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MANEJO DE PLANTAS DANINHAS Importância do conhecimento do período crítico de

Período de convivência de plantas daninhas e culturas prevenção e grau de prevenção:


PTPI = Período Total de Prevenção a Interferência 1. Quando se deve iniciar os métodos de controle e por
PAI = Período Anterior a Interferência quanto tempo os métodos devem ser utilizados. Para
PCPI = Período Crítico de Prevenção a Interferência eliminar as plantas daninhas e evitar os prejuízos diretos
PTPI: na produção e na qualidade dos produtos agrícolas.
- É período, a partir do plantio ou da emergência, em que a 2. O período mínimo no qual o herbicida em pré-
cultura deve ser mantida livre da interferência de plantas emergência precisa ter ação residual no solo para
daninhas, a fim de que sua produção não seja afetada controlar as plantas daninhas.
quantitativamente e/ou qualitativamente. 3. A época limite máxima para aplicar um herbicida em
- As espécies daninhas que se instalarem após esse período pós-emergência ou para realizar o controle mecânico ou
não interferirão de maneira a reduzir a produtividade da planta outro método de controle.
cultivada.
- Na prática: período que a capinas ou o poder residual dos Problemas causados por danihas:
herbicidas devem cobrir. - Redução do tamanho do fruto e planta quando há competição.
PAI: - Dificulta ou impede a operação de colheita, a corda-de-viola
- No início do ciclo de desenvolvimento, a cultura e a por exemplo pode inviabilizar a operação de colhedoras
comunidade infestante podem conviver por um determinado automotrizes.
período sem que ocorram reduções consideráveis na
produtividade da cultura. MÉTODOS DE CONTROLE
- Espaço de tempo, após a semeadura ou plantio,em que a - Preventivo ou legislativo.
cultura pode conviver com a planta daninha, antes que a - Mecânico e físico.
interferência aconteça. - Cultural.
- Durante esse período não são necessárias práticas de controle - Biológico.
de plantas daninhas. - Químico.
PCPI:
- Esse período corresponde a fase em que as práticas de Controle preventivo
controle deveriam ser efetivamente adotadas, antes que os - É a melhor e mais eficaz forma de evitar e reduzir a
recursos sejam disputados, prolonga-se o controle até um infestação das plantas daninhas em áreas de interesse humano.
período em que as plantas daninhas que emergirem não - Não utilizar material orgânico (solo, esterco) provenientes de
concorram com a cultura. locais infestados de plantas daninhas.
- Na prática a cultura de interesse deve ser mantida livre de - Adquirir sementes ou mudas certificadas ou fiscalizadas.
plantas daninhas no período compreendido entre o final do - É imprescindível no momento de adquirir sementes ter o
PAI até o momento em que as plantas daninhas não interfiram certificado ou o atestado de garantia de qualidade do lote sem
da produtividade da cultura (PCPI). a presença de sementes de invasoras.
- Limpeza dos equipamentos de preparo do solo e de colheita,
proveniente de áreas infestadas de plantas daninhas.
- Cuidado para não deixar as daninhas propagarem.
- Quarentena de animais e utilização de quebra ventos.
- Controlar as plantas daninhas na entressafra.
- Controle nas áreas adjacentes da lavoura, cercas, pátios,
estradas, canais, margens da lavoura e nos caminhos.
Controle mecânico - Fogo (calor): Baixo custo e facilidade de aplicação. Calor
- É um método muito eficiente, porém lento e de difícil provoca a coagulação do protoplasma em células vegetais,
execução, principalmente o manual. provocando a morte das plantas. Ponto térmico letal é de 45 a
- Consiste no arranque manual e no uso de equipamentos 55ºC. As limitações são o efeito nocivo sobre o solo,
como: roçagem, capina manual (enxada), cultivo mecanizado eliminação de animais e microrganismos, e a quebra de
com tração animal ou tratorizada - Cuidado para não deixar as dormência de muitas sementes de plantas daninhas.
daninhas propagarem. Flamejadores são utilizados para aplicar uma chama dirigida
- Arranque manual: consiste na remoção de plantas daninhas sobre a planta daninha.
de modo a privilegiar o desenvolvimento da cultura, sendo o Controle cultural
método mais antigo e eficiente. - Utiliza as características da cultura para suprimir espécies
- Capina manual: realizada com enxadas, método de baixo indesejadas.
rendimento. Suas vantagens são: controla a maioria das - Utilizar todas as práticas culturais que aceleram o
plantas daninhas de fácil e de difícil manejo. As suas crescimento da cultura, tornando-se menos sensível a
desvantagens são que tem baixo rendimento, exige muita mão competição.
de obra com custo elevado, pode afetar o sistema radicular das - Uma cultura bem implantada e vigorosa tende a possuir um
plantas. alto poder de competição, dificultando o surgimento e o
- Roçagem: pode ser feito manualmente ou com roçadeiras. desenvolvimentos das plantas daninhas.
Em terrenos declivosos é recomendável controlar daninhas - As primeiras plantas que ocuparem uma área tendem a levar
