade da engenharia


mecânica, utilizando os princípios da termodinâmica, da mecânica dos fluídos e da transferência de
calor. A AVAC é particularmente importante no projeto de edifícios industriais e de serviços de média
ou grande dimensão, bem como no projeto de instalações com ambientes especiais, como aquários e
laboratórios. Estes locais obrigam a um estrito controlo das condições ambientais, especialmente em
termos de temperatura, de humidade e de renovação do ar.

O máximo é compreendido em função da quantidade relativa de água que tem no ar e a


temperatura transmitida no momento.

Esse tipo de climatização que fornece ao meio ambiente humidade e oxigenação, atualmente
é utilizada dentro de estufas agrícolas, granjas, e atualmente faz parte dos sistemas de resfriamentos
abertos em prédios cuja arquitetura é considerada, inteligente.

Por usar o simples princípios copiados da natureza de evaporação da água, em função de seu
calor latente, estes sistemas consomem pouquíssima energia, a assim são considerados sistemas que
tendem a ser usados num futuro bem próximo.

O sistema de climatização de atomização e nebulização da água são de resfriamento simples


que fazem cair a temperatura cerca de 4 ou 5 graus, porém outros sistemas de trocas de
temperaturas como a criotecnia que tratam do meio ambiente, ou sistemas de distilação que
utilizam energia eletrica ou não, também fazem uso desse recurso para o otimização de seu
rendimento.

A climatização de uma casa muitas vezes é feita recorrendo a sistemas de ar condicionado,


sistemas de purificação do ar, sistemas de aquecimento central ou sistemas de ventilação.

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Todos estes mecanismos tornam possível modificar a temperatura do ar nos interiores dos
espaços, nomeadamente das habitações.

Estes sistemas devem ser instalados por empresas especializadas em sistemas de


climatização.

Origem A origem da tecnologia de AVAC baseia-se em invenções e descobertas levadas a


cabo por pessoas como Nikolay Lvov, Michael Faraday, Willis Carrier, Reuben Trane, James Joule,
William Rankine, Sadi Carnot e muitos outros. A invenções dos componentes do que viriam a ser os
sistemas de AVAC acompanhou de perto a Revolução Industrial. Ainda hoje em dia, novos métodos
de modernização, de aumento da eficiência e de controlo dos sistemas são constantemente
introduzidos por empresas e inventores de todo o mundo.

As três funções centrais de aquecimento, de ventilação e de condicionamento de ar estão


inter-relacionadas, proporcionando conforto térmico e qualidade do ar interior (QAI) aceitáveis, com
custos viáveis de instalação, operação e manutenção. Os sistemas de AVAC fornecem ventilação,
reduzem a infiltração do ar e mantêm as relações de pressão entre espaços. Nos edifícios modernos,
o projeto, instalação e controlo destas funções está integrado num ou mais sistemas de AVAC. Em
edifícios de muito pequena dimensão, é normalmente o próprio empreiteiro a dimensionar e a
escolher o equipamento e os sistemas de AVAC a instalar. Já em edifícios maiores, a análise, o
projeto e a especificação dos sistemas de AVAC fica normalmente a cargo de engenheiros
especialistas, sendo a instalação e montagem daqueles realizada por subempreiteiros especializados
em instalações especiais. Hoje em dia, na maioria dos países, existe legislação a definir as condições
em que os sistemas de AVAC devem ser projetados, instalados, mantidos e operados, bem como
quem está habilitado para isso.

O ramo da AVAC constitui, hoje em dia, uma importante atividade económica a nível
mundial, existindo empresas de produção, de venda ou de instalação daqueles sistemas em quase
todas as cidades do mundo. Este ramo é também uma grande empregador, garantindo inúmeras
oportunidades de carreira, em áreas que vão da operação e manutenção até ao projeto e
investigação, passando pelas vendas.

AQUECIMENTO
Existem muitos tipos diferentes de sistemas de aquecimento. O aquecimento central é
frequentemente usado em climas frios para aquecimento de casas e de edifícios públicos. Estes
sistemas incluem caldeiras, fornalhas e bombas de calor para o aquecimento de água ou de ar,
concentrados num local central, como uma casa da fornalha ou uma casa das caldeiras. O uso da
água como meio de transferência de calor é conhecido como "hidrónica". Cada sistema de
aquecimento também inclui ou tubagens em sistemas de ar forçado ou canalizações para distribuição
de água aquecida e radiadores para transmissão do calor daquela para o ar ambiente. O termo
"radiador" neste contexto é um pouco enganador, uma vez que a maioria da transferência de calor -
a partir do permutador de calor - é feita por convecção e não por radiação. Os radiadores podem ser
montados tanto nas paredes como enterrados no pavimento.

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Em sistemas alimentados por caldeira e de aquecimento por radiação, todos os sistemas -
excepto os muito simples - incluem uma ou mais bombas para fazerem a água circular e assegurarem
uma distribuição igual de calor por todos os radiadores. A água aquecida também pode servir para
alimentar outro permutador de calor (secundário) dentro de um termoacumulador para
proporcionar águas quentes sanitárias.

Os sistemas de ar forçado enviam o ar através de condutas e tubagens. Durante o tempo


quente, as mesmas condutas podem ser usadas para condicionamento de ar. O ar forçado também
pode ser filtrado ou tratado.

O aquecimento também pode ser realizado através do uso de resistências elétricas, que
consistem em filamentos que aquecem ao serem atravessados por corrente elétrica. Este tipo de
aquecimento é frequentemente encontrado em aquecedores portáteis e como sistema de reserva ou
suplementar do sistema de bomba de calor.

Os elementos de aquecimento (radiadores ou respiradores) deverão ser colocados na parte


mais fria de um compartimento - tipicamente próxima de um janela - de modo a minimizar a
condensação e o desvio da corrente de ar convectiva formada no compartimento em virtude do ar
próximo à janela se tornar mais pesado devido à temperatura mais baixa. Os dispositivos que
afastam os respiradores das janelas para prevenção da perda de calor são projetados com este
intento. As correntes de ar frio podem contribuir significativamente para um sentimento subjetivo de
frio em relação à temperatura média do compartimento. Assim, é importante controlar o vazamento
de ar a partir do exterior, além de um adequado projeto do sistema de aquecimento.

A invenção do aquecimento central é frequentemente creditada aos antigos Romanos, os


quais instalaram sistemas de condutas de ar - chamadas "hipocaustos" – em paredes e pavimentos
dos banhos públicos e vilas privadas.

VENTILAÇÃO
A ventilação constitui o processo de trocar ou substituir o ar em qualquer espaço, com os
objetivos de controlar a temperatura, de renovar o oxigénio e de remover humidade, odores, fumos,
calor, poeiras, bactérias do ar e dióxido de carbono. A ventilação inclui tanto a troca de ar com o
exterior como a circulação de ar no interior do edifício. É um dos fatores mais importantes para
manter uma aceitável qualidade do ar interior (QAI) em edifícios. Essencialmente, a ventilação de um
edifício pode ser feita de duas formas: a mecânica ou forçada e a natural.

Ventilação mecânica

A ventilação mecânica ou ventilação forçada é usada para controlar a qualidade do ar


interior. O excesso de humidade, os odores e os contaminantes podem normalmente ser controlados
através de diluição ou de substituição pelo ar exterior. Contudo, em climas húmidos, será necessária
muita energia para remover o excesso de humidade do ar de ventilação.

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Tipicamente, as cozinhas e as instalações sanitárias dispõem de exaustores mecânicos para
controlar os odores e, ocasionalmente, a humidade. O projeto desses sistemas deve ter em conta
fatores como o caudal - que é uma função da velocidade do ventilador e do tamanho da sua secção -
e o nível de ruído. Se as condutas para os ventiladores atravessarem espaços não aquecidos, as
tubagens deverão ser isoladas para evitar a condensação no seu interior.

As ventoinhas de teto, de mesa ou de pavimento fazem circular o ar dentro de um


compartimento com o objetivo de reduzir a temperatura perceptível, através da evaporação da
transpiração da pele dos seus ocupantes. Uma vez que o ar quente sobe, as ventoinhas de teto
podem ser usados para manter um compartimento mais quente no inverno através da circulação do
ar quente estratificado, do teto para o pavimento. Contudo, as ventoinhas não proporcionam
ventilação no sentido de "troca de ar com o exterior".

Ventilação natural

A ventilação natural consiste na ventilação de um edifício com ar proveniente do exterior


sem a utilização de ventiladores nem de outros sistemas mecânicos.

Em espaços pequenos e simples, a ventilação natural pode ser conseguida através do uso de
simples janelas abertas ou de respiradouros. Em sistemas mais complexos, pode deixar-se subir o ar
quente no interior do edifício, em direção a

clarabóias abertas em zonas superiores (efeito de chaminé), forçando assim o ar frio exterior
a entrar naturalmente dentro do edifício através de aberturas nas suas zonas inferiores. Estes
sistemas consomem muito pouca energia, mas têm que ser projetados de um modo muito rigoroso
de forma a que o conforto dos ocupantes fique assegurado. Em muitos climas, nos meses mais
quentes ou mais húmidos, manter o conforto térmico utilizando apenas a ventilação natural pode
não ser possível, obrigando à utilização de sistemas convencionais de ar condicionado como reserva.

Os sistemas economizadores a ar desempenham as mesmas funções da ventilação natural,


mas utilizando meios mecânicos como ventiladores, tubagens e sistemas de controlo para introduzir
e distribuir o ar fresco exterior quando apropriado.

Para seu quarto ou sala o ventilador de teto é o ideal. Fixo, ele agrega duas funções em uma
só: ilumina e ventila, oferecendo ótimo desempenho. Já para quem prefere um modelo portátil, o
ventilador de mesa é prático, funcional e pode ser transportado para qualquer lugar. Porém, tem
menor potência, sendo indicado para escritórios ou ambientes onde necessitam de pouca ventilação.
O ventilador de coluna, por outro lado, pode ser colocado no chão em diversos ambientes da casa,
fazendo o ar circular direcionado por região. Os ventiladores de parede são um modelo mais
discreto, poupam espaço e não atrapalham a passagem de pessoas pelo cômodo, porém, só é
realmente eficaz se estiver estrategicamente posicionado para a corrente de ar atingir diretamente
onde as pessoas estarão sentadas.

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AR CONDICIONADO
O ar condicionado e a refrigeração são obtidos através da remoção do calor. A definição de
frio é a de "ausência de calor" e todos os sistemas de ar condicionado funcionam segundo este
princípio básico. O calor pode ser removido, por irradiação, por convecção ou por aquecimento-
arrefecimento, através de um processo conhecido por "ciclo de refrigeração". Os meios de condução
- incluindo água, ar, gelo e químicos - são referidos como "refrigerantes".

Um sistema integrado de ar condicionado ou um ar condicionado autónomo, fornece


arrefecimento, ventilação e controle de humidade à totalidade ou a parte de um edifício ou veículo.
O ciclo de refrigeração consiste em quatro fases essenciais para a criação de um efeito de
resfriamento. Um compressor comprime o refrigerante. A compressão faz com que o refrigerante
vaporizado se torne mais denso, libertando calor neste processo. O vapor comprimido é então
arrefecido, através da permutação de calor com o ar exterior, condensando-se na serpentina do
condensador e transformando-se em líquido. O refrigerante líquido é então bombeado para o
interior do edifício, onde entra num evaporador. Neste evaporador, pequenos bicos pulverizam o
refrigerante líquido para uma câmara, no interior da qual a pressão baixa, permitindo que o
refrigerante se evapore. Como a evaporação absorve o calor em seu

redor, essa área em redor arrefece, com o evaporador a retirar, portanto, calor ao ambiente
e a colocá-lo no sistema. O refrigerante em vapor volta então a ser enviado para o compressor,
repetindo-se o ciclo. Um sistema de contagem (referido como "orifício") age como restrição ao
sistema no evaporador, de modo a assegurar que o refrigerante flui para aquele com o caudal
apropriado, o que evita que o refrigerante volte ao compressor em estado líquido e permite o
controlo da taxa de permutação de calor no evaporador.

Os sistemas de ar condicionado central, totalmente a ar, são frequentemente instalados em


residências e edifícios de serviços modernos, mas são dificilmente adaptáveis a edifícios que não
foram originalmente projetados para os receber. Isso deve-se sobretudo ao elevado volume de
espaço que tem de existir disponível para ser ocupado pelas grandes condutas de ar utilizadas pelo
sistema. Um sistema de condutas tem que ter uma manutenção muito cuidada de modo a prevenir o
crescimento de bactérias patogénicas no seu interior.

Uma alternativa às grandes condutas de ar consiste no uso de ventiloconvectores ou de


unidades split (compressor e evaporador instalados em locais separados). Estes sistemas são
frequentes em residências e em pequenos edifícios comerciais. Nestes sistemas, a serpentina do
evaporador - situada no local a climatizar - é ligada a um condensador remoto através de
canalizações de pequeno diâmetro em vez de condutas grandes.

Num sistema de ar condicionado, a desumidificação é realizada pelo evaporador. Uma vez


que o evaporador opera a uma temperatura inferior à do ponto de orvalho, a humidade do ar
condensa-se nos tubos da serpentina do evaporador. Esta humidade é recolhida no fundo do
evaporador por um tabuleiro e removida através de um cano de esgoto de condensados para um
dreno central ou mesmo para o chão no exterior.

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Um desumidificador consiste num aparelho do tipo de um ar condicionado, que controla a
humidade de um compartimento ou de um edifício completo.

Normalmente, é usado em caves que dispõem de uma mais elevada humidade relativadevido
à sua temperatura mais baixa e à propensão para maior acumulação de humidade nas suas paredes e
pavimentos. Em estabelecimentos de venda de alimentos, as grandes câmaras frigoríficas são
altamente eficientes na desumidificação do ar interior. Em contrapartida, existem também
humidificadores, que consistem em aparelhos para aumento da humidade.

Os edifícios com ar condicionado têm frequentemente as janelas seladas, uma vez que a
abertura destas iria prejudicar o esforço do sistema de AVAC em manter constantes as condições do
ar interior.

Todos os sistemas de ar condicionado modernos estão equipados com filtros de ar. Estes são
normalmente feitos de um material leve do tipo gaze e devem ser substituídos assim que as suas
condições o obriguem, excepto alguns modelos que são laváveis. Como exemplos, tanto num edifício
com um ambiente empoeirado como numa casa com animais de pêlo irá ser necessário uma maior
número de substituições de filtros do que num edifício onde não existam tantas sujidades. A não
substituição dos filtros conforme o necessário irá contribuir para uma taxa de permutação de calor
inferior, resultando no desperdício de energia, no encurtamento da vida do equipamento e,
consequentemente, no aumento dos custos. Além disso, a não substituição provocará uma
diminuição do fluxo de ar, resultando no congelamento das serpentinas do evaporador, o que poderá
provocar o impedimento da passagem de qualquer ar. Adicionalmente, filtros muito sujos ou
colmatados podem provocar sobreaquecimento durante a fase de aquecimento do ciclo de
refrigeração, resultando em danos possíveis nos componentes eletromecânicos ou mesmo num
incêndio.

É importante ter em mente que, uma vez que o ar condicionado, move o calor da serpentina
interior (evaporador) para a serpentina exterior (condensador), esta última deve manter-se tão limpa
como a anterior. Isto significa que, além da substituição do filtro de ar junto à serpentina do
evaporador, também é necessário limpar regularmente a serpentina do condensador. A falha em
manter o condensador limpo irá resultar eventualmente em danos no compressor, uma vez que a
serpentina do condensador é responsável por descarregar tanto o calor interior (captado pelo
evaporador) como aquele gerado pelo motor elétrico que aciona o compressor.

