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Doenças na cultura da

Soja
Discentes: Alana Clemente , Ana Julia Martins, Mateus Marcos e Matheus
Almeida.
Docente: Dácio Olibone
Fitotecnia 1
Doenças

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DOENÇAS DOENÇAS DOENÇAS
FÚNGICAS BACTERIANAS. VIRÓTICAS.
Soja

 O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo e pode ser considerado uma
das principais culturas do solo brasileiro, atrás somente dos Estados Unidos;
 O país passou a investir em tecnologia e pesquisa para adaptar a cultura da soja às
condições brasileiras.
 Desde então, o uso da soja na indústria encontra-se em crescimento. Além de ser um
componente essencial na fabricação de rações para criação animal, o consumo vem
crescendo cada vez mais na alimentação humana;
O Cultivo
 A combinação de genética de cultivares, biotecnologia e práticas de manejo têm sido
importantes alicerces para o aumento produtivo.

 O cultivo da soja evoluiu para um patamar altamente técnico, o qual exige cada vez
mais conhecimento e dedicação para superar os desafios que aparecem;

 Os produtores estão cada vez mais conscientes de que precisam integrar e diversificar
estratégias de manejo, visando melhorias de solo, no aproveitamento de recursos do
meio, no controle de doenças, pragas, plantas daninhas, etc.
Algumas Doenças Fúngicas

 Antracnose, Míldio, Oídio, Podridão mole e Mancha Alvo.


Antracnose

 É a principal doença que afeta a fase


inicial das vagens da soja = problema;

 Causado pelo Colletotricum dematium;

 Distribuída no Cerrado = precipitações


e altas temperaturas;
Sintomas
 Morte de plântulas, necrose dos
pecíolos e manchas nas folhas,
hastes e vagens;
Sintomas
 Os sintomas mais evidentes começam em pecíolos e ramos tenros nas
partes mais sombreadas da planta;
 As vagens infectadas nos estádios R3-R4 adquirem coloração escura e
retorcidas;
Origem
 Sementes infectadas – manchas negras;
 Restos culturais com inóculos;
Controle
 Uso de sementes livres do patógeno;

 Rotação de cultura;

 Maior espaçamento entre as linhas – microclima;

 Controle de plantas daninhas;

 Manejo adequado do solo – principalmente adubação potássica.


Tratamento preventivo – Revista Cultivar

23/05/2023
Transmissão
 A transmissão ocorre partir de sementes infectadas e restos culturais
infectados, sendo auxiliada pelo vento e respingos da chuva.
Míldio
Míldio

 É pertencente ao grupo de fungos Peronosporaceae;

 Ocorre predominantemente nas folhas, mas podem atingir ramificações e


frutos em estágios iniciais;
Míldio
 O míldio é causada pelo fungo Peronospora manshurica;

 O patógeno apresenta grande variabilidade genética, e 33 raças já foram reportadas


em diversos países.

 É um parasita obrigatório, isto é, depende inteiramente de seus hospedeiros vivos


para sobreviver, e não apresenta fase saprofítica.
Sintomatologia
 Aparecimento na face superior da folha – manchas verde-clara;

 Manchas verde-clara para escuras – necrose;

 Face inferior -> eflorescência esbranquiçada – hifas cenocítas.


Sintomatologia
 Inicia nas folhas com pontuações verde-clara;

 Marrom escura quando já necrosadas;

 Apesar de ser observado nas folhas, a doença pode afetar o hospedeiro


como um todo, retardando o desenvolvimento, provocando queda de
folhas, flores e frutos, levando a morte da planta.
 O fungo é introduzido na lavoura por meio de sementes infectadas e por esporos
disseminados pelo vento. Ocorre em praticamente todas as regiões produtoras de soja
do Brasil. Temperatura amena e umidade elevada, principalmente na fase vegetativa,
são favoráveis à doença. À medida que as folhas envelhecem, tornam-se resistentes

 O período de incubação irá variar de 15 a 76 dias, em função do ambiente;

 Também pode variar o período de infecção, produção e disseminação, dependendo do


ambiente e condições climáticas, se destacando: chuva, orvalho e temperatura, que são
fundamentais para desenvolvimento de epidemias.
Como se inicia a infecção?
1. Com o estômato fechado ou
aberto, a infecção começará.

