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Doenças das cucurbitáceas

Abóbora, abobrinha, chuchu, melancia,


melão, moranga, pepino
1. Mosaico da melancia – Papaya ringspot virus - type W – PRSV-W
2. Mosaico amarelo da abobrinha-de-moita – Zucchini yelow mosaic virus –
ZYMV
3. Mosaico da melancia – Watermelon mosaic virus – WMV
4. Clorose letal da abobrinha-de-moita – Zucchini lethal chlorosis virus –
ZLCV
5. Mosaico do pepino – Cucumber mosaic virus – CMV
6. Mosaico da abóbora – Squash mosaic virus – SqMV
7. Mancha angular – Pseudomonas syringae pv. lachrymans
8. Mancha bacteriana do fruto – Acidovorax avenae subsp. citrulli
9. Antracnose – Colletotrichum gloeosporioides f.sp. cucurbitae
10. Crestamento gomoso do caule – Didymella bryoniae (sin.
Mycosphaerella melonis)
11. Míldio – Pseudoperonospora cubensis
12. Mancha zonada – Leandria momordicae
13. Oídio – Podosphaera xanthii
14. Sarna ou queima – Cladosporium cucumerinum
15. Murcha de fusarium da melancia – Fusarium oxysporum f.sp. niveum
16. Podridão das raízes e do colo – Fusarium solani
Viroses nas cucurbitáceas

 Não podem ser diferenciadas entre si apenas pela


observação visual dos hospedeiros infectados,
 Todas causam sintomas do tipo mosaico,
 Além da ocorrência de infecções múltiplas,
 Nenhum método isoladamente é seguro para a
diagnose
 Diagnose feita
 Inoculações em hospedeiras diferenciais,
 Testes sorológicos e moleculares,
 Microscopia eletrônica,
 Transmissão por vetor.
1 - Mosaico da melancia – Papaya ringspot virus -
type W – PRSV-W

 Limitante na produção de
diversas cucurbitáceas,
 Principalmente quando a
infecção ocorre no início do
ciclo,
 Abobrinha de moita (Cucurbita
pepo cv. caserta) quando
infectada antes do
florescimento não produz
frutos e os que formam não
são comercializados.
1 - Mosaico da melancia – Papaya ringspot virus -
type W – PRSV-W
Sintomas
 Primeiras folhas infectadas apresentam
amarelecimento entre as nervuras,
 Deformação de folhas e bolhas

 Em algumas variedades de abóbora


rasteira os sintomas são menos
intensos devido a tolerância das
plantas
1 - Mosaico da melancia – Papaya ringspot virus -
type W – PRSV-W

Plantas atrofiadas

Frutos - deformações e mudança de cor


1 - Mosaico da melancia – Papaya ringspot virus -
type W – PRSV-W
(+) ssRNA
Etiologia
• Família Potiviridae,
• Gênero Potyvirus,
• Espécie Papaya ringspot virus – type watermolen –
PRSV-W,
• RNA fita simples, partículas alongadas e flexuosas
• Transmitido por pelo menos 21 espécies de afídeos
(11 gêneros diferentes),
• maneira não-persistente
• não é transmitido pela semente.
1 - Mosaico da melancia – Papaya ringspot virus -
type W – PRSV-W
Controle
 Difícil controle,
 Uso de variedades resistentes ou tolerantes:
 Em pepino
 Formosa – 3 pares de genes recessivos e epistáticos,
 Aodai – resistência de natureza poligênica,

 Em abóbora,
 variedades - Piramoita e Menina Brasileira,
 Híbrido – Duda – tolerante

