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Basidiomycota: ferrugens e carvões: possuem duas fases distintas,

monocariótica e dicariótica:

- Carvão do milho: clima seco, temperatura alta. Hospedeiros: só o milho


Sobrevivência: forma de teliosporo, que germina, forma os basidiósporos
leveduriformes. Disseminação: semente e solo contaminado. Controle: campo
de produção de semente se faz a eliminação de espigas infectadas. TS com
fungicidas para não ter sementes contaminadas. Resistência de materiais.
- Carvão do trigo: doença secundária. Soros do fungo ficam no lugar das
sementes e formam uma massa preta. Controle: Tratamento de sementes.
- Carvão do amendoim: importante na argentina, formam cirros espalhados na
colheita. Controle: medidas quarentenárias.
- Carvão da cana: deixam as folhas em formato de chicote. Controle: cultivares
resistentes.
# Ferrugem do trigo – piccinia graminis: penetra através de estômatos, e por
penetração através dos tecidos intactos. Realiza a penetração intracelular.
Controle: cultivares resistentes, controle químico. Sintoma: Manchas laranjas
redondas.
# Ferrugem no café – hemileia vastatrix: são piores com alta umidade, chuva,
temperatura em torno de vinte graus, café mais sombreado, plantio adensado,
alta carga de frutos naquele ano. Afeta café arábica e café Conilon. Como
hospedeiros. Sobrevivem: na forma de teleosporos (no BR não serve pra nada)
e muitas plantas ornamentais são hospedeiras alternativas. A sobrevivência
então é na própria planta (pústula na folha que não caiu ainda r que fica de uma
safra pra outra). Disseminação: pelo vento. Controle: Manejo: momento que tem
novas brotações, outubro (chuva), com triazois (anda no xilema e protege as
novas brotações e tecidos inferiores) podendo ser citroconazoles etc ex:
verdadero. Pra ferrugem tardia(abril): não usa triazol devido a restrições externas
e não tem chuva, enfao não transloca o produto, então não aplica triazol, apenas
protetor. Erradicação do micélio dormente.Realizar o monitoramento: 100 folhas,
se tiver uma incidência faz. 0-5% de incidência: fungicida protetor. Ex:
mancozeb, cúprico, etc. 5-12% sistêmico obrigatoriamente tem que entrar junto
com os triazois. (Se for ferrugem tardia: não aplica triazol, apenas um multisitio)
Se tiver opção de montar novo cafezal, coloca cultivar resistente.
Ex: paraíso dois.
# Ferrugem da Soja - Phakospora meibomiae (americana) e pachyrizi
(asiática): a principal forma de controle era por meio de triazol, depois perdeu a
eficiência e em seguida perdeu a eficiência também triazol e estrobirulina.
Sobrevive em restos culturais, soja voluntaria e outros hospedeiros, água livre
na folha (mínimo seis horas), temperatura entre dezoite a vinte e seis graus. As
condições para epidemias são: doze horas de molhamento conitnuo,
temperatura de vinte e três graus, umidade acima de noventa por cento por doze
horas. Presença de urédias na parte abaxial. O que mais contribui para
disseminação é soja tiguera, além do vento. Ciclo: uredosporos que penetram e
causam infecção, formam as pústulas e posteriormente os uredosporos.
Controle cultural (redução da doença)- vazio sanitário, relacionado com quando
começa o plantio e conta noventa dias antes; plantar cedo cultivares de ciclo
precoce, quanto mais cedo, menos chances de receber inoculo de receber
inoculo, além de menos tempo da planta na área, além disso vai usar herbicida
de matar soja tiguera Porq vai fazer safrinha, além do banco de cultura que vai
inibir o desenvolvimento da soja tiguera devido a safrinha; resistência de
materiais, RPP, colocar materiais que sejam tão produtivas quanto as cultivares
susceptíveis, integrar ferramentas. Controle químico: protetores- Base do
manejo e Triazol: Protoconazole e tebuconazole dentro dos trizois que mais
demonstram eficiência. Carboxamidas. Estrobirulinas. As duas são protetoras,
mesostemicos,então colocam junto com os triazois. A partir do florescimento -
como complemento ao manejo protetor- Mancozeb: usada como o número um.
Clorotalomil. Cúpricos. Tem que avaliar a compatibilidade e problemas
de fito na planta. Produtos de controle biológico: Bacillus (aplicados no
vegetativo porque atuam na linha de defesa da planta) e Romeu (derivado de
parede celular de levedura). As duas são feitas no vegetativo (V9 e até V6 pode.
Plantio cedo, precoce, região com pouco histórico de perda: faz em R1 que são
as mais importantes).
Lesões em folhas, ramos e frutos: Basidiomycota: Mesmo não tendo o
hospedeiro, sobrevivem no solo e em restos culturais. Podem ou não
formar estruturas de resistência. Transmissão por meio de sementes e
maquinário:

