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1.

Introdução

Neste presente trabalho iremos falar sobre a cultura do feijão nos focalizando nos vários
seguimentos. Vamos falar do feijão no sentido geral, trazendo abordagens sobre a sua origem,
ciclo vegetativo, sua colheita, as possíveis doenças, adubação e seus tipos. Importa nos dizer que
feijão é uma variedade de semente de feijoeiro que é da família ''fabaceae'', e é chamado de
leguminosas. Como forma de finalizar, importa nos realçar que este trabalho esta divido em
seguintes partes: Introdução, desenvolvimento e conclusão.

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2.Cultura do feijão (phaseolus vulgares L.)

2.1.Origem e clima
O feijão é originário da América do sul, e muito exigente em relação ao clima. A temperatura
média para o adequado cultura do feijão situa-se em torno de 21ºC. Elevadas temperaturas são
desfavoráveis, pois criam dificuldades para a para a fixação da vagem no vegetal. Também os
ventos são prejudiciais ao desenvolvimento do feijão. Esta cultura exige humidade abundante,
principalmente na época da floração, pois a falta de humidade determina a queda de flores. As
regiões mais adequadas são aquelas em que a temperatura média do mês mais quente não
ultrapasse 24ºC.

Existem diversas variedades muito atractivas, por produzirem flores brancas ou rosadas. Os solos
para um bom desempenho dos feijões são os de textura ligeira e boa drenagem, e alto nível de
fertilidade. Os solos encharcados provocam apodrecimento das sementes.

Devem espalhar se no fundo grande quantidade de estrume ou composto vegetal, em seguida


volta a encher a terra a vala; este material incorporado no terreno funciona como agente de
retenção da água no decurso da vida da planta e encoraja o seu desenvolvimento.
Feijão pertence ao grupo das leguminosas, a melhor fonte de proteínas vegetais.
O género phaseolus, compreende aproximadamente 55 espécies das quais apenas 5 são
cultivados: o feijoeiro comum (phaseolus vulgares); o feijão de lima (P. lunatus); o feijão
ayocote (P. coccineus); o feijão tepari (P. acutifolius); e o P. polyamthus.
O feijão é uma das culturas mais antigas, remontado aos primeiros registos história da
humanidade. Eram cultivados no antigo Egipto e na Grécia, sendo, também, cultuados como
símbolo da vida.
Os antigos romanos usavam extensivamente feijões nas suas festas gastronómicas, utilizando-os
até mesmo como pagamento de apostas.

2.2.Sementeira
A sementeira do feijão pode ser feita em duas épocas. Primeiro, a chamada época da safra, que
vai de 15 de Agosto ate 10 de Outubro e a segunda é a chamada época da safrinha, que vai de 25
de Janeiro ate 20 de Fevereiro. Esta pode ser manual e mecânica. Tanto uma como outra

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precisam de ser precedidas de um bom trabalho de gradagem. A última gradagem será realizada
antes do plantio, para o auxiliar no controlo de ervas daninhas.
Na manual usa-se a distância de 30 a 50 cm entre as linhas deixando-se um espaço de 20 cm
entre as covas, colocando se duas sementes por cova e na mecânica a distancia entre as linhas
pode ser a mesma, isto é, 30 a 50 cm, mas no dentro da linha a máquina devera largar 12
sementes por metro linear.

2.3.Ciclo vegetativo
O ciclo vegetativo é de aproximadamente 100 dias, dependendo da variedade ou cultivar
escolhido. A cultura do feijão é de curto ciclo vegetativo, por isso, para evitar perdas na
produção devemos deixa-la livre de ervas daninhas, durante os primeiros 30 dias após a
emergência. O trato cultural recomendado é a sacha.
As raízes do feijoeiro são superficiais e durante a sacha deve-se de ter cuidado para não cortar as
raízes próximas do pé. As ervas daninhas que crescem junto do pé serão arrancadas a mão.
Geralmente, duas sachas durante o ciclo vegetativo são suficientes. Ao mesmo tempo em que se
realiza as sachas. Pode se fazer a amontoa devendo-se evitar a realização da sacha na época de
floração, pois os cortes no pé do feijoeiro fazem com que as flores caiam.

2.4.Colheita do Feijão
Recomenda-se a análise da colheita do Feijão, quando as vagens estiverem amarelas, mas não
quebradiças. Se a vagem estiver quebradiça, ela facilmente abre-se, ocasionando perda do grão.
A colheita pode ser manual e mecânica.
 Colheita Manual: é aconselhável para pequenas áreas. Nesta colheita arrancam-se as
plantas puxando as hastes; deitam-se as plantas no campo, colocando-os de tal forma
que as raízes fiquem todos voltados para o mesmo lado, isto é, serve para completar a
secagem da vagem, devendo permanecer assim durante, aproximadamente 2 a 3 dias a
trilhar o Feijão, separando o grão da vagem.

Caso o agricultor não disponha de uma trilhadeira, poderá estender uma lona no chão,
colocando-se as plantas secas sobre a lona e batendo com varas.
 Colheita mecânica: nas grandes lavouras, a colheita é realizada mecanicamente,
usando a ceifadeira-enleiradeira. A planta permanece durante 4 dias sobre o campo,
para completar a secagem e depois é debulhado.

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O grão será armazenado em local seco e arejado. A humidade da semente deve estar entre 10 e
11%. O Feijão pode ser armazenado solto ou ensacado. A realização de expurgo dos grãos é
indispensável para protege-los contra o ataque do carucho.

2.5.Pragas
O feijão é atacado por varias pregas que podem ser divididas em: pragas de campo e pragas de
armazém.
As principais pragas do campo são: a lagarta branca do colo, e trips que podem ser controladas
pela aplicação de insecticidas de baixa toxidade no Homem, como os insecticidas.
Em regiões a broca das vagens e as hastes da planta são frequentes deve plantar-se mas cedo e
utilizar variedades mais precoces. O controlo pode ser feito com pulverizações com intervalos de
10 a 15 dias.

