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sistemas de cultivo
protegido
• Cultivo protegido x cultivo convencional
• Contaminação do solo
• Sobrevivência de fitopatógenos em cultivo protegido
• Controle das doenças que incidem nos cultivos
protegidos
• Doenças abióticas ou distúrbios fisiológicos em
cultivos protegidos
• Principais doenças em cultivo protegido
– Alface, melão, pimentão, tomate e pepino
Introdução
Homem
Patógeno Hospedeiro
• Cultivo protegido, busca-se uma condição ambiental diferente do
plantio convencional, no sentido de obter
– Vantagens tecnológicas,
– Vantagens econômicas
Cultivo Protegido X Cultivo Convencional
• Água de irrigação,
• Represas, lagos, riachos e córregos já contaminados,
• Enxurradas – levam hortaliças em decomposição
– Ralstonia solanacearum, Pectobacterium carotovorum,
nematóides e fungos de solo
• Implementos agrícolas contaminados,
• Carregam propágulos de patógenos:
– Estruturas de fungos, células bacterianas, ovos e juvenis de
nematóides
• Sementes e mudas infectadas ou infestadas por patógenos
• Infestação do solo no interior da estufa
• Retirada de refugo de plantas, frutos danificados, plantas
eliminadas
Evitar a introdução de patógenos na estufa
Sobrevivência de fitopatógenos em cultivo protegido
Medidas
1. Escolha do local de instalação da estrutura,
2. Plantio em solo livre de patógenos,
3. Emprego de sementes e mudas sadias e certificadas, livres de
patógenos,
4. Solarização do solo**,
5. Inundação do solo,
6. Desinfestação do solo,
7. Fumigação do solo** - vácuo biológico,
8. Revolvimento do solo seguido de pousio,
9. Rotação de culturas,
10. Emprego de compostos orgânicos,
11. Tratamento de sementes com fungicidas,
12. Tratamento térmico de sementes,
13. Plantio em substratos artificiais esterilizados,
14. Emprego de telado de náilon à prova de insetos vetores,
15. Eliminação de plantas hospedeiras próximo às estufas,
16. Emprego de armadilhas de insetos vetores ao redor e dentro das
estufas,
17. Eliminação – roguing – de mudas e plantas doentes,
18. Enxertia em cavalo resistente,
19. Emprego de cultivares com resistência vertical,
20. Emprego de implementos agrícolas e ferramentas livres de
patógenos,
21. Cultivo de plantas armadilhas ao redor da estufa,
22. Destruição de restos culturais de plantios anteriores.
Medidas
– Redução da taxa de progresso da doença
Pimentão
Podridão apical ↑TºC, Ar seco, alteração umidade solo, defic. Ca, salinidade
Deficiência de Ca
Doenças abióticas ou distúrbios fisiológicos em cultivos
protegidos
Pepino
Distúrbio Causa
fisiológico
Queima dos ↑ TºC, deficiência
bordos – tip Ca, B, manejo
burn inadequado de água
Melão
Controle
• Melhorar o arejamento do solo,
R. solani.
• Evitar alta umidade do solo,
• Tratamento das sementes com fungicidas
Pythium spp.
3. Podridão de esclerotínia – Scletorinia sclerotiorum
• Ampla gama de hospedeiros, produz escleródios, sobrevivendo no
solo na ausência do hospedeiro,
• Inicia no caule, atingindo as folhas em contato com o solo
Controle
• Evitar irrigação excessiva,
• Adubação orgânica equilibrada, p/ aumentar a atividade microbiana
do solo,
• Inundação do solo, visando reduzir a população e escleródios no
solo,
• Solarização do solo / mínimo 60 dias.
4. Septoriose – Septoria lactucae
• Manchas necróticas de tamanho e
forma irregulares, nas folhas mais
velhas, na parte mais externa da planta,
• Alta densidade de plantas,
• Excesso de umidade do solo
• Transmissão por sementes
Controle
• Excesso de umidade,
• Evitar alta densidade de plantas,
• Qualidade das sementes
• Fungicidas na fase inicial de
crescimento
5. Podridão mole – Pectobacterium spp.
• Apodrecimento mole dos tecidos das folhas
• Alta umidade do solo e ar
Controle
• Preventivo
• Evitar injúrias mecânicas nos tecidos,
• Evitar irrigação excessiva
6. Mosaico da alface – Vírus do mosaico da alface – Lettuce Mosaic
Virus - LMV.