O ar novo exterior é normalmente captado para dentro do sistema através de um ventilador


na secção do evaporador. O ajustamento da percentagem do ar de retorno composto por ar novo
pode ser normalmente ajustada através da manipulação da abertura do ventilador.

O modelo de ar condicionado split é mais econômico - já que consome menos energia - é


mais silencioso e bem mais discreto, compondo melhor os ambientes onde são instalados. Por
consumir menos energia, são indicados para casas com muitos cômodos e que precisam de
refrigeração por mais tempo, já que contam com recursos extras como climatização inteligente e,
dependendo do modelo, funções de resfriamento rápido, mantendo o lugar agradável e com
temperatura controlada.

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Já o ar condicionado de janela é mais comum. Simples e compacto, seu rendimento não se
compara ao do split. Contudo, se você souber escolher bem e analisar as condições de metragem do
ambiente em relação a potência do aparelho, consegue suprir bem suas necessidades. Com o
desenvolvimento da tecnologia, os modelos mais recentes podem também ser econômicos e
oferecer recursos semelhantes ao do split, como ciclos rápidos de resfriamento e tipos de filtragem
diferenciada. Outro modelo também de destaque é o ar condicionado portátil. Ele leva grande
vantagem na mobilidade, sendo super prático, já que podem ser utilizados em vários ambientes da
casa e tem custo zero de instalação, porém, tem menor potência quando comparado aos outros
modelos.

COIFAS E EXAUSTORES

As coifas são ótima opção para quem gosta de cozinhar, mas se incomoda com o ar de
gordura que se espalha pela sua casa. A principal função do aparelho é sugar o ar, filtrá-lo e expeli-lo
para fora da cozinha através de tubos de saída - que podem ser instalados em paredes, no teto ou
em forros. Assim, ela elimina a gordura e os demais odores do ambiente, renovando o ar da sua
cozinha. Enquanto isso, o exaustor não faz nenhum tipo de filtragem ou purificação do ar como a
coifa, ele apenas realiza a troca do ar quente do ambiente por um outro mais frio, através de um
motor com hélices que mandam o ar quente concentrado no alto para fora.

REFRIGERAÇÃO
Refrigeração é a ação de resfriar determinado ambiente de forma controlada, tanto para
viabilizar processos, processar e conservar produtos (refrigeração comercial e industrial) ou efetuar
climatização para conforto térmico.

A refrigeração consiste no processo de remoção de calor de um espaço fechado ou de uma


substância, movendo-o para um local onde o mesmo não seja problemático. Para além de ser uma
das funções do ar condicionado e mesmo da ventilação, existe também uma tecnologia específica de
refrigeração, vocacionada sobretudo para a conservação de alimentos e de outros produtos, que
frequentemente é agrupada com a AVAC, formando a AVAC & R. Os principais fins desta tecnologia
são o de baixar a temperatura do espaço ou substância a refrigerar e o de manter essa baixa
temperatura.

Qualquer processo natural ou artificial pelo qual o calor seja dissipado está incluído na
refrigeração. O processo de produzir artificialmente temperaturas extremamente baixas é conhecido
como "criogenia".

O frio consiste na ausência de calor. Assim, para se reduzir a temperatura tem que se "retirar
calor" e não "adicionar frio". De modo a satisfazer a Segunda Lei da Termodinâmica, para se obter
aquilo, tem que ser realizada alguma forma de trabalho. Este trabalho é tradicionalmente realizado
de forma mecânica, mas pode também ser realizado através de magnetismo, de laser e de outras
formas.

Poupança Energética e Sustentabilidade Ambiental

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Desde a década de 1970, tem havido um esforço crescente, por parte de fabricantes e
projetistas de sistemas de AVAC, no sentido de os tornar energicamente mais eficientes.
Inicialmente, este esforço teve como força motriz o crescimento dos custos da energia.
Posteriormente, também contribuiu fortemente para esse esforço a consciência ambiental e a
consequente necessidade da redução da poluição e do

aquecimento global. Para além da eficiência energética, têm sido tomadas outras medidas no
sentido de tornar os sistemas de AVAC ambientalmente mais sustentáveis, como a eliminação dos
fluídos refrigerantes prejudiciais à camada de ozônio.

Ciclos de refrigeração

Para diminuir a temperatura é necessário retirar energia térmica de determinado corpo ou


meio. Através de um ciclo termodinâmico, calor é extraído do ambiente a ser refrigerado e é enviado
para o ambiente externo. A refrigeração não destrói o calor, que é uma forma de energia. Ela apenas
o move de um lugar não desejado para outro que não faz diferença.

Entre os ciclos de refrigeração, os principais são o ciclo de refrigeração padrão por


compressão, o ciclo de refrigeração por absorção e o ciclo de refrigeração por magnetismo.

Ciclo de refrigeração por compressão de Vapor

Princípios

Num ciclo de refrigeração, por compressão de vapor (refrigerador, arcondicionado), existem


basicamente cinco componentes:

Compressor, condensador, dispositivo de expansão, evaporador e fluido refrigerante.

O fluido refrigerante na forma de líquido saturado passa pelo dispositivo de expansão


(restrição), onde é submetido a uma queda de pressão brusca, onde passa a ter dois estados:
predominantemente líquido e, em menor quantidade, gasoso. O fluido refrigerante, nesse ponto, é
denominado de flash gás. Logo, o fluido é conduzido para o evaporador, onde absorverá calor do ar
do ambiente a ser climatizado, vaporizando-se.

Na saída do evaporador, na forma de gás, é succionado pelo compressor, que eleva sua
pressão (e temperatura) para que possa ser conduzido através do condensador, onde cederá calor ao
ambiente externo, condensando o fluido e completando o ciclo. O ventilador força a circulação de ar,
fazendo com que o ar a ser resfriado atravesse, de forma perpendicular, os tubos aletados da
serpentina do evaporador.

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Etapas de um Ciclo Ideal de Refrigeração

Evaporação

A evaporação é a etapa onde o fluido refrigerante entra na serpentina como uma mistura
predominantemente líquida, e absorverá calor do ar forçado pelo ventilador que passa entre os
tubos aletados. Ao receber calor, o fluido refrigerante saturado vaporiza-se, absorvendo calor latente
e calor sensível.

Compressão

A função do compressor é comprimir o fluido refrigerante, sempre no estado físico de vapor,


elevando a pressão do fluido. Em um ciclo ideal, a compressão é considerada adiabática reversível
(isoentrópica), ou seja, desprezam-se as perdas. Na prática perde-se calor ao ambiente nessa etapa,
porém não é significativo em relação à potência de compressão necessária.

Condensação

A condensação é a etapa onde ocorre a rejeição de calor do ciclo. No condensador, o fluido


na forma de gás saturado é condensado ao longo do trocador de calor, que em contato com o ar
cede calor ao meio ambiente.

Expansão

A expansão é a etapa onde ocorre uma perda de pressão brusca, porém controlada que vai
reduzir a pressão do fluido, da pressão de condensação para a pressão de evaporação. Em um ciclo
ideal ela é considerada isoentálpica, despreza-se as variações de energia cinética e potencial.

Coeficiente de performance

O coeficiente de performance, COP, é um parâmetro fundamental na análise de sistemas de


refrigeração. Mesmo sendo de um ciclo teórico, pode-se verificar os parâmetros que influenciam o
desempenho do sistema. A capacidade de retirar calor sobre a potência consumida pelo compressor
deve ser a maior possível.

Como funciona o fluxo do ar?

O sistema de ar condicionado das máquinas agrícolas, como tratores, colheitadeiras, entre


outros, segue o mesmo princípio de funcionamento do ar condicionado de carros de passeio, porém
com um regime de trabalho muito mais intenso e “pesado”.

O ar é coletado na parte externa do veículo e passa por filtros de partículas (filtros anti-pólen
ou filtros de cabine), logo após vai para a caixa evaporadora que pode ficar no interior da cabine,
geralmente sob o banco ou no teto da máquina. Este ar filtrado passa pelo evaporador e depois
segue para uma ventoinha que dá pressão a esta massa de ar. O ar então vai para os difusores que
liberam o ar climatizado.

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Alguns sistemas de ar condicionado só possuem recirculação de ar, o que deixa a cabine
muito seca, após algumas horas de utilização do sistema.

Quanto aos compressores, eles costumam ser de pistões axiais de cilindrada fixa (de 150 a
170 cm³) e cárter aberto, onde o óleo se mistura ao fluido refrigerante, por isso se utiliza o óleo PAG
(polialquileno-glicol).

Gás utilizado no sistema de ar condicionado:

Nos últimos anos os fabricantes estão desenvolvendo novos tipos de gases que reúnam o
máximo possível de eficiência e que não denigram o meio ambiente. É o caso do fluido refrigerante
R134A, que é utilizado em tratores e que não prejudica a cama de ozônio. Ele é recomendado como
substituto do R12, que é nocivo ao planeta. Dependendo do modelo do equipamento a carga de
fluido refrigerante pode variar de cerca de 900g até cerca de 3700g.

Limpando o sistema:

Por acumular muita sujeira, o evaporador pode apresentar vazamentos por corrosão. O
condensador é alvo de grande acúmulo de sujeira e se não for limpo regularmente, ocasiona pressão
elevada no compressor, afetando sua durabilidade.

Quando é realizada a troca do compressor danificado, deve ser feito uma limpeza interna do
sistema com R141b (tipo de solvente), para retirar todo o óleo contaminado com limalhas.
Obrigatoriamente, é necessário trocar o filtro secador e se aproveita para trocar também a válvula de
expansão de forma preventiva.

O R141b é volátil, similar a gasolina pura, porém não é tão inflamável. O liquido é de cheiro
forte e transparente. Por conta disso, o procedimento deve ser feito em ambiente ventilado,
evitando-se a inalação.

Ao menos uma vez por semana deve ser realizada a limpeza do filtro do ar condicionado ou
pelo menos a cada 100 horas de operação. Se houver muita poeira no local de trabalho, a limpeza
pode ser diária.

Manutenção

A manutenção nesses sistemas é bem frequente, devido ao trabalho pesado, mas na maioria
das vezes é corretiva. “Os proprietários de máquinas estão mais conscientes e durante as entre
safras, sempre que possível, chegam a programar as manutenções preventivas no ar condicionado
dos tratores”, diz Mario Ishiguro, responsável pela Ishi Ar Condicionado Automotivo. O maior
cuidado é manter o condensador livre de acúmulo de sujeira e com ar fresco para a troca de calor. Se
a dissipação de calor não ocorrer com eficiência no condensador, a pressão sobe em demasia e a
durabilidade do compressor fica afetada.

De acordo com Ishiguro, as concessionárias nem sempre possuem pessoal especializado


nesta área. “Faltam profissionais de manutenção nesta área, bem como peças de reposição de boa
qualidade”.

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Investimento no ar condicionado

É possível instalar o ar-condicionado em máquinas agrícolas que não vem com o sistema de
fábrica. “Existem empresas especializadas que já fazem e instalam a cabine com o ar condicionado.
Os preços podem variar muito, mas só o ar condicionado adaptado, sem contar a cabine (feita de aço
carbono), está por volta de 3.500 reais a 5 mil reais. Isso pode variar, dependendo do equipamento e
da qualidade da instalação”, explica o proprietário da Ishi.

Atualmente, o valor de uma máquina equipada com ar condicionado de fábrica pode elevar
seu valor em mais de 5 mil reais, podendo chegar a cerca de 10 mil reais. Mas, mesmo assim,
comprar uma máquina com o ar-condicionado de fábrica geralmente acaba saindo mais barato que
instalar posteriormente uma cabine fechada com o sistema de climatização.

Tratamento térmico

Tratamento térmico pode ser definido como o aquecimento ou resfriamento controlado dos
metaisfeito com a finalidade de alterarsuas propriedades físicas e mecânicas, sem alterar a forma do
produto final.

Uma mola espiral, por exemplo, necessita ser tratada termicamente para ser utilizada no
sistema de suspensão de um veículo automotor. Ao ser comprimida, na passagem do veículo por
uma lombada, a mola acumula energia amortecendo o movimento da roda. Após a passagem pela
lombada a mola se estende devolvendo a energia acumulada e fazendo a roda do veículo retornar à
sua posição inicial. O tratamento térmico permite que a mola sofra deformação elástica sem perder
sua forma e a geometria original. Para resistir a esses esforços é preciso que a mola tenha dureza
elevada, elasticidade e resistência mecânica para não sofrer deformação plástica permanente.

Nem sempre os tratamentos térmicos são intencionais. Algumas vezes, peças metálicas
sofrem tratamentos térmicos, durante o processo de fabricação, passando por ciclos de aquecimento
ou resfriamento, que podem alterarsuas propriedades de forma prejudicial. Como exemplo podemos
citar a operação de soldagem de estruturas de aço, que ao serem aquecidas até temperaturas
elevadas podem sofrer têmpera e fragilização, na zona termicamente afetada (ZTA), comprometendo
a tenacidade da estrutura como um todo.

Da mesma maneira, operações de conformação plástica a frio podem introduzir tensões


indesejadas, no interior do material e esgotar sua capacidade de sofrer deformação plástica
adicional, tornando-os frágeis. Os tratamentos térmicos são frequentemente associados com o
aumento da resistência do material. Entretanto, podem ser utilizados para alterar características de
fabricabilidade, como usinabilidade, estampabilidade ou restauração de dutilidade, após intenso
processo de conformação a frio.

Pode-se dizer, então, que os tratamentos térmicos são processos de fabricação que são
utilizados tanto para facilitar outros processos de fabricação como para aumentar o desempenho dos
produtos através do aumento da resistência mecânica ou de outras propriedades.

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O benefício trazido pelos tratamentos térmicos aos aços é muito grande, pois esses materiais
respondem muito bem aos diferentes ciclos de tratamento utilizados. Num mesmo aço, dependendo
do tratamento térmico, podem-se obter níveis de resistência mecânica, dureza, dutilidade e
tenacidade muito variados, permitindo, por exemplo, amolecer o material para usinagem e
posteriormente endurecê-lo para obter alta resistência. Essa é uma das razões pelas quais a
utilização comercial do aço é muito maior que a de outros materiais.

Uma grande variedade de tratamentos térmicos e termoquímicos pode ser utilizada em aços,
podendo-se, grosso modo dividi-los em dois grupos:

1. Tratamentos de amolecimento

2. Tratamentos de endurecimento

Amolecimento

O amolecimento é feito para reduzir a dureza, remover tensões residuais, melhorar a


tenacidade ou quando se deseja refinar o grão do material.

Em decorrência dos processos de fabricação, por laminação a frio ou trefilação os aços


endurecem (encruamento) e é necessário restaurarsua dutilidade ou remover as tensões residuais
existentes. Em estruturas soldadas, freqüentemente é necessário fazer-se um tratamento térmico de
amolecimento pós-soldagem visando diminuir a dureza de uma zona endurecida e fragilizada
(denominada zona termicamente afetada) para restaurar a tenacidade do material.