 No melão,
 Híbridos AF-522, Nice e Eldorado 300 - tolerantes
1 - Mosaico da melancia – Papaya ringspot virus -
type W – PRSV-W
Controle
 Todas as variedades de abobrinha de moita são suscetíveis,
 Não há variedades de melancia resistentes,
 Destruição de plantios velhos e abandonados,
 Eliminação de hospedeiros alternativos dos vetores,
 Cobertura do solo com plásticos coloridos e casca de arroz pode
minimizar a disseminação do vírus em campo,
 Aspectos práticos e econômicos devem ser analisados
 Preimunização de plantas com estirpes fracas do vírus é eficiente,
 em abobrinha de moita variedade Caserta,
 Em abóbora rasteira – Menina Brasileira
 Em abóbora híbrida tipo Tetsukabuto
 A utilização desta tecnologia ainda é incipiente
 Controle químico – eficiente para reduzir a população de pulgões que
colonizam a cultura,
 Mas não é eficiente para reduzir a disseminação do vírus
 Tipo não persistente
2 - Mosaico amarelo da abobrinha-de-moita –
Zucchini yelow mosaic virus – ZYMV

 Detectado no Brasil no início da


década de 90,
 Danos quantitativos e qualitativos
na produção são drásticos,
 Abobrinha de moita é altamente
intolerante a essa virose,
 Plantas infectadas antes do
florescimento não produzem frutos
comerciais.
2 - Mosaico amarelo da abobrinha-de-moita –
Zucchini yelow mosaic virus – ZYMV
Sintomas
 Folhas amareladas entre as nervuras
principais, com severo mosaico,

 Redução do desenvolvimento da planta,

Frutos malformados ou não são produzidos


2 - Mosaico amarelo da abobrinha-de-moita –
Zucchini yelow mosaic virus – ZYMV
Sintomas
 deformação e redução do limbo
foliar,
2 - Mosaico amarelo da abobrinha-de-moita –
Zucchini yelow mosaic virus – ZYMV
(+) ssRNA
Etiologia
 Família Potiviridae,
 Gênero Potyvirus,
 Espécie Zucchini yelow mosaic virus –ZYMV
 Transmissão por diversas espécies de afídeos – relação vírus vetor do
tipo não persistente,
 Acyrthosiphon rondoi, Aphis gossypii, Myzus persicae....
 Transmissão por sementes – informações não são confiantes – C. pepo,
 Não transmissão por sementes – C. máxima, C. moschata, Cucumis melo
e C. sativus
 Facilmente transmitido mecanicamente
 11 famílias de dicotiledôneas hospedeiras
 Infecção natural com o vírus tem sido relatada na família Cucurbitaceae
2 - Mosaico amarelo da abobrinha-de-moita –
Zucchini yelow mosaic virus – ZYMV

Controle
 As mesmas recomendas para o mosaico da
melancia – PRSV-W,
 Fontes de resistência para este vírus são
encontradas em Citrullus spp. e Cucumis melo
3 - Mosaico da melancia – Watermelon mosaic virus –
WMV
 Mais comum em
regiões temperada,
 Não tem sido
encontrado em PE e
BA
3 - Mosaico da melancia – Watermelon mosaic virus –
WMV
Sintomas
 Semelhantes aos induzidos pelo PRSV-W
 Impossível a separação dessas 2 viroses no campo pela
sintomatologia
3 - Mosaico da melancia – Watermelon mosaic virus –
WMV
Sintomas
3 - Mosaico da melancia – Watermelon mosaic virus –
WMV

Etiologia
 Apresenta as mesmas características morfológicas e
epidemiológicas do PRSV-W, exceto a gama de hospedeiros,
 PRSV-W infecta exclusivamente espécies da família Cucurbitacea,
 WMV infecta plantas das famílias Leguminosae, Euphorbiaceae e
Chenopdiaceae.
 Diagnose
 Sorologia,

 Hospedeiras diferenciais – Chenopodim amaranticolor, C.

quinoa...
3 - Mosaico da melancia – Watermelon mosaic virus –
WMV

Controle
 As mesmas recomendas para PRSV-W,
 Fontes de resistência para WMV são encontradas em
melancia introduzida da Nigéria
 Egusi, PI 494528 e PI 494532 – usadas em programa de
melhoramento genético
4 - Clorose letal da abobrinha-de-moita – Zucchini
lethal chlorosis virus – ZLCV

