MÉTODOS DE CONTROLE: mecânico, cultural, biológico e químico
MECANICO: lavagem – promove uma limpeza externa nos materiais
vegetais, livrando de cistos aderentes (EX: tubérculos de batata – cistos de GLOBODERA sp) aparamento de raízes ou descarneamento – retira endoparasitas em início da infestação (EX: mudas de citrus com TYLENCHULUS SEMIPENETRANS e rizoma de bananeira com RADOPHOLUS SIMILIS) uso de calor/choque termico – tratamento térmico de sementes, tubérculos, bulbilhos de alho com agua quente ou até solo com vapor d’agua. Um dos tratamentos mais usado atualmente é a solarização ou pasteurização do solo através do uso do filme plástico, sob solo pleno. É feita por 15 dias a partir de set/out/nov, com plástico transparente. A temperatura chega ate 60 – 70 ºC, tornando o ambiente hostil aos juvenis, ou até letal, pois são muito sensíveis ao choque térmico. Podem ser usadas tbm autoclave, e a estufa, mantendo a temperatura constante de 45 – 100 ºC por, no mínimo 5 min. ou ate 1 hr. (EX: tratamento em mudas de citrus – aguentam ate 47 ºC por 10 – 20 min, mata 98 – 100% dos nematoides). - A hidrotermoterapia tbm é útil em tratamento de estolões de morango, alho semente, rizoma de gengibre e etc
CULTURAL: alqueive/pousio – deixa o solo por um tempo em repouso (min
6 meses), para que os juvenis morram por inanição ou dessecamento. É fundamental que se observe problemas de erosão, presença de cistos no caso de infestação de heterodera e a falta de retorno financeiro imediato, fato esse que torna impossível o emprego do método em áreas arrendadas. Pode se fazer alqueive no sujo – áreas com plantas daninhas de folha larga, mas em áreas com infestação de Pratylenchus sp. se for prevalência de meloidogyne sp. Recomenda – se alqueive no limpo. inundação do solo – no mínimo 60 dias para morte por asfixia. Diminui a possibilidade de oxigenação(anoxibiose) dos juvenis e diminui a qntd de hospedeiros. Se tiver boa qntd de M.O otimiza – se o método. Uma das culturas mais usadas nesse caso é arroz inundado ou junco. Problemas para uso do método (tempo, topografia do terreno, desestruturação do solo e etc) destruição dos focos – eliminar hospedeiros susceptíveis. Interrompendo o ciclo diminui – se a qntd de inoculo para os futuros cultivos. Pode ser feita só nas reboleiras ou em áreas maiores, dependendo da cultura o tempo é limitante, principalmente nas perenes, e depende tbm da espécie (EX: café, citros, palmáceas e etc) rotação de cultura–quebra o ciclo do parasito, na sequência de cultivo. Diminui a população. Problemas (mais viável em cultivos anuais; presença de mais de uma espécie de fitonematoide; clima; solo e etc) Culturas mais usadas (milho, sorgo, cana, mamona, amendoim e outros). Tbm manejo de solo, aumenta a SB, mais micronutrientes, descompactação – cuidado com tiguera em soja. adição de M.O - a decomposição de materiais orgânicos adicionados ao solo libera ácidos graxos voláteis, altamente tóxicos ao nematoides (os butirico e propionico: nematicidas), diminuem a população de nematoides, ajudam no aumento da população de IN e disponibilização de maiores teores de nutrientes para as plantas. Pode – se usar torta de mamona e de filtro, vinhaça, resto de culturas, esterco e etc. plantas armadilhas – 2 tipos: - antagônicas ou altamente resistente, mas com grande atratividade (EX: crotalarias, tagetes, mucunas e etc). – Ou usar plantas PHS ou susceptíveis (EX: tremoço, quiabo, tomate e etc) que atraem e depois são eliminadas para matar os nematoides que entraram nas raízes. O segundo método tem que ser bem monitorado se não tem efeito contrario. variedades resistentes – são plantas com FR menores que 1 ou que tenham tido no máximo 2 no teste de avaliação de resistência (EX: soja, cana, café, algodão e etc)
BIOLOGICO: vários organismos da natureza são predadores ou parasitos de
fitonematoides.
fungos– podem ser com ou sem anéis de constrição. Simples ou constritores.