Corrosão Metálica

A corrosão metálica pode ser definida como um processo espontâneo que ocorre
frequentemente na natureza por ação de muitos fatores. O termo corrosão tem origem no latim
“corrodere” que significa destruir gradativamente. O fenômeno da corrosão pode ser entendido
como uma deterioração do material, devido às reações químicas e/ou eletroquímicas com o meio em
que interage. A corrosão está relacionada com a oxidação de um metal para a formação de um
composto mais estável termodinamicamente nas condições a que está submetido. De modo mais
específico, o fenômeno corrosivo representa uma situação em que duas ou mais reações
eletroquímicas diferentes ocorrem simultaneamente e de forma espontânea, sendo pelo menos uma
de natureza anódica e outra catódica. A reação anódica de dissolução do metal fornece elétrons à
reação catódica de redução. Para que a reação de dissolução do metal tenha prosseguimento é
necessário que os elétrons produzidos sejam removidos, caso contrário ocorre equilíbrio
eletroquímico.

Vale destacar os processos de desgaste por atrito, por erosão ou por outros fatores
mecânicos. Um sistema de análise do processo corrosivo é composto de quatro elementos básicos:

• Anodo: eletrodo no qual ocorre a oxidação (corrosão) e de onde a corrente (na forma de
íons metálicos positivos) entra no eletrólito.

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• Eletrólito: meio condutor (geralmente líquido) que contém os íons que transportam a
corrente até o catodo.

• Catodo: eletrodo onde ocorre a redução e o local onde a corrente sai do eletrólito.

• Circuito metálico: elo de ligação entre anodo e catodo e por onde migram os elétrons (no
sentido andodo-catodo).

Uma característica importante dos processos de corrosão é que os eventos acontecem


espontaneamente, ou seja, a reação eletroquímica global que descreve o processo é espontânea.
Portanto, se considerados os aspectos termodinâmicos observa-se que a variação da energia livre
(ΔG) é menor que zero 1 . Para se quantificar a velocidade do processo mencionado considera-se os
aspectos cinéticos:

Se a concentração do agente corrosivo for pequena, é possível que o processo seja


controlado por transporte de massa, ou seja, pela velocidade com que a espécie agressiva chega aos
sítios de ataque.

Se o ambiente ao qual o metal está exposto é um condutor pobre, o transporte de íons para
compensar as cargas geradas no processo corrosivo pode ser lento e constituir um fator
determinante no processo corrosivo.

Se o meio contém elevadas concentrações do agente agressivo e de íons, a velocidade pode


ser controlada pela cinética de uma ou outra reação de transferência de carga.

Exemplificando o caso no qual a velocidade do processo é controlada pela cinética da reação,


pode-se empregar a equação de Tafel para estabelecer a correlação corrente-potencial para cada um
dos eletrodos.

Parâmetros que afetam a velocidade de corrosão

A velocidade do processo corrosivo pode ser expressa em termos da corrente de corrosão. É


possível identificar e analisar os efeitos dos parâmetros que afetam analogamente ao procedimento
para eletrocatálise e utilização de diagramas de Evans. Vale ressaltar : quanto menor for a corrente
de intercâmbio, menor será a magnitude da corrente de corrosão. Quanto menor a corrente de
intercâmbio da reação catódica, menor será também a magnitude da corrente de corrosão. Valores
elevados do coeficiente de Tafel para a reação catódica levam a uma menor corrente de corrosão.

Outros fatores importantes que têm influência sobre a velocidade de corrosão são a
concentração do agente corrosivo e a condutividade do meio ao qual o metal está exposto. Quando a
concentração do agente corrosivo é pequena, a curva catódica atinge o limite difusional e a
velocidade de corrosão passa a ser controlada pelo transporte do reagente ao centro de ataque no
metal, sendo a corrente de corrosão tanto menor quanto menor for a concentração. Um exemplo
bem conhecido onde este efeito acelera os processos de corrosão é observado em ambientes
localizados perto do litoral pois, devido à alta umidade e à alta concentração iônica da atmosfera
marítima, há uma maior corrosão dos metais.

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Como Funciona o Controle de Temperatura?

O controle de temperatura aplicado na indústria é uma das tecnologias essenciais na


fabricação adequada de produtos pois em um processo de fabricação, se a temperatura variar muito
tanto acima ou abaixo da faixa ideal necessária para uma determinada fase de um processo de
fabricação, os resultados podem ser; revestimentos danificados, adesão inadequada, material
enfraquecido ou um componente comprometido.

Por este motivo, torna-se cada vez mais importante que o fabricante não apenas determine a
temperatura adequada para cada etapa de produção, mas também monitore a temperatura dentro
deste processo.

Os controladores de temperatura nas operações de fabricação cumprem a seguinte função:


São responsáveis por garantir que a etapa do processo opere dentro dos padrões, medindo a
temperatura constantemente e comparando e corrigindo com a temperatura especificada
(programadas internamente) no controlador. Como resultado, os fabricantes podem descobrir
problemas relacionados com a temperatura mais rapidamente e tratá-los quando necessário.
Existem três tipos gerais de controles de temperatura que são aplicados durante os processos de
fabricação: controle de temperatura ONOFF, Proporcional e PID.

1 – Controle de Temperatura ON/OFF

O controle de temperatura ON/OFF é o mais barato de todos os tipos de controle e também


o mais simples em termos de funcionamento pois o seu controle é apenas ligar ou desligar. Por
exemplo, no caso de uma temperatura medida ficar abaixo de um certo ponto, os sinais de controle
são enviados para a máquina ligar um resistência de forma com que a temperatura se eleve. Da
mesma forma, se a temperatura ultrapassar um determinado ponto, o controle de temperatura é
acionado para desligar a resistência ou ligar um sistema de resfriamento a fim de baixar esta
temperatura.

Um outro exemplo comum de controle ON/OFF é um termostato doméstico de uma


geladeira por exemplo. Quando a temperatura aumenta até um certo ponto, o controlador aciona o
motor da geladeira para diminuir a temperatura e fazer com que ela volte ao valor programado. Com
o ar condicionado funciona da mesma maneira: se a temperatura sobe passando um certo ponto, o
controlador aciona o ar-condicionado, fazendo com que a temperatura volte ao estado que foi
programada. Controles ON/OFF são freqüentemente usados em processos onde a mudança de
temperatura é muito lenta e o controle de temperatura não é necessário.

2 – Controle de Temperatura Proporcional

Ao contrário do controle de temperatura ON/OFF, que só atua quando um limite ajustado é


atingido, os controles proporcionais são projetados para responder à mudança de temperatura antes
que ela saia da faixa desejada.

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Essencialmente, os controles proporcionais aumentam ou diminuem a fonte de energia à
medida que a temperatura atinge seu limite superior, inferior ou Setpoint, o que retarda ou acelera o
aquecimento e ajuda a estabilizar a temperatura. Deve-se atentar que alguns sistemas podem
necessitar de tempos de ciclo mais curtos do que os que suportados por um relé por exemplo.
Nesses casos, um relé de estado sólido é tipicamente usado com tempos de ciclo de até 0,2
segundos.

Na prática, o tempo de ciclo pode não ser uma constante, podendo variar com a demanda da
potência. A seguir você pode ver uma animação e entender como variando a largura dos pulsos,
podemos dosar a energia e qual o resultado produzido em um diodo (mais ou menos energia para
produzir luz):

3 – Controle de Temperatura PID

O controle de temperatura PID combina os chamados controle proporcional com o controle


integral e derivativo (PID). Assim, ele permite que o sistema opere dentro de uma banda
proporcional da mesma forma que um controle proporcional faz mas com duas características
adicionadas que melhoram a regulação global da temperatura. O recurso proporcional permite que o
controle reaja às circunstâncias atuais e ajuste adequadamente. Já valor integral leva em
consideração a soma de eventos recentes (ou seja, ritmos de controle proporcional passados) e o
valor derivado por sua vez determina a reação apropriada com base na taxa com a qual os ritmos
passados estão mudando. Combinados, os três usam dados atuais, dados passados e a taxa na qual
os dados estão mudando para definir um algoritmo específico de controle de temperatura
compensando assim, o erro de temperatura entre a variável de processo e o ponto de ajuste,
mantendo uma temperatura constante.

4 – Considerações

Ao decidir qual o tipo de controle é melhor para um processo específico, há várias coisas que
devemos ter em mente. Em primeiro lugar, considere o tipo de sensor de entrada (termopar ou RTD)
e o intervalo de temperatura que o seu processo exige. Em segundo lugar, considere a forma que a
saída deve ser associada: relé eletromecânico, SSR ou saída analógica. Em terceiro lugar, decida que
tipo de algoritmo de controle é necessário (on/off, proporcional ou PID). Por fim, considere o número
e o tipo de saídas necessárias para a aplicação, como calor, resfriamento, alarme e limite. Uma vez
que estes fatores foram determinados, será muito mais fácil determinar que tipo de controlador de
temperatura é adequado para uma aplicação específica.

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SENSAÇÕES TÉRMICAS
REAÇÃO AO FRIO

Quando as condições ambientais proporcionam perdas de calor do corpo além das


necessárias para a manutenção de sua temperatura interna constante, o organismo reage por meio
de seus mecanismos , para reduzir as perdas e aumentar as combustões in combustões internas.

A redução de trocas térmicas entre o indivíduo e o ambiente se faz através do aumento da


resistência térmica da pele por meio de vasoconstrição e arrepio.

REAÇÃO AO CALOR

Quando as perdas de calor são inferiores às necessárias para a manutenção de sua


temperatura interna constante, o organismo reage por meio de seus mecanismos termo-
reguladores, proporcionando condições de trocas de calor mais intensa entre o organismo e o
ambiente. O incremento das perdas de calor para o ambiente se faz por meio da vasodilatação e da
exsudação (suor).

PARÂMETROS DE SENSAÇÕES TÉRMICAS

Individuais / Metabolismo

Processo dos organismos vivos por onde substâncias são transformadas nos tecidos com uma
mudança no gasto energético. A quantia total de calor metabólico produzido depende do ambiente
externo e também da dieta, tamanho corporal, idade e nível de atividade destes.

Vestuário

Resistência térmica interposta entre o corpo e o meio ambiente e, também, à


permeabilidade ao vapor d’água.

Ambientais / Temperatura do ar

A temperatura do ar afeta a perda de calor convectivo do corpo humano e a temperatura do


ar expirado.

Umidade do ar

Influencia nos mecanismos de perda de calor. a difusão de vapor d’água através da pele
(transpiração imperceptível), a evaporação do suor da pele e a umidificação do ar respirado.

Ambientais / Velocidade do vento

É determinante na troca de calor por convecção entre o corpo e meio ambiente. Quanto
mais intensa for a ventilação, maior será a quantidade de calor trocada entre o corpo humano e o ar,
e menor será a sensação de calor.

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Temperatura média radiante

Corresponde à temperatura média das superfícies opacas visíveis que participam no balanço
radiativo com a superfície exterior do vestuário.

ÍNDICES

Biofísicos

Baseiam-se nas trocas de calor entre o corpo e o ambiente, correlacionando os elementos do


conforto com as trocas de calor que dão origem a esses elementos; 

Fisiológicos

Baseiam-se nas reações fisiológicas originadas por condições conhecidas de temperatura


seca do ar, temperatura radiante média, umidade do ar e velocidade do vento; 

Subjetivos

Baseiam-se nas sensações subjetivas de conforto experimentadas em condições em que os


elementos de conforto térmico variam.

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REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL
Tubulação Industrial Tubulação é um conjunto de tubos e acessórios voltados ao processo
industrial, principalmente para distribuição de gases, óleos, vapores, lubrificantes e demais líquidos
industriais e, chegam a representar.

As tubulações industriais são utilizadas em indústrias de processamento, químicas,


petroquímicas, refinarias de petróleo, alimentícias e farmacêuticas para transportar fluídos de uma
entrada (bomba), para uma saída (reservatório).

Fluído conduzido – aspectos de resistência à corrosão, impurezas, agentes contaminadores,


ph, toxidez, etc.

Condições de serviço – Temperatura e pressão. Deve se consideradas condições extremas,


mesmo que sejam eventuais ou transitórias.

Resistência mecânica – O material deve ter resistência compatível com os esforços


(sobrecargas externas, reações de dilatação térmica, vento, peso, etc.)

Disponibilidade dos materiais – Com exceção do aço carbono, os materiais utilizados na


fabricação dos tubos têm limitações e disponibilidade.

Custo dos materiais – Consideram-se os custos diretos e os indiretos que são o tempo de vida
e os custos de reposição e paralisação do sistema.

Grau de Segurança – O grau de segurança dependerá da resistência mecânica e do tempo de


vida.

Resistência ao escoamento – Perdas de carga. Deve ser transmitida a maior potência possível
com a menor perda.

A seleção adequada é um problema difícil porque, na maioria dos casos, os fatores


determinantes podem ser conflitantes entre si. Caso típico é corrosão versus custo. Os principais
fatores que influenciam são:

Fluido conduzido – Natureza e concentração do fluido Impurezas ou contaminantes; pH;


Velocidade; Toxidez; Resistência à corrosão; Possibilidade de contaminação.

Condições de serviço – Temperatura e pressão de trabalho. (Consideradas as condições


extremas, mesmo que sejam condições transitórias ou eventuais.)

Nível de tensões do material – O material deve ter resistência mecânica compatível com a
ordem de grandeza dos esforços presentes. (pressão do fluido, pesos, ação do vento, reações de
dilatações térmicas, sobrecargas, esforços de montagem etc.

Natureza dos esforços mecânicos – Tração; Compressão; Flexão; Esforços estáticos ou


dinâmicos; Choque s; Vibrações; Esforços cíclicos etc.

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Disponibilidade dos materiais – Com exceção do aço-carbono os materiais tem limitações de
disponibilidade.

Sistema de ligações – Adequado ao tipo de material e ao tipo de montagem.

Custo dos materiais – Fator freqüentemente decisivo. Deve-se considerar o custo direto e
também os custos indiretos representados pelo tempo de vida, e os conseqüentes custos de
reposição e de paralisação do sistema.

Segurança – Do maior ou menor grau de segurança exigido dependerão a resistência


mecânica e o tempo de vida.

Facilidade de fabricação e montagem – Entre as limitações incluem-se a soldabilidade,


usinabilidade, facilidade de conformação etc.

Experiência prévia – É arriscado decidir por um material que não se conheça nenhuma
experiência anterior em serviço semelhante.

Tempo de vida previsto – O tempo de vida depende da natureza e importância da tubulação


e do tempo de amortização do investimento. Tempo de vida para efeito de projeto é de
aproximadamente 15 anos.

Instrumentação industrial

Instrumentação é definida como “a ciência que estuda, desenvolve e aplica instrumentos de


medição e controle de processos”.

A instrumentação é utilizada para se referir à área de trabalho dos técnicos e engenheiros


que lidam com processos industriais (técnicos de operação, instrumentação, engenheiros de
processamento, de controle e de automação), mas também pode estar relacionada aos vários
métodos e técnicas possíveis aplicadas aos instrumentos.

Para controlar um processo industrial (independentemente de qual seja o produto fabricado


ou a sua área de atuação) é necessária a medição e o controle de uma série de variáveis físicas e
químicas; para isso, é utilizada a instrumentação. O engenheiro que desenvolve, projeta e especifica
os instrumentos que realizam estas medições é o engenheiro de instrumentação.

A instrumentação é relacionada com os seguintes equipamentos:

caldeira, reator químico, bomba centrífuga, coluna de destilação, forno, queimador


industrial, refrigerador, aquecedor, secador, condicionador de ar, compressor, trocador de calor e
torre de resfriamento.

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Elementos de Medição

Um instrumento é um dispositivo que é utilizado para medir, indicar, transmitir ou controlar


grandezas características de sistemas físicos ou químicos.

