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Doenças

Doenças causadas por fungos


Verrugose

• Mais frequente tanto em sementeiras e viveiros como em pomares;

• Em viveiros: causa deformações em folhas e ramos novos com lesões salientes e


ásperas;

• 3 fungos causadores: Sphaceloma fawceti, S. fawceti var. scabiosa e S. australis.


Verrugose

• Em pomares: Verrugose das laranjas doces  lesões no fruto maduro


serão maiores quanto mais cedo o fruto for atacado;

• As lesões são corticosas, salientes e irregulares;

• Medindo em torno de 1,0 a 3,0 mm de diâmetro;

• Podendo agruparem-se prejudicando grandes áreas do fruto;

• Neste caso, o período mais importante para o controle é na floração.


Verrugose - Controle

• Em viveiros: preventivo;

- Primeiras brotações - benomil (50 g/100 L de água);

- Após 30 dias - óxido cuproso (100 g/100 L de água) ou oxicloreto de cobre


(150-300g/100L de água);

- Benomil novamente se  4 a 8 semanas depois ou no caso novas


brotações apresentarem os sintomas iniciais.
Verrugose - Controle
• Em pomares
• 1ª aplicação - 2/3 das pétalas tiverem caído - fungicida sistêmico (triazóis);

• 2ª aplicação - 20 a 30 dias após a primeira aplicação, ou mais cedo, se for período


chuvoso - óxido cuproso ou oxicloreto de cobre, ou mancozeb.
Melanose
• Causada pelo fungo Phomopsis citri;

• Lesões salientes escuras, muito pequenas que podem aparecer dispersas


na superfície do fruto ou em estrias;

Fungo sobrevive de uma estação


para outra
nestes ramos;
Melanose
Melanose - Controle
• As pulverizações preventivas devem ser feitas com os mesmos produtos e na mesma
época em que se controla a verrugose;

• Frutos também são mais suscetíveis nos primeiros três meses de formação;

• Controle das duas doenças simultaneamente;

• A poda de ramos secos é importante medida de controle reduzindo os focos de infeção;


Rubelose

• Causada pelo fungo Corticium salmonicolor;

• Doença vem se destacando no ataque às tangerinas, limas doces e pomelos;

• Provoca morte dos ramos com o aparecimento de lesões que, geralmente, se


iniciam nas forquilhas dos ramos principais;

• Nesses lugares a umidade é maior favorecendo o desenvolvimento do fungo;

• Em certas situações chega a ser visto a olho nu como um revestimento


esbranquiçado, brilhante sobre o tecido apodrecido da casca.
Rubelose
Rubelose

• Avanço dos sintomas: fungo desaparece ficando apenas


um filamento longo que penetra na parte interna do ramo;

• As folhas da copa tornam-se amareladas, porém persistem


por muito tempo na planta;

• Com a morte da casca os ramos apresentam-se fendilhados


e descamados;

• Pode provocar a morte de toda a copa da planta;


Rubelose - Controle

• Melhorar as condições de aeração da planta por meio de poda de


ramos secos, improdutivos e mal posicionados;

• Cortar os ramos atingidos cerca de 30 cm abaixo da margem inferior


das lesões;

• Pincelar o corte dos troncos e ramos principais, especialmente as


forquilhas com uma pasta cúprica;

• Destruir pelo fogo todo o material podado;

• Fungicida: Chlorotalonil
Gomose

• Phytophthora é causada pelos fungos P. parasitica e P. citrophthora;


Plantas adultas:
Gomose Exsudação de goma, escurecimento dos tecidos localizados abaixo
da casca, sintomas reflexos da parte aérea, como clorose intensa
das folhas correspondendo ao lado do tronco ou das raízes
principais onde ocorrem as lesões.
Viveiros:
Gomose Fungo pode atacar os tecidos da região do colo das
plantas, com lesões deprimidas de cor escura que
aumentam de tamanho e acabam provocando a
morte das mudas.
Gomose