Mais eficientes (paecylomyceslilacinus; arthrobotrys irregulares, monacrosporium sp. Entre outros) Produtos (royal 350, NemOut, ditera, klamic e etc). Geralmente parasitam ovos e fases ativas dos fitonematoides, ou enovelam – se os indivíduos impedindo que prossigam seu ciclo. Tbm produzem metabolitos tóxicos que inibem a eclosão de juvenis, ou impedem sua mobilidade. Alguns fungos podem tbm ser ingeridos ou atravessarem a barreira da cutícula, agindo como causadores de septicemia, como acontece com o Hirsutellathompsoni. bactérias – a mais eficiente é pasteuria penetrans. Seu modo de ação é esterilizando fêmeas que ficam impedidas de formar descendentes. Possuem grande habilidade de caça, adaptação ao ambiente, alta especificidade, sincronia de ciclos com nematoides, grande sobrevivência em solos seco ou encharcados, resistente aos principais herbicidas e ao choque térmico. Microbiolização: uso de rizobactérias como pseudômonas sp, conhecidas como RCP’s. Melhoram a nutrição das plantas e aumentam a supressividade dos solos, através da produção de antibióticos, hormônios de crescimento e sideróforos que aumentam a absorção do ferro pelas plantas. Usadas como inoculante em tratamento de sementes. Alteram a coordenação dos nematoides; inibem a eclosão dos juvenis; produzem toxinas que matam o embrião dentro do ovo; inibem a produção de sinalizadores moleculares de atração pelos nematoides. Em raízes, penetram entre as células e repelem os juvenis, que não reconhecem o exsudato radicular. São exigentes com M.O, agua, temperatura e adubação. Junto com rotação de cultura e variedades resistentes, a eficiência aumenta e instala – se o equilíbrio populacional. QUIMICO: nematicidas – carbamatos sistêmicos (mais eficientes). Agem por contato, mas principalmente por ingestão (juvenis ingerem e morrem). Podem ser usados no tratamento de sementes, no solo ou diretamente nas plantas. Agem na musculatura labial e dos estiletes dos espécimes, afrouxando – os no processo de absorção do alimento, oq os torna inaptos para a sucção. A maior vantagem é a rapidez e mata J2, mas são extremamente tóxicos, necessita de uso racional e em casos muito especiais. NUNCA devem ser usados em cultivos de ciclo curto. Usados em (cana, café, batata, banana e etc). Para tratamento de semente é usado em algodão, feijão, arroz, milho. São eficientes contra meloidogyne, heterodora e pratylenchus. Produtos (oxamyl, terbufós, ebufós, abamectina e etc) AMOSTRAGEM EM SOLO: podem ser simples ou compostas, depende da manifestação do sintoma ou do tamanho da área. simples – feita nas reboleiras, coletando – se no terço médio da área circular, em amostra única. composta – feita em áreas total, tomando vários pontos previamente demarcados, andando no sistema zigzag simples ou alternado. -- A qntd de solo é de no mínimo 500g, nunca misturar áreas de cultivos diferentes. Elas devem vir com as raízes encontradas nos pontos de coleta, retiradas ao acaso. A profundida da coleta depende da arquitetura da planta, mas deve ser de no mínimo 10 cm, pode usar o trado holandês, pá ou equipamento motorizado, é necessário a higienização depois de cada coleta para não levar nematoides para áreas limpas. É importante a coleta de raízes eventuais no ato, mesmo que a área não esteja sendo cultivada. Sempre existem plantas daninhas de folha larga que vão servir de alimento para algumas espécies, isso é bom, pois serve para fornecer fêmeas maduras que serão utilizadas para identificação da espécie, essas fêmeas nunca estão no solo. Após a coleta, os solos são colocados em sacos