As variáveis medidas são praticamente todas as variáveis mensuráveis relacionadas com as


ciências físicas. A tabela exibe algumas variáveis que podem ser controladas com a instrumentação:

Variáveis de medição

Nas indústrias de processo as variáveis de temperatura, pressão, vazão e nível são as


principais variáveis (delas podemos obter muitas outras). Um instrumento pode ser visto
simplesmente como um aparelho que ao receber um estímulo na “entrada” produz uma “saída”. Por
exemplo, se colocarmos uma termorresistência num meio quente, ela faz variar uma grandeza
qualquer de saída. No caso da termorresistência a sua “saída” é um valor de resistência elétrica.

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INSTALAÇÃO DE AR CONDICIONADO
A primeira etapa de instalação de sistemas de ar condicionado tipicamente usados em indústrias
farmacêuticas e correlatas é a elaboração, pelo cliente, dos requisitos do usuário (RU). Esta é a etapa mais
importante, pois dará todas as direções para o projeto do sistema. “É neste documento que são definidas
todas as condições dos ambientes que o sistema de climatização deverá atender e se o mesmo não for bem
claro, não será possível obter-se um resultado satisfatório quando a instalação estiver concluída”.

O Curso de Instalação de Ar Condicionado é indicado ao público em geral ou quem busca atualização no


tema eletricidade e instalações elétricas. Aprenda como é feita a instalação de Ar condicionado e destaque-
se no mercado.

NORMAS TÉCNICAS RELACIONADAS

Ar condicionado é um aparelho que condiciona o ar em espaços fechados, permitindo regular temperatura,


umidade, limpeza e ventilação. Os aparelhos do tipo Split levam esse nome porque são divididos em duas
partes: uma que fica dentro da casa, evaporadora de onde irá sair o ar e a outra, que fica do lado de fora,
condensadora, onde o ar é condicionado, ou seja, tratado.

A ABNT publicou a norma ABNT NBR 16655-2:2018 - Instalação de sistemas residenciais de arcondicionado -
Split e compacto - Parte 2: Procedimento para ensaio de estanqueidade, desidratação e carga de fluido
frigorífico, elaborada pelo Comitê Brasileiro de Refrigeração, Arcondicionado, Ventilação e Aquecimento
(ABNT/CB-055).

A ABNT Editora divulga a Coletânea de Normas para Ar Condicionado, que possui os parâmetros de conforto
térmico para ambientes fechados, para obtenção de qualidade do ar e os requisitos mínimos de projeto para
sistemas de ar-condicionado centrais e unitários. Conjunto de normas que estabelece os parâmetros básicos
e os requisitos mínimos de projeto para sistemas de ar-condicionado centrais e unitários.

O ar condicionado Split é o mais usado, mas para instalá-lo, é preciso ter alguns cuidados:

 Se há algum impeditivo legal na instalação;


 Saber se há estrutura para instalação de que ele precisa;  Escolher a capacidade exata do aparelho
e;
 Definir em que local da casa ficará cada parte.

Escolha o local em que ficará o aparelho de saída de ar e considere que ele é ligado por tubos e fios até a
outra parte do aparelho, que deve ficar na área externa. Então, quanto mais próximo, menor será o
custo com tubos e com mão de obra. Para a infraestrutura que liga as duas partes do aparelho são
usados:

Tubos em cobre ou alumínio (também chamado de tubulação frigorífica), com bitolas e espessuras
adequadas à carga térmica que você escolher (veja a dica sobre BTUs);

Tubulação com fiação elétrica, com cabos dimensionados, conforme a carga do condicionador e um
disjuntor exclusivo para cada aparelho de ar condicionado;

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Tubos de PVC para drenagem da água, ligados à rede pluvial da casa;

Se você estiver construindo e for instalar ar condicionado, passe a infraestrutura (os 3 tipos de tubos)
nas paredes prontas, no mesmo momento em que o encanador estiver fazendo a instalação hidráulica e
em que estiverem sendo colocadas as caixinhas pra tomadas e interruptores. Se sua casa estiver pronta e
você decidir instalar o Split, será preciso quebrar passagem para os tubos na parede, no contrapiso ou
embutir no forro de gesso. Mas se sua casa for em alvenaria estrutural, não quebre paredes: deixe as
tubulações aparentes ou passe pelo forro de gesso;

No caso de edificação que há previsão de instalação de ar condicionado, ainda se faz necessária a


verificação da instalação e se a mesma está respeitando os locais técnicos para colocação dos
equipamentos, o uso de equipamentos, dentro da potência elétrica prevista e descrita no manual de uso
da edificação. E se não foi feita nenhuma alteração de encaminhamento das tubulações.

Para calcular a capacidade precisará saber a área do ambiente e se ele tem incidência de sol de manhã
ou da tarde.

BTU é a sigla para Unidade Térmica Britânica e é a quantidade de BTUs que determina qual será a
potência de refrigeração do seu ar condicionado.

Assim, cômodos menores, como quartos, muitas vezes vão receber um split com menor capacidade.
Como base orientativa, que necessita ser validada pelo responsável técnico do sistema ou manual de uso
da unidade, para a capacidade do Split.

Evite instalar o split em locais da edificação em que a tubulação do ar condicionado interfira


nas instalações elétricas ou tubos de água e esgoto.

FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA INSTALAÇÃO

Listamos abaixo as ferramentas e equipamentos necessários para a instalação de ar condicionado.

Ferramentas:

- bomba de vácuo,

- chave Philips,

- conjunto manifold,

- conjunto flangeador,

- conjunto serra copo,

- cortador de tubo,

- furadeira profissional,

- chave regulável 8”, 10” e 12”,

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- escada, - voltímetro,

- amperímetro,

- aparelho de solda,

- chave catraca,

- termômetro,

- chave Allen,

- limas,

- aspirador de pó,

- martelo,

- brocas,

- dobrador de tubos de cobre,

- alicate,

- trena,

- nível.

Materiais:

-suporte para unidade condensadora,

-buchas e parafusos para unidade condensadora,

-fita isolante,

-fita PVC,

-tubos de cobre ou alumínio para sucção e linha de líquido.

- mangueira cristal para dreno.

Régua de Extensão:

É de grande ajuda possuir uma régua de extensão para poder ligar as ferramentas que precisam de energia
da melhor maneira tendo um fácil acesso às localidades do ambiente.

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Bomba de Vácuo:

Serve para eliminar a umidade do aparelho ou sujeiras nas tubulações que venham a danificar o
condicionador de ar.

Conjunto Manifold:

Trabalha em conjunto com a bomba de vácuo para realizar a compressão e retirada de umidade dos
aparelhos.

Nitrogênio:

O nitrogênio é uma ótima maneira durante a instalação para encontrar vazamentos. É só utilizá-lo para
pressurizar e verificar se há algum vazamento no aparelho de ar condicionado.

Conjunto Flangelador

Este conjunto é muito útil para que o instalador flangele o tubo de uma maneira rápido, fácil e sem
comprometer o material utilizado.

Cortador de Tubo:

Ele serve para cortar tubos de cobre, tubos de refrigeração e até mesmo tubos de alumínio. O cortador de
tubo é a ferramenta específica para o corte dos tubos.

Escariador:

O escariador serve para tirar as rebarbas dos tubos cortados. É só girar a ferramenta para ela fazer o
trabalho.

Chave Philips:

Para realizar pequenos trabalhos de parafusação.

Chave Regulável 8, 10 e 12 (ou chave inglesa):

As menores são as mais utilizados em aparelhos que são instalados em residências, apartamentos, algumas
lojas e escritórios. Já a de 12, é mais utilizada em aparelhos com maior capacidade, como um aparelho de 60
mil BTU’s, por exemplo.

Chave Alle:

Servem para abrir as valvulas de serviço de baixo e alta pressão.

Martelete:

O martelete é mais fácil e prático em uso do que uma furadeira. Ótimos técnicos indicam a aquisição deste
aparelho. Além do mais, muitas ferramentas como brocas, ponteiras e talhadeiras podem ser utilizadas
facilitando ainda mais o trabalho.

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Serra Copo 65 ou 75mm:

Serve para fazer o corte nas paredes para abrir caminho para as tubulações. Deve ser usado no martelete.

Jogo de brocas para concreto 6mm, 8mm, 10mm e 12m:

Instaladores de sucesso recomendam a aquisição destas quatro brocas que facilitam muito a vida do
profissional técnico em instalação de condicionadores de ar. Normalmente para evaporadora, por exemplo, é
aconselhável o uso da broca 6mm e a broca 12mm ajuda muito na hora de colocar o suporte da
evaporadora.

Alicate de corte, alicate de bico e alicate universal:

Não deixe de investir em um produto de ótima qualidade, para ter a certeza de que o mesmo será eficiente
na hora do trabalho. As vezes, o produto barato, pode custar caro para os técnicos.

Lima:

Para poder fazer pequenos detalhamentos.

Estilete:

Pode parecer simples, mas um estilete bem afiado pode ajudar muito em pequenos trabalhos durante o
processo de instalação, mas cuidado parceiros, muita gente acaba se cortando.

Chave de Fenda e Chave Philips:

É muito importante que você tenha em seu conjunto uma chave de fenda e uma chave philips fina, uma
chave de fenda grossa e uma chave allen grossa. Não exite em ter também uma chave toquinho, ela ajuda
você em lugares apertados ou de difícil acesso.

Ponteiro e talhadeira:

Se você utiliza a furadeira mesmo, então invista em um ponteiro e uma talhadeira normais. Já, se você tem
em mãos o martelete (não disse que ele é bem útil) você pode comprar o ponteiro e a talhadeira de encaixe.

Alicate Amperímetro:

O alicate amperímetro funciona em oito amperes. Depois da instalação, viu que o aparelho está
funcionando, é só colocar o alicate em funcionamento.

Multimetro:

O aparelho serve para medir tenção, resistência e mede também continuidade do aparelho. Medir a
continuidade pode te auxiliar a descobrir se não há algum fio danificado. Nível de Mão: O nível de mão nada
mais serve do que uma régua, para não deixarmos os aparelhos tortos. É algo de extrema importância que
não podemos esquecer. Um aparelho torto, não terá 100% de eficácia na hora do funcionamento e também
terá maiores chances de ocorrer uma falha ou defeito.

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Parafusadeira:

Quando é preciso fazer algo mais simples, a parafusadeira entra em ação. Além de ser extremamente
eficiente, ela economiza um ótimo tempo do profissional durante a instalação.

Curvador de tubos de cobre:

Curvadores de tubo de cobre servem para deixar um acabamento melhor, além de serem simples e fáceis de
serem usados. Ele realiza a curva no tubo sem amassar.

Ao iniciarmos a carreira de Técnico Refrigerista, devemos saber que alguns itens serão indispensáveis para
executar o serviço com qualidade. Ter noção desses instrumentos nos permitem ter segurança, agilidade e
qualidade. Sabendo quais são as ferramentas essenciais para realizar seu trabalho permite, portanto, estar
apto a ter qualidade e segurança garantidos em seu dia-a-dia. Estar atento às inovações e surgimento de
novas necessidades não deixa de ser importante e te permite ter sempre seu equipamento atualizado. A
instalação de redes de proteção requer uma série de equipamentos. Dependendo da complexidade da
instalação, são necessários equipamentos adicionais de segurança.

INSTALAÇÃO DOS TUBOS DA UNIDADE INTERNA

O condicionamento de ar é o processo de tratamento do ar interior em espaços fechados. Esse tratamento


consiste em regular a qualidade do ar interior, no que diz respeito às suas condições de temperatura,
umidade, limpeza e movimento.

Para tal, um sistema de condicionamento de ar inclui as funções de aquecimento, arrefecimento,


umidificação, renovação, filtragem e ventilação do ar. A função de desumidificação está normalmente
associada à de arrefecimento. Alguns sistemas especiais podem incluir outras funções como a de
pressurização do ar no interior de determinado espaço.

O condicionamento de ar é um dos elementos principais da tecnologia de AVAC:

 aquecimento,
 ventilação e
 ar condicionado.

O ar tratado num sistema de condicionamento de ar é designado "ar condicionado". Na linguagem


corrente, o próprio processo de condicionamento de ar é referido como "ar condicionado". Por extensão,
também são referidos como "ares condicionados" os aparelhos destinados ao condicionamento de ar.

A climatização constitui um processo semelhante ao condicionamento de ar, mas não inclui a função de
umidificação ou outras das funções daquele.

Diferenças entre tubulações de ar-condicionado:

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Tubos de alumínio Vantagens:

o alumínio é um material de fácil acesso, consequentemente mais barato e mais utilizado pelo público
em geral. Desvantagens: o alumínio é um material frágil e sofre grande deterioração com o tempo,
sofrendo amassados e dobras. Por isso, as chances de você precisar trocar os tubos é alta. O tubo de
alumínio também pode sofrer com a ação do ar em seu interior, ficando poroso e resultando em
vazamentos.

Tubos de cobre Vantagens:

sua principal vantagem a capacidade de condução elétrica tornando-o mais eficiente que o de alumínio.
Desta forma, ele acaba esquentando e esfriando a tubulação de arcondicionado com mais agilidade.
Outra vantagem é a sua resistência, por ser mais rígido eles não oxidam com facilidade. Além disso,
podem ser reparado, caso aconteça alguma deterioração. Desvantagens: o alto valor do material é uma
desvantagem dos tubos de cobre, mas como são bem mais resistentes que o de alumínio, o investimento
pode valer a pena. Além disso, são mais difíceis de serem encontrados no mercado.

O ar-condicionado do tipo split é um equipamento moderno e eficiente. Ele oferece


numerosas vantagens, como fácil instalação, menor consumo de energia e diversidade
demodelos discretos e sofisticados que podem, inclusive, ser incorporados à decoração
do recinto.

Todo split é composto por dois componentes principais: a condensadora e a evaporadora. A parte
externa é a condensadora, que rejeita para o meio exterior o calor absorvido no local a ser resfriado. A
parte interna é a evaporadora, que libera o ar frio no ambiente aclimatado. O ar-condicionado portátil
não requer pequenas reformas ou adaptações estruturais no imóvel para ser instalado. Por não ser fixo,
ele pode ser transportado de um cômodo a outro, desde que haja uma janela ou uma saída de ar por
perto, para que o tubo possa expelir o ar quente para fora. Como o split é formado por uma parte que
fica do lado de dentro e por outra que fica do lado de fora da construção, é imprescindível que exista
entre elas um canal de ligação.

Antes da instalação

– Comece lembrando que uma parte fica dentro da casa e outra fora. Escolha o local em que ficará o
aparelho de saída de ar e considere que ele é ligado por tubos e fios até a outra parte do aparelho, que
deve ficar na área externa. Para a infraestrutura que liga as duas partes do aparelho são usados:

– Tubos em cobre ou alumínio (também chamado de tubulação frigorífica), com bitolas e espessuras
adequadas à carga térmica que você escolher (veja mais sobre BTU´s abaixo);

– Tubulação com fiação elétrica, com cabos dimensionados conforme a carga do condicionador e um
disjuntor exclusivo para cada aparelho de ar-condicionado;

– Tubos de PVC para drenagem da água, ligados à rede pluvial da casa.

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Calculando a capacidade do ar Split


– Para calcular a capacidade você precisa saber a área do ambiente e se ele recebe sol de manhã ou à
tarde. BTU é a sigla para Unidade Térmica Britânica, e é a quantidade de BTUs que determina qual será a
potência de refrigeração do seu ar-condicionado.

Local de instalação

– A dica geral é evitar instalar o split em locais da casa em que a tubulação do ar interfira nas instalações
elétricas ou tubos de água e esgoto. Se não seguir essa dica, chance alta de pepinos à vista.

