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4- MANEJO DAS TÉCNICAS HORTÍCOLAS

4.1. Introdução

Entendemos como manejo, diversas atividades


desempenhadas pelos agricultores, com o propósito de propiciar as
plantas às melhores condições possíveis para o seu
crescimento/desenvolvimento e conseqüente produção.
Neste sentido, estão envolvidos os tratos c ulturais, tais
como a poda, aclimatação, capinas, adubação, controle d as ervas
daninhas, de pragas e doenças, que quando não realizados,
comprometem o bom desempenho das plantas.

4.2. Classificação das plantas hortícolas

Os produtores da Amazônia estão p roduzindo as seguintes


culturas agrícolas, aqui agrupadas de acordo com as partes mais
utilizadas na alimentação/beneficiamento:
a) Raízes – macaxeira, rabanete.
b) Tubérculos – beterraba, cenoura, cará, batata -doce.
c) Rizomas – inhame.
d) Folhosas – couve, alface, r epolho, caruru, cebolinha,
coentro, salsa, taioba, chicória.
e) Frutos – (hortaliças), feijão vagem, favas, pimentão,
berinjela, tomate, abóbora, pepino, maxixe, chuchu,
melancia, melão, quiabo e pimenta de cheiro. (frutas),
cupuaçu, açaí, pupunha, banana, c itros, manga, coco,
maracujá, abacaxi, mamão, guaraná, dendê, cacau.
f) Sementes – arroz, soja, milho, sorgo.
g) Talos e colmos – cana-de-açúcar.
4.3. Modalidade de cult ivos

4.3.1. Canteiros (local definitivo)

A demarcação dos canteiros é feita com auxilio de 4


piquetes fincados nas extremidades de um retângulo com 1,20 m de
largura e no máximo 20,00 m de comprimento (cultivo convencional),
em (cultivo protegido) varia de acordo com a estrutura de proteção.
Entre os canteiros nas duas direções usa -se espaço de 1,00 m, mas
se o cultivo for mecanizado, esse espaçamento deverá ser de um
tamanho que permita o fácil movimento das máquinas. Sua altura
pode variar de 15 a 30 cm, dependendo das características do solo
a ser cultivado e da cultura a ser explorada.

4.3.2. Leira (local definit ivo)

Para construir as leiras, enterram -se em linhas, os


piquetes, que formarão suas extremidades. O espaçamento entre as
linhas depende da exigência da cultura. O comprimento é variável,
dependendo do sistema de cultivo a dotado, convencional ou
protegido. Entre os piquetes, no sentido do comprimento das leiras,
passa-se um fio a uma altura variável entre 20 a 30 cm , puxa -se a
terra dos dois lados ate alcançar o nível do fio, dando a forma
abaulada a leira.

4.3.3. Covas

Usam-se covas quando o lençol freático não é superficial.


Dimensões da cova – depende do tipo de solo: arenoso - 15
a 30 cm; argiloso – de 30 a 40 cm.

4.3.4. Campo
Usa-se o preparo do solo e a mecanização para adequar
o terreno ao tipo de plantio. De acordo com a topografia e o relevo
do local, usa m-se as diferentes “ferramentas” agrícolas para o
melhor uso do terreno, tais como: curva s de nível, cultivo em degrau,
uso de proteções vivas e etc.

4.4. Tratos culturais

Aqui neste tópico, est á incluído o preparo do solo, já vist o


anteriormente.

4.4.1. Capina e roçagem

Para que as plantas cresçam bonitas e viçosas, é necessário


que se evite a competição por luz, água e nutrientes com as ervas
daninhas. Esta atividade pode ser realizada de várias maneiras,
manual, mecânica e química. Ser feita diretamente nos recipientes
individuais (monda) ou no campo, onde no geral para plantas
perenes faz-se o coroamento e nos espaços entre as linhas a
roçagem. Para que esta prática seja mais efetiva, recomenda -se a
cobertura morta, que pode ser feita com diversos materiais,
normalmente sobras ou obtidos na propriedade.

4.4.2. Poda

Faz-se uso desta técnica com diferentes objetivos, desde


esculturas em parques temáticos, embelezamento urbano, bonsai,
assim como com finalidades agrícolas. Pode ser para condução da
muda/planta, limpeza e renovação/frutificação, como também para
rejuvenescimento ou tratamento fitossanitário.

4.4.3. Irrigação
Podemos resumir esta técnica, como o fornecimento
artificial de água para as plantas, pode ndo ser realizada com a força
da gravidade ou motorizada, com materiais de baixo custo, assim
como materiais sofisticados e de alta tecnologia, podendo este
fornecimento ser feito desde a época da semeadura até a produção,
nos canteiros e viveiros, assim como no campo, durante todo o ciclo
ou apenas em algumas situações.

4.5. Aclimatação

Normalmente, quando cultivamos as plantas, temos uma


etapa que as conduzimos sob determinadas condições, por exemplo,
fornecemos ou deixamos de fornecer luz ou água. Quando estas
plantas são levadas ao campo, se não forem preparadas para tais
condições, irão sentir os efeitos, o que compromete o
desenvolvimento, assim como pode até levar à morte, causando
falhas no plantio e despesas como o replantio.