somente nas linhas da cultura, nas entrelinhas realizar vantagem em relação as demais, e a espécie que for melhor
roçagem. adaptada ao ambiente predominará no local.
- Trator: os implementos como, cultivadores, grades, enxadas - Práticas culturais utilizadas:
rotativas, são acoplados ao trator. • Bom preparo do solo;
Método físico: • Adubação adequada;
- Sombreamento (cobertura morta ou plástico): A camada • Escolha de cultivares mais adaptadas a região;
de palha auxilia por meio dos efeitos alelopáticos, físicos • Época de semeadura ideal;
(barreiras mecânicas); impede a incidência de luz e o aumento • Número de plantas por área;
de temperatura dificultando os processos de quebra de • Redução do espaçamento entre linhas;
dormência. Palhada de tagetes patula (cravo-de-defunto) tem
• Consorciação;
alto poder inibitório na germinação do amendoim-bravo e
• Tratos fitossanitários (controles de pragas e doenças);
corda-viola.
• Manejo das plantas daninhas na entressafra;
• Uso de cobertura morta;
- Água (inundação): Esse método é limitado a solos argilosos,
• Uso de adubação verde;
planos e nivelados, ou com lençol freático próximo à
• Rotação de culturas;
superfície. Muitas plantas daninhas não sobrevivem sem
• Sistema de plantio direto.
oxigênio. Muito utilizado no arroz.
- Espaçamento nas entrelinhas e linhas: quanto menor o
- Solarização: Cobertura do solo umedecida com filme de
espaçamento entre linhas de plantio e maior a densidade de
polietileno transparente nas estações mais quentes do ano.
plantas da cultura numa mesma linha, mais eficiente é o
Caro e inviável em grandes áreas. Tem sucesso com plantas
controle das plantas daninhas, pois promove rápido
daninhas parasitas e da maioria de anuais cuja a reprodução se
fechamento das entre linhas e diminui a incidência de luz nas
realiza por sementes, mas em casos de reprodução vegetativa
plantas daninhas.
como a tiririca, essa vantagem não ocorre.
- Rotação de culturas: Visa modificar a população de plantas
- Choque elétrico: Descarga elétrica nas plantas alterando a
daninhas predominantes na área. A rotação é importante para
fisiologia da planta daninha ao receber o choque. Não
quebrar o ciclo de vida das plantas daninhas, para dificultar o
apresenta efeito residual ao ambiente e nos alimentos.
domínio da área.
- Manejo entressafra: O controle também deve ocorrer no - Os tipos de herbicidas são inorgânicos e orgânicos.
intervalo entre a colheita, não apenas no período de cultivo. - Herbicidas orgânicos: formados basicamente por carbono e
- Adubação verde: Afetam diretamente a emergência e o hidrogênio.
crescimento das plantas daninhas, dificulta a instalação das - Vantagens do controle químico:
plantas daninhas mantendo o solo ocupado (sombreado). • Eficiência no controle em relação a capina manual,
Importante utilizar espécies com grande capacidade de em especial durante os períodos chuvosos, quando o
abafamento das plantas daninhas (formação de cobertura mato cresce muito rápido.
morta). • Permite o controle eficiente das espécies de plantas
- As plantas de adubação verde devem apresentar: daninhas perenes e arbustivas.
• Boas adaptações às condições locais, sejam • Execução rápida.
herbáceas, anuais ou perenes; • Permite o uso de mão de obra.
• Devem produzir grande quantidade de biomassa seca, • Tem possibilidade de destruir plantas daninhas
para proporcionar boa cobertura morta no solo (ex: mesmo quando localizadas próximo ao colo ou
crotalária). tronco das fruteiras, sem sanificar seu sistema
- Atuam descompactando o solo, principalmente em pomares radicular.
onde ocorre alta movimentação de tratores. Um exemplo é a • Não há necessidade de revolver o solo.
braquiária que promove descompactação do solo. - Desvantagens:
- Controle de pragas e doenças: O poder competitivo de uma • Custo geralmente elevado.
cultura depende de sua sanidade. Em lavouras o qual as pragas • Pode ocasionar poluição ambiental.
e doenças são devidamente controladas as plantas daninhas
• Pode contribuir para resíduos nocivos nos alimentos.
tem maior dificuldade para o seu estabelecimento e
• Pode ocasionar riscos para as pessoas e os animais.
desenvolvimento.
• Pode ocasionar danos as culturas próximas por deriva.
Controle biológico
• Pode selecionar espécies de plantas daninhas
- Inimigos naturais que compõem o controle natural são:
resistentes.
Fungos, bactérias, vírus, insetos, ácaros, nematoides, aves,
• Necessita de equipamentos adequados.
peixes e animais.
• Necessita de mão de obra especializada.
- Controle biológico é constituído da ação de parasitas,
- Principais fatores que interferem na eficiência dos
predadores e patógenos; eles devem atuar para manter a
herbicidas:
população das plantas daninhas numa densidade menor do que
• Qualidade da água.
ocorre naturalmente.
• Temperatura.
- O objetivo não é eliminação total das plantas daninhas, mas
• Umidade relativa do ar.
sim a redução da densidade das plantas abaixo do nível de
• Umidade do solo.
danos econômicos. É necessário a permanência de uma
• Tipo de solo.
pequena quantidade de plantas para viabilizar a sobrevivência
dos inimigos naturais. • Velocidade do vento.