Sintoma de Gomose observado nos pomares de laranja lima em Santana do


Mundaú-AL.
Gomose

F
Gomose - Controle

Em viveiros

• Tratamento de sementes com fungicidas ou com calor (10 minutos a


temperatura de 51,7oC);
• Tratar a água de irrigação com sulfato de cobre 20ppm);
• Pulverizar periodicamente as mudas com fungicidas (Fosetyl-Al);
• Tratar o solo da sementeira, entre as linhas, com fungicida Metalaxyl
(granulado);
• Não repetir o viveiro na mesma área.
Gomose - Controle
Em plantas adultas

• Uso de porta-enxertos com resistência aos fungos;


• Evitar solos pesados e mal drenados;
• Evitar acúmulo de umidade e detritos junto ao colo das plantas;
• Enxertar a uma altura de 30 a 40 cm do solo;
• Evitar adubações nitrogenadas pesadas e presença de esterco e terra
amontoados junto ao colo;
• Pincelar o tronco e a base do ramo com fungicida preventivo ou pasta
bordaleza antes do início da estação chuvosa.
Pinta preta
• Guignardia citricarpa;

• Alta facilidade de disseminação: dentro e entre os pomares;

• Sintomas, tanto em frutos quanto em folhas, são mais frequentes nas áreas da
planta que ficam mais expostos ao sol;
Pinta preta

Nas folhas o centro da lesão tem cor cinza, as


bordas são salientes, marrom-escuras com um
halo amarelado ao redor. São raros em laranjas e
mais comuns em limões e tangerinas.
Pinta preta

Sintomas da mancha preta em frutos - (1) mancha preta ou dura, (2) falsa melanose, (3) mancha
sardenta, (4) mancha rendilhada, (5) mancha trincada e (6) mancha virulenta. (Fonte: Fundecitrus).
Pinta preta - Controle
• Plantio de mudas sadias;

• Retirada dos frutos temporões infectados;

• Recobrir as folhas infectadas caídas com o mato da linha dessecado com herbicida pós
emergente;

• Evitar a utilização de material de colheita de áreas afetadas;

• Controle químico com fungicidas registrados para a cultura.


Doenças
Doenças causadas por bactérias
Cancro cítrico
• Bactéria Xhantomonas axonopodis pv. Citri;

• Lesões nas folhas, frutos e ramos e, consequentemente queda de folhas frutos e


de produção;
Cancro cítrico

Lesões salientes, corticosas, de cor de palha em folhas,


frutos e ramos.
Cancro cítrico
Cancro cítrico
Cancro cítrico
Cancro cítrico
Cancro cítrico - Controle

• Plantio de mudas sadias;


• Uso de quebra-ventos;
• Evitar a instalação de pomares em locais onde exista o cancro cítrico e dar preferência
para cultivares mais resistentes;
• Rigorosa inspeção dos pomares;
• Eliminar e queimar ‘in loco’ as plantas afetadas;
• Podar ou eliminar as folhas das plantas vizinhas aquelas afetadas;
• Controle da larva-minadora;
• Desinfetar escadas, sacolas e caixas usados na colheita;
• Tratamentos com fungicidas cúpricos.
Clorose variegada do citros CVC
• Doença mais importante da cultura dos citros;

• Mais severa em plantas jovens, que passam a produzir frutos pequenos, duros,
com acidez excessiva e pouco suco, imprestáveis para a comercialização;

• Xilella fastidiosa;

• Bactéria vive no lenho da planta;


Clorose variegada do citros CVC

A planta afetada apresenta nas regiões mediana e superior da copa uma clorose foliar semelhante a deficiência de zinco;

Quando as folhas amadurecem, surgem pequenas pontuações de cor marrom claro na sua face inferior em
correspondência as áreas amareladas da face superior;
Clorose variegada do citros CVC

Com a continuação estas lesões tornam-se necróticas, de coloração marrom escuro e


ligeiramente salientes.
Clorose variegada do citros CVC
Eficiência na Transmissão
Clorose variegada do citros CVC
Sintomas de CVC

Folhas com sintomas de CVC Desfolha dos ramos


mais altos da planta

Estágio mais avançado


lesões de cor palha
Clorose variegada do citros CVC

• Utilização de mudas sadias;