4.6. Plantio

Pode ser feito de diversas formas, manual, mecânico e com


máquinas. Ser realizado a lanço, em linhas, covas, bandejas ou
recipientes individuais.

4.7. Controle fit ossanitário

Esta atividade requer dos produtores, atenção e cuidados,


desde a identificação precoce do problema até a aplicação do
produto recomendado para o tratamento ou prevenção das pragas
ou doenças.
Começa com a prevenção de doenças de ocorrência
natural, como o tombamento e a mela, que podem ser evitadas com
o expurgo do substrato, a identificação das pragas ou doenças, a
consulta a um profissional capacitado (receituário agronômico), os
tipos de pulverizadores, bicos, produtos, formas de aplicação,
manejo integrado de pragas, monitoramento, etc.

4.8. Controle de Pragas, utilizando-se de métodos naturais.

4.8.1-Solução de água e sabão: colocar 50 g de sabão caseiro em 5 litros de


água quente, deixar esfriar e pulverizar sobre as plantas. Controla: cochonilhas,
lagartas e piolhos.

4.8.2-Macerado de fumo: Picar 10 cm de fumo de corda e colocar em um litro


de água por um dia. Diluir em 10 litros de água e pulverizar as plantas. Controla:
cochonilhas, lagartas, pulgões e piolhos.

4.8.3- Macerado curtido de urtiga: Colocar 50 g de urtiga fresca ou 100 g de


urtiga seca em 1 litro de água e deixar curtir por 2 dias. Para aplicação, diluir em
10 litros de água e pulverizar sobre a planta ou no solo. Controla: pulgões,
lagartas (aplicação no solo).

4.8.4- Macerado de samambaia: Colocar 500 g de folhas frescas ou 100 g de


folhas secas em um litro de água e deixar de repouso por um dia. Ferver por
meia hora. Para aplicação, diluir 1 litro de solução para 10 litros de água.
Controla: ácaros, colchonilhas e pulgões.

4.8.5- Macerado de alho: Esmagar 4 dentes de alho em 1 litro de água e deixar


curtir por 12 dias. Diluir em 10 litros de água e aplicar sobre a planta. Controla:
pulgões e nematóides do alho.

4.8.6- Infusão de losna: Derramar 1 litro de água fervente sobre 30 g de folhas


secas e deixar em infusão por 10 min. Diluir em 10 litros de água e pulverizar
sobre as plantas. Controla: lagartas e lesmas.

4.8.7- Cinzas de madeira: controla pragas de parte aérea de plantas, pulgões,


etc.
4.8.8-Pimenta do reino: Diluído em água pode ser pulverizada sobre as plantas
para o controle de pulgões.

4.8.9- Cravo de defunto: Quando plantado nas bordaduras das lavouras,


impede o aparecimento de nematóides.

4.8.10- Poronga ou cabaça: Quando está verde, o fruto é cortado ao meio e


colocado na lavoura, o líquido existente junto com as sementes atraem insetos.
Controla: vaquinhas ou patriota.

4.8.11-Soro de leite: Quando pulverizado sobre as plantas provoca o


ressecamento e mata ácaro.

4.8.12- Armadilha luminosa: A lanternas de querosene, que são usadas para


a iluminação no interior, podem também ser usado para controle da broca dos
ponteiros(mariposa oriental), que ataca pessegueiro e nectarina.

4.8.13- Saco de aninhagem: umidecê-lo com um pouco de leite e colocar na


lavoura em vários locais. No dia seguinte, pegar as lesmas que estão aderidas
nos sacos e matá-las.

4.8.14-Controle de formigas: repelir com barreiras de farinha de ossos, cascas


de ovos moída ou carvão vegetal em linha seguida sobre o solo.

4.9. Métodos naturais de controle de Doenças.

4.9.1-Chá de camomila: imergir um punhado de flores em água fria por um a


dois dias. pulverizar as plantas principalmente as mudas na sementeira. Controla
diversas doenças fúngicas.

4.9.2-Macerado de urtiga: controla míldio da uva.

4.9.3-Mistura de cinza e cal: Dissolver 300 g de cal virgem em 10 litros de água


e misturar mais 100 g de cinza. Coar e aplicar sobre as plantas através de
pincelamento ou pulverização durante o inverno, quando as plantas frutíferas
estiverem em dormência. Controla: algas, liquens e musgos das frutíferas.
4.9.4- Cal: Fazer uma pasta de cal e pincelar sobre o tronco. Isso evita a subida
de formigas e ajuda a controlar a barba das frutíferas.

4.9.5- Pasta de argila, esterco, areia fina e chá de camomila: misturar partes
iguais de argila, esterco, areia fina e chá de camomila de modo a formar uma
pasta. Usar para proteger os cortes feitos pela poda e também os ramos doentes
durante o outono, após a queda das folhas e antes da floração e brotação.

4.9.6- Chá de cebolinha: derramar água fervendo sobre as folhas de cebolinha


fresca e deixar em infusão por 15 minutos. Diluir 1 litro para 2 litros de água e
pulverizar toda a planta. Controla: sarna, principalmente da macieira.

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