- Utilização de bioherbicidas • Qualidade de aplicação.

- Utilização de animais como os marrecos nas lavouras de • Mistura de produtos químicos.


arroz, principalmente no período pós colheita. • Momento de aplicação.
Controle químico (herbicidas) • Cobertura do alvo.
- São considerados agrotóxicos, de acordo com a FAO • Dose.
qualquer substância ou mistura de substâncias utilizadas para • Volume de calda.
prevenir, destruir ou controlar qualquer praga. • Tamanho da gota.
- Herbicida é um composto químico que é aplicado em
pequenas quantidades e que tem a capacidade de matar ou
inibir drasticamente o crescimento de determinadas plantas.
Manejo integrado de plantas daninhas
- É a redução de plantas daninhas existentes em áreas BIOLOGIA DE PLANTAS DANINHAS
agrícolas, até um limite em que as mesmas não mais - Cyperus rotundus: Tiririca.
interfiram na produção das culturas economicamente.
- Etapas do manejo integrado:
1. Levantamento da infestação de plantas daninhas.
2. Priorização de controle das plantas daninhas mais
frequentes (mais agressivas).
3. Elaboração de um sistema integrado de manejo das
plantas daninhas.
4. Implementação da sistemática de manejo.
- Levantamento fitossociológico: para realização de um
manejo integrado eficiente. Sendo o conhecimento das
principais plantas daninhas que infestam as culturas agrícolas,
assim como o conhecimento das mais agressivas.
- Commelina benghalensis: Trapoeraba.

