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CULTURAS AGRÍCOLAS III

8º PERÍODO

Alex Henrique
MANEJO DE PRAGAS - BETERRABA
• As pragas da beterraba são muito conhecidas no agroecossistema produtivo brasileiro e estão condicionadas ao ataque
em diversas culturas agrícolas.

• A pequena quantidade de inseticidas disponíveis é um agravante, uma vez que não é possível rotacionar os mecanismos
de ação para maior efetividade de controle;

• Há poucas possibilidades de produtos seletivos, o que força o produtor a utilizar inseticidas não registrados, com
poucos estudos toxicológicos envolvidos.

• Com isso, há maiores riscos de contaminação do homem, solo e planta.


MANEJO DE PRAGAS - BETERRABA
• Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)

• O adulto é uma mariposa cinza amarelada pequena (15 a 25 mm de


envergadura).

• O dano é causado pela lagarta que raspa o tecido vegetal, e em seguida


penetra a planta na altura do colo, logo abaixo do nível do solo, onde
cava uma galeria ascendente.

• As fêmeas depositam em média de 100 a 120 ovos durante o período de


vida;

• Ciclo de 30 a 48 dias;

• Os maiores prejuízos são causados nos primeiros 20 dias após a


germinação;

• Pode-se efetuar uma pulverização de inseticidas com o jato dirigido para


o colo das plântulas, à noite ou nas horas mais frescas do dia.
MANEJO DE PRAGAS - BETERRABA
• Mosca-minadora (Liriomyza huidobrensis)
• O adulto de Liriomyza huidobrensis é uma pequena mosca, de cerca de 2
mm de comprimento, de cor marrom-escura a preta, com brilho metálico
e com manchas laterais amarelas no dorso e na cabeça;

• O inseto tem metamorfose completa com as fases de ovo, larva (três


ínstares), pupa e adulto, e o período ovo-adulto pode variar, dependendo
das condições ambientais, de 12 até 51 dias, entre 32 °C e 15 °C;

• Os danos na planta são causados pelo adulto e pela larva. As moscas


fêmeas fazem dois tipos de picadas na planta, para oviposição e
alimentação. As picadas prejudicam a aparência das folhas, além de
favorecerem a entrada de bactérias e fungos.

• No entanto, o principal dano causado pela mosca-minadora é a formação


de minas, consequentes do hábito do movimento e da alimentação das
larvas, que destroem o mesófilo foliar.
MANEJO DE PRAGAS - BETERRABA
• CONTROLE:

BIOLÓGICO CULTURAL

QUÍMICO
MANEJO DE DOENÇAS - BETERRABA
• Entre os problemas que limitam a produção da cultura da beterraba, as doenças ocupam lugar de
destaque, uma vez que, sob condições favoráveis, os danos podem chegar a 100%;

• Dentre os diversos patógenos que infectam a cultura, em condições brasileiras, as manchas foliares,
nematoides e tombamentos são as de maior importância.
MANEJO DE DOENÇAS - BETERRABA
• Cercosporiose (Cercospora beticola):

• Esta doença é a mais importante na cultura, podendo causar danos


durante todas as fases de desenvolvimento da planta.

• Estes são em torno de 40% da produção, porém, podem alcançar


100% se as condições climáticas forem favoráveis e as medidas de
manejo não forem implementadas adequadamente (KOIKE e al.,
2007).

• Os sintomas da doença são caracterizados por manchas circulares,


que geralmente surgem nas folhas mais velhas.

• Inicialmente, as lesões são púrpuras e pequenas, de até 2 mm de


diâmetro, podendo variar de uma a dezenas por folha.

• As lesões tendem a coalescer e tomar grande parte do limbo foliar,


deixando as folhas totalmente secas.
MANEJO DE DOENÇAS - BETERRABA
• Cercosporiose (Cercospora beticola):
• O fungo dispersa-se principalmente pelo vento, por respingos de
chuva e irrigação, além de sementes.

• Sob condições favoráveis de temperatura (entre 25 e 35 °C) e


umidade relativa (›90%), a doenças se manifesta na forma de
sintomas de 7-10 dias após a inoculação.
MANEJO DE DOENÇAS - BETERRABA
• Cercosporiose (Cercospora beticola):
MANEJO DE DOENÇAS - BETERRABA
• CONTROLE:
As principais medidas de controle recomendadas para o manejo da doença são:

a) Aquisição e uso de sementes sadias;

b)Emprego de genótipos menos suscetíveis à doenças;

c) Rotação de cultura com planta não hospedeira por pelo menos um ano;

d) Adubação de forma equilibrada, baseada em análise de solo. O excesso de nitrogênio geralmente contribui para maior
severidade da doença;

e) Eliminação dos restos de cultura infectados, enterrando-os profundamente ou realizar aração visando acelerar o
processo de decomposição;

f) Controle químico da doença com fungicidas registrados para a cultura no Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA);
MANEJO DE DOENÇAS - BETERRABA
• CONTROLE:

• Os intervalos de aplicação de fungicidas geralmente são entre 7 e 14 dias.