* Rizoctonia Solani: Ex: batata, alface (mulching para não ter respingo de
chuva), gramados, soja (teia micélica). São separadas por grupos de
anastomose, ou seja, formam o micélio em um ângulo de noventa graus, e os
grupos que são compatíveis se fundem com o citoplasma e causam
recombinação genética. No Brasil, predomina o ag4. As estruturas de resistência
são os escleródios, com crescimento saprofítico. Infectam tecidos jovens e não
lignificados (Exceto a alface), portanto, cerca de quinze dias após a semeadura
é pior .As condições favoráveis depende da região, em geral, temperaturas altas
e chuvas frequentes formam a teia micélica na região norte e temperaturas
médias e alta umidade causam o tombamento na região sul. A gama de
hospedeiros depende do grupo de anastomose, a ag4 tem várias dicotiledôneas.
São disseminados por solo contaminados e pelos maquinários sujos, NÃO são
disseminados pelo vento. Controle: Ts, plantio em segunda safra (menos
favorável), menos respingo de chuva e contato com o solo, Não plantar plantas
hospedeiras da mesma anastomose, acelerar o processo de lignificação com
indutores de resistência, se for para a mela(norte do país) mesmo manejo da
ferrugem da soja. Formam o cancro, que ocorre após um período de estresse
hídrico e temperaturas amenas, ocorre a destruição dos vasos, sendo que a
planta ainda não foi lignificada, mas mesmo assim o patógeno tem acesso a
planta e causa danos.
* Murcha de esclerócio: Produzem escleródios e sobrevivem em restos
culturais, afetam todas as dicotiledôneas, são mais problemas em solos
arenosos e aerados. São favorecidos em temperaturas cima de quinze graus e
em solos ácidos. São disseminados por solos contaminados e pouco por
sementes. Controle: incorporar os restos culturais, para destruir os fungos e
também para deixar o solo sem oxigênio e eles morrerem, Ts para outros
patógenos pode ajudar a controlar indiretamente.
* Podridão da madeira – Amilaria spp.: Ataca plantas lenhosas e formam uma
estrutura chamada de rizomorfa. Sintomas de caule branco e produção de
basidiocarpos. São favorecidas por alta umidade relativa e fontes de N. Ampla
gama de hospedeiros, mas geralmente as plantas mais escuras possuem mais
taninos e então são mais resistentes. Controle: eliminação de plantas
contaminadas. Ex: videira.
* Vassoura de bruxa – Moliniophtora perniciosa: Causa um recurvamento,
seca e o ramo cai no solo. Induz a planta a produzir citocinina e giberelina.
Infectam as almofadas florais e os frutos no inicio do desenvolvimento. São
favorecidos por alta umidade relativa, altas temperaturas e chuvas intensas.
Possuem como hospedeiras outras plantas como cupuaçu. Sobrevivem nos
ramos caídos no solo e não formam estruturas de resistência. São disseminados
pelos ventos e mudas infectadas. Controle: eliminação dos ramos infectados,
controle biológico, medidas quarentenárias, cultivares resistentes, proteção em
ambientes secos e com irrigação de gotejamento.
Ascomycota: fungo açucareiro (não germina se não tiver açúcar), ou seja,
a partir do momento que tem flores, tem açúcar e tem infecção. –
Sclerotiniaceae:

- Mofo cinzento - botrytis cinérea: Causam uma podridão aquosa nos frutos,
liberam uma substancia chamada de acido oxálico, que sequestra o cálcio da
lamela media, deixando as enzimas susceptíveis. Reduzem o brix dos frutos.
São disseminados pelo vento, ferimentos, insetos e solo contaminado.
Sobrevivem em restos culturais e em plantas hospedeiras. São infectados
principalmente no processo de colheita onde tem ferimentos e também no
florescimento. Controle: fungicida boscalida.
- Podridão amarga – Monilinia spp. E rosácea (frutas): Ex: pera, nêspera,
pêssego. São chamadas de amarga, pois deixam os frutos com pouco açúcar.
São disseminados pelo vento, solo e insetos. São transmitidos por vento e
ferimentos. Sobrevivem em restos culturais e em plantas hospedeiras. Sintomas
em flores, frutos e ramos com manchas aquosas que deixam os frutos
mumificados.
- Controle das duas doenças pós colheita de sclerotiniaceae: sempre controlar
antes da colheita, proteção a partir do florescimento e a cada sete dias. Não
deixar os frutos sintomáticos na área. Lavar os frutos com cloro. Aplicação de
benzimidazóis, boscalida. Aplicação de produtos a base de bactérias não
sobrevive, pois o acido mata. Aplicação de Mg e B. Elevar o canteiro para não
ficar em contato com o solo.
- Podridão branca do alho e cebola – Stromatina cepivora: São transmitidas
por meio dos bulbilhos de alho e pelas sementes da cebola. São disseminadas
pelo solo, semente, chuva e bulbilhos contaminados. Entram em dormência e
sobrevivem no solo por mais de dez anos. Infecta no inverno e em temperaturas
amenas, portanto se plantar no inverno não tem tanto problema. Causam
sintomas de micélio branco na base da pplanta, e pontos pretos que são os
escleródios e em reboleiras. O patógeno fica no solo durante o revolvimento e
só germina quando tem a planta hospedeira (sinal DADS) somente e quando tá
vinte graus no solo. Controle: Cultivares que se plantam em março e fora da
janela de produção (o preço está mais caro, pouca gente tem alho e cebola, não
tem risco da doença); NÃO existem cultivares resistentes. Controle químico
pouco eficiente (triazol puro pode travar a reboleira). Podem aplicar indutor de
germinação, mesmo plantando outra cultura, como o repolho (tem glucosinolato
de enxofre, que age como bioformigação e mata os organismos do solo e o
patógeno acha que pode germinar), portanto no mesmo talhão somente a cada
dois anos que se pode plantar alho. Tem que fazer o monitoramento. (Rotação
com plantas não hospedeiras no inverno de preferencia aplicando indutor de
resistência, como DADS sintético, extrato de alho, glucosinolato, etc).
- Mofo branco – sclerotina sclerotiorum: Ex: Soja. São transmitidas por
sementes. São disseminados pelo vento (Ascósporos), chuva, solo. Sobrevivem
no solo por meio de escleródios. As condições favoráveis são temperatura
abaixo de vinte e cinco graus e no florescimento e enchimento de grãos (safra
de inverno). Sintomas de murcha, micélio cotonoso na base da planta e clorose
Inter nerval. Como o patógeno fica na base da planta, gera uma deficiência de
nutrientes como Mg, B e Zn. Todas as dicotiledôneas são hospedeiras. Formam
estruturas chamadas de apotécios, que produzem os ascósporos. Podem ter três
formas de infecção: - 20 – 25 temperatura do solo: infecção micélio genica. 17 –
20: infecção carpo gênica (só infecta plantas ao lado então, não tem epidemia)
e acima de 25 graus o fungo não germina. Antigamente havia problemas com
esse patógeno no algodão, mas hoje não mais, pois se planta em Janeiro,
temperaturas altas e baixas umidades. Controle: Sementes- queimar as
sementes, pois não existe nível de controle pela lei; fazer análise de semente
antes de plantar. Controle: fazer o planejamento para ter palhada na área (ex:
milho ou milho e braquiária); aplicação de produtos quando se tem palhada,
como thricoderma e bacillus; realizar o travamento da planta, ou seja, aplicar um
hormônio que quebra a dominância apical, então vai estimular as brotações
(menos folhas e mais nós), aumentar o nós (aumento da produtividade) e
favorecer a entrada de luz no baixeiro(mais aeração). Pulverizações a partir do
florescimento de boscalida a cada quinze dias ou outras misturas.
Podridões de Stenocarpella e Macrophomina:
Macrophomina – tecido isoporisado
Colletotrichum - manchas chamuscadas
Fusarium – pontos vermelhos
Stenocarpella – marrom o tecido externo