- É importante antes das implantações das culturas agrícolas


eliminar as espécies de plantas daninhas mais agressivas, e
também, as espécies que se propagam vegetativamente.
- Amaranthus spp.: Caruru.
- Com o revolvimento mecânico do solo a multiplicação de
tiririca aumenta.
- 10 palavras chaves
1. Monitorar sementes e espécies da área de produção;
2. Identificar as espécies problemas e suas densidades;
3. Estudar os métodos usados na propriedade;
4. Conhecer as espécies dominantes e suas interações;
5. Prever populações e mudanças de populações de
plantas daninhas;
6. Decidir quando o controle deve ser feito; - Cenchrus echinatus: Capim-carrapicho.

7. Escolher as tecnologias de controle compatíveis com


o sistema;
8. Considerar os recursos e as necessidades do
agricultor;
9. Interagir os processos com as medidas de proteção
das culturas;
10. Avaliar os impactos ambientais, sociais e econômicos
a curto e a longo prazo.
- Eleusine indica: Capim-pé-de-galinha. - Spermacoce verticillata: vassourinha de botão.

- Setaria faberi: Capim-rabo-de-raposa.


- Em alguns casos as plantas daninhas podem ser benéficas
como as plantas controladoras de erosão.
- Planta daninha é uma planta que ocorre onde não é desejada,
é uma planta fora do lugar, uma planta sem valor econômico
ou que concorre com o homem pelo solo.
- Senecio brasiliensis: Flor das almas.

- Cunodon dactylon: Grama seda.

- A flor das almas é problemática em pastagens, mas pode ser


útil para algum princípio medicinal.
- Rinicus communis: Mamona.

- Conyza bonariensis: Buva.