2.6.Doenças
O Feijão não apresenta resistência contra as diversas doenças pelas quais é atacado. Dentre as
doenças que mais atacam a cultura de Feijão estão as doenças fúngicas (antracnose e ferrugem);
as doenças bacterianas (mancha comum e mancha de halo) e as doenças virócticas (mosaico
comum do Feijão).
 Doenças fungicidas
 Antracnose: caracteriza-se por lesões ao longo das nervuras das folhas.

No geral o ataque verifica-se em toda a planta, menos nas raízes, e pode ser transmitida pelas
sementes sendo, portanto, importante o plantio de sementes sadias. A rotação de culturas e
importante para controlar o aparecimento da doença.
São condições que favorecem o aparecimento da antracnose as temperaturas moderadas e o
tempo húmido e chuvoso, durante o ciclo vegetativo. Propaga-se através de insectos, ventos,
chuvas, animais e implementos agrícolas.
O controlo desta doença é feito na base do uso das sementes sadias; realizando a pulverização do
campo, a rotação de culturas, num período de um mínimo dois e plantando variedades ou
cultivares tolerantes.

 Ferrugem: aparecem, no inicio, pequenas manchas claras, salientes, que com o passar
do tempo tomam uma cor ferruginosa. Ataca principalmente as folhas, hastes e as

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vagens. Se esta ocorrer durante a floração, diminui consideravelmente a produção. Esta
infesta as faces inferiores das folhas, caule e vagens. O controlo pode ser feito com
rotações de culturas e variedades resistentes.
As condições que favorecem a aparecimento da ferrugem são as temperaturas entre 20º a 25ºC,
acompanhadas de elevadas humidade. A sua propagação é feita através de ventos, insectos,
chuvas, animais e implementos agrícolas.

 Míldio: ataca as faces superiores das folhas, caules e vagens, apresentando uma espécie
de bolor acinzentado. Não deve plantar-se o Feijão em lugares húmidos e sombrios que
facilitem o aparecimento das plantas para facilitar o arejamento.

2.7.Adubação
 Adubação mineral: adubação mineral da cultura do Feijão consiste na aplicação de
nitrogénio, fósforo e potássio.
 Adubação orgânica: o Feijão prefere solos ricos em matéria orgânica, por isso,
aconselha-se uma adubação orgânica, com a aplicação de esterco, estrume, restos de
vegetais e adubação verde.

2.8.Tipos de Feijão
O feijoeiro classifica-se em grupos segundo a cor, tamanho, forma, brilho e outras características
das sementes

Feijão (phaseolus vulgaris)

Grupo manteiga: Plantas de aspectos vigorosos, porte alto, folhas de cor verde mais claro e
ásperas, flores cor violeta clara, vagens vermelhas. As sementes são grandes, de cor amarela,
branca ou pintada no geral com um pouco de brilho. São variedades precoces e de boas
qualidades culinárias.

 Feijão nhemba

Não é tão comum como as outras plantas leguminosas, mas é útil em áreas secas, pois tem uma
maior capacidade de resistência. Tem aparência de arbustos que chegam a atingir a altura de 50
cm, e são plantas anuais e quase sempre com auto-fecundação. É plantado entre filas com
intervalos de 60 cm entre elas e com 30 cm entre as sementes

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O crescimento inicial muito lento, pois nos primeiros dias após a germinação produz apenas 5%
da matéria seca total, absorção dos nutrientes segue a curva de produção de matéria seca, sendo o
período da máxima exigência nutricional situada entre 15-20 e 50 dias após a germinação. As
raízes do feijoeiro são mais intensas nos primeiros 35- 40 dias quando produzem cerca de 90%
do peso da matéria fresca ou 75-85% do peso da matéria seca; portanto qualquer limitação no
suprimento de água e nutrientes no período logo após a germinação da semente atrasa e diminui
a formação das raízes e compromete o crescimento das plantas.

 Feijão bóer
O Feijão bóer é originário da índia e foi introduzido em África pelos bantus. A sua folhagem faz
um bom feno e pasto para o gado. Dá-se bem em solos pobres e pode fazer rotação com milho,
algodão e como preparação do terreno e basta a lavoura e a gradagem; a sementeira faz-se no
inicio da época chuvosa num compasso de 1× 0 , 40 m.

O seu ciclo vegetativo, é variável, conforme o tipo e outros factores, porem cerca de 7 a 8 meses.
Pode-se deixar 2 a 3 anos depois de colhido. Este tipo de Feijão tem uma grande vantagem de
suportar a época seca, período em que vão faltando alimentos.

É bastante resistente a doenças e as secas. Por essa razão, recomenda-se a sua sementeira em
todas as regiões do país.

 Feijão jugo
É uma cultura exigente quanto as propriedades físicas e químicas do sol. O sistema radicular é
superficial e requer solos com equilíbrio de ar e agua e não suporta encharcamento. O consumo
médio diário de água vária dependendo do local, cultura, maneio da mesma, solo e época de
sementeira. As fases críticas nesta cultura são a emergência, floração e enchimento de vagens.

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Conclusão
Depois da nossa longa pesquisa, podemos concluir que feijão, embora tenha como sua origem
América do sul, hoje em dia podemos encontrar em todo canto do mundo. Desde momento que
segue as orientações exigentes em relação ao clima, pois exige humidade abundante,
principalmente na época da floração, pois a falta de humidade determina a queda de flores. As
regiões mais adequadas são aquelas em que a temperatura média do mês mais quente não
ultrapasse 24ºC.

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