 Pode atingir 100% das plantas,


 Abobrinha de moita redução total da produção de
plantas infectadas
4 - Clorose letal da abobrinha-de-moita – Zucchini
lethal chlorosis virus – ZLCV
Sintomas
 Plantas de abobrinha de moita
mostram inicialmente coloração
verde-clara em todas as folhas,
 Em seguidas as folhas novas
tornam-se cloróticas e os bordos
encurvados para cima,
 Folhas basais mostram necrose
sistêmica,
 Plantas infectadas definham e
morrem, especialmente quando
infectadas jovens
 Plantas adultas, após
florescimento exibem os mesmos
sintomas, mas não morrem
 Tornam atrofiadas e produção
drasticamente reduzida
4 - Clorose letal da abobrinha-de-moita – Zucchini
lethal chlorosis virus – ZLCV

Sintomas
 Menina Brasileira – sintomas de mosaico amarelo, rugosidade
foliar e internódios reduzidos e folhas encurvadas nas bordas, não
ocorre a morte da planta,

 Melancia – mosaico, epinastia, rugosidade de deformações


foliares, necrose nas folhas e haste, redução dos internódios,
planta desenvolvimento reduzido,
 Infecção mista PRSV-W – frutos menores, com pontos

necróticos na casca e descoloração interna


4 - Clorose letal da abobrinha-de-moita – Zucchini
lethal chlorosis virus – ZLCV
(-) ssRNA
Etiologia
 Família Bunyaviridae,
 Gênero Tospovirus,
 Espécie Zucchini lethal chorosis virus – ZLCV
 Partículas esféricas envelopadas
 Transmitidos por tripes – Franchliniella zucchini,
 Relação vírus-vetor é do tipo persistente propagativa,
 O vírus pode infectar espécies das famílias Amaranthaceae e
Solanaceae.
4 - Clorose letal da abobrinha-de-moita – Zucchini
lethal chlorosis virus – ZLCV

Controle
 Propagação de mudas sadias sob telados à prova de
tripes,
 Eliminação de hospedeiros do vírus e do vetor,
 Aplicação de inseticidas
 Durante a obtenção de mudas,
 Início do desenvolvimento das plantas no campo.
5 - Mosaico do pepino – Cucumber mosaic virus –
Sintomas CMV
 Todas as cucurbitáceas são
suscetíveis
 Sintomas folhas jovens com
epinastia,
 Mosqueadas, retorcidas,

enrugadas e tamanho reduzido,


 Plantas com internódios curtos,
resultando em uma roseta,
 Frutos – deformados, mosqueados,
verrugosos e de tamanho reduzido
5 - Mosaico do pepino – Cucumber mosaic virus –
CMV
Sintomas
5 - Mosaico do pepino – Cucumber mosaic virus – CMV
Etiologia (+) ssRNA

 Família Bromoviridae,
 Gênero Cucumovirus,
 Espécie Cucumber mosaic virus – CMV
 Partículas isométricas
 Transmitido por inoculação mecânica,
 Transmissão por afídeos de maneira não persistente,
 Myzus persicae e Aphis gossypii,
 Gama de hospedeiro, mais de 800 espécies vegetais,
 Não há evidência da transmissão por sementes de
cucurbitáceas,
 Plantas hospedeiras usadas na diagnose:
Chenopodim quinoa, Cucumis sativa, Nicotiana Myzus persicae
tabacum...

Aphis gossypii
5 - Mosaico do pepino – Cucumber mosaic virus –
CMV

Controle
 Uso de variedades resistentes,
 Híbridos de pepino
 Runner, Colônia, Indaial, Ipanema, Prêmio e
Supremo,
 Melancia é resistente ao CMV,
 As mesmas recomendações PRSV-W e ZYMV.
6 - Mosaico da abóbora – Squash mosaic virus –
SqMV