- Útil quando cultivada para obtenção de óleo (biodiesel), mas


também pode ser invasora.
Prejuízos causados ao homem Utilidades das plantas daninhas
- Competem com a cultura pelos fatores de produção. • Cobertura do solo.
- Causa da não certificação de sementes e mudas. • Reciclagem de nutrientes e MO.
- Intoxica animais domésticos e o próprio homem. • Alimentação para nimais silvestres.
- Parasitismo. • Produção de mel.
- Hospedeira alternativa de pragas e doenças. • Potencial ornamental.
- Dificulta a realização de práticas culturais. • Propriedades aromáticas e medicinais.
- Dificulta o manejo da água. Processo germinativo
- Tira a beleza dos parques e jardins. - As sementes são uma das vias de entrada dos herbicidas.
- Reduz a produtividade da cultura. - As sementes saem do estado paralisado para germinativo.
- Reduz a qualidade dos produtos. - Processo germinativo só se inicia se existir condições
- Reduz o valor da terra. favoráveis.
Danos causados pelas plantas daninhas - A água é necessária para reidratação, assim como a
- Danos diretos: Produção e custo; reduzem a qualidade do temperatura para germinação.
produto comercial. - Há espécies cujas as sementes somente germinam em regime
- Sementes de capim carrapicho junto ao feno. de alternância de temperatura, como a grama ceda (Cynodon
- São responsáveis pela não certificação de sementes da dactylon).
cultura. - Semente de grama ceda dificilmente germinam no
- Diminuição do rendimento e na qualidade dos produtos e totalmente no escuro.
aumento de custos de produção. - Existem espécies de plantas daninhas que somente germinan
- Impedem a certificação de mudas em torrão. no escuro: Amaranthus hybridus (caruru, bredo, crista de
- Podem ser tóxicas para animais domésticos quando presentes galo).
em pastagem. - Quiescência: Repouso metabólico, condições desfavoráveis.
- Algumas espécies exercem o parasitismo em citros, milho e - Dormência: A semente não germina mesmo em condições
plantas ornamentais. Erva passarinho por exemplo favoráveis. A aveia cultivada germina no verão (sem
(Phoradendron rubrum). dormência), já a aveia silvestre germina desuniforme
Parasitas do sistema radicular (dormente).
- Striga hermonthica: Erva bruxa malvada. É uma das piores - Dormência primária: Adquire características ligadas a
ervas daninhas problemáticas do mundo. planta mãe.
- Danos diretos: - Dormência secundária: Também chamada de induzida,
- Hospedeiros alternativos de pragas e doenças: vírus à cultura adquire devido ao ambiente desfavorável.
do feijão que é transmitido pela mosca branca. - Plantas daninhas que apresentam dormência: Erva
- Mais de 50 espécies de plantas daninhas hospedam formigueira (Chenopodium álbum); língua de vaca (Rumex
nematoides. cryspus); quinquilho (Datura stramonium); o leiteiro
- O capim massambará (Sorghum halepense) é hospedeiro do (Euphorbia heterophylla).
vírus do mosaico da cana-de-açúcar.
- Prejudicam ou impedem os tratos culturais: corda de viola Classificação das plantas daninhas
(Ipomoea grandifolia). - Plantas daninhas comuns e verdadeiras.
- Podem ser altamente inconvenientes em áreas não cultivadas: - Comuns: São aquelas que não possuem habilidade de
áreas industriais, vias públicas, ferrovias e outros. sobreviver em condições adversas. São as domesticadas,
- Problemas sérios em ambientes aquáticos: taboa (Thypha cultivadas e demais plantas que não apresentam
angustifólia), aguapé (Eichornia crassipes) que pode características de agressividade proeminente.