Passo a passo para instalação:

1. Retire a unidade interna (evaporadora) e a externa (condensadora) das caixas com bastante cuidado,
bem como as peças que vêm junto com os aparelhos. No manual de instalação, procure saber para que
serve cada uma. Em seguida, separe-as de acordo com seu uso e as coloque juntas no chão ou em outra
superfície, para que elas não sejam perdidas.

2. Depois de familiarizar-se com o equipamento, agora é hora de procurar um bom local para instalar a
evaporadora, que ficará dentro do ambiente. É fundamental que ela seja instalada em um lugar livre de
obstáculos, para que assim o ar-condicionado consiga refrigerar todo o ambiente de maneira uniforme.

3. Meça a largura, a altura e o comprimento da unidade interna e marque-as na parede, seja com pinceis,
seja lápis. É neste ponto que o suporte deverá ser fixado. Você também deve saber onde deve perfurar o
orifício na parede para a saída da tubulação, que ligará a unidade interna à externa.

4. Após marcar os pontos corretos, é hora de perfurar o orifício para a passagem da tubulação. Lembre-
se que a perfuração deve ser feita numa inclinação entre 5 e 10 mm, ou num ângulo de 35°.

5. Depois de perfurar a parede, passe a tubulação (que contém três cabos) através do orifício. Quando
estiverem todos passados, fixe a unidade interna ao suporte previamente instalado na parede.

6. Fixe o suporte da unidade condensadora na parte exterior. É importante lembrar que grande parte dos
aparelhos já vêm com buchas metálicas na caixa, para que você não precise adquiri-las separadamente.

7. Um isolante térmico protege a tubulação, que contém três tubos. Para conecta-lo a unidade externa,
você precisa desenrolar um pouco este isolante térmico e deixar uma pequena parte dos três tubos
exposta. Isole esta parte dos tubos que você desenrolou com uma fita isolante, para que eles não fiquem
expostos a chuva e aos raios de sol.

8. Conecte os tubos às saídas indicadas na unidade interior.

9. Posicione a unidade exterior em cima do suporte e fixe-a com o auxílio de parafusos.

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10. Depois de fixar a condensadora e conectar os tubos em cada unidade, posicione o dreno para haja o
escoamento da água. Vale lembrar que, para que haja um bom fluxo de dreno e a água não entre dentro
do ambiente num dia chuvoso, o furo da parede deve ter uma inclinação entre 5 e 10 mm – a mesma
medida para os outros tubos.

11. Desenrosque as tampas e cada saída da unidade, bem como de cada extremidade dos tubos do
aparelho. Remova a porca de proteção das válvulas e as solte, pressionando para que os dois tubos
responsáveis pela refrigeração sejam fixados nos locais corretos.

12. Ligue o terceiro tubo, que é responsável por alimentar o equipamento, à unidade elétrica. Conecte
os fios aos terminais de acordo com as cores correspondentes. Quando terminar, envolva todos os tubos
com fita isolante.

13. O último passo consiste em verificar se o aparelho de ar-condicionado está instalado de forma
correta. Para isso, verifique se existem ‘fugas’ sobre as duas válvulas da unidade externa envolvendo-as
com água e sabão. Se existir alguma fuga, várias bolhas deverão ser formadas. Somente depois desta
verificação poderá pegar o controle remoto e ligar o aparelho.

LIGAÇÃO DOS TUBOS NA UNIDADE EXTERNA

Os primeiros aparelhos eram os condicionadores de ar do tipo janela, instalados com abertura do local
apropriado ao seu posicionamento na parede. Com o passar do tempo novas tecnologias permitiram o
surgimento de uma unidade mais simplificada e distribuída, tornando-se prática e sobre tudo menos
complexa, o ar-condicionado do tipo Split.

O sistema de ar-condicionado chamado Split constitui-se de dois equipamentos interligados por meio de
tubulações constituídas por cobre, as unidades condensadora (externa) e evaporadora (interna). As
distâncias entre tais partes que o integram, bem como desníveis a serem preservados, dependem do
sistema a considerar.

Split-Cassete: Esse formato assemelha-se a uma grelha de saída de ar e pode ser utilizado em forros de
gesso rebaixados. Alternativa para uma pós-reforma em que feita a decoração ambiente, precisa-se de
uma solução absolutamente prática e ajustável.

Built-In: Esse Split permite ser instalado no interior de sancas de gesso. Mais um equipamento que prima
pela praticidade nos casos em que consideramos espaços decorados com dificuldades quanto a decisão
de onde instalar a unidade de ar.

Console/Under Seiling: Esses formatos são tais que podemos instalar o Split rente ao teto do ambiente a
considerar ou sobre o piso. Apresentam maleabilidade na decisão conforme o modelo verificado.

Rede Frigorígena: Sistema de condução do gás refrigerante entre a unidade condensadora e


evaporadora. É constituída de tubos de cobre que devem ser introduzidos em paredes, pisos ou lajes ou
até mesmo sobrepostos em paredes.

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Rede Elétrica: Sistema de alimentação do equipamento que utiliza cabos flexíveis acondicionados por
eletrodutos (que seguem o mesmo caminhamento da rede frigorígena). Devese prover um ponto de
força (tomada) especificada para o equipamento, sendo posicionada junto a uma das unidades que o
representam (interna ou externa).

Rede de Drenagem:

Instaladas na unidade interna do equipamento, por meio de tubos de PVC na cor marrom destinados a
esgotar a água que resulta do processo de evaporação. Esses tubos ficam localizados internamente em
paredes e nos sistemas do tipo quente/frio há necessidade de instalar também dreno externo.

Normas Gerais para Instalação de Ar-Condicionado:

Altura de Instalação: Recomenda-se posicionar o aparelho entre 1,50 m e 1,80 m acima do solo. Caso a
condição anterior não puder ser satisfeita, deve-se localizar o aparelho a pelo menos 0,50 m de qualquer
parede.

O aparelho deve ficar preferencialmente o mais centralizado possível, cobrindo assim a maior área do
ambiente que pode ser residencial ou comercial.

Caso necessário utilizar mais de uma unidade evaporadora, deve ser preservada entre elas a distância
mínima de 1,5 m.

Na parede, o buraco que deverá conter o caixilho de sustentação do aparelho é tal que a madeira
integrante deve possuir espessura mínima equivalente a 2,5 cm.

Aberturas laterais e superiores do aparelho devem estar sempre desobstruídas e voltadas para a parte
externa do ambiente, pois a circulação de ar no compressor e seu condensador tem que processar-se de
modo normal.

Espessura máxima da alvenaria: 17 cm.

Posiciona-se o ponto de força (tomada) ao lado do aparelho podendo ser à esquerda ou à direita.

Nunca em hipótese alguma corte a fiação elétrica proveniente de fábrica.

Você pode posicionar o rabicho (fiação que conecta o aparelho à tomada elétrica) da forma como desejar
no momento da instalação. Decida pelo lado que considerar mais conveniente mantê-lo e se precisar
alterá-lo, remova a frente plástica do aparelho.

Analise aonde irá colocar a tomada de força na qual será ligado o ar-condicionado. Algumas vezes é
preciso que se coloque próxima a ele. Lembrando que nesses casos deve ser considerada a potência
elevada da carga a alimentar, então utilizamos uma TUE (Tomada de Uso Específico).

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Os aparelhos devem conter uma inclinação referente a 1 cm na base para que ocorra de forma mais
simples o escoamento da água proveniente do processo de evaporação do gás durante a convecção no
ambiente.

Pode-se fazer uma ligação através de tubo plástico entre o dreno e a rede de drenagem ou a áreas
apropriadas ao gotejamento d’água, evitando que ela escorra em locais inadequados. É perfeitamente
normal o pingamento d’água no equipamento por haver troca de calor que resulta nisso.

Obs.: Dê preferência a locais que não obstrua a passagem de ar.

Caso seja requerida a potência do aparelho para dimensionamento, use a seguinte conversão de
unidades:

1 W = 0,293 Btu/hora

A distância entre o cabo e o equipamento gera resistência e para que se evite aquecimento ou
desligamento desnecessário do disjuntor é recomendável utilizar um fio cuja bitola seja
consecutivamente superior ao valor calculado. Essa mesma lógica é válida para disjuntores que também
são dimensionados conforme o valor de corrente máxima suportado.

Escolha o local em que ficará o aparelho de saída de ar e considere que ele é ligado por tubos e fios até a
outra parte do aparelho, que deve ficar na área externa.

Então, quanto mais perto, menor será o custo com tubos e com mão de obra. Para a infraestrutura que
liga as duas partes do aparelho são usados:

 tubos em cobre ou alumínio (também chamado de tubulação frigorífica), com bitolas e espessuras
adequadas à carga térmica que você escolher (veja a dica 2 sobre BTU´s)
 tubulação com fiação elétrica, com cabos dimensionados conforme a carga do condicionador e um
disjuntor exclusivo para cada aparelho de ar condicionado
 tubos de PVC para drenagem da água, ligados à rede pluvial da casa

Para calcular a capacidade você precisa saber a área do ambiente e se ele recebe sol de manhã ou da
tarde.

BTU é a sigla para Unidade Térmica Britânica, e é a quantidade de BTUs que determina qual será a
potência de refrigeração do seu ar condicionado.

Evite instalar o split em locais da casa em que a tubulação do ar condicionado interfira nas instalações
elétricas ou tubos de água e esgoto.

Não coloque a saída de ar (evaporadora) sobre televisores ou aparelhos de som, nem qualquer
equipamento elétrico porque eles podem ser danificados se sair água da evaporadora. Deixe livre a parte
da saída de ar, a 15cm do teto e considere que ela precisa ficar fácil de acessar pra limpeza, manutenção
ou troca de filtros.

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O PROCEDIMENTO DE GERAR VÁCUO

O vácuo é um processo importantíssimo da instalação do ar-condicionado. Existem instaladores que


preferem pular essa etapa, mas o consumidor deve exigir que ela seja feita. O vácuo retira a umidade e
evita o transporte de detritos pela tubulação de gás do aparelho, e é um procedimento previsto na vida
útil do ar-condicionado.

O tubo de serviço deve ser conectado ao vacuômetro, que vai fazer a medição em microns (unidade de
medida igual a milionésimo de metro). O vacuômetro, por sua vez, tem outra saída que deve ser
conectada à bomba de vácuo.

A bomba, então, deve ser ligada e as válvulas nas laterais do manômetro devem ser abertas. Nesse
momento vai estar ocorrendo a chamada desidratação do sistema interno do gás do arcondicionado, que
é o processo que vai criar o vácuo. Quando se atinge mais ou menos 250 microns, é aconselhado parar o
processo e fechar as válvulas. Se a quantidade de microns não cair, o sistema do gás está estancado,
basta religar a bomba e reabrir as válvulas até que o vacuômetro esteja mostrando mais ou menos 500
microns.

Se, durante essa parada, a quantidade de microns começar a cair, é porque há um vazamento no sistema
de gás do ar-condicionado. Para ter certeza, é preciso fazer um teste de estanqueidade. Depois de
completo o processo de vácuo, deve-se abrir as válvulas das saídas de alta e baixa pressão do
equipamento.

Na química, na física e na linguagem cotidiana, o vácuo é um espaço onde não existe matéria. O vácuo
perfeito, porém, não é possível na natureza, ainda que ocorram situações muito próximas dele (por
exemplo, no espaço sideral) e também não pode ser criado por um ser humano, pois para criação do
vácuo poderíamos pensar em retirar o ar de um recipiente o que seria executável, porém nunca será
possível a retirada de 100% do mesmo, pois não temos um equipamento capaz de reduzir a matéria a
zero, em um certo volume. Na física clássica, um vácuo parcial em uma certa região do espaço pode ser
quantificado referindo-se à pressão naquela região (o vácuo perfeito teria pressão zero). No Sistema
Internacional de Unidades (SI), a unidade para a pressão é o pascal(Pa).

Obs.: A pressão também pode ser expressa como uma porcentagem da pressão atmosférica usando o
bar ou a escala barométrica.

O vácuo, como o próprio nome indica, é o processo de retirada de todo o ar das tubulações. Esse
processo deve ser realizado antes da instalação dos gases refrigerantes, para evitar que o vapor de água
permaneça lá após o gás ser inserido. O processo de vácuo deve ser feito na instalação do aparelho e
sempre que for realizada a troca do gás refrigerante

Essas bombas de vácuo são confeccionados em alumínio fundido com uma aproximação mínima entre a
carcaça e o rotor. Isso resulta em um melhor aproveitamento do ar que entra fazendo com que o mesmo
alcance um excelente rendimento tanto no vácuo quanto na pressão.

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As bombas de vácuo são utilizadas em tratamento de efluentes, transporte pneumático, vácuo em
mesas, esteiras, em aspiração de resíduos, exaustão de gases em túneis e poços e mais uma infinidade
de aplicações.

As bombas de vácuo são também conhecidas como Compressor Radial (Compressores radiais), Soprador
(Sopradores), Aerador (Aeradores) e Sugador (Sugadores).

Obs.: A bomba de vácuo é peça fundamental em uma das etapas mais importantes na instalação e
manutenção de aparelhos de ar condicionado Split.

O sistema Split utiliza o gás refrigerante como fluido para trocar de calor com o ar. Esse gás passa pela
tubulação de cobre que já vem com o condicionador e passará pela tubulação de cobre que será
instalada para interligar a condensadora com a evaporadora.

Essa tubulação de interligação entra em contato com o ar e, internamente pode absorver umidade, não
há nada pior que umidade em um sistema interno de refrigeração.

A bomba de vácuo retira toda a umidade existente dentro dessa tubulação, evitando a possibilidade de
contaminação de todo o sistema.

O vácuo é um procedimento de limpeza, e ele é extremamente importante para eliminar todo tipo de
sujeira que pode acumular nessa tubulação, impedindo a entrada de poeira ou outras substâncias que
podem danificar o aparelho.

O vácuo também reduz a pressão no sistema fazendo com que a umidade evapore, porque a umidade, se
misturada com o gás refrigerante, pode gerar acidez, o que danifica o compressor, ou forma blocos de
gelo na evaporadora. Vácuo é a condição de um local completamente vazio, sem a presença de quase
nenhum tipo de matéria.

ESQUEMA ELÉTRICO DE LIGAÇÃO

Esquema elétrico ou diagrama elétrico é a representação gráfica de circuitos elétricos e eletrônicos.

A maioria dos circuitos reais não se resume apenas nos componentes do diagrama, pois há a
necessidade de se dispor de um dispositivo para ligar e desligar o circuito, pela adição de uma chave
(contato elétrico) em série com o receptor. Os esquemas elétricos podem ser feitos de acordo como o
modelo unifilar, multifilar ou funcional, conforme seu objetivo.

Unifilar

Esquema unifilar é a representação simplificada de um circuito, no qual são exibidos linhas e símbolos
específicos. Estas linhas representam os condutores e sobre eles é indicado a quantidade destes
condutores em forma de traços verticais ou oblíquos, que interligam os componentes de um
determinado circuito. Este esquema tem sua aplicação em projetos elétricos, pois dada a sua
simplicidade, facilita a representação de uma instalação elétrica na planta baixa de um edifício.

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Esquema multifilar

É o esquema que representa todo o circuito elétrico, isto é, os componentes, todos os condutores e
ligações entre eles. Este é o esquema que descreve a forma como é ligado qualquer aparelho, de modo a
facilitar a execução prática.

Esquema funcional

Esta representação também ilustra todo o circuito elétrico, porém, em relação ao esquema multifilar,
permite uma interpretação clara da sequência e ligações entre os componentes do circuito.