 Mais freqüente
no DF, NE e N.
6 - Mosaico da abóbora – Squash mosaic virus –
SqMV
Sintomas
 Doença importante no melão
e abóbora, podendo infectar
melancia,
 Clareamento e manchas
cloróticas em folhas jovens,
com manchas verde-claras
ou escuras,
 Retardamento do
desenvolvimento dos tecidos
foliares
 Folhas aneladas em forma
de taça
6 - Mosaico da abóbora – Squash mosaic virus –
SqMV
Sintomas
 Folhas cotiledonares do
pepino – manchas circulares
cloróticas e no 1º. par de
folhas, manchas amareladas
e nervuras claras
 Redução do número de
frutos por planta, retarda a
maturação
6 - Mosaico da abóbora – Squash mosaic virus –
Etiologia SqMV
(+) ssRNA
 Família Comoviridae,
 Gênero Comovirus,
 Espécie Squash mosaic virus –
SqMV
 Partículas isométricas
 Transmitido por inoculação
mecânica, mas não através do
contato entre plantas,
 Transmissão por sementes,
 Não é transmitido pelo pólen,
 Vetor – coleópteros
 Diabrotica bivittula, D.
speciosa, Epilachma cacica
 Relação vírus-vetor – tipo
persistente
6 - Mosaico da abóbora – Squash mosaic virus –
SqMV
Controle

 Uso de sementes livres do vírus,


 Pulverização com inseticidas para eliminar besouros
transmissores
 Não há variedades resistentes ou tolerantes.
Nome Papaya Zucchini Watermelon Zucchini Cucumber Squash
científico ringspot yelow mosaic lethal mosaic mosaic virus
virus mosaic virus chlorosis virus
virus virus
Nome Mosaico da Mosaico Mosaico da Clorose letal Mosaico Mosaico
comum melancia amarelo da melancia abobrinha de pepino abóbora
abobrinha de moita
moita
Família/ Potyviridae/ Potyviridae/ Bunyaviridae/ Bunyaviridae Bromoviridae Comoviridae
Gênero Potyvirus Potyvirus Tospovirus Tospovirus Cucumovirus Comovirus

Estrutura

Vetor 21 sp. -Myzus Frankliniella -Myzus persicae Diabrotica bivittula,


-Aphis gossypii D. speciosa,
afídeos persicae occidentalis
-Aphis gossypii Epilachma cacica

Relação Não- Não- Persistente Não-


Vírus/vetor persistente persistente propagativo persistente
7 - Mancha angular – Pseudomonas syringae pv.
lachrymans
Sintomas
 Ocorrência maior em pepino
 Afeta folhas, ramos, pecíolos e
frutos
 Folhas – áreas encharcadas,
angulosas, limitadas pelas
nervuras, mais visível na face
inferior da folha,
 Áreas afetadas tornam-se
necrosadas, coloração cinza,
pardacenta e coalescer
7 - Mancha angular – Pseudomonas syringae pv.
lachrymans
Sintomas

 Na face inferior das


lesões – aspecto
brilhante, devido a
exsudação bacteriana.
 Frutos – áreas
encharcadas, que
depois tornam-se
necróticas
Frutos cortados apresentam extensas áreas internas
necrosadas – atingindo o sistema vascular e as sementes.
7 - Mancha angular – Pseudomonas syringae pv.
lachrymans
Etiologia
 Pseudomonas syringae pv.
lachrymans,
 Bactéria gram negativa
 Disseminação
 Sementes
 Água de chuva e irrigação,
 Solos infestados,
 Insetos,
 Utensílios agrícolas,
 Operários nos trabalhos diários
 Plantas hospedeiras
 Bucha, melão-de-são-caetano
7 - Mancha angular – Pseudomonas syringae pv.
lachrymans
Etiologia
 Umidade elevada, chuvas
freqüentes ou orvalho,
condensação de água nos órgão
aéreos das plantas cultivadas
sob plasticultura,
 Temperatura de 24-28 oC
 Sobrevive em restos culturais,
estacas e mourões.
7 - Mancha angular – Pseudomonas syringae pv.
lachrymans
Controle
 Preventivo,
 Em plasticultura o manejo ambiental:
 Evitar alta umidade junto às plantas,

