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Resumo
1
1 INTRODUÇÃO
2 CARACTERIZAÇÃO DA ALFACE
A alface é originária da Ásia e por volta de 4.500 a.C. já era conhecida no antigo
Egito e chegou ao Brasil no século XVI, através dos portugueses. Hortaliça tipicamente
folhosa, de elevado consumo e de grande aceitação.
A alface cultivada (Lactuca sativa), faz parte da Família das Asteraceae e da
Tribo das Lactuceae. O gênero Lactuca compreende por volta de 100 espécies conhecidas.
Geralmente os botânicos consideram que Lactuca sativa é saída da espécie
selvagem Lactuca serriola. Existe uma enorme variabilidade no seio de Lactuca sativa. O seu
plantio, nas regiões de planalto, ocorre entre os meses de março a setembro; nas regiões
serranas, o ano todo. O espaçamento que deve ser utilizado deve seguir as dimensões de 20 x
20 cm ou 25 x 25 cm ou 30 x 30 cm, para plantio em patamares.
As sementes indicadas para este tipo de plantio devem ser de 500-900g/ha, em
sistema de cultivo com transplante e até 4kg/ha, em sistema de cultivo por semeadura direta.
2
Para a calagem e adubação deve-se aplicar calcário para elevar a saturação em bases de 80%,
sempre que a análise indicar valores inferiores a 70%.
No plantio, utilizar 60 a 80t/ha de esterco de curral bem curtido, ou 1/4 dessa
quantidade de esterco de galinha. A aplicação deve ser feita em mistura com o solo dos
canteiros e com os adubos minerais pelo menos 10 dias antes da semeadura ou do transplante
das mudas. Aplicar 300-500g/ha de P2O5, 90-150g/ha de K2O e 1kg/ha de boro.
Em cobertura, fazer duas aplicações 40kg/ha de N, aos 30 e 45 dias após
germinação (semeadura direta). No caso de transplante das mudas, aplicar três coberturas de
25 kg/ha de N, decorridos 10, 20 e 30 dias da operação.
A irrigação deve ser freqüente, por infiltração ou por aspersão, e os canteiros,
formados de acordo com o sistema de irrigação a ser utilizado. Outros tratos culturais também
devem ser levados em consideração, tais como a cobertura morta (o bagaço de cana moído,
após a semeadura, no sistema de cultivo por semeadura direta, é o mais indicado); controle de
ervas daninhas; capinas e desbastes (deixar uma planta por cova, no cultivo de semeadura
direta).
Para o controle de pragas e moléstias, como pulgões e tripes: malatiom, mevinfós
ou pirimicarbe; lagarta-rosca: carbaril; doenças das folhas (fungos): Iprodiona, manebe ou
captã, mosaico: deve-se utilizar cultivares resistentes e sementes sadias; vira-cabeça: controle
do inseto vetor (tripes); nematóides (Meloidogyne sp.): tratamento do solo antes do plantio,
rotação de cultura com plantas não hospedeiras e emprego da Crotlaria spectabilis Roth.
Como cultura de cobertura dos terrenos infestados.
Na colheita, efetuá-la quando a planta ou "cabeça" atingir o máximo
desenvolvimento, porém as folhas estão tenras e ainda não há nenhum indício de
florescimento. A precocidade na colheita depende do cultivar, clima, local, época de plantio e
sistema de cultivo, sendo a alface geralmente colhida 50-80 dias após a semeadura.
Em culturas comerciais, a colheita pode prolongar-se por uma semana, pois nem
todas as plantas atingem o ponto ideal ao mesmo tempo. A colheita é manual, sendo as
plantas cortadas à altura do coleto, logo abaixo das folhas basais. São produzidas
normalmente, cerca de 60.000 a 120.000 plantas ("cabeças") ou 800 a 1.200 engradados
pequenos por hectare. Os cultivares de IAC Brasil 202, IAC Brasil 221, IAC Brasil 303 e IAC
Brasil 304 possuem resistência ao vírus do mosaico da alface.
O 'IAC Brasil 202' e o 'IAC Brasil 221' apresentam tolerância ao pendoamento
precoce, sob condições de temperatura elevada. Além desses dois, é recomendado para o
3
cultivo no verão, o “Regina”. A aplicação de inseticidas e fungicidas na cultura da alface deve
seguir recomendações técnicas, obedecendo às dosagens e períodos de carência.
A rotação de cultura é necessária em locais, onde a alface é intensamente
cultivada, em vista da possibilidade de ocorrência das seguintes doenças: podridão-de-
esclerotínia, queima-da-saia (Rhizoctonia), míldio (Bremia lactucae) e podridão causada pela
bactéria Erwinia carotovora.