Um circuito elétrico é a ligação de elementos elétricos, tais como resistores, indutores, capacitores,
diodos, linhas de transmissão, fontes de tensão, fontes de corrente e interruptores, de modo que
formem pelo menos um caminho fechado para a corrente elétrica.

Amplificador bem simples, que utiliza na saída os transistores darlingtons TIP 142 e TIP147, circuito
montado no mundo inteiro. Eu particularmente nunca montei o circuito, mas li muitos comentários
sobre o mesmo, muitos a favor e alguns contra, mas por ser simples e potente a maioria ficou satisfeito.
(150W em 4 R).

Os circuitos eletrônicos diferem dos circuitos elétricos por possuírem interligações entre diversos
componentes eletrônicos, enquanto os circuitos elétricos somente têm conexões entre componentes
elétricos.

INSTALAÇÃO DO SUPORTE PARA FIXAR A UNIDADE INTERNA

Antes para proceder com a instalação do ar-condicionado é necessário lembrar que uma parte fica
dentro de casa e outra fora por isso escolha um local onde o aparelho bem alocado para a saída de ar e
também considere uma quantidade significativa de tubos e fios até a outra ponta do aparelho que deverá
estar do lado de fora.

Faça desempacotamento das peças das caixas procurando saber para que serve cada peça, isto pode
permitir um acesso mais fácil ao instalar o ar-condicionado, familiarizando-se com todas as unidades e
componentes.

Encontre um bom local onde é possível instalar o ar-condicionado Split, sendo neste local onde você vai
montar o suporte na parede.

Tire todas as medidas da unidade que ficará na parte interna da casa, portanto marque-as na parede,
inclua a medida da saída do cano e a distancia entre o centro da unidade interior e no centro do cano.

Estas sinalizações vão ajudar, a saber, onde deve deverá perfurar o orifício na parede, ligando as duas
unidades tanto no interior quanto no exterior.

Quando estiver sinalizado os pontos corretos é o momento de perfurar o orifício no exterior, portanto
lembre-se de realizar a perfuração em um ângulo de trinta cinco graus.

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É preciso acertar a altura passando todos os cabos através do buraco na parede para instalar o ar-
condicionado, quando tudo estiver pronto deverá fixar a unidade interna ao suporte que esta previamente
montada na parede.

Quando a unidade interna já estiver fixada no suporte da parede, será a hora de atravessar os tubos,
através do orifício aberto para o exterior.

Para darmos continuidade a instalar o ar-condicionado é preciso que desempacote a caixa com a unidade
exterior do ar e comece a se familiarizar com esta parte componente do ar condicionado.

É necessário que os suportes de paredes exteriores sejam instalados sendo necessários para esta
unidade, é muito importante assegurar que estes suportes estejam corretamente alinhados fazendo com que
a unidade fique perfeitamente nivelada.

Faça a utilização das buchas metálicas que são fornecidas para montar o suporte de parede do lado
externo.

O passo seguinte é desenrolar cuidadosamente os tubos do gás fazendo a união da parte que não
desenrolou com a fita térmica, que deve estar incluída no conjunto.

Coloque as unidades exteriores nos suportes e mantê-los fixos.

Encha todo o orifício entre os fios com a massa e faça a fixação na cobertura.

É necessário verificar se tudo esta instalado da melhor forma, ou da forma correta e segura, verifique se
existem algumas fugas, faça um pouco de água com sabão e coloque sobre as válvulas para se certificar que
não haja vazamentos.

Verificar se o dreno foi bem instalado, isso por que a sua saída pode acabar gotejando ou acumulando
em locais onde não pode existir, enfim é necessária que o local esteja bem protegido onde esta sendo feita a
instalação do ar-condicionado.

Existem diferentes tipos de suporte para ar-condicionado. Eles se adaptam as mais variadas situações, e
vamos te explicar agora quais as particularidades e as melhores aplicações para se fazer de cada um deles.

O ar-condicionado nos traz inúmeros benefícios aliados ao conforto, mas para evitar uma possível dor de
cabeça e um problema desnecessário, é preciso atenção ao tipo de suporte que estará sustentando o
aparelho e a sua durabilidade. Assim como o modelo do aparelho, o tipo de suporte também deve ser
pensado, pois garantirá estabilidade e resistência, além de se tornar parte integrante do local onde o
equipamento ficará instalado.

A função dos suportes é tão grande para a segurança e o bom funcionamento dos aparelhos que a
Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (ASBRAV) está em
contato com o Inmetro para que seja estabelecido um controle de qualidade e a certificação dos suportes.

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Suporte Evaporadora:

O ar-condicionado split hi-wall tem como item de série o suporte da evaporadora. A peça
obrigatoriamente vem junto com o aparelho no ato da compra.

Suporte Condensadora:

Com a popularização do ar-condicionado tipo Split, existem várias alternativas para suportar a
condensadora. Afinal, quando colocados em apartamentos e condomínios, o equipamento pode ser
instalado em alturas elevadas, exigindo um bom material para que não cause acidentes. As peças não
acompanham o ar-condicionado e geralmente são colocadas pelo mesmo profissional que instala o aparelho.

Com a popularização do Ar Condicionado tipo Split, surgiu à necessidade de uma peça onde fosse
possível fixar a unidade interna a qual denominamos de unidade Evaporadora.

Medidas: 60cm e chapa 2,0 mm

Dados técnicos:Base de 60 cm para fixação da unidade evaporadora TETO / PISO de todos os modelos e
fabricantes.

INSTALAÇÃO ELÉTRICA
Segundo RSIUEE (regulamento de segurança de instalações de utilização de energia elétrica), define-se
canalização elétrica ao conjunto constituído por um ou mais condutores elétricos, pelos elementos que
asseguram o seu isolamento elétrico, as suas proteções mecânicas, químicas, elétricas e a sua fixação
devidamente agrupados e com aparelhos de ligação comuns.

As instalações elétricas podem ser:

 Instalação em tensão reduzida ou extrabaixa tensão.


 Instalação em baixa tensão (BT).
 Instalação em alta tensão (AT).

Podemos ter ainda instalações:

 Em corrente contínua.
 Em corrente alternada monofásica (uma fase e neutro)
 Em corrente alternada trifásica (três fases e neutro).

Instalação de tensão reduzida é a instalação que opera com tensão elétrica nominal menor ou igual à
75V em corrente contínua, ou menor ou igual à 50V em corrente alternada.

Instalação de baixa tensão é a instalação que opera com tensão elétrica nominal superior à 75V e menor
ou igual à 1500V em corrente contínua, superior à 50V e menor ou igual à 1000V em corrente alternada.

Instalação de alta tensão, é a instalação cuja tensão excede os valores definidos para baixa tensão,
podendo atingir várias centenas de kV. Na prática costuma chamar-se média tensão aos valores entre
1500 V e 10.000V a 20.000 V em corrente alternada (AC).

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As instalações em baixa tensão, podem ser subdivididas em:

instalação coletiva de edifícios, que é a instalação comum para todas a divisórias de um edifício.

Instalação de utilização de energia elétrica, que é a instalação individual, de cada consumidor do edifício.

A energia chega à cada edifício através da rede de distribuição.

A instalação coletiva é a instalação estabelecida em regra no interior de um edifício, com a finalidade de


servir instalações de utilização exploradas por entidades diferentes, constituída por quadro de colunas,
colunas, caixas de colunas, que tem início numa ou mais portinholas ou no próprio quadro de colunas.

Quadro de colunas É o quadro onde se encontram os aparelhos de proteção contra sobre intensidades,
alimentado por um ramal, uma chegada ou uma portinhola.

Coluna principal, ou simplesmente coluna, também chamado de montante, é a canalização elétrica


coletiva, que tem início num quadro de colunas.

Coluna derivada

É a canalização elétrica coletiva, que tem início numa caixa de coluna.

Caixa de colunas

É o quadro existente numa coluna principal ou derivada, para ligação de entradas ou colunas derivadas,
contendo ou não respectivos aparelhos de proteção contra sobre intensidades.

Entrada

É a canalização elétrica de baixa tensão, geralmente compreendida entre uma caixa de coluna ou um
quadro de coluna, dando origem à instalação de utilização.

Origem

É o ponto pelo qual uma instalação de utilização recebe a energia elétrica.

Obs.: A instalação de utilização de energia elétrica é a instalação destinada a permitir aos seus
utilizadores a aplicação de energia elétrica pela sua transformação noutras formas de energia.

A instalação de utilização tem início no quadro de entrada do andar respectivo, e termina em cada um
dos pontos de utilização dos receptores.

Esta instalação é constituída por:

 Contador de energia, também chamado de medidor de energia elétrica


 Órgãos de proteção (disjuntores e fusíveis)  Canalização (condutores e tubos)
 Caixas de derivação
 Interruptores
 Tomadas

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Os órgãos de proteção e o contador ficam instalados no quadro de entrada, o qual fica localizado
normalmente junto à entrada do andar que serve.

Fazem parte da instalação de utilização, não só a instalação de baixa tensão, mas também a tensão
reduzida, onde fazem parte o sistema de sinalização e telefones.

Verifique se é possível instalar a unidade externa na varanda ou alguma parede externa. Muitos
condomínios não permitem a mudança da fachada, então é super importante saber isso antes de
comprar o seu ar-condicionado.

Instale o ar-condicionado nas paredes com maior distância entre si. Esse cuidado torna a distribuição de
ar mais eficiente.

Evites fluxos de ar cruzado com outros aparelhos no mesmo ambiente.

Evite locais onde a circulação do ar possa ser obstruída ou dificultada por cortinas, móveis ou divisórias.

Para o ar circular bem, não coloque nenhum obstáculo perto da saída do ar.

Escolha um local onde o filtro de ar possa ser retirado facilmente para a limpeza.

Escolha um local bem ventilado e nunca instale perto de locais com gás inflamável.

Não instale onde a saída de ar esteja obstruída.

A unidade externa pode ser instalada tanto acima quanto abaixo da unidade interna.

A mangueira de drenagem deve ser instalada sempre abaixo da unidade interna.

A instalação é dividida em 05 etapas:

 Fixação da unidade interna (evaporadora) no interior do cômodo, em um ponto alto próximo ao


teto;
 Local para fixação da unidade externa com mãos francesas na parede e o local para fixação da
unidade interna no alto, próximo ao teto;
 Um ponto de tomada TUE 220V ao lado a unidade interna;
 Um tubo dreno para ligar a unidade interna em uma tubulação de esgoto;
 Fazer a ligação da tubulação de gás entre a unidade interna e a unidade externa, a ligação elétrica
entre elas e carregar o sistema com o gás.

Normas Técnicas de Referência:

NBR 16401-1:2008 – Instalações de ar-condicionado – Sistemas centrais e unitários – Projetos das


instalações

NBR 6675:1993 – Instalação de condicionadores de ar de uso doméstico (tipo monobloco ou modular)

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Estabelece os parâmetros básicos e os requisitos mínimos de projeto para sistemas de arcondicionado
centrais e unitários. Se aplica a instalações de ar-condicionado especiais que são regidas por normas
específicas (salas limpas, laboratórios, centros cirúrgicos, processos industriais e outras) apenas nos
dispositivos que não conflitem com a norma específica. Não se aplica a pequenos sistemas unitários
isolados, para conforto, em que a soma das capacidades nominais das unidades que compõe o sistema é
inferior a 10 kW. Não tem efeito retroativo.

Aplica-se a sistemas novos e a instalações ou parte de instalações existentes objetos de reformas.

Projeto das instalações

Define e especifica todas as etapas da instalação do ar-condicionado, desde o cálculo de potência


necessária até a finalização da instalação.

Parâmetros de Conforto Térmico

Define todos os parâmetros para que o ambiente climatizado possua uma sensação térmica de satisfação
de, pelo menos, 80% dos usuários do sistema.

Qualidade do ar interior

Além de conter toda a especificação de instalação do sistema, de definir a satisfação do uso do mesmo, a
norma também define que o sistema deve propiciar um ar interno com qualidade, com níveis mínimos
de filtragem e renovação do ar.

Quando se concebe uma determinada instalação elétrica, deve-se ter sempre presente alguns aspectos
que irão condicionar o tipo de instalação a montar. Em seguida, estão os principais fatores
condicionantes de uma instalação:

 Características dos locais de instalação.]


 Segurança das pessoas e equipamentos.
 Eficiência da instalação.
 Custos dos materiais.
 Estética da instalação.

As instalações elétricas, destinam-se à fins diferentes. Assim, poderá destinar-se à uma residência (local
seco), num armazém (local úmido e molhado), ou num laboratório de manipulação de produtos químicos
(ambiente corrosivo). Estes fatores impõem uma escolha criteriosa do material e tipos de canalização
para evitar a deterioração na instalação.

No contexto Segurança das pessoas e equipamentos, existem duas definições importantes: parte ativa
de um material ou aparelho e massas. A primeira é constituída pelos condutores ativos e peças
condutoras de um material ou aparelho sob tensão em serviço normal. A segunda é constituída por
qualquer elemento metálico susceptível de ser tocado, em regra isolado das partes activas, mas podendo
ficar acidentalmente sob tensão.

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Um dos aspectos a ter conta ao conceber uma instalação, é a segurança das pessoas e equipamentos. A
segurança dos equipamentos é essencialmente com fusíveis e disjuntores, protegendo a instalação dos
seguintes defeitos:

 Curto-circuito.
 Sobrecarga.
 Sobretensão.
 Subtensão.
 Falta de tensão.

Curto-circuito, é definido como ocorrência de um defeito na instalação, em que por qualquer motivo
houve um contato entre condutor positivo e condutor negativo (em CC), ou entre condutores fase e
neutro, ou ainda entre duas ou mais fases diferentes (em CA).

A corrente de curto-circuito atinge instântaneamente valores muito elevado. Os defeitos desta


ocorrência são altamente destruidores, se não existir na instalação um elemento que corte esta corrente
rapidamente.

Define-se a sobrecarga, como o aumento da corrente, não muito elevado em relação ao valor nominal
da instalação ou do receptor.

Se por qualquer defeito numa instalação ou num receptor, a intensidade ultrapassar o valor nominal
durante um período de tempo excessivo, deve haver um aparelho de proteção que corte esta corrente,
de forma a evitar a destruição da instalação. Esta tarefa é normalmente desempenhada por disjuntores
termomagnéticos, que atuam por dilatação de lâminas bimetálicas.

Obs.: Sobre tensão é definida como aumento da tensão acima do valor nominal.

Quando a sobre tensão é forte e prolongado, devem ser acionados os mecanismos que cortem a
alimentação da instalação, para evitar inconvenientes provocados por esta ocorrência.

A sobre tensão pode ter duas causas: externa ou interna. A de origem externa tem a provocada pela
queda de raios nas linhas.

As sobretensões de origem interna são provocados por cortes bruscos de grande número de
consumidores, por defeito ou em período de paragem da elaboração por defeito de isolamento com uma
instalação de tensão mais elevada, ou ainda por manobras erradas nas subestações, ou pelas chamadas
ressonância nas linhas. Estas ocorrências transmitem-se até ao consumidor.

A falta de tensão nas instalações pode também originar vários consequências. Esta ação é feita
automáticamente através de relés de mínima tensão ou de falta de tensão.

A subtensão é o abaixamento mais ou menos acentuado do valor da tensão elétrica. De forma


a evitar os danos causados pela flutuação da tensão, o governo impõe ao distribuidor que a
tensão fornecida ao consumidor não oscile para além de mais ou menos 5%.

