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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DO

VALE DO SÃO LOURENÇO – EDUVALE


ENGENHARIA AGRONÔMICA

INOCULAÇÃO DE VÍRUS DE PLANTAS; MÉTODOS DE


DIAGNOSE DE FITOVIROSES E RESPOSTAS DAS
PLANTAS À INFECÇÃO

Disciplina: Fitopatologia Geral


Professor Me.: Luiz Fernando Miranda
Vírus – o vírion
Virion = partícula viral em sua forma extracelular
Ácido nucléico Ácido nucléico Capa protéica
RNA ou DNA
Fita simples
Fita dupla

- Capa protéica

- Envelope (alguns)
Envelope
- Espículas (alguns)
Capsômero
- Enzimas (RNA polimerase) (alguns)

- Replicação na hospedeira
Espículas

- Parasitas obrigatórios

- Visualizados somente no microscópio eletrônico


COMO OS VÍRUS DE PLANTAS SOBREVIVEM?
FONTES DE INÓCULO

Planta cultivada
Plantas daninhas
Sementes
Material de propagação vegetativa
Vetores

Outras fontes de inóculo menos importantes:

Ferramentas de corte, mãos, roupas (para vírus altamente estáveis)


Solo e água (para vírus altamente estáveis)
COMO OS VÍRUS DE
PLANTAS SÃO
DISSEMINADOS?
COMO OS VÍRUS DE PLANTAS SÃO
TRANSMITIDOS EXPERIMENTALMENTE?

INÓCULO?

Partícula viral (virion) ou o seu ácido nucléico.


A. TRANSMISSÃO MECÂNICA
FATORES QUE AFETAM TRANSMISSÃO EXPERIMENTAL DE VÍRUS DE PLANTAS

A. Vírus: localização na planta (células do parênquima vs floema)

B. Planta doadora do inóculo:

- Concentração
- Inibidores de infecção: proteínas e polissacarídeos
Diluição do inóculo minimiza o problema
- Inativadores: taninos, enzimas oxidativas.
Nicotina e cafeína remove taninos
Agentes redutores previnem oxidação do inóculo

C. Planta receptora do inóculo

Espécie vegetal
Condições de crescimento
Idade
INEFICIÊNCIA DA INOCULAÇÃO MECÂNICA:

- Pequeno no. de células da epiderme com ferimentos viáveis.


- Vida curta dos ferimentos viáveis.
- Distribuição irregular do vírus.
- Vírus adsorvido não infecta.
- Vírus que não se estabelece.
B. TRANSMISSÃO COM O VETOR
C. TRANSMISSÃO POR ENXERTIA
B. TRANSMISSÃO COM CUSCUTA
PRESERVAÇÃO DE VÍRUS DE PLANTAS

1. Planta

2. Freezer (-20ºC)
Infectividade: ~ um ano

3. Tecido desidratado em cloreto de cálcio (geladeira ou freezer)


Infectividade: variável, podendo atingir 15 a 20 anos

3. Extrato foliar liofilizado


Infectividade: variável, podendo atingir 15 a 20 anos
TECIDO DESIDRATADO EM CLORETO DE CÁLCIO

Q = Cloreto da cálcio
Q = 3 x (peso da folha x 0,9)
COMO É REALIZADA A DIAGNOSE DE FITOVIROSES?
Reconhecimento e diagnose SINTOMAS
SINTOMAS
SINTOMAS

TMV

TSV
SINTOMAS
SINTOMAS SEMELHANTES AOS CAUSADOS POR VÍRUS

Deficiência de Mg Vermelhão (vírus) Ácaro


SINTOMAS SEMELHANTES AOS CAUSADOS POR VÍRUS
COMO É REALIZADA A DIAGNOSE DE FITOVIROSES?

1. Métodos biológicos
Sintomas
Transmissão para indicadoras
Transmissão por vetor

2. Microscopia eletrônica de transmissão e de luz


Efeitos citológicos
Leaf dip (contrastação negativa)
Microscopia eletrônica imuno-específica

3. Técnicas sorológicas
Dupla difusão em agar
ELISA
Dot blot, tissue bloting, Western bloting
4. Técnicas moleculares
PCR, RT-PCR. Hibridização de ácido nucleico
LAMP
PCR-tempo real
NGS
COMO É REALIZADA A DIAGNOSE DE FITOVIROSES?

- Sintomas ToMV PMMoV

- Transmissão para indicadoras

Fumo

Inoculação mecânica
Pimentão/
Vira-cabeça do
tomateiro
1993
- Microscopia Eletrônica

Contrastação negativa (“leaf dip”)

Água Acetato
de uranila
Corte ultra-fino de tecido

CMV em maracujazeiro

Vírus da pinta verde do maracujazeiro


- Sorologia

ELISA (Enzyme Linked ImmunoSorbent Assay)

Vantagens: Sensível (1 ng/ml), rápido, econômico,


baixo custo, seguro e teste de várias amostras.

Quantitativo

Muito útil para testes de rotina.

Desvantagens: Não mede infectividade e reação


inespecífica.
9. PCR/RT-PCR

Vantagens: sensibilidade (fentograma, Uma molécula),

rápido e altamente específico (estirpes)

Desvantagens: teste de poucas amostras e

não mede infectividade.

Sequência de nucleotídeos
COMO AS PLANTAS RESPONDEM À INFECÇÃO VIRAL?

Infectada (Hospedeira) Não infectada


(Imune)

Resposta ao vírus:
infecção, replicação, Suscetível Resistente
invasão sistêmica

Resposta da planta
à doença (virose) Tolerante Intolerante
(Sensível)
TOLERÂNCIA
TRISTEZA DOS CITROS
(Citrus tristeza virus - CTV)

Laranja doce – laranja azeda = Intolerante

Laranja doce – limão cravo = tolerante


Tolerância: Tristeza dos citros

Baía/Azeda Baía/Cravo

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