 Através da abertura das cortinas laterais

 Tratamento das sementes como ácido láctico 2%/20min., seguido


da lavagem com água,
 Rotação de cultura por 2 anos,
 Evitar irrigação demasiada,
 Adubação equilibrada,
 Fungicidas a base de cobre
 Pode ser tóxico às cucurbitáceas
8 - Mancha bacteriana do fruto – Acidovorax avenae
subsp. citrulli
Sintomas
 Frutos – manchas pequenas de cor
verde-oliva escura, com 1 cm Ø, que
se expande cobrindo todo o fruto
 Ponto inicial da infecção torna-se
necrótico
 Em fases mais avançada, ocorre a
ruptura da epiderme e a exsudação
do pus bacteriano de cor
transparente ou amarelo-claro,
 Apodrecimento do fruto,
 Lesões no fruto atingem a polpa e
contamina a semente
8 - Mancha bacteriana do fruto – Acidovorax avenae
subsp. citrulli
Sintomas

 Folhas – manchas pequenas


 Em período de alta umidade,
observa-se lesões escuras
encharcadas.
8 - Mancha bacteriana do fruto – Acidovorax avenae
subsp. citrulli
8 - Mancha bacteriana do fruto
Acidovorax avenae subsp. citrulli
Etiologia
 Acidovorax avenae subsp. citrulli,
 Gram negativa, flagelo polar
 Transmitida por semente, contaminação interna e externa,
 Sementes contaminadas dão origem a mudas infectadas – fonte de
inóculo no campo,
 Disseminação
 Respingos de água de chuva e irrigação
 Folhas doentes servem de fonte de inóculo para a infecção
dos frutos
 Infecções secundárias ocorre por aberturas naturais – estômatos
 Sobrevivência
 sementes, restos culturais e plantas voluntárias
 Alta umidade e temperatura em torno de 26 oC
Microscopia eletrônica de varredura de sementes de melão inoculadas com A.
avenae subsp. citrulli e analisadas 24 h após inoculação. Patógeno colonizando:
A - Parte externa do tegumento;
B - Parte interna do tegumento;
C - Região do embrião; (Silva Neto et al., 2006)
D - Endosperma.
Microscopia eletrônica de varredura de folhas de meloeiro com oito dias inoculadas
com Acidovorax avenae subsp. citrulli. Colônias ao redor e sobre o estômato.
8 - Mancha bacteriana do fruto
Acidovorax avenae subsp. citrulli
Controle
 Uso de sementes sadias,
 O tratamento com água quente não elimina efetivamente o
patógeno nas sementes contaminadas,
 Resistência genética parcial pode ser encontrada em
algumas variedades de melancia,
 Eliminação de plantas voluntárias de cucurbitáceas,
 Destruição dos restos culturais,
 Produção de mudas sadias,
 Rotação de cultura por pelo menos 3 anos,
 Pulverização com fungicidas à base de cobre
 Não muito recomendado.
9 - Antracnose – Colletotrichum gloeosporioides f.sp.
cucurbitae

 Causa danos às culturas


 Pepino,
 Chuchu,
 Melão,
 Melancia
 Raramente constatam-se
danos em abóbora
9 - Antracnose – Colletotrichum gloeosporioides f.sp.
cucurbitae
Sintomas

 Sintomas semelhantes
 Pepino, chuchu e melão,
 Folhas – encharcamento do tecido,
seguido de necrose, resultando em
mancha circular de cor parda e
centro mais claro,
 Folhas mais velhas ocorre a
coalescência das manchas,
9 - Antracnose – Colletotrichum gloeosporioides f.sp.
cucurbitae
Sintomas

 Nas hastes e pecíolo – lesões


elípticas deprimidas, de coloração
cinza a parda
 Sob alta umidade – recobertas de
massa rosada – constitui os esporos
do fungo
 Frutos – manchas elípticas e
circulares, deprimidas podendo
estar recoberta por uma massa
rosada.
9 - Antracnose – Colletotrichum gloeosporioides f.sp.
cucurbitae
Etiologia