A irrigação diária pela manhã (até às 10 horas) e à tarde (depois das 16 horas),
assim como a utilização de uma camada menos espessa de bagaço de cana na cobertura dos
canteiros, são práticas recomendáveis para o cultivo de alface na época do verão.
A alface é uma hortaliça anual da família das compostas. É considerada uma
planta de inverno, mas não resiste a temperaturas muito baixas, existem algumas espécies de
verão. Entre as mais cultivadas no Brasil destacam-se três grupos: grupo manteiga, grupo
repolhuda americana e grupo folha.
Estas variedades da alface preferem solos leves, bem arejados, bem drenados, com
baixo teor de matéria orgânica e com um pH entre 6,0 e 6,8; geralmente são semeadas no
outono e no inverno, mas também existem variedades tolerantes às altas temperaturas
(variedades de verão).
A variedade analisada neste estudo é a Mônica. Ela requer uma adubação do solo
com esterco bem curtido e uma irrigação de duas a três vezes por semana, ou diariamente pelo
início da manhã ou no final da tarde; É resistente às principais pragas que afetam essa espécie
que são a lagarta-rosa, a paquinha, o grilo, a lesma e o caramujo; e a principal doença que é a
virose-mosaico.
4
3 A ÁGUA NA PLANTA
Na alface, cerca de 95% do peso da matéria fresca é composta por água, em certas
sementes podem chegar a 4%.
A água é essencial para as plantas, pois é a responsável pela manutenção e
preservação das suas atividades vitais.
3.2.1 Bipolaridade
5
As moléculas de água acham – se ligadas através de pontes de hidrogênio; as
moléculas orgânicas nas quais a água é constituinte, moléculas hidratadas, são as proteínas,
carboidratos, ácidos nucléicos; essenciais para o crescimento e para o desenvolvimento dos
organismos.
+ +
+
Figura 3.2.1.1 – Estrutura molecular mostrando a distribuição
eletrônica e a posição das ligações de hidrogênio
A sua alta constante dielétrica faz com que a água seja um ótimo
solvente para íons.(Klaus Reichardt).
6
3.2.3 Pontos de fusão e ebulição
4 NUTRIÇÃO MINERAL
Aristóteles já dissera:
“As plantas não tem alma para pensar”.
8
Ex.: N, P, Mg.
A planta precisa dele para completar o seu ciclo de vida, morrendo antes
sem ele;
O elemento é insubstituível;
Afeta diretamente a vida da planta, modificando as condições físicas,
químicas ou biológicas do meio desfavoráveis ao vegetal.
9
K Abertura e fechamento de Predomina em forma iônica, compostos
estômatos, síntese e estabilidade de desconhecidos.
proteínas, relações osmóticas,
síntese de carboidratos.
10
Fé Grupo ativo em enzimas e em Citocromos, ferredoxina,
transportadores de elétrons. catalase, peroxidase,
reductase de nitrato,
nitrogenase reductase de
sulfito.
Mn Fotossíntese, metabolismo de Reductase de nitrato,
ácidos orgânicos.
Mo Fixação de N2, Redução do Nitrogenase
-
NO3
Zn Enzimas Anidrase carbônica, aldalose.
Modificada de Hewitt & Smith (1975).
Tabela 2 - funções e compostos dos micronutrientes
5 FOTOSSÍNTESE
6.1 Germinação
12
6.2 Regulação do crescimento e do desenvolvimento: Os hormônios Vegetais.
“Uma planta faz muito mais de que simplesmente aumentar sua massa
e seu volume para crescer. Ela diferencia-se, desenvolve-se e adquire formas,
formando uma variedade de células e tecidos”, (Raven, pág 509).
13
CADEIA LATERAL DE
ANEL INDÓLICO ÁCIDO ACÉTICO
CH 2 COOH
H
ÁCIDO INDOL - ACÉTICO (AIA)
6.2.2 Etileno
6.2.3 Giberelinas
14
6.3 Análise quantitativa do crescimento
IDADE DA PLANTA
Figura 6.3.1 - Curva ilustrativa do crescimento sigmoidal de uma planta.
15
O
T
N
E
M
I
C
S
E
R
C
Ln
IDADE DA PLANTA
7 CAMPO MAGNÉTICO
16
7.1 Definição
entendimento pode ser obtido utilizando-se a chamada regra da mão estendida, onde o polegar
indica o sentido da corrente elétrica e os outros dedos curvados determinam o sentido das
linhas de indução.
17
Usando-se a regra da mão direita estendida é possível determinar que: a corrente
percorrendo o sentido horário da espira o campo vai “entrar” na espira e quando a corrente
percorre o sentido anti-horário, o campo “sai” da espira. Observa-se, também, que o campo
sempre está apontado para a face norte da espira.
