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Doenças Macieira

MANCHA FOLIAR DA GALA


 Mancha foliar de Glomerella
 Principal doenças de verão do grupo Gala principalmente em regiões mais quentes
 Pode ocasionar intensa queda das folhas o que afeta produção de fotoassimilados e produção
de substâncias de reserva, afetando não só mesma safra como safras seguintes
 Ocasionada por várias espécies de Colletotrichum
 Pomares com plantio mais adensado, alta incidência
 Normal a doença se manifestar quando inicia a elevação na T°C (nov/dez). Quando condições
são desfavoráveis, clima seco, sintomas ocorrem a partir de janeiro. Primavera quente e
chuvosa doença já inicia em outubro
 T°C > 24°C alta UR e Molhamento foliar > 8h
 Nos frutos exige maior período de molhamento foliar
 Fungo sobrevive ramos, gemas, cancros, folhas caídas mas não diretamente no solo
 Disseminação conídios respingos de água, adesão máquinas, vento
 Infecta folhas, ramos e frutos
 Intensa desfolha
 Folhas mais novas apresentam maior suscetibilidade
 Manchas sem marrom-avermelhadas, folham amareladas e caem precocemente
 Cv resistentes podem apresentar pontuações com halo irregular esverdeado mais claro que é
um sintoma da reação por hipersensibilidade, cujas células adjacentes à lesão morrem e
causam queda da lesão
 Não confundir com marssonina e distúrbio mancha necrótica foliar (aumento T°C, produção de
etileno e baixa luminosidade, não afeta o fruto)
 Conídios MFG podem infectar frutos, pontuações circulares deprimidas. Lesões não
evoluem para podridões
 Com exceção Star Gala e Gala Gui, demais possivelmente são suscetíveis MFG
 Uso de cv resistentes diminui custos do pomar devido redução de fungicidas utilizados,
danos ambientes, diesel...
 Controle por resistência genética é a melhor opção
 Poda de ramos doentes, decomposição de folhas e aplicação de calda sulfocálcica e cobre
durante inverno, retirada de frutos mumificados e ramos podados, manter planta bem
nutridaa
 Controle fungicidas preventivo e deve iniciar a partir da floração (set regiões mais quentes,
out regiões mais frias)
 Intervalo 5-10 dias e reaplicação com 30 mm de chuva
 Não existem fungicidas curativos ou erradicantes eficientes controle MFG
 Macozeb: banido da EU
 Fosfitos eficiência moderada
 MFG: Gala e Golden Delicious
 Fuji resistente mas pode causar podridão nos frutos na forma de Glomerella
 Mutações espontâneas fonte de variabilidade
 Star Gala primeiro mutante Gala que apresentou resistência MFG, área de cobertura
vermelha ~60%
 Gala Gui mutante Star Gala com maior área de cobertura vermelha
 Não é possível suspender a aplicação de todos os fungicida pensando somente controle MFG
 Ainda continua sendo necessário aplicação de agrotóxicos para controle de outras doenças

SARNA DA MACIEIRA
 Venturia inaequalis
 Clima úmido e ameno durante a primavera e com chuvas frequentes no verão
 Folhas, ramos novos, pedúnculos e frutos
 Folhas manchas translúcidas, verde oliva lesões nas duas faces
 Com o avanço, sintomas acinzentados contendo massa aveludada com aspecto de camurça
(conídios dos fungos)
 Frutos: coloração cinza esverdeado evoluindo para cor preta. Pode provocar rachaduras,
deformações.. Em pós colheita infecções latentes podem se manifestar em pequenas
pontuações
 Sobrevive em folhas caídas do ciclo anterior
 Final do inverno liberação de ascósporos durante períodos chuvosos
 Disseminação vento 10-15km
 Tabela de Mills: considera o mínimo molhamento foliar necessário em função da T°C
 Água agente de liberação e disseminação
 Cultivares resistentes não tem boa aceitação pelos consumidores
 Genes de resistência foram quebrados pelas raças
 Fuji suscetíveis e Gala muito suscetíveis
 Redução inicial do inóculo já durante o inverno. Aplicação de ureia para decomposição das
folhas com aplicação direcionada solo
 Início da brotação das plantas pulverizá-las com fungicidas
 Base do manejo utilização de fungicidas protetores um ou dois dias antes da chuva, proteção
dos tecido, principalmente folhas mais novas, á que essas são mais suscetíveis que folhas mais
velhas, resistência ontogênica
 Protetor pode ser lavado com chuvas > 30mm
 Fungicidas curativos: utilizados de forma inadequada causam resistência ao fungo
 Aplicação de fungicidas protetores esbarra no período de suscetibilidade russeting (captan e
ditianon)
 Indutores de resistência (fosfito e potássio), bioestimuantes, controle alternativo e agentes de
controle biológico
 Fred Hough, Catarina, Joaquina, Kinkas e Monalisa  resistentes