 Fungo produz acérvulos, mais facilmente


visível nos frutos – coloração preta
 Em ambiente de elevada umidade – os
acérvulos formam massa rosada de
esporos e setas pretas
 Nas folhas acérvulos são formandos nas
nervuras, na face inferior
 Fase perfeita – Glomerella cingulata
9 - Antracnose – Colletotrichum gloeosporioides f.sp.
cucurbitae
Etiologia
 Fonte de inóculo
 Cucurbitáceas cultivadas e selvagens,
 Sementes contaminadas
 Disseminação
 Dentro da cultura – água
 Alta umidade e temperatura 21 a 27 oC
 Fungo apresenta variabilidade
patogênica – já foram determinadas
muitas raças fisiológicas
 Dificultando a obtenção de variedades
resistentes
9 - Antracnose – Colletotrichum gloeosporioides f.sp.
cucurbitae
Etiologia
 Determinação das raças fisiológicas é
feita em variedades
 Pepino (Model, Pixie e Poinset)
 Melancia (Charleston Gray)
 Abóbora (Butternut)
 Melão (Edisto)
9 - Antracnose – Colletotrichum gloeosporioides f.sp.
cucurbitae
Controle
 Uso de sementes sadias,
 Destruição de restos culturais,
 Rotação de culturas por 2 a 3 anos,
 Emprego de variedades/híbridos resistentes,
 Pulverização com fungicidas
 Protetores
 Mancozeb, chlorotalonil e cúpricos
 Sistêmicos
 Tiofanato metílico, carbendazin e thiabendazol
 Em estufas
 Controle e irrigação,
 Abertura e fechamento das laterais,
 Ventilação interna.
10 - Crestamento gomoso do caule – Didymella
bryoniae (sin. Mycosphaerella melonis)

 Em regiões de clima úmida a


doença limita o plantio de melão
10 - Crestamento gomoso do caule – Didymella
bryoniae (sin. Mycosphaerella melonis)
Sintomas

 Mudas – necrose na região do colo e


tombamento,
 Cotilédones – mancha necróticas
circulares, atingindo o caule da plântula,
 Ramos – encharcados com exsudação de
goma, coloração parda, numerosos corpos
de frutificação negros,
10 - Crestamento gomoso do caule – Didymella
bryoniae (sin. Mycosphaerella melonis)
Sintomas

 Folhas
 manchas pardas, de
diâmetro variável,
 Pontos negros – corpos de
frutificação do fungo
 Frutos
 Lesões pouco freqüentes
10 - Crestamento gomoso do caule – Didymella
bryoniae (sin. Mycosphaerella melonis)
Etiologia

 Didymella bryoniae –
ascomiceto,
 Phoma – fase imperfeita
 Sobrevivência
 Restos de cultura, sementes e
solo,
 Conídios e ascósporos são
dispersos pela água e vento.
10 - Crestamento gomoso do caule – Didymella
bryoniae (sin. Mycosphaerella melonis)
Controle

 Rotação de cultura com plantas não pertencentes


à família Cucurbitaceae
 Uso de sementes certificadas e tratadas,
 Fungicidas – thiram e captan,
 Plantio em locais pouco úmidos,
 Controle químico é ineficiente para o melão
 Em condições de alta umidade e temperatura
 Genótipos PI 140471 e Anô no.2 pode, ser usados
como fontes de resistência em programas de
melhoramento de melão.
11 - Míldio – Pseudoperonospora cubensis

 Importante
 Melão,
 Pepino,
 Melancia,
 abóbora
11 - Míldio – Pseudoperonospora cubensis
Sintomas
 Folhas pepino e melão,
 Face inferior da folha –
manchas cloróticas e
angulosas
 Aumento da quantidade de
manchas ao longo das
nervuras,
11 - Míldio – Pseudoperonospora cubensis
Sintomas
 Face inferior áreas
encharcadas
 Frutificação do fungo
(esporangióforos e esporângios)
de coloração verde-oliva a
púrpura
 Tornando-se necróticas
11 - Míldio – Pseudoperonospora cubensis
Etiologia

 Pseudoperonospora cubensis parasita obrigatório


 Classe – Oomycetes
 Família – Peronosporaceae
 Esporangióforo – ramificações, na sua
extremidade são formados esporângios ovóides
 Disseminação
 Vento, respingos d´água
 Filme de água
 Esporângios germinam ou produzem zoósporos
 Alta umidade e temperatura 16 a 22 oC,
 Oósporos – produzidos em tecidos velhos –
constituem estrutura de sobrevivência.
11 - Míldio – Pseudoperonospora cubensis
Controle