O vetor B , no centro da espira, tem módulo dado por:
.i
B
2R
raio da espira.
é dado por:
.N .i
B
18
Onde é a permeabilidade magnética, i é a corrente que percorre a espira, é o
8 MATERIAIS E MÉTODOS
20
Primeiro Ensaio.
Pegou-se dois vasos dentro dos quais foram plantadas doze sementes espaçadas
quatro centímetros para que ficassem as mais próximas possíveis do centro do solenóide, cada
vaso recebeu 50 ml de água a temperatura ambiente.
Mediram-se, então, as temperaturas interna e externa ao solenóide; e, um dos
vasos, foi colocado no interior do mesmo.
A biometria foi realizada, diariamente, pela manhã às 08:30 H e à tarde às 16:30
H; e, a partir do sexto dia apenas às 16:30H.
A irrigação aconteceu simultaneamente à biometria, com a adição de 50 ml de
água, no 1º dia, em cada vaso; e, 25 ml a partir do 2º dia.
21
Figura 8.2.2.2 Germinação das primeiras sementes
internas ao solenóide
Segundo Ensaio.
22
Figura 8.2.2.4 Vaso externo e vaso interno com as plântulas
Terceiro Ensaio.
Para este ensaio as condições iniciais foram estabelecidas, semelhantes aos dois
ensaios iniciais, porém o campo praticamente não sofreu alterações iniciais nas primeiras 24
H, conseguindo – se assim um campo magnético fraco de 0,30 mT.
As condições de irrigação também foram alteradas reduzindo – se para 17,5 ml de
água/vaso.
23
A biometria foi realizada diariamente, duas vezes ao dia, registrando – se somente
a segunda medição.
Em todos os casos, a sonda foi colocada a uma altura de 10,5cm, bem rente a
terra; e os vasos internos foram colocados de forma que ficassem no centro do solenóide.
9 RESULTADOS E DISCUSSÃO
9.1 Resultados
Ensaio 1
24
Medidas/Data Horário Te / Ti B (mT) I (A), V (V) Crescimento Água (ml)
25
Vaso interno:
Planta1i cresceu 2,5cm
Planta2i cresceu 2,3cm
Planta3i cresceu 1,8cm
10 – 15/8/5 8h30min 29,5/31,8 0,64 2,05/1,8 Vaso externo:
Planta1e cresceu
4,1cm 25(2)
Planta2e cresceu
3,5cm
Vaso interno:
Planta1i cresceu 3,1cm
Planta2i cresceu 2,5cm
Planta3i cresceu 1,8cm
11 – 15/8/5 16h30min 30,5/32,1 0,66 2,05/1,8 Vaso externo:
Planta1e cresceu
4,1cm 25(2)
Planta2e cresceu
3,5cm
Vaso interno:
Planta1i cresceu 3,1cm
Planta2i cresceu 2,5cm
Planta3i cresceu 1,8cm
12 – 16/8/5 16h30min 30,5/32,7 0,64 2,02/1,8 Vaso externo:
Planta1e cresceu
4,1cm 25(2)
Planta2e cresceu
3,8cm
Vaso interno:
Planta1i cresceu 3,5cm
Planta2i cresceu 2,5cm
Planta3i cresceu 1,8cm
13 – 17/8/5 16h30min 29,5/31,8 0,65 2,04/1,8 Vaso externo:
Planta1e cresceu
4,2cm 25(2)
Planta2e cresceu
4,1cm
Vaso interno:
Planta1i cresceu 3,7cm
Planta2i cresceu 2,5cm
Planta3i cresceu 1,8cm
26
14 – 18/8/5 16h30min 29,5/32,0 0,66 2,05/1,8 Vaso externo:
Planta1e cresceu
4,2cm 25(2)
Planta2e cresceu
4,1cm
Vaso interno:
Planta1i cresceu 3,7cm
Planta2i morreu
Planta3i cresceu 1,8cm
15 – 19/8/5 16h30min 30,0/31,3 0,69 2,00/1,8 Vaso externo:
Planta1e cresceu
4,2cm 25(2)
Planta2e cresceu
4,1cm
Vaso interno:
Planta1i morreu
Planta2i morreu
Planta3i morreu
1,6
1,4
1,2
1
Tamanho (cm)
0,8 Tamanho
0,6
0,4
0,2
0 27
1 2 3 4 5 6
Dia
Figura 9.1.1 Gráfico do tamanho alcançado pelas plântulas com
campo em relação ao tempo (Ensaio 1).
Ensaio 2
Os dois primeiros dias observaram-se que o campo variou muito, 016 mT.