atrapalhar a pesca e também hidroelétricas. - Verdadeiras: Apresentam características especias que
permitem fixa-las como daninhas. Não são melhoradas
geneticamente, crescem em condições adversas e são rústicas que se reproduzem por sementes e por mecanismos
quanto ao ataque de pragas e doenças. Possuem a habilidade vegetativos, exemplos: Cydon dactylon, Cyperus rotundus,
de produzir grande quantidade de sementes (42 mil sementes Imperata brasilensis. Perenes Lenhosas: que são plantas
por planta). Dormência e germinação são desuniformes. cujos caules têm crescimento secundário, com incremento
Plantas daninhas terrestres classificadas quanto ao hábito anual, ex: Senna obtusifolia.
de crescimento - Monocotiledônea: (arroz, trigo, cevada) possuem sementes
- Herbáceas: São plantas de porte pequena e tenras, com com apenas um cotilédone (ou “banda”) e dicotiledôneas
altura ou diâmetro de copa inferiores a 1,0 m. possuem dois (manga, laranja, feijão).
- Subarbustivas: Apresentam porte variando de 0,80 a 1,50 m - Monocotiledôneas são facilmente reconhecidas por não
de altura, tendo caules lenhosos e hábitos ereto. Ramificação possuírem galhos nem troncos largos, nem cascas ao redor do
desde a base. mesmo.
- Arbustivas: Apresentam caule ereto, lenhosas e porte - Dicotiledôneas: são reconhecidas como árvores pouco ou
variando de 1,50 a 2,50 m. muito frondosas com galhos, tronco largo e com casca grossa
- Trepadeiras: São plantas que utilizam outras plantas como ao redor do mesmo.
suporte. Ex: corda de viola. Principais famílias
- Parasitas: Cresce sobre a outra utilizando do seu alimento. - Poaceae: Talo cilíndrico, com nós e entrenós, entrenós com
Ex: Striga ssp. talo oco, bainha normalmente aberta, lígula normalmente
Classificação quanto ao local de ocorrência presente.
- Arvenses: São plantas que infestam culturas agrícolas e
pastagens.
- Ruderais: Ocupa locais de atividade humana, porém em
áreas não agrícolas, tais como terreno baldio, áreas industriais,
linhas de rede elétricas.
- Viárias: São aquelas que ocorrem ao longo de estradas e
rodovias.
Classificação quanto ao ciclo de vida - Asteraceae: Flores muito pequenas em dois tipos: tubulares
- Anuais: Completam seu ciclo de vida em apenas um ano ou e ligulares. Estames livres e anteras unidas, cálice
menos. Podem ser anuais de inverno (que germinam no transformado em papus, fruto em aquênio.
outono ou inverno, crescem na primavera e produzem frutos e
morrem em meio ao verão) e anuais de verão (que germinam
na primavera, crescem no verão e amadurecem e morrem no
outono). As mais importantes têm ciclo de vida que varia de
40 a 160 dias.
- Bianuais: Vivem mais do que um ano, porém menos do que
dois anos. Durante a primeira fase de crescimento, as plântulas
- Cyperaceae: Talo triangular sem nós, bainhas fechadas sem
desenvolvem vegetativamente até o estágio de roseta, há
lígula.
necessidade de um período frio para florescimento e
frutificação, e depois ocorre maturação e morte. Existem
poucas no Brasil.
- Perenes: São aquelas que vivem mais de anos e são
caracterizadas pela renovação do crescimento ano após ano a
partir do mesmo sistema radicular. Podem ser classificadas em
Perenes Herbáceas simples: que se reproduzem por
sementes e podem também reproduzir-se vegetativamente se
injuriadas ou cortadas. Perenes Herbáceas mais complexas:
- Polygonaceae: Nós dos talos inchados ou protuberantes, Mimosoideae:
seiva ácida e penetrante.