 Evitar o plantio em locais sujeitos a alta


umidade,
 Uso de variedades/híbridos resistentes,
 Pulverização fungicidas:
 Protetores
 Mancozeb ou chlorothalonil
 Sistêmicos
 Metalaxil, propomocarb
12 - Mancha zonada – Leandria momordicae

 Comum em plantações
 Pepino,
 Chuchu
 Região sudeste, durante
o verão em condições de
alta umidade
12 - Mancha zonada – Leandria momordicae
Sintomas

 Folha de pepino
 Pequenas áreas

encharcadas, passando para


pontos necróticos
esbranquiçados
 Plasticultura
 Lesões angulosas de

tamanho variável e
esbranquiçadas
 Pode ocorre a coalescência

das lesões
12 - Mancha zonada – Leandria momordicae
Sintomas
 Face inferior
 Pode ser observado

pequenos corpúsculos pretos


arredondados – frutificações
do fungo.
12 - Mancha zonada – Leandria momordicae

Etiologia

 Leandria momordicae
 Conídios pluricelulares (com septos transversais e
longitudinais) esféricos e pigmentados
 Em condições de alta umidade os conídios germinam
 Infectando pepino e chuchu
 Alta temperatura e alta umidade
12 - Mancha zonada – Leandria momordicae

Controle

 Escolha de local menos sujeitos a alta umidade e com


boa ventilação,
 Rotação de culturas,
 Eliminação de todas as cucurbitáceas localizadas nas
proximidades da área de plantio,
 Uso fungicidas
 Tiofanato metílico + chlorothalonil,
 Diniconazole, fluzilazole ou tebuconazole
 Em plasticultura
 Evitar o molhamento das folhas por irrigação
 Favorecer o arejamento interno.
13 - Oídio – Podosphaera xanthii
Sintomas

 Folhas
 Crescimento branco pulverulento,
formado por micélio, conidióforos
e conídios
 Área afetada aumenta de
tamanho, podendo tomar toda a
extensão da folha
 Plantas severamente atacadas
perdem o vigor e a produção é
prejudicada
13 - Oídio – Podosphaera xanthii
Etiologia
 Fase imperfeita Oidium sp. ocorre no
Brasil,
 Conídios formato de barril, unicelulares,
hialinos, produzidos em cadeia sobre o
conidióforos
 Conídios facilmente disseminados pelo
vento
 Mesmo em condições de baixa

umidade podem germinar


 Chuvas pesadas são prejudiciais ao
fungo, lavam os conídios e danificam os
conidióforos.
13 - Oídio – Podosphaera xanthii
Etiologia
 Fungo afeta grande número de
cucurbitáceas cultivadas e selvagens,
 Há várias raças fisiológicas
 SP e DF constada as raças 1 e 2.
 Afeta
 Pepino, melão, melancia, abóbora, cabaça,
chuchu e bucha.
13 - Oídio – Podosphaera xanthii
Controle

 Fungicidas
 Contato
 A base de enxofre
 Sistêmicos
 Fenarimol, benzimidazois, pyrazophos
 O tratamento deve ser iniciado assim que constar os
primeiros sintomas
 Controle alternativo de oídio
 Uso de leite cru de vaca
 5L de leite em 95 L de água,
 10L de leite em 90 L de água – em infestação muito elevada.
14 - Sarna ou queima – Cladosporium cucumerinum

 Afeta mais o pepino,


 Em condições de clima
úmido e fresco
14 - Sarna ou queima – Cladosporium cucumerinum
Sintomas
 Folhas pepino
 Áreas encharcadas que tornam

necróticas, de contornos
irregulares, cobertas de
frutificações do fungo, de cor
verde-oliva,
 Folhas severamente atacadas

apresentam deformações
 Frutos
 Depressões alongadas com

bordos irregulares e rachaduras


profundas,
 Tecido suberificado – frutificação

do fungo
14 - Sarna ou queima – Cladosporium cucumerinum

Etiologia

 Cladosporium cucumerinum
 Conídios catenulados, coloridos, com 1 ou
2 células na extremidade e conidióforos
ramificados
 Temperatura de 13 a 20 oC,
 Alta umidade,
 Locais ou épocas sujeitas a neblina e
orvalho
14 - Sarna ou queima – Cladosporium cucumerinum