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Baixa Tensão é um termo em engenharia elétrica utilizado para identificar as considerações de segurança
de sistema de geração, distribuição e utilização de energia elétrica baseado no valor de tensão elétrica
utilizado. Apesar das diferentes faixas de tensão utilizadas para definir a baixa tensão, ela é geralmente
caracterizada por carregar um risco substancial de choque elétrico, mas um risco menor de arco elétrico
no ar.

Alta tensão é um termo em engenharia elétrica utilizado para identificar as considerações de segurança
de sistema de geração, distribuição e utilização de energia elétrica baseado no valor de tensão elétrica
utilizado. Apesar das diferentes faixas de tensão utilizadas para definir a alta tensão, ela é geralmente
caracterizada por carregar um risco substancial de arco elétrico no ar.

Instalações elétricas são divididas basicamente em quatro partes:

Infraestrutura: aqui encontramos materiais, tais como: caixas de passagem, caixa de medidores,
fixadores para cabos, bandejas elétricas, leitos, eletrocalhas, suportes, etc.

Mediação e proteção: aqui encontramos os medidores, disjuntores, fusíveis e relés, que possuem
basicamente a função de monitorar e proteger as instalações;

Cabeamento: aqui estão os condutores responsáveis por conectar a fonte às cargas elétricas;

Controle: aqui estão os interruptores, sensores e componentes responsáveis em acionar ou parar cargas.
Os serviços de instalação elétrica têm de ser feitos sempre por um profissional especializado e seguindo
as orientações das normas brasileiras relativas ao assunto. E elas são várias, como a NBR 60669, a 5431 e
a 5410.

AR CONDICIONADO INDUSTRIAL
Ar condicionado comercial é perfeito para empresas e espaços grandes com pé direito alto, ambientes
com circulação de pessoas constante. Esse tipo de aparelho permite que o ambiente fique em uma
temperatura agradável de maneira uniforme, sem rajadas de vento direto.

A unidade externa (Condensadora) deve ser sempre fixada em local aberto, nunca em ambientes
fechados.

As instalações destes aparelhos exigem a contratação de profissional técnico de refrigeração, pois as 2


unidades são interligadas por tubulações frigorígenas para a circulação do gás refrigerante entre as
unidades.

Os aparelhos de ar-condicionado Split são fabricados em 02 (duas) diferentes tecnologias, a


Convencional e a Inverter. Ambas opções oferecem um ótimo desempenho para a climatização de
ambientes.

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Assim como os humanos, as máquinas necessitam de um ambiente com refrigeração adequada para
continuar a desenvolver bem o trabalho sem correr o risco de ser danificado. Enquanto as pessoas
utilizam o ar condicionado para conforto, as indústrias usam para manter suas máquinas em bom
funcionamento e para conservar seus produtos. Por isso, cada vez mais, as fábricas percebem a
importância da instalação de ar condicionado industrial.

Empresas de grande porte como indústrias que possuem muitos equipamentos automáticos e
computadorizados precisam de um sistema de ar condicionado potente e de alto desempenho para a
refrigeração ambiente.

Split (console de parede): Ar-condicionado split industrial possibilita um ar condicionado mais potente,
sendo indicado para a indústria e comércio. Este modelo pode resolver as principais necessidades em
pequenas lojas e estabelecimentos comerciais. Sua vantagem fica por conta da fácil instalação e custo
relativamente baixo, manutenção mais espaçada e relativamente acessível. O aparelho é indicado para
refrigerar apenas um ambiente.

Ar-condicionado Split Cassete Industrial: É ideal para ser acondicionado em pequenas lojas e comércios,
como padarias, lojas de roupas e de utilidades com alta rotatividade. O aparelho é instalado no teto
sendo que apresenta a vantagem de instalação relativamente simples e barata para o tipo de uso do ar-
condicionado. Quando instalado corretamente, é bastante robusto e silencioso. Geralmente, pode ser
aplicado em locais grandes sem afetar demais a sua capacidade. Sua principal desvantagem é a de
manutenção frequente, o que pode atrapalhar bastante em ambientes de grande circulação.

Centrais de ar- condicionado: Este aparelho é muito utilizado onde existe a necessidade de climatizar
grandes ambientes ou vários cômodos ao mesmo tempo, sendo muito utilizado em locais onde é
necessário um conforto extra e um nível de decoração mais alto. Além de refrigerar grandes ambientes,
possui estabilidade térmica e manutenção relativamente espaçada com o decorrer do tempo. Possui um
alto custo de instalação e manutenção, exigindo rebaixamento do teto em locais não planejados para a
passagem dos dutos de refrigeração. É um sistemas muito utilizado em shoppings, centros comerciais e
condomínios.

Ar-condicionado roof top: As unidades Roof Top destacam-se pela sua fácil instalação. Embora sejam
menos acessíveis em termos de custo, são aparelhos para uso comercial e industrial que necessitem de
um projeto robusto e compacto, indicado para ambientes grandes e com poucas paredes. O roof top
costuma ser indicado para locais como galpões e eventos. Por isso, é uma unidade que costuma ser
bastante alugada. O roof top pode ser colocado sobre o céu aberto porque é bastante resistente as
intempéries. Geralmente, as unidades são fornecidas com opção de descarga/retorno de ar vertical ou
horizontal, facilitando a aplicação em projetos de retrofit e novas construções.

As funções de arrefecimento e de desumidificação realizam-se de forma simultânea nas baterias de


refrigeração dos equipamentos de ar condicionado, normalmente no verão ou em outras épocas quentes
e úmidas.

Uma elevada percentagem de umidade relativa do ar provocará uma sensação de incômodo e de peso.

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A umidade contida no ar que circula é eliminada por condensação efetuada quando este entra em
contacto com a serpentina da bateria de arrefecimento, mantida a uma temperatura inferior à do ponto
de orvalho.

Em instalações industriais, que obrigam a uma desumidificação em grande escala, podem ser aplicados
sistemas separados para o efeito, os quais utilizam agentes absorventes de umidade como a sílica gel.

Sistema de arrefecimento ou refrigeração é o sistema que controla a temperatura nos


motores a explosão.

Cada sistema de ar condicionado, inclui equipamentos de refrigeração destinados a arrefecer e a


desumidificar o ar a ser tratado ou para resfriar a água que é enviada para as unidades de tratamento de
ar. Todos estes sistemas funcionam com base no ciclo de refrigeração.

Segundo o tipo dos seus equipamentos de refrigeração do ar, os sistemas de ar condicionado classificam-
se em dois grandes grupos: de expansão direta e de expansão indireta (água refrigerada).

Os equipamentos de expansão direta caraterizam-se por disporem de serpentinas onde expande um


fluido refrigerante absorvendo calor e arrefecendo o espaço em redor - que são atravessadas pelo ar a
tratar, o qual é refrigerado pelo contato direto com elas.

Podem ser usados equipamentos compactos autocontidos que são aqueles que reúnem, numa única
caixa ou unidade, todas as funções requeridas para o funcionamento do ar condicionado. A totalidade do
ciclo de refrigeração é realizada no interior da caixa do equipamento. Exemplos destes tipos de
aparelhos, são os comuns ares condicionados individuais de janela ou os do tipo roof top unit (unidades
compactas de cobertura) ou RTU com maior capacidade, que permitem a distribuição de ar mediante
condutas.

Os equipamentos split (separado) diferenciam-se dos sistemas compactos por estarem divididos em duas
unidades ou caixas separadas, uma situada no exterior e outra no interior do local a climatizar. Esta
separação tem como objetivo dividir as fases do ciclo de refrigeração, ficando a fase de evaporação no
interior e a fase de condensação no exterior. Ambas as unidades estão unidas entre si, através de tubos
por onde circula o refrigerante.

Os sistemas multi split constituem uma variante dos sistemas split. Dispõem de uma única unidade de
condensação exterior, à qual se podem ligar duas ou mais unidades de evaporação interiores.
Desenvolveram-se equipamentos deste tipo que permitem colocar uma grande número de unidades de
evaporação, mediante a regulação do fluido refrigerante, as quais são conhecidas por "VRV (volume de
refrigerante variável)".

Todos estes sistemas empregam ventiladores para fazerem circular o ar que arrefece o condensador e o
ar que é tratado e arrefecido para ser introduzido no interior.

Existem sistemas refrigerados a água, nos quais a condensação do refrigerante é produzida mediante
água em circulação através de bombas e tubagens, empregando uma torre de arrefecimento.

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Expansão indireta

Este tipo de sistema utiliza unidades de produção de água refrigerada (chillers), água essa que é
distribuída pelos vários equipamentos de tratamento do ar, como as UTA, as UTAN ou os
ventiloconvectores (fan-coils). Nestes equipamentos, existe uma serpentina - por onde circula a água fria
- que é atravessada pelo ar a tratar, que em contacto com ela arrefece.

O trabalho com sistemas de refrigeração expõe os técnicos do setor diretamente ao contato com
máquinas, componentes, equipamentos, energia elétrica, gases, óleos, entre outros, propiciando riscos à
saúde e a segurança pessoal.

Em Sistemas de Ar Condicionado do tipo Split são utilizados os seguintes EPIs:

• Luvas de trabalho antiderrapantes;

• Luvas, avental e camisa de manga comprida para trabalho com brasagem;

• Calçados de segurança;

• Calça comprida;

• Óculos de segurança com proteção lateral;

• Máscara para respiração descartável.

Durante a manutenção e/ou a instalação de aparelhos de ar condicionado, devem ser tomadas as


seguintes medidas básicas de segurança:

1. O manual de manutenção e/ou a apostila de treinamento devem ser mantidos próximos para
consulta;

2. Somente utilize peças de reposição recomendadas;

3. Sempre verifique as pressões de operação corretas dos fuidos frigorífcos;

4. Utilize somente manômetros de pressão calibrados;

5. Faça a carga apenas pelo lado de baixa pressão do sistema;

6. Assegure que todo o fuido frigorífco tenha sido recolhido.

O manuseio de qualquer tipo de fuido frigorífco em cilindros de armazenagem e reciclagem é uma


prática perigosa. Por esse motivo o trabalho deve ser executado seguindo normas rígidas de segurança e
as observações fornecidas pelo fabricante do fuido. Para o uso seguro e adequado dos fuidos frigorífcos,
certos requisitos são aplicáveis e devem ser cumpridos:

•Sempre use óculos de segurança ao manusear fuidos frigorífcos. O contato com os olhos pode causar
graves queimaduras. Em casos de acidente, lave imediatamente os olhos com muita água e procure
assistência médica;

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•Sempre use luvas de proteção ao manusear fuidos frigorífcos. O fuido frigorífco no estado líquido e o
lubrifcante nele contido não devem entrar em contato com a pele. Em caso de contato, lave
imediatamente a área afetada com bastante água e procure assistência médica. Luvas de couro e têxteis
não são adequadas, por isso dê preferência a luvas de fuorelastômeros;

•Existe risco de asfxia quando fuidos frigorífcos vazam em ambientes com baixa renovação de ar. Por
serem mais pesados do que o ar, a partir de uma certa concentração, em torno de 12% do volume de ar,
haverá falta de oxigênio para a respiração, podendo acarretar problemas de inconsciência e
cardiovasculares nas pessoas, causados pelo estresse devido à falta de oxigênio. Por conta disso,
recomenda-se que todas as áreas de trabalho devem ser adequadamente ventiladas;

•É proibido fumar ao manusear fuidos frigorífcos. A cinza de cigarros pode resultar na decomposição do
fuido frigorífco causando a geração de substâncias tóxicas;

•Risco de incêndio também existe em sistemas que utilizam fuidos frigorífcos não infamáveis. O incêncio
pode ser causado por meio da ignição de resíduos de óleo e o material de isolamento, bem como pela
névoa de óleo na ocorrência de vazamentos de grandes proporções.

Primeiros Socorros em caso de acidentes

No caso de ferimentos e queimaduras causados pelo contato de fuido frigorífco líquido com a pele,
deve-se remover a roupa e lavar a área afetada com água normal. No caso dos olhos recomenda-se lavá-
los continuamente por 15 a 20 minutos. Em seguida, a pessoa deve procurar assistência médica
profssional. No caso de asfxia de um técnico durante a manutenção, os responsáveis devem
imediatamente entrar em contato com os serviços de emergência (SAMU ou Corpo de Bombeiros). Se o
técnico sofrer um choque elétrico, outras pessoas ao redor não deverão tocá-lo até que a fonte de
alimentação de energia elétrica esteja desconectada. Em seguida, ofereça os primeiros socorros e
encaminhe para assistência médica adequada.

Os fuidos frigorífcos devem ser recolhidos em um cilindro adequado, conforme a ABNT NBR ISO
4706:2012 e a Resolução CONAMA n° 340/2003. A Resolução CONAMA nº 340, de 25 de setembro de
2003, que dispõe sobre a utilização de cilindros retornáveis para o armazenamento de gases que
destroem a Camada de Ozônio, é de cumprimento obrigatório em todo o território nacional. Esta
resolução proíbe a liberação dos fuidos frigorífcos controlados pelo Protocolo de Montreal na atmosfera.
Ela também estabelece que os cilindros e as máquinas de recolhimento deverão ser projetados para
conter dispositivo anti-transbordamento.

Este dispositivo irá, automaticamente, limitar o nível máximo do fuido frigorífco transferido, respeitando
o nível de oitenta por cento do seu volume líquido. Além disso, os recipientes destinados ao manuseio de
fuido frigorífco (cilindros de serviço para recolhimento, cilindros de serviço para carga, etc.), e as
atividades de manuseio de fuidos devem atender às normas: NBR 13598/2011 (Vasos de Pressão para
Refrigeração), NBR 15960/2011 (Fluidos frigorífcos – Recolhimento, reciclagem e regeneração – 3Rs) e
DOT 4BA (norma que informa tipo, capacidade e pressão de trabalho dos cilindros).

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Normalmente, os fuidos frigorífcos virgens são vendidos em cilindros descartáveis. Esses cilindros em
possibilidade alguma devem ser reutilizados para atividades de recolhimento e devem ser descartados
após o uso, conforme a legislação ambiental vigente. O cilindro com fuido frigorífco retornável deve
conter, pelo menos, as seguintes identifcações:

• Informações da empresa fornecedora e/ou do envasador credenciado: nome, CNPJ, contato, etc.;

• Lacre inviolável com o logotipo do fornecedor;

• Tipo do fuido frigorífco, lote, peso bruto, tara e líquido.

Os técnicos de refrigeração e ar condicionado trabalham principalmente com equipamentos e


ferramentas manuais. Para que o trabalho seja bem-sucedido, os técnicos, bem capacitados ou
treinados, deverão utilizar ferramentas de boa qualidade e bem cuidadas. Os materiais devem ser
adequados aos respectivos trabalhos, conforme as recomendações do fabricante.

Utilizar equipamentos e ferramentas inadequadas pode trazer riscos ao trabalho. Por exemplo, ao
utilizar uma chave de fenda, em vez de uma chave philips, a ponta da chave de fenda pode escorregar e
causar ferimentos. O uso de equipamentos e ferramentas apropriadas contribui para melhorar a
qualidade do trabalho de instalação, reparo e manutenção.

Ar condicionado

Processo que objetiva controlar simultaneamente a temperatura, a umidade, a movimentação, a


renovação e a qualidade do ar de um ambiente. Em certas aplicações controla o nível de pressão interna
do ambiente em relação aos ambientes vizinhos.

