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Hospedeiro/ cultura: Mamoeiro (Carica papaya)

Família Botânica: Caricaceae


Doença: Sarna ou varíola do mamoeiro
Agente Casual: Asperisporium caricae
SINTOMAS
A doença afeta as folhas e principalmente os frutos, depreciando seu valor comercial. Se as
plantas jovens sofrem um ataque muito severo, o seu desenvolvimento pode ser comprometido.
FOLHAS: Os sintomas apresentam-se como manchas marrons, de até 4 mm de diâmetro e
rodeadas por um halo clorótico; no lado oposto da lesão, na superfície abaxial da folha,
observam-se as frutificações pulverulentas e escuras do fungo, que dão um aspecto cinzento a
negro às manchas.
FRUTOS: As lesões ocorrem na superfície do fruto, sem aprofundar-se nos tecidos abaixo da
casca nem atingir a polpa, e apresentam-se como manchas circulares e encharcadas, que ao
evoluírem tornam-se pústulas de até 5 mm de diâmetro, marrons, salientes e causam o
endurecimento da casca na área afetada.
BIOLOGIA/ EPIDEMOLOGIA DO PATÓGENO
O fungo Asperisporium caricae é o agente casual da varíola. Apresenta estroma subepidérmicos
com 60 por 200 mm de diâmetro e 60 – 80 mm de altura, produzindo conidióforos fasciculados,
ereto e septados. Os conídios são piriformes ou oblongos com dimensão de 10- 24 a 8- 10 mm,
escuros, equinulados e bicelulados.
O fungo pode sobreviver nos tecidos enfraquecidos e nas folhas infectadas remanescentes na
planta, ou nas folhas caídas no chão.
Os conídios são disseminados pelo vento e respingos da água da chuva, da irrigação por
aspersão ou do orvalho. Insetos que visitam os frutos com sintomas podem também ser uma via
de disseminação da doença. Períodos chuvosos e úmidos prolongados e temperaturas altas são
condições que favorecem o desenvolvimento da doença.

CONTROLE
RESISTÊNCIA VARIETAL: Não há referências sobre a existência de variedades ou cultivares
de mamão resistentes a A. caricae.
PRÁTICAS CULTURAIS: Os restos contaminados da cultura devem ser retirados do campo e
queimados.
CONTROLE QUÍMICO: Não são recomendadas pulverizações com fungicidas em plantações
comerciais, pois as medidas de proteção adotadas para o controle das podridões de pós-colheita
são suficientes para suprimir o desenvolvimento da doença. São registrados 35 produtos para o
controle da varíola do mamoeiro.
Hospedeiro/cultura: Terramicina (Alternanthera Dentata)
Família Botânica: Amaranthaceae
Doença: Ferrugem
Agente Causal: Puccinia

SINTOMAS
PARTE AÉREA: Os fungos do gênero Puccinia ocorrem em todas as partes verdes da planta,
causando pústulas de ferrugem contendo urediniósporos, que possuem coloração amarelada ou
alaranjada, mas, quando vistos no conjunto, apresentam coloração pardo-ferruginosa. As
pústulas apresentam-se salientes em relação à superfície foliar e podem coalescer quando a
doença ocorre com alta intensidade.
Ferrugem (Puccinia) incidentes em folhas da terramicina (Alternanthera Dentata). Sintoma na
face adaxial e na face abaxial pontuações pulverulentas.
BIOLOGIA/ EPIDEMOLOGIA DO PATÓGENO
Os fungos representantes da Ordem Uredinales, são responsáveis pela ferrugem em plantas, e
apresentam alta especificidade em relação a seus hospedeiros, sendo capazes de infectar um
grande número de plantas vasculares, cultivadas ou silvestres. Esse fungo produz esciósporos,
uredinóides, urediniósporos, teliósporos e basidiósporos. Os uredósporos, que são formados
durante a fase favorável ao desenvolvimento, apresentam forma variável, predominando os
globosos, elípticos, periformes e angulosos, medindo 14-20x18-27 micrômetros. São
equigranulados e apresentam epispório hialino.

O principal mecanismo de dispersão dos esporos é o vento, que pode carregá-los por milhares
de quilômetros. As ferrugens geralmente se beneficiam de climas amenos, com temperaturas
moderadas e alta precipitação. Observam-se maiores incidências em anos chuvosos e propensos
a formação de orvalho sobre as folhas. Estes fatores se relacionam com a necessidade de haver
molhamento das folhas para que o esporo germine.