Controle

 Rotação de culturas,
 Evitar o plantio em áreas com alta umidade ou
épocas de muita neblina,
 Empregar variedades resistentes,
 Embora já tenha sido constada a ocorrência de raças
fisiológicas do fungo em pepino,
 Uso fungicida protetor
 Mancozeb.
15 - Murcha de fusarium da melancia – Fusarium
oxysporum f.sp. niveum

 Doença importante
na cultura da
melancia por
provocar morte das
plantas e pela longa
sobrevivência do
fungo no solo.
15 - Murcha de fusarium da melancia – Fusarium
oxysporum f.sp. niveum
Sintomas
 Plântulas
 Podridão do hipocótilo ou
podridão do colo e morte
 Plantas
 Subdesenvolvimento,
amarelecimento e murcha a
partir das folhas mais velhas,
com posterior seca das plantas
15 - Murcha de fusarium da melancia – Fusarium
oxysporum f.sp. niveum
Etiologia
 Fusarium oxysporum f.sp. niveum – 2 tipos de
conídios
 Macroconídios – 2 ou mais células, hialinos e
recurvados
 Microconídios – unicelulares, hialinos e ovóides
 Produz conidióforos – estrutura de resistência
 Sobrevivência
 por vários anos no solo na ausência do hospedeiro,
 Nas sementes
 Disseminação
 Água de irrigação ou chuva
 Alta umidade e temperatura 20 a 30 oC
15 - Murcha de fusarium da melancia – Fusarium
oxysporum f.sp. niveum

Controle
 Emprego de variedades ou híbridos resistentes,
 Charleston Gray e Crimson Sweet
 Uso de sementes sadias e tratadas
 Rotação de culturas não é eficiente, pois o fungo
permanece viável no solo por período superior a 10 anos.
 Variedade Perola – suscetível.
16 - Podridão das raízes e do colo – Fusarium solani

 Comum em
 pepino,
 abóbora,
 melão,
 Melancia
 Morte de plantas de pepino no
segundo plantio sob
plasticultura.
16 - Podridão das raízes e do colo – Fusarium solani

Sintomas

 Plântulas murchas, podendo


tombar
 Seca das raízes
 Região do colo necrosadas
 Plantas
 Perdem o vigor, paralisam
crescimento, murcham e secam
16 - Podridão das raízes e do colo – Fusarium solani

Etiologia
 Solos com umidade elevada e temperatura de 20 a 28 oC,
 Fungo sobrevive na forma de clamidósporos e restos
culturais

Controle
 Rotação de culturas para impedir o aumento do inóculo,
 Incorporação de compostos orgânicos no solo,
 Uso de porta enxertos resistentes,
 Excitikki, Ikki, Big Power,
 Solarização do solo.
Bibliografia

 AGRIOS, G.N. Plant Pathology. 5th ed. 2005. 922p.

 AMORIM, L., REZENDE, J.A.M., BERGAMIN FILHO, A. Manual de


Fitopatologia: princípios e controle. Vol 1. Ed. Ed. Agronômica
Ceres, São Paulo, 2011. 704 p.

 BERGAMIN FILHO, A., KIMATI, H. & AMORIM, L. (Eds.). Manual de


Fitopatologia. Vol.1. Ed. Agronômica Ceres, São Paulo, 1995. 919 p.

 KIMATI, H., AMORIM, L., REZENDE, J.A.M.,BERGAMIN FILHO, A.;


CAMARGO, L.E.A.. Manual de Fitopatologia, Vol. II - Doenças das
Plantas Cultivadas. 4. Edição. Editora Agronômica Ceres Ltda, São
Paulo. 2005. 663p.

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