CANCRO EUROPEU
 Neonectria ditíssima (galigena)
 Peritécios  ascósporos, vento, altas distâncias
 Esporodóquios  conídios, chuva, curtas distâncias
 Período de latência até 3 anos
 Fugo precisa de T°C e umidade. Quando maior a T°C menor o período de molhamento foliar
 Aberturas naturais ou ferimentos
 Resistência genética não foi foco para desenvolver cv resistentes
 Próximos anos provável que mais estudos sejam realizado
 Kinkas demonstrou mais resistência
 Fuji mais suscetível que Gala
 Erradicação de Cancros, proteção de ferimentos
 Uso de ureia para decomposição folhas caídas e reduzir sarna e MFG não deve ser direcionada
nas plantas, pois aumenta incidência de cancro europeu
 Nenhum fungicida registrado

MANCHA FOLIAR DE MARSSONINA


 Diplocarpon mali
 Considerada secundária Brasil mas pode se tornar principal em pomares orgânicos devido
cultivares resistentes sarna e MFG
 Fungo sobrevive folhas caídas inverno
 T°C 20°C UR 100%, 4 h de molhamento foliar
 Somente após 40h PMF é que a doença se torna epidêmica
 Folhas manchas circulares verde escuras face superior folha como cabeça prego
 Desfolhamento precoce
 Maioria dos cv suscetível MFM
 Monalisa resistente MFG, sarna e podridão amarga mas é suscetível MFM
 Manejo utilizado para controle MFG e sarna controla MFM
 Eliminação e decomposição de folhas caídas
DOENÇAS PÓS COLHEITA
 Doenças que se originam em infecções latentes durante crescimento fruto no pomar (podridão olho
de boi e podridão amarga)
 Ferimentos que ocorrem no manuseio durante colheita e pós colheita (bolor ou mofo azul)
 Aumenta 45 dias antes da colheita aumento da quantidade de inóculo e maior suscetibilidade das
frutas, maior período chuvoso
 Podridão olho de boi
 Mofo Azul
 Mofo cinzento
 Podridão Carpelar
 Podridão Amarga
 Podridão Marrom
 Podridão Mole
 Não existe um cultivar com resistência simultânea a todas as podridões
 Podridão carpela na gala é incomum , na fuji é mais preocupante: maior abertura calicinar, maior
distância entre lóbulos e menor relação entre comprimento e diâmetro frutos
 Manejo deve ser iniciado ainda no pomar (tratamentos de inverno, retirada de ramos doentes,
folhas e frutos caídos. Pré colheita tratamentos com protetores
 Evitar ocorrência de ferimentos, colher em estádio recomendado (muito maduras mais suscetíveis
infecção)
 Limpeza de bins, caixas e sacolas de colheita, sanitizar água de lavagem e locais de manuseio
frutos

LENHO MOLE
 Associado a um fitoplasma
 Ramos se apresentam extremamente flexíveis e facilmente dobráveis
 Detectado no Brasil
 Alteração cor da casca para tons acinzentados e no lenho cor marrom
 Encurtamento internódios
 Ramos achatados
 Redução crescimento
 Redução tamanho fruto
 Sintomas mais severos e visíveis em regiões mais frias e inverno rigoroso
 Sintomas desaparecem 18-20°C
 Uso de mudas sadias
 Golden Delicious tem se mostrado mais resistente

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