• Deformação do limbo foliar com crescimento reduzido
• Vírus transmitido por sementes e pulgões
Controle
• Controle químico dos afídeos não
é suficiente, modo de transmissão
não persistente
• Cultivares resistentes
Melão
1. Crestamento Gomoso do Caule ou Cancro da Haste –
Didymella bryoniae
• Lesões necróticas nos cotilédones – tombamento de
mudas,
• Caule e hastes, lesões necróticas, que evoluem p/
cancros, c/ exsudação de goma,
• Folhas – lesões circulares, necróticas, que coalescem,
• Infecção das plantas na desbrota – ferramentas
contaminadas,
• Infecção UR > 90%
Controle
• Cuidados na desbrota,
• Desisfestação da lâmina cortante
com hipoclorito de sódio 5%.
2. Míldio – Pseudoperonospora cubensis
• Manchas angulares nas folhas, restrita pelas
nervuras, coloração amarela na face superior,
• Frutificação na face inferior –
esporângios/esporangióforos – massa pulverulenta
acinzentada.
• Alta umidade, presença de água livre sobre as folhas
• Temperatura 17-22ºC.
Controle
• Evitar molhar as folhas com a água
da irrigação,
• Reduzir a umidade relativa do ar,
• Fungicidas ditiocarbamatos
(Metiram)
3. Míldio pulverulento ou Oídio – Erysiphe
cichoracearum e Sphaerotheca fuliginea, fase
iimperfeita Oidium spp.
• Massa pulverulenta de conidióforos e conídios
sobre folhas, hastes e frutos
• Folhas muito atacadas secam completamente
• Temperatura entre 10-30ºC, ótimo entre 23-
26ºC,
• Baixa umidade do ar - oídio
• Alta umidade - míldio
Controle
• Fungicidas registrados, rodízio de fungicidas
sistêmicos de grupos químicos diferentes
intercalados com fungicidas de contato
4. Murcha – Fusarium oxysporum f.sp. melonis e Verticillium dahliae
• Murchas vasculares - clamidósporos e microescleródios,
permanecendo no solo por vários anos na ausência do hospedeiro
• Murcha de fusário ocorre mais rapidamente,
• Cultivares resistentes
• Murcha de verticílio mais lentamente
4. Murcha – Fusarium oxysporum f.sp. melonis e Verticillium dahliae
Controle
• Enxertia de melão em Cucurbita ficifolia ou Benincasa cerifera –
bons resultados – onera o custo de produção,
• Prevenção – evitar a introdução do patógeno,
• Fumigação, solarização, fungicidas sistêmicos nas mudas – não tem
proporcionado resultados satisfatórios,
• Medidas culturais: fertilização balanceada, pH em torno de 6,5,
emprego de compostos orgânicos.
5. Mancha Angular – Pseudomonas syringae pv. lachrymans
• Nas folhas lesões angulares, restritas pela nervuras, coloração
amarelada, evoluindo p/ cinza-bronzeada
•Penetração - estômatos
• Temperatura entre 24-28ºC, UR > 90%,
• Disseminação: sementes e respingos/chuva
• Tecidos no centro das lesões - necrosados
Controle
• Aplicação preventiva: fungicidas à base de cobre com mancozeb,
• Medidas culturais:
• adubação balanceada,
• sementes e mudas de boa qualidade,
• manejo da água de irrigação,
• reduzir excesso de UR do ar
6. Podridão aquosa dos frutos – Acidovorax avenea subsp. citrulli
• Penetração por ferimentos nos frutos, durante a colheita e
armazenamento
• injúrias provocadas por insetos,
• Decomposição progressivo dos tecidos – podridão mole e aquosa,
exalando odor desagradável
Controle
• Cuidados durante os tratos
culturais
• colheita,
• transporte e
• armazenamento
7. Virose – Vírus do mosaico do mamoeiro (PRSV-W) e vírus do mosaico
da melância 2 (WMV-2)
• Folhas deformadas, cloróticas, com presença de bolhas e tamanho
reduzido,
• Internódios curtos, frutos deformados, tamanho reduzido e com mosaico
e embolhamento,
• Transmissão
• Sementes,
• Tratos culturais,
• Vetores – pulgões gêneros Aphis e Myzus,
não persistente
Controle
• Sementes sadias,
• Telas de náilon à prova de pulgões
• Cvs. resistentes
• Eliminação de plantas da família das cucurbitáceas
• Épocas de plantio – evitando insetos.