- Convolvulaceae: Trepadoras com folhas alternadas e sem


estípulas. O fruto é uma capsula.
- Amaranthaceae: Flores muito pequenas e de cor verde,
brácteas espinhosas, inflorescência condensadas.

]
- Chenopodiaceae: Folhas de disposiçãoalternadas, sem
estípulas, flores muito pequenas e de cor verde.

- Fabaceae: É subdividida em subfamílias: Caesalpinioideae,


Papilionoideae, Faboideae, Mimosoideae.
Faboideae:

- Malvaceae: Flores muito vistosas com cálice e corola


Caesalpinioideae: pentâmeros, anuais, fruto muitas vezes é uma capsula.

- Solanaceae: Possuem cinco estames, odor forte e


característico, folhar irregularmente recortadas.
Características de agressividade
- Alta capacidade da planta em se estabelecer e perpetuar
em determinado local.
- Plantas daninhas verdadeiras: agressivas em termos de
desenvolvimento e ocupação rápida do solo.
- Dominam as plantas cultivadas, caso homem não interfira.
- Elevada capacidade de produção de dissemínulos
(sementes, bulbos, turbéculos, rizomas, estalões).
- Manutenção da viabilidade mesmo em condições
desfavoráveis.
- Capacidade de germinar e emergir a grande prfundidades.
- Grande desuniformidade no processo germinatico
gh
(estratégia de dormência).
Para que a germinação ocorra:
- Viabilidade da semente.
- Exigências de condições internas favoráveis à germinação.
- Presença de condições ambientais favoráveis (água,
oxigênio,, temperatura e luz).
- Condições satisfatórias de sanidade (ausência de agentes
patógenos).
- As giberalinas promovem a quebra da dormência (fatores
endógenos) , possibilitando a germinação.
- A dormência secundária envolve a interferência na
absorção de água, oxigênio ou outros gases. Podendo ser por
camadas cerosas em volta da semente por exemplo.
- Principais fatores que provocam a dormência são o embrião
imaturo que retarda a germinação até que o embrião sofra
modificações; ou também o embrião dormente que é devido à
exigências especiais quanto à luz.
- Quiescência: Estado de repouso metabólico das sementes
devido as condições externas (fatores exógenos)
desfavoráveis a germinação, que são os seguintes fatores:
• Falta ou execesso de água no solo.
• Falta de oxigênio.
• Excesso de CO2, que age principalmente sobre as
sementes enterradas a grande profundidade.
• Temperatura baixa, que inibe a germinação.
- Praticas que estimulam a germinação de sementes
quiescentes:
• Revolvimento do solo.
• Drenagem das áreas encharcadas.
• Irrigação em solos secos.
apresentam elevado potencial competitivo em relação as
plantas daninhas.
- Culturas competitivas: Milho, soja, algodão, sorgo, cana ou
plantas com metabolismo fotossintétco C4.
- Culturas não competitivas: Feijão, tomate, cebola, arroz,
cenoura, mandioca, citros, maracujá, café ou plantas com
metabolismo fotossintético C3.
- Plantas C4: São mais eficientes na utilização de CO2.
Possuem maior taxa de crescimento por unidade de tempo,
maior eficiência em produzir biomassa seca com menor
utilização de água, meçhor aproveitamento da energia
luminosa.
Forma de propagação: - As plantas daninhas que apresentam sistema radicular muito
- Epizóica (externa): Acanthospermum australe (carrapicho desenvolvido, devemos tomar cuidado na implantação de
de carneiro) adere à lã das ovelhas. culturas agrícolas de baixa agressividade ou raízes pouco
- Endozóica (interna): as sementes ingeridas pelos animais desenvolvidas.
passam pelo intestino e através das fezes são distribuidas em
outras áreas.
- Hidrócora: Pela água de chuva, rios, córregos e inundações.
- Anemócora: Pelo vento, sementes leves e pequenas (caruru).

COMPETIÇÃO ENTRE AS PLANTAS DANINHAS E


CULTURAS
Plantas espontâneas
- São responsáveis por perdas na produtividade agrícola.
- Competição por água, nutrientes, espaço, luz e competição
física.
- são fortes produtoras de substâncias alelopáticas (herbicidas
- Quanto maior for a semlhança entre as espécies concorrentes,
naturais).
em termos fisiológicos e morfológicos, mais intensa será a
- Atuam como hospedeiras intermediárias de importantes
competição por água e nutriente. Consequentemente mais
pragas e doenças.
difícil de controlar.
- Gráu de interferência:
- A cultura exercerar maior competição em relação as plantas
• Direta: Competição, alelopatia, parasitismo. invasoras quando a cultura surgir primeiro no local, isso
• Indireta: Hospedeiro, práticas culturais, qualidade. depende de :
Competição
• Bom preparo do solo.
- É um fenômeno natural em uma comunidade de plantas, no
• Bom plantio das mudas e sementes.
qual existem recursos limitados como água, nutrientes e luz.
• Escolha de cultivar adequada para região.
- Nos ecossistemas agrícolas, as plantas daninhas levam
• Época de plantio.
vantagem competitiva sobre as plantas cultivadas.
• Bom vigor das mudas e sementes- excelente
- Competição intra-específica: Indivíduos da mesma espécie
crescimento inicial.
precisam dos mesmos recursos do meio.
• Boa densidade de plantio.
- Competição interespecífica: Indivíduos de espécies
• Boa adubação (localizada).
diferentes precisam dos mesmos recursos do meio.
- Recursos: fatores consumíveis, que são água, luz, nutrientes
- Culturas agrícolas com características de altura elevada, alto
e CO2.
índice de área foliar, elevada atividade fotossintética,
- Condições: não diretamente consumíveis, são pH e
densidade.
- Vantagens da competição das plantas daninhas:
• Seu porte e arquitetura.
• Maior velocidade de crescimento.
• Maior extensão do sistema radicular.
• Menos susceptibilidade e intemperes.
• Maior índice de área foliar.
• Produção de substâncias alelopáticas.

- Diferenças entre as rotas:

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