2. O esporo sobre a folha,


precisa somente de uma
lamina de água para iniciar
sua germinação.

3. Dependendo da T°C, pode


ocorrer entre 2-6horas até
encontrar um estômato
aberto, onde um apressório
será formado seguindo da
penetração.
Controle
 Doença de difícil controle, necessita integração de ações.

 Controle Cultural;
 Controle Químico;
Cultural

 Drenagem – desfavorecendo as condições perfeitas para o fungo.

 Plantas Daninhas – além da competição, favorece microclima.


Químico
 Fungicidas de contato: atuam na inibição da germinação dos esporos na superfície foliar
– Mancozeb

 Unizeb Gold

 Fungicidas Sistêmicos: assimilado pela planta, translocado, e inibir infecções locais e


distantes do local de aplicação, sem afetar os tecidos do hospedeiro.

 Benzimidazóis e Triazóis
Químico
 Horário de Aplicação – preferir horas mais frescas.

 Condições climáticas – evitar dias ou períodos de muito vento, deriva.

 Direcionamento do produto – local de deposição na planta.

 Monitoramento do controle – a utilização de controle sistemático por muito


tempo, leva ao aparecimento de patógenos resistentes. Fazer alternância.
Podridão Branca
 Sclerotinia sclerotiorum ;
 Disseminada por todas as regiões de clima ameno;
 R2 fase mais vulnerável juntamente com formação das
vagens;
 O fungo infecta qualquer parte, porém inicia-se com mais
frequência a partir das inflorescências nas axilas.
Podridão branca da haste
Sintomatologia
 Manchas de anasarca de castanho-claro para desenvolvimento de micélio
branco e denso;

23/05/2023
Disseminação
 Esta doença se espalha entre as plantas através da água da chuva e de
irrigação, mas também por material infectado de plantas. Especialmente
em plantas mais jovens (brotos).

 O patógeno entra no sistema radicular através de aberturas naturais,


ou mecânicas situado no tecido da planta.
Disseminação

 A disseminação dos esporos do fungo é influenciada por fatores


ambientais tais como: umidade, água de irrigação, luminosidade,
temperatura e vento, sendo que o vento e a umidade na forma de chuva
são os principais responsáveis pela liberação dos esporos
e disseminação da doença.
 A maior forma de disseminação se dá por meio das folhas infectadas;
 Sementes infectadas.
Controle da podridão branca
 Rotação de culturas;

 Milho, aveia, trigo, eliminar plantas invasoras que na maioria hospedam o fungo;

 Aumentar espaçamento entre linhas;

 Incorporar restos culturais.


Químico
 Tratamento de sementes com thiabendazol + thiram
 Medida de segurança
Oídio
Oídio
 Agente causal na soja: Fungo Erysiphe difusa.
 Fungos parasitas obrigatórios, não possuem fase saprofítica;
 Apresentam forma evoluída de parasitismo;
 Possuem especificidade chamada patógeno-hospedeiro (depende do hospedeiro vivo
para sobreviver), esta especificidade é caracterizada pela ocorrência de formae
speciales e raças fisiológicas do patógeno, capazes de atacar determinadas espécies
de plantas e variedades de uma mesma espécie vegetal, respectivamente.
Oídio
 São amplamente distribuídos na natureza, e apear de ocorrerem em clima úmido e
frio, são favorecidos por ambientes secos e quentes;
 Pouco comum ocorrer morte da planta hospedeira, porém os efeitos prejudiciais são
evidenciados através da redução do desenvolvimento e produção do hospedeiro;
 Os danos são intercorrentes da interferência causada pelo fungo no processo de
fotossíntese, retirada de nutrientes nas células e redução na quantidade de luz que
chega na superfície das folhas.
 Os danos podem chegar em até 40%
Dispersão e Disseminação
 A principal forma de dispersão do oídio é o vento, que distribui seus esporos por longas
distâncias, portanto, o inóculo inicial pode vir de outras lavouras;