A temperatura manteve-se constante e houve uma resolução na quantidade de
água; no entanto, nessas condições não houve germinação das sementes expostas ao campo
magnético fraco obtiveram uma germinação mais uniforme quando este campo alcançou uma
variação de 0,07 mT a partir do primeiro dia. Observe a tabela abaixo:
28
nou 2
sementes
Vaso int:
não
germinou.
29
Crescim ento ao Ar Livre
2,5
2
Tamanho (cm)
1,5
Amostra1
Amostra2
1
0,5
0
1 2 3 4 5 6
Dia
magnético
mpo Ensaio 3 gerado pelo solenóide em relação ao tempo (Ensaio 1).
Analisando a tabela abaixo, verificou-se que com a obtenção de uma campo
magnético praticamente estável, variando 0,01 mT houve a germinação de 10 sementes.
A redução da quantidade de água o solo tornou-se menos úmido; isso ocasionou
uma redução na temperatura interna do solenóide havendo uma variação de 0,3ºC a diferença
entre as temperaturas internas e externas variou entre -0,5ºC e 1ºC.
No quarto dia três sementes germinaram pela manhã e a tarde mais seis alcançando
assim uma altura média de 1,8 cm. Até o quinto dia dez plantas haviam crescido e atingido
um tamanho médio de 4,2 cm.
Em relação ao grupo controle, a germinação ocorreu no terceiro dia com uma
semente apenas. No quinto dia observou-se que as plantas apresentavam tamanhos diferentes
atingindo uma altura média de 4,5 cm.
30
Medi Data Horá Temp. Temp. Campo Corrente Dd Tamanho Águ
das rio Extern Interna Magnétic Elétrica pV a
a oC o
C o mT A ml
01 22/0 17h2 31,0 31,6 0,31 2,03 1,8 Não 17,5
8/05 0min germinou
02 23/0 17h2 31,0 31,6 0,31 2,05 1,8 Não 17,5
8/05 0min germinou
03 24/0 17h2 32,0 31,5 0,31 2,05 1,8 Vaso 17,5
8/05 0min ext:germi
nou 1
semente
Vaso int:
não
germinou.
31
05 26/0 17h2 30,5 31,5 0,30 2,07 1,8 Vaso 17,5
8/05 0min ext:cresce
ram 13
sementes
com
tamanho
médio de
4,5 cm
Vaso int:
cresceram
10
sementes
com
tamanho
médio de
4,2 cm
32
Evolução de Crecim ento
4,5
3,5
3
Tamanho (cm)
2,5
Com Campo
Sem Campo
2
1,5
0,5
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Dia
Figura 9.1.3 Gráfico da evolução do crescimento das Plântulas com e sem campo
em função do tempo.
10 CONCLUSÃO E SUGESTÃO
10.1 Conclusão
33
planta possa realizar o processo fotossintético e obter seus próprios nutrientes. Essa utilização
de nutrientes só é possível devido à presença de substâncias, hormônios, em seu interior.
Pode - se concluir também que a água possui um papel relevante, afinal a cada
irrigação o campo aumentava e isso só quando o solo ficava bem úmido, a água acelera o
fluxo de hormônios de crescimento na planta e o fluxo de íons.
O solo com mais umidade proporciona a semente de alface melhor absorção de
campo magnético isso se deve, principalmente porque água atua como agente catalisador da
ionização que acontece durante a emissão do campo sobre esta, água oferece um maior espaço
para os íons se movimentar, além disso, um aumento de temperatura pode diminuir o campo
magnético, interferindo assim negativamente no metabolismo da semente. A energia química
a mais que a semente ganha devido à interação do campo magnético com os radicais livres
existentes nos tecidos das células do vegetal.
De forma geral, o campo é bom pra germinar, mas pra crescer além do campo a
planta precisa absorver mais energia, pois ela está em fase de crescimento.
A uniformidade da germinação é propiciada pelo campo magnético aplicado,
também é facilitada pela própria geometria do solenóide que propicia um espalhamento com
simetria radial, na parte interna deste experimento. Ressalta-se também que o campo no
interior do solenóide possui intensidade constante.
10.2 Sugestão
34
REFERÊNCIAS
AWAD, Marcel. CASTRO Paulo R.C. Introdução à fisiologia vegetal, São Paulo: Ed.
Nobel, 1983.
FERRI, Mário Guimarães et al. Fisiologia Vegetal, São Paulo: EPU: Ed. da Universidade de
São Paulo, 1979.
PAULI, Ronald Ulisses, MAUAD, Farid Carvalho, HEILMANN, Hans Peter. Física 4.
Eletricidade, Magnetismo,Física Moderna,Análise Dimensional, São Paulo: EPU, 1979-
1980.
RAVEN, Peter H., EVERT, Ray F., EICHHORN, Susan E. Biologia Vegetal. 5ª ed., Rio de
Janeiro: Editora Guanabara Koogan SA,1996.
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