Pimentão
1. Requeima ou murcha ou podridão da raiz – Phytophthora capsici
• Clima quente e úmido,
• Solos encharcados
• Murcha repentina e necrose de coloração marrom-escura no colo
da planta, seguida de morte,
• Presença de mofo branco – esporângios/micélio do fungo –
sobrevivência – restos culturais
• Solos permanecem infectados por 3-5 anos
Controle
• Medidas preventivas
• Plantio em solos não contaminados e bem drenados,
• Cvs. resistentes
• Evitar excesso de irrigação
• Fungicidas sistêmicos – não são muito eficientes
2. Oídio – Oidiopsis sicula
• Face superior das folhas – manchas amarelas de bordos
irregulares,
• Face inferior – micélio pulverulento branco,
• Desfolha das plantas – redução na produtividade
Controle
• Preventivo
• Fungicidas – iniciado logo após o aparecimento dos primeiros
sintomas.
3. Mofo branco – Sclerotinia sclerotiorum
• Condições de alta umidade do solo
• Após a floração - manchas aquosas nas hastes, secam e morrem
• Escleródios no interior das hastes – sobrevivência
• Épocas frias e solo úmido – mais severa
Controle
• Inundação da área, por 30-45 dias,
• Tombamento da leiva, visando o enterrio das camadas superficiais
do solo – profundidade de 20-25 cm,
• Evitar excesso de umidade do solo,
• Retirada das plantas infectadas.
4. Talo oco e podridão mole – Pectobacterium carotovorum subsp.
carotovorum, Dickeya chrysanthemi
• Podridão da medula, necrose nas hastes, nos
pontos de abscisão das folhas e ramificação das hastes
• Murcha e morte das plantas
• Frutos - podridão mole dos frutos,
• Penetração por ferimentos/insetos, abrasões por
ventos e carregamento
Controle
• Evitar ferimentos das plantas -implementos agrícolas,
• Controlar a irrigação, evitando solos encharcados
• Controle de insetos que causam injúrias nos frutos,
• Mistura de fungicida cúprico e mancozeb.
Tomate
1. Murcha de fusário – Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici
• Temperatura varia 21-23ºC, ótima 28ºC,
• Amarelecimento das folhas mais velhas, para as mais novas,
• Folhas amarelas em somente um dos lados da planta,
• Vasos lenhosos de cor parda e aparência seca,
• Sobrevive no solo, restos de cultura – clamidósporos
• Disseminação: vento, água de superfície, implementos agrícolas,
mudas e sementes (micélio dormente ou clamidósporos aderidos)
Controle
• Calagem do solo antes do plantio,
• Fertilização equilibrada,
• Rotação de culturas,
• Emprego de compostos orgânicos
• Cvs. resistentes
2. Murcha de verticílio – Verticillium dahliae
• Temperatura 13-30ºC, ótima 22-24ºC,
• Umidade do solo,
• Sobrevivência – clamidósporos e microescleródios
no solo
• Murchas inicialmente em um dos lados da planta,
• Folhas amareladas me forma de V, vértice voltado
p/ nervura
• Descoloração dos vasos,
Controle
• Rotação de culturas,
• Cvs. resistentes,
• Evitar o plantio em solos infestados
3. Murchadeira ou murcha bacteriana – Ralstonia solanacearum
• Sobrevive no solo, por mais de 5 anos
• Temperatura 26-38ºC
• Alta umidade do solo
• Água de irrigação contaminada – introdução da bactéria
Controle
• Difícil controle
• Evitar a entrada da bactéria nos solos das estufas,
• Cuidado com água de irrigação, sementes e mudas,
• Solo impregnado em implementos agrícolas,
• Rotação de culturas,
• Solarização do solo,
• Plantio em épocas mais frias do ano,
• Evitar o plantio em áreas anteriormente cultivada c/ solanáceas,
• Fumigação não tem propiciado bons resultados – rápida contaminação.
Pepino
1. Antracnose – Colletotrichum lagenarium, C. orbiculare, C. gloeosporiodis
f.sp. cubense
• Desfolha precoce e morte das plantas,
• Manchas encharcadas, seguidas de necrose, formando manchas
circulares, circundadas por um halo amarelado,
• Lesões deprimidas, recoberta c/ massa rosada de
conídios
Controle
• Sementes sadias e tratadas
• Pulverizações com fungicidas sistêmicos alternados com
fungicidas de contato
2. Oídio– Erysiphe cichoracearum
• Crescimento branco pulverulento na superfície das folhas e ramos
• Baixa UR e temperatura acima de 25ºC
Controle
• Pulverização com fungicidas
sistêmicos específicos p/ oídio,
intercalados c/ fungicidas à
base de enxofre,