 A infecção é mais observada no período da floração na soja, com acentuado


desenvolvimento nos estádios de R1 a R6;

 A ocorrência de soja involuntária (guaxa) é um fator importante para a sobrevivência e


dispersão do fungo visto que ele só sobrevive na presença da planta hospedeira;
 O controle de soja guaxa deve ser realizado para evitar que o fungo sobreviva na lavoura e assim,
continue gerando inóculo no ambiente.
Sintomatologia
 Facilmente identificados e se manifestam-na forma de eflorescência ou bolor pulverulento, de coloração
branca ou levemente cinza;
 Estas eflorescências são formadas por micélio, conidióforos e conídios dos patógenos, sendo encontradas
em diversas partes dos órgãos vegetais;
 Encontrada frequentemente na face superior das folhas, porém pode-se encontrar na face inferior também.
Sintomatologia
 Nas folhas, as manchas ou áreas inicialmente recobertas pela eflorescência branca, podem se tornar
amarelada e, posteriormente necróticas.
 Ataques severos podem provocar encarquilhamento, subdesenvolvimento, quedas das folhas, morte dos
ramos novos, quedas das flores e deformação dos frutos jovens.
Controle
 As estratégias de controle da doença envolvem a utilização de cultivares resistentes e o controle químico.
 Onze fungicidas são registrados no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o controle
de Erysiphe difusa;
 Contudo há 177 registros para Microsphaera diffusa, nomenclatura sinonímia do fungo (Agrofit, 2021), entre
eles:
 Enxofre elementar,
 Fungicidas inibidores de desmetilação (IDM),
 Metil benzimidazol carbamato (MBC),
 Inibidores de quinona externa (IQe),
 Inibidores da succinato desidrogenase (ISDH),
 Fungicidas multissítios (clorotalonil, mancozebe e oxicloreto de cobre), isolados ou em misturas.
Mancha alvo
 O que é?
 Mancha alvo é uma doença foliar causada por um fungo chamado Corynespora
cassiicola. Esta doença pode atacar diversas culturas. dentre as principais estão
a soja e o algodão.
Mancha alvo
 Como identifica-la?
 Os sintomas são caracterizados por pequenas manchas circulares,
com halo amarelado e um ponto negro no centro;

 O aumento das lesões em camadas circulares dá o aspecto de um


"alvo“;

 Em cultivares suscetíveis e condições de clima favorável, a evolução


da doença pode ser rápida;

 Normalmente a doença inicia após o fechamento da entrelinha devido


à formação de microclima favorável.
Mancha alvo
 Ciclo de contaminação e condições favoráveis

O fungo pode sobreviver na forma de clamidósporos por mais de uma safra no solo,
pode sobreviver em restos culturais de plantas hospedeiras e pode também ser
transmitido por sementes infectadas. Chuvas e ventos contribuem para a dispersão
do inóculo inicial até as folhas inferiores da cultura onde inicia a doença.
Mancha alvo
 Controle:
 O manejo correto dependerá do conhecimento do histórico da
área, da escolha de cultivares, da rotação de culturas, do uso
de fungicidas eficientes, aplicados no momento certo, rotação
de mecanismos de ação e o uso de multissítios.
Mancha alvo
 Estratégia de Manejo

 Utilizar cultivares menos suscetíveis;


 Sementes livres do patógeno;
 Rotação/sucessão de culturas com gramíneas e espécies não hospedeiras;
 Tratamento de sementes;
 Aplicação de fungicidas na parte aérea.
Mancha alvo
Controle:
Referências
 Manual de Fitopatologia – Volume 1 e 2 .
 GODOY, Cláudia Vieira et al. Eficiência de fungicidas para o controle do oídio, na safra
2020/2021: resultados sumarizados dos ensaios cooperativos. Embrapa Soja-
Circular Técnica (INFOTECA-E), 2021.
 Revista Cultivar – Artigos em antracnose, prevenção na cultivar;
 Tormen, NR; Blum, LEB; Balardin, RS. Alvo na mira. Cultivar Grandes Culturas, n.223,
2018. MADALOSSO, Marcelo. Mancha-alvo (Corynespora cassiicola).

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