• Manter o pomar com as ruas limpas e o mato baixo nas entrelinhas;

• Realizar inspeções periódicas nos pomares para determinar a presença de


cigarrinhas e focos iniciais da doença;

• Poda dos ramos com sintomas da doença;

• Controle do vetor – cigarrinhas;


Huanglongbing (Greening)

• Agente causal: Candidatus liberibacter asiaticus e Candidatus


liberibacter americanus, transmitida pelo psilídeo Diaphorina citri
(Hemiptera: Homoptera).
Huanglongbing (Greening)
Huanglongbing (Greening)
Huanglongbing (Greening)
Huanglongbing (Greening) - Controle

• Não há variedade comercial de copa ou porta-enxerto resistente;

• Plantas contaminadas não podem ser curadas;

• Conforme a Instrução Normativa nº 53 de outubro de 2008 (MAPA), o produtor


deve inspecionar e eliminar as plantas doentes;

• As inspeções devem ser feitas pelo menos a cada três meses e os resultados
encaminhados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado por meio de
relatórios semestrais;

• Talhões com incidência superior a 28% de plantas com sintomas devem ser
totalmente eliminados.
Doenças
Doenças causadas por vírus
Leprose
• A leprose é causada por um vírus transmitido pelo ácaro
vermelho;

• Ocorre principalmente em laranjeiras doces;

• Os sintomas aparecem nas folhas, ramos e frutos, reduzindo a


produtividade e o valor comercial da fruta;
• Nas folhas, as lesões são rasas, visíveis nas duas faces e bastante variáveis;

• Varia muito as lesões em diferentes espécies, e variedades;

• De um modo geral são amareladas arredondadas, às vezes com o centro marrom


ou necrosado.

Leprose
Leprose

Ramos novos: manchas


amareladas, rasas que
vão se tornando salientes
de cor marrom a
avermelhada;

Ramos mais velhos:


aspecto de cortiça, cor de
palha e dependendo do
número pode causar a
seca do ramo.
Leprose - Controle
• Plantio de mudas sadias;

• Poda de limpeza - Remover todas as partes com sintomas;

• Controle de plantas daninhas hospedeiras do ácaro;

• Colheita antecipada - frutos maduros são mais suscetíveis à doença;

• Inspeções regulares dos pomares;

• Controle químico com acaricida.


Tristeza

• Vírus que circula na seiva da planta;

• Inseto vetor o pulgão Toxoptera citricidus;


• Os sintomas:
Tristeza
• Nanismo;
• Hipertrofia foliar;
• Caneluras nos tecidos do lenho da planta;

• Diferentes tipos do vírus que podem estar atacando as plantas: variação nos
sintomas;
Tristeza - Controle

• Multiplicação das mudas a partir de material sadio;

• Plantio de mudas sadias e pré- imunizadas com tipos fracos destes vírus;
 Viveiristas credenciados dispõem deste material obtido pelos órgãos de
pesquisas;

• Controle do pulgão.
Doenças
Doenças de causas desconhecidas
Declínio
• Agente causal não conhecido;

• Obstrução amorfa nos vasos do xilema e redução do fluxo de água;

• Definhamento acentuado de plantas afetadas, com paralisação do crescimento,


murchamento das folhas que se tornam opacas e enroladas;

• Progressivamente acontece um intenso desfolhamento e a planta morre em 2 ou 3


anos após o aparecimento dos sintomas.
Declínio
Declínio - Controle

• O único método de controle consiste na utilização de porta-enxertos tolerantes:


taranjeira Caipira, tangerineiras Sunki e Cleópatra entre outros;

• Em pomares bastante afetados recomenda-se o arranquio e destruição das


plantas afetadas;

• Replantas utlizando-se combinações de copas/porta-enxertos com histórico de


maior sobrevivência.
Morte súbita

• Agente causal: desconhecido  Possivelmente um vírus.


Morte súbita
Morte súbita
Morte súbita - Controle

• Não transportar mudas, borbulhas e cavalinhos das


regiões contaminadas para aquelas onde a doença
ainda não foi constatada;

• Produzir e plantar mudas em diferentes porta-


enxertos tolerantes.

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