plásticos bem resistentes para que não haja vazamento ou dessecação, as raízes são colocadas juntas para não desidratarem. Se a entrega ao laboratório não for imediata deve – se colocar as amostras na geladeira (sem congelar), para que não se perca os nematoides por dilaceração devido ao aumento do volume do corpo. Os sacos devem estar bem fechados e etiquetados por fora da embalagem, seguindo a ordem de coleta no campo e a distribuição de cultivos diferentes. Recomenda – se a execução de croqui de coleta para recuperar o ponto positivado e tornar mais fácil a decisão de manejo
EM PLANTAS: todo material suspeito deve ser amostrado. Hoje em dia é
necessário o monitoramento de viveiros. A legislação exige laudo de sanidade para o transporte de mudas ou qlqr outro material de propagação. No PR a fiscalização é feita pela ADAPAR (mudas de café). Deve – se fazer coleta em 0,5% das mudas produzidas por canteiro (até 1000 unidades). Caso a produção for menor que 1000, obedece a coleta de 0,5%. Os saquinhos devem ser separados, cortados com estilete, as raízes esboroadas, lavadas e cortados ao nível do colo, eliminando os dois a quatro par de folhas. Cada maço amostrado deve ser colocado em vidro de 500ml com uma colher de formol 40, ou acondicionadas em sacos plásticos no sistema de charuto, porém, nesse caso, devem ser guardadas em geladeira até serem levadas ao laboratório. Junto com as amostras devem ser entregues um termo de retirada de amostra (TRA), com as seguintes informações: nº de canteiros amostrados; nome das variedades, total produzido, total coletado e % de pião torto, para aproveitar as amostras; nome e endereço do produtor, nº do seu renasem junto a secretaria de agricultura, deve ter tbm a assinatura e CREA do engenheiro agrônomo responsável. Cada frasco tem etiqueta por fora (NUNCA NA TAMPA). Se o resultado de positivados do laudo for maior que 50% do total de mudas produzidas e amostradas, todo o lote será condenado e descartado; menor que 50% há uma segunda chance de avaliação, porém, a amostragem deverá ser de 1% e não mais de 0,5%. Se persistir o resultado, condena só os lotes positivados e libera os negativados. Caso outros canteiros apresentem contaminação, todo o viveiro será condenado e as mudas serão inutilizadas pelos técnicos através do uso de herbicida - Pode – se misturar canteiros e variedades, mas sem passar o total de 1000 unidades.
SINTOMATOLOGIA: a nível de campo, ocorre geralmente em reboleiras. São
os chamados sintomas reflexos, pois estão longe da área infestada, ocorrendo principalmente em folhas. Surgem: amarelecimento, nanismo, desfolha e queda na produção, facilmente confundidos com deficiência de nutrientes. Plantas adultas de cafeeiro, apresentam envaretamento, ou seja, desfolha do ápice para a base – sintoma bem característico de infestação de meloidogyne sp. Outros são mais específicos: baixa produção de perfilhos em cana; folha presa em alho; sementes chocas. Em plantas, os sintomas podem ser diretos, ou seja, no local do parasitismo, ou uma associação das duas situações. Em raízes é comum o aparecimento de galhas, necrose, galerias, descolamento de córtex, encurtamento ou excesso de raízes (cabeleira), pipocas em tubérculos. No caule de palmáceas, forma – se internamente um anel vermelho. Em bulbos há podridões, como ocorre em alho e narciso. Em folhas de arroz surge a ponta branca – sintoma de presença de nematoide na parte aérea, com posterior enrolamento. Mais tarde esses nematoides migram para o cacho e depois para as sementes, causando o chochamento característico