• O uso de produtos com diferentes grupos químicos é aconselhável para reduzir os riscos de surgimento de populações
do patógeno resistentes aos fungicidas comumente utilizados;

• Aplicar uma mistura de fungicidas protetores e sistêmicos e/ou a rotação de fungicidas com diferentes mecanismos de
ação dentro de safras e entre elas é uma prática desejável.
MANEJO DE DOENÇAS - BETERRABA
• NEMATOIDES DAS GALHAS
• A cultura pode ser infectada por nematoides de várias espécies de 16
diferentes gêneros, porém, o gênero Meloidogyne é o mais
importante no Brasil e mundo.

• Os danos causados pelos nematoides na cultura podem facilmente


atingir 100%, dependendo da população desse organismo, genótipo
cultivado e condições edafoclimáticas;

• Plantas doentes geralmente são encontradas em reboleiras e


apresentam sintomas-reflexo de deficiência nutricional
(principalmente de macronutrientes) e nanismo, podendo ainda
ocorrer murcha das plantas nas horas mais quentes do dia;

• Epidemias da doença são comuns quando se realizam plantios em


áreas com relato da doença e com cultivos sucessivos de espécies
hospedeiras.
MANEJO DE DOENÇAS - BETERRABA
• NEMATOIDES DAS GALHAS

• Além disso, o cultivo em solos de textura arenosa, irrigados, pobres


em matéria orgânica e que se encontram em regiões de clima quente
(25 e 35 °C), também favorece epidemias da doença;

• A disseminação ocorre principalmente devido às práticas que possam


carregar solo contendo ovos e nematoides, por exemplo o trânsito de
caminhões;

• E tratores na área podem transportar nematoides juntamente com


torrões de solo em seus pneus ou implementos, irrigação por sulco
entre canteiros, enxurradas em áreas declivosas.;

• A água de irrigação e o uso de mudas infectadas (caso não seja


realizado o semeio direto) são as formas mais eficientes de dispersão
de nematoides a longas distâncias.
MANEJO DE DOENÇAS - BETERRABA
• DOENÇAS SECUNDÁRIAS:

▪Tombamento.

▪Podridão de Sclerotium.

▪Oídio.

▪Mancha de phoma.
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS - BETERRABA

• A beterraba e considerada uma cultura de baixa capacidade


competitiva com as plantas daninhas;

• Isso tem sido relacionado ao menor porte e crescimento


inicial lento da cultura, o que contribui para a baixa
cobertura do solo;

• Dessa maneira, o manejo incorreto das infestantes pode


reduzir em até 100% da produtividade total, bem como
comprometer o estande final de plantas e a qualidade das
raízes colhidas;

• O manejo de plantas daninhas na cultura da beterraba pode


ser realizado de várias maneiras, com predominância do uso
do controle químico e mecânico.
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS - BETERRABA
• Para que isso aconteça, o objetivo das novas práticas é
diminuir o banco de sementes do solo e,
consequentemente, a pressão da interferência das plantas
daninhas, que será minimizada em todas as culturas da
propriedade.

• A interferência de plantas daninhas é composta por três


períodos:

• Período anterior à interferência (PAI), quando a convivência


com a comunidade infestante não causa danos à cultura;

• Período crítico de prevenção à interferência (PCPI), período


pelo qual a cultura deve estar livre de competição com
plantas daninhas;

• Período total de prevenção à interferência (PTPI), que


corresponde à soma do PAI e PCPI (PITELLI, 1985).
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS - BETERRABA
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS - BETERRABA

PREVENTIVO MECÂNICO CULTURAL QUÍMICO


COLHEITA - BETERRABA
• Quando se trata da beterraba, existe pelo menos três cultivares com
diferentes cores de polpa, sendo preferencialmente a beterraba de:

• polpa vermelha mais comercial e de uso culinário;


• polpa branca é destinada, na maioria das vezes, ao comércio açucareiro,
cultivada geralmente em países de clima frio;
• polpa amarela, é comumente usada com forragem para animais.

• É muito importante destacar que a colheita da beterraba pode ser


realizada antes do desenvolvimento completo das raízes;

• Embora o ponto de colheita próximo ao ideal seja indicado quando se


verifica que as folhas mais velhas estão amareladas, com aparência de
murcha ou, algumas vezes, completamente secas.
COLHEITA - BETERRABA
COLHEITA - BETERRABA
• As raízes normalmente estão em tamanho comercial variável entre
60 e 80 mm de diâmetro transversal, dependendo do cultivar ou
híbrido e das condições de cultivo;

• A colheita da beterraba está vinculada, principalmente, ao


mercado consumidor de destino. Em geral, inicia-se dos 60 aos 80
dias e finaliza aos 110 dias após a semeadura.
COLHEITA - BETERRABA
• Na colheita da cultura é utilizado grande número de pessoas
na operação de arranquio e no corte das folhas.

• Além do mais, as raizes da beterraba passam por uma série


de etapas na operação de colheita:

Definição do estádio de
colheita a partir das
Extração das raízes do solo
condições de
desenvolvimento

Remoção ainda no campo da Transporte para casa de


parte aérea embalagem
COLHEITA - BETERRABA
COLHEITA - BETERRABA

Pré-seleção eliminando as
Higienização das raízes
raízes com defeitos

Seleção Classificação
COLHEITA - BETERRABA
COLHEITA - BETERRABA

Embalagem Transporte
OBRIGADO!

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