Condicionador autônomo do tipo mini-split

Condicionador constituído por uma unidade de tratamento de ar de expansão direta, de pequena


capacidade (geralmente inferior a 10 kW), instalada dentro do ambiente a que serve (designada unidade
interna), geralmente projetada para insufação do ar por difusor incorporado ao gabinete, sem dutos,
suprida em fuido frigorífco líquido por uma unidade condensadora, instalada externamente (designada
unidade externa).

Unidade condensadora

Unidade montada em fábrica, composta de um ou mais compressores frigorífcos e condensadores


resfriados a ar ou a água.

O projeto e a execução da rede elétrica devem obedecer ao estipulado na ABNT NBR 5410 para as
instalações em baixa tensão e na ABNT NBR 14039 para instalações em média tensão. Recomenda-se
que pequenas unidades split ou fan-coil, caixas VAV (Volume de Ar Variável), providas de ventilador de
recirculação, e outros componentes do sistema dispersos na edifcação sejam alimentados a partir do
quadro de distribuição do sistema; e não ligados a circuitos de iluminação ou outros existentes na
edifcação.

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A contenção dos fuidos frigorífcos deve ser uma prioridade para todos os que projetam, instalam,
operam ou mantém sistemas de refrigeração e ar condicionado. Se o fuido frigorífco vazar para a
atmosfera pelos pontos fracos do circuito de refrigeração ou durante a manutenção ou reparo,
contribuirá de forma signifcativa para o agravamento do aquecimento global e para destruição da
Camada de Ozônio do Planeta (no caso do R22).

Enquanto o fuido frigorífco estiver confnado no sistema, o seu impacto ambiental será insignifcante ou
nulo. Este fato tem levado a uma série de recomendações para minimizar os riscos ambientais e outros
riscos associados ao uso e manuseio (manutenção e reparo) de sistemas de refrigeração e ar
condicionado, entre os quais pode-se destacar:

Evitar conexões mecânicas para junção de tubos tais como fanges, preferindo a utilização de conexões
brasadas ou união sem solda prensada;

Selecionar fuidos frigorífcos com zero potencial de destruição do ozônio e com baixo potencial de
aquecimento global;

Selecionar componentes que reduzam a possibilidade de vazamentos no sistema;

Fixar corretamente as unidades e tubulações para evitar vibrações;

Utilizar a concepção de carga mínima de fuido frigorífco, conseguido geralmente por meio de:

• Tubulações dimensionadas para o comprimento mínimo possível;

• Trocadores de calor otimizados para os requisitos do sistema;

• Distância reduzida entre as unidades evaporadora e condensadora.

Etapa destinada à evolução da concepção da instalação e à representação das informações técnicas


provisórias de detalhamento, com informações necessárias e sufcientes ao início do inter-
relacionamento entre os projetos das diversas modalidades técnicas participantes no processo,
contemplando:

O Cálculo da Carga e os Sistemas

• Primeiros Sistemas - Aquecimento e Ventilação

• Posteriormente - Resfriamento e Desumidificação

• Ar condicionado

• Água gelada

• Ar + Água gelada

• Área Condicionada - Zona simples;

Multi-zonas - zonas com diferentes necessidades

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• Sistemas centrais

• Sistemas individuais

CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA


As variáveis que determinam a carga térmica são numerosas, difíceis de definir precisamente e
sempre interrelacionadas;

Quatro tipos de fluxo de calor, relacionados, porém distintos, transientes, devem ser definidos:

• Potência térmica do ambiente;

• Carga térmica do ambiente;

• Taxa de remoção de calor do ambiente;

• Carga térmica do fan-coil / unidade condicionadora, etc

A Potência Térmica do Ambiente É a quantidade de calor por unidade de tempo que entra ou é
gerada no ambiente.

É classificada conforme:

• Modo (radiação, transmissão, geração interna, etc);

• Tipo (calor sensível ou calor latente).

A potência térmica resulta de:

• Radiação solar através de superfícies transparentes;

• Condução de calor do exterior para o ambiente através das paredes ou telhados

• Condução de calor através de paredes, divisórias, tetos, pisos internos;

• Calor gerado no ambiente por ocupantes, animais, luzes e equipamentos;

• Transferência de calor devido à ventilação, renovação e infiltração de ar externo;

• Outros.

A Carga Térmica do Ambiente

É a potência térmica que deve ser removida do ambiente condicionado para manter a temperatura
em um valor estipulado.

A potência térmica não é necessariamente igual à carga térmica de resfriamento (efeito de


acumulação). Por exemplo, o ganho de calor por radiação é acumulado em paredes, tetos, piso, etc, e
defasa as distribuições de potência e carga térmica.

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CARGA TÉRMICA:

• Taxa de remoção de Calor

É a taxa com que o calor é retirado do ambiente condicionado.

• Carga térmica do condicionador

É a potência térmica de um ou em vários espaços condicionados;

A carga térmica do condicionador / fan-coil é a soma das potências térmicas instantâneas de todos os
ambientes condicionados, mais uma potência adicional imposta por fatores externos.

CARGA TÉRMICA: Variáveis de Projeto

Para calcular a carga térmica de resfriamento é necessário:

• Obter características físicas do prédio, dimensões, materiais, etc;

• Determinar a localização do prédio, orientação e sombreamento;

• Obter informações sobre o clima no local, e especificar os dados de projeto de acordo com
normas;

• Obter informação sobre iluminação, ocupantes, tipo de ocupação, equipamentos, etc, tudo que
possa contribuir para a carga térmica interna;

• Especificar o dia típico de cada mês para fazer os gerar os valores de carga térmica;

• E vários outros...

Cálculo de carga térmica;

01 Kcal/h = 3,92 BTU

RECINTO – 01 M3 = 22,33 Kcal/h

PESSOAS – 01 = 125 Kcal/h

PORTA – 01 M2 = 125 Kcal/h

JANELA – 01 M2 = 410 Kcal/h

ELETRO/ELETRÔNICOS – 01 = 45 Kcal/h

OBS: A medida em m3 é :

m2 x mt = m3

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Ex: Medida do recinto em m2 x mt (Pé direito)

Seleção preliminar dos equipamentos, com dados referenciais de dimensões, capacidade, consumo
energético e peso;

Defnição preliminar de localização das unidades evaporadora e condensadora; Dimensionamento


preliminar das tubulações frigorífcas;

Dimensionamento preliminar dos cabos elétricos e disjuntores;

Defnição consensual sobre o tipo de split a ser adotado.

Verifique a existência de um perfeito escoamento através da hidráulica de drenagem (se houver)


colocando água dentro da unidade condensadora. Lembre-se que a drenagem se dá por gravidade e que
a tubulação do dreno deve possuir declividade.

O valor a ser considerado para o comprimento máximo equivalente já inclui o valor do desnível entre as
unidades, podendo ser utilizada a seguinte equação:

C.M.E = C.L + (Nº Conexões x 0,3 metros por conexão)

Onde:

C.M.E - comprimento máximo equivalente C.L - comprimento linear

Procurar a menor distância e o menor desnível entre a unidade evaporadora e condensadora.


O comprimento máximo equivalente inclui curvas e restrições.

Os fabricantes fornecem os aparelhos de ar condicionado do tipo split com uma carga de fuido frigorífco
determinada para um específco comprimento das tubulações. Sempre consulte o manual do fabricante
quanto aos comprimentos máximos das tubulações, porque os mesmos podem variar de fabricante para
fabricante.

Em alguns casos, poderá ser necessário adicionar mais fuido frigorífco, se o comprimento máximo das
tubulações indicado pelo fabricante for ultrapassado. O acréscimo de fuido frigorífco adicional só poderá
ser realizado por um profssional técnico capacitado. Quanto ao cálculo do volume adicional, consulte as
tabelas de referência citadas no manual de instalação do fabricante.

A instalação correta do sistema de ar condicionado do tipo split é importante para um funcionamento


correto e para contenção de vazamentos durante a vida útil dos equipamentos. A boa instalação passa
pela utilização de conexões e materiais de tubulação adequados. É indispensável o uso de gás inerte (por
exemplo, nitrogênio) para manter a limpeza interna das tubulações durante o processo de brasagem,
bem como realizar a evacuação do sistema para remover os gases não condensáveis.

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Deve-se realizar a verifcação de vazamentos antes da carga de fuido. Na instalação deve-se tomar os
cuidados necessários para atender as especifcações do projeto e não utilizar componentes defeituosos
(realização de observações criteriosas).

A realização do serviço correto é de fundamental importância para a redução das emissões de fuidos. O
técnico deve assegurar que o sistema não possua vazamentos, esteja devidamente carregado e
funcionando corretamente. Além disso, deve manter os registros de serviços, contemplando o histórico
de vazamentos ou o mau funcionamento. Quando um sistema for desativado, deve-se recolher o fuido
frigorífco e destiná-lo para a reciclagem, reutilização ou destruição.

A detecção de vazamentos é uma etapa de extrema importância nos processos de fabricação, instalação
e manutenção dos componentes e sistemas. A detecção de vazamentos do sistema deve ser realizada
após a montagem do sistema na fábrica ou no campo. Existem três tipos gerais de detecção de
vazamentos: global, monitoramento de desempenho automatizado (ensaio de emissões indiretas) e local
(ensaio de emissão direta).

No caso do ar condicionado do tipo split os componentes com maiores chances de vazamentos, são:

• Válvulas de serviço;

• Válvulas Schrader, podendo vazar através dos seus núcleos, especialmente se estiverem sem tampa;

• Linha de sucção;

• Linha de expansão;

• Trocadores de calor.

Os vazamentos em condensadores resfriados a ar são mais comuns na área da tubulação aletada, onde
os tubos passam através da armação aletada do condensador.

Os fabricantes têm procurado eliminar este problema, com novos arranjos para fxação das aletas na
tubulação e utilizando tubos de maior resistência mecânica. Os vazamentos em condicionadores de ar do
tipo Split podem ocorrer por conta de práticas de instalação e manutenção inapropriadas, tais como:

• Falta de técnicas de brasagem apropriadas: as fugas podem ocorrer a partir da preparação da


tubulação de forma inapropriada ou pela falta de preparação, pelo uso de liga de brasagem errada ou
por falhas ao aquecer a junta de forma uniforme e com a temperatura adequada.

• Apertos inadequados nos componentes: os vazamentos ocorrem nas conexões roscadas quando não
há aperto sufciente ou quando recebem aperto excessivo.

• Falta de tampões e selos nas válvulas: para reduzir os vazamentos através das hastes das válvulas e
núcleos Schrader, todas as hastes devem possuir tampões adequados. A tampa também deve ter um
selo de vedação próprio ou oring, para garantir a vedação.

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• Vibração: Suportes adequados para a instalação das unidades do sistema devem ser utilizados para
evitar as vibrações.

• Corrosão: as serpentinas dos trocadores de calor devem ser lavadas com produtos apropriados para
evitar corrosão.

Apoio para tubulação:

A tubulação do sistema com suporte inapropriado ou mal localizado fará com que ela ceda entre
suportes ou nas curvas, criando estresse indesejado e propiciando o surgimento de vazamentos na
tubulação e acessórios.

A limpeza do sistema de ar condicionado, ou de componentes separados para a retirada de material


particulado, pode ser feita passando um fuxo de nitrogênio em uma das extremidades do componente,
sendo que a outra extremidade deve fcar aberta para a saída do material particulado.

Antes de carregar qualquer sistema com fuido frigorífco, um bom vácuo deve ser realizado para remover
gases não condensáveis e umidade. Utilize bomba de vácuo de duplo estágio com válvula de balastro de
gás e de tamanho adequado ao volume do circuito. A bomba de vácuo deve ter conexões macho para
mangueiras de ¼” e ” e deve possuir válvula solenóide no lado da sucção para evitar qualquer retorno de
ar para dentro do sistema no caso da falta de energia durante a operação de vácuo.

A manutenção preventiva planejada, como o próprio nome sugere, trata de antecipar tarefas evitando
que os problemas aconteçam aleatoriamente. Ou seja, prevenir para proporcionar funcionamento
adequado, confiável e sem quebras. Além disso, contribui para a redução dos custos, melhoria do
desempenho do sistema e aumento da vida útil dos equipamentos. Recomenda-se a manutenção regular
a cada seis meses, podendo ser ajustada dependendo do ambiente em que o ar condicionado esteja
instalado. Pontos a serem abordados na manutenção preventiva:

• Limpeza ou troca dos filtros de ar;

• Verifcação das condições físicas próximas da instalação, como sujeira externa próxima ao condensador
(como folhas, grama, etc.), podendo prejudicar o funcionamento do condensador;

• Inspeção e limpeza do evaporador;

• Verifcação do balanceamento e vazão de ar dos ventiladores;

• Inspeção do sistema de drenagem da água de condensado;

• Verifcação da carga de fuido frigorífco;

• Inspeção e limpeza do condensador;

• Verifcação das conexões elétricas das unidades interna e externa;

• Inspeção e manutenção (limpeza e lubrifcação) dos ventiladores;

• Verifcação do funcionamento do termostato;

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• Verifcação da tensão, corrente e aterramento elétrico;

• Verifcação de vazamentos de fuido frigorífco e óleo;

• Inspeção do isolamento térmico da tubulação frigorífca;

• Verifcação das tampas das válvulas de serviço e Shrader;

• Verifcação de todas as conexões elétricas;

• Teste dos controles para o bom funcionamento;

• Registre todo o trabalho feito durante a manutenção preventiva.

Mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.

Cabe à empresa:

A) Manter os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão expostos;

B) Na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e serviços em eletricidade, propor e


adotar medidas preventivas e corretivas.

C) Promover ações de controle de riscos originados por outrem em suas instalações elétricas e oferecer,
de imediato, quando cabível, denúncia aos órgãos competentes.

Cabe aos trabalhadores:

A) Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou
omissões no trabalho;

B) Responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares,
inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde;

C) Comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar de risco
para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.

Os técnicos refrigeristas convivem diariamente com atividades que envolvem eletricidade. São tarefas
arriscadas que requerem cuidados especiais.

A preocupação com as instalações elétricas é tão grande que foi criada uma norma para regulamentar a
segurança e zelar pela saúde dos trabalhadores que atuam direta ou indiretamente com serviços desse
tipo.

O nome da norma é NR-10, criada em 1978 através da portaria nº 3.214 e posteriormente reformulada
em 2004 (Segurança em instalações e serviços em eletricidade).

A certificação em NR-10 é, inclusive, exigida dos refrigeristas pelas empresas que trabalham com
instalações elétricas ou serviços em eletricidade.

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Os profissionais técnicos refrigeristas têm uma rotina atribulada com diversas tarefas, entre elas a
elaboração de projetos de sistemas de refrigeração, instalação e manutenção preventiva e corretiva de
equipamentos. Além disso, aplicam testes e regulagens para melhorar o funcionamento das máquinas e
torná-las mais eficientes.

Todos esses serviços estão relacionados à eletricidade, e a NR-10 não somente capacita os profissionais
em termos de planejamento e conhecimento como também os ajuda a prevenir acidentes.

Com relação ao planejamento, a NR-10 dá embasamento ao técnico refrigerista para montar um plano
de atividades, entre elas:

• Agendar a data da prestação do serviço

• Como será feito o trabalho

• Quanto tempo irá durar

• Levantar quais os riscos

• Detalhar as medidas de segurança.

Sobre os riscos, a NR-10 tem o objetivo de evitá-las ao máximo, uma vez que acidentes com eletricidade
podem causar graves consequências.

Um dos maiores riscos é o choque elétrico, que pode levar a morte. Ou seja, ter todo o domínio sobre
como evitar problemas com a corrente elétrica é fundamental.

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