# Podridão por diplodia – Stenocarpella maydis: Forma um micélio branco,


deixa os grãos mais leves. O centro da lesão fica esbranquiçado e com o halo
clorótico. Colmo amarronzado e escuro quando cortado. Grãos ardidos. Como
sintomas visuais, formam as raízes adventícias secundarias São mais favoráveis
em regiões mais quentes e com temperatura de vinte e oito graus, alta umidade
e chuvas. São mais frequentes em plantas estressadas com deficiência hídrica
e de potássio. São disseminados por vento, sementes (micélio e picnídios) e
restos culturais de até trinta e seis meses (picnídios). Seu único hospedeiro é o
milho. Controle: obrigatório rotação de culturas não hospedeiras. Tratamento de
sementes. Pulverizações a partir de V8 e se for milho verão necessário três
aplicações em diferentes estágios.
# Podridão cinzenta – Macrophomina phaseolina: Deixam o tecido
isoporisado, seco, picnídios e escleródios no colo da planta e na raiz. Sintomas
somente após o reprodutivo. Apresentam uma ampla gama de hospedeiros
(milho, feijão, algodão, girassol, soja, sorgo) único que NÃO são o trigo e aveia.
Formam reboleiras e são disseminados por sementes. Condições favoráveis são
estresse hídrico, temperaturas altas da segunda safra, compactação de solo. Os
grãos pesam menos e antecipa a morte da planta (produzem ácido abacisco
quando a planta ta em estresse e o patógeno ataca) . Controle: Colher sempre
essa área por último para não ter perigo de disseminação. Usar palhada para
manter a temperatura e a umidade. Ter plantas na área o tempo todo, como
milho e braquiária. Tratamento de sementes.
Murchas vasculares e podridões de raízes causadas por Fusarium e
Verticillium: (Mais importantes em clima temperado):

* Verticillium: Sintomas como flacidez das folhas e brotos, devido a falta de


água, geralmente causada por distúrbios nos tecidos (a planta percebe o
patógeno e libera uma camada de tilose, que bloqueia o fluxo de seiva e água);
halos cloróticos em V. Formam conidióforos, que sobrevivem por até dez anos
no solo. O nível de controle é de 12g de microescleródios/ g de solo. São
disseminados pelo solo, sementes contaminadas e materiais de propagação.
São favorecidos em períodos de estresse (a planta libera acido e etileno e o
patógeno gosta pois é necrotrófico), deficiências de ferro favorecem a infecção,
climas temperados, solos ácidos e neutros, alta umidade. Possuem como
hospedeiros as solanáceas em geral, malvácea, leguminosas etc. e NÃO afeta
Poaceae. A infecção ocorre através de ferimentos. Controle: Aumento da matéria
orgânica do solo, tomate com gente V é resistente á raça 1.
- Mal do panamá – Fusarium oxysporum: susceptibilidade as bananas maçã >
prata > nanica: Raça 1. Já a raça 4 ainda não tem no Brasil e nem pode ter, pois
todas são susceptíveis. As condições favoráveis são solos arenosos, presença
do nematoide radophoulus na área; já as condições desfavoráveis são
variedades resistentes como a nanica, elevado nível de argila no solo, ph maior
que 5,5, alto teor de matéria orgânica, altos teores de Ca, Zn, e Mg. Sintomas de
folha arqueada, como um guarda-chuva fechado, escurecimento dos tecidos,
centro escuro do caule quando cortado. Controle: mudas vindas da
micropropagação, plantar onde não tem patógeno (área onde nunca teve
banana), plantar banana nanica onde tinha maçã, se o patógeno já estiver na
área pode inundar pra aumentar o teor de oxigênio, acidificar o solo, produtos
biológicos a base de bacillus e trichoderma.
- Fusarium oxyspurum – algodão, feijão: Causam amarelecimento e murcha.
Desfolha e escurecimento vascular. São mais favoráveis em temperaturas altas,
solos arenosos e ácidos. Causam maiores danos na safra da seca e nos estádios
V4 e R1.
- Fusarium solani - feijão: causam tombamento e cancro. Pigmentação
vermelha no feijão. São favorecidos por solos com muita água e compactados.
- Fusarium verticillioides – milho: Colonizam pelo estilo estigma. Causam
fumagina nos grãos. Produzem toxinas.
- Fusarium graminearum – milho: Causam podridão do colmo e da espiga. As
condições favoráveis são: híbridos susceptíveis, alta umidade, floração em
épocas quentes. Possuem gama de hospedeiros como trigo, cevada, milheto e
arroz. São disseminados por sementes e solos contaminados. Controle: escolha
de híbridos, sementes sadias, tratamento de sementes (carboxamidas e
benzimidazóis), rotação de culturas.
- Controle de fusarium e sternocarpella: aplicar preferencialmente em V8 no
milho, Vt e R2: mefentrifluconazol, piraclostrobina, etc.

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