CONTROLE
CONTROLE QUÍMICO: O uso de fungicidas sistêmicos pode ser eficiente no controle da
doença.
A utilização de variedades resistentes e o uso de produtos químicos são as formas mais viáveis
de controle. Erradicação de hospedeiros intermediários é uma medida de caráter especifico para
o caso das ferrugens que necessitam de mais de um hospedeiro para completar seu ciclo vital.

Hospedeiro/cultura: Mastruz (Dysphania ambrosioides)


Família Botânica: Amaranthaceae
Doença: Oídio
Agente Causal: Oidium spp.

SINTOMAS

Os sintomas são facilmente identificáveis e sempre se manifestam na forma de eflorescência ou


bolor pulverulento, de coloração branca ou levemente cinza, que se formam na superfície das
folhas. A olho nu, observa-se na superfície da folha uma formação esbranquiçada, parecendo
uma teia, que nada mais é que o micélio externo do fungo. A doença é observada mais
frequentemente na face superior das folhas.

Além da eflorescência, a planta afetada pode, eventualmente, exibir outros sintomas. Nas folhas,
as manchas ou áreas inicialmente recobertas pela eflorescência branca podem se tornar
amareladas e, posteriormente, necróticas. Ataques severos podem provocar retorcimento,
subdesenvolvimento, queda de folhas, morte de ramos novos, queda de flores e frutos,
subdesenvolvimento e deformação de frutos jovens.

BIOLOGIA/ EPIDEMOLOGIA DO PATÓGENO

Oidium sp. é um fungo patogênico, biotrófico, isto é, depende inteiramente de seus hospedeiros
vivos para sobreviver, pois necessita de nutrientes específicos, não possuindo crescimento
saprofítico. O fungo Oidium sp. tem várias outras hospedeiras e é disseminado pelo vento.

Os agentes casuais de oídios são fungos da classe dos Ascomicetos. Os gêneros associados aos
oídios são: Erysiphe, Blumeria, Sphaerotheca, Podosphaera, Brasiliomyces, Phyllactinia,
Leveillula, Pleochaeta, Sawadaea, Cystotheca, Golovinomyces, Arthorocladiella, Neoeerysiphe
e Uncinula. A fase imperfeita destes fungos corresponde aos gêneros Oidium, Oidiopsis,
Ovulariopsis e Streptopodium. Na fase imperfeita, o fungo produz hifas claras e septadas, que
formam um micélio branco ou cinza claro. As hifas dão origem a conidióforos curtos, eretos e
não ramificados, a partir dos quais se desenvolvem os conídios arranjados em cadeia. Os
conídios são hialinos e ovalados, semelhantes aos conídios.

CONTROLE

Chuvas podem danificar o micélio superficial e os conidióforos, desfavorecendo o


desenvolvimento do patógeno, portanto, a presença constante de água, principalmente de
irrigação por aspersão, pode favorecer o controle do oídio, porém, pode favorecer o
aparecimento de outros patógenos.

O controle químico, por meio de pulverizações periódicas com fungicidas sistêmicos, tem sido a
medida de controle mais estudada. Contudo, trabalhos têm sido desenvolvidos procurando
evidenciar o potencial do leite de vaca no controle da doença. Produtos pouco tóxicos como a
calda sulfocálcica e enxofre, que apresentam bom efeito erradicante, são também
recomendados.

Hospedeiro/ cultura: Citros


Família Botânica:
Doença: Cercosporiose
Agente Casual: Cercospora

SINTOMAS

As manchas foliares são sintomas facilmente perceptíveis, embora o agente casual nem sempre
possa ser identificado de imediato. No caso de doença bem conhecidas, no entanto, a presença
de determinado tipo de mancha permite a pronta identificação das mesmas.

As manchas causadas por fungos geralmente têm início com pequenos pontos cloróticos (sem
ocorrência do encharcamento de tecido). Esses pontos aumentam de tamanho, transformando -
se em manchas. A área central destas manchas torna-se necrótica e pode apresentar estruturas
reprodutivas do patógeno. A ocorrência de tecidos encharcados ou a presença de estruturas
fúngicas na mancha permitem, quase sempre, diferenciar uma mancha de origem bacteriana
daquela provocada por fungo.

As manchas, independentemente do seu agente casual, podem apresentar várias formas,


dimensões e cores. Em relação à forma, são geralmente esféricas, ovaladas, fusiformes ou
alongadas; quanto ao tamanho, variam desde pontuações do tamanho da cabeça de um alfinete
até alguns centímetros; no tocante à cor, predominantemente são de coloração marrom ou
marrom- avermelhado.

Como consequência da presença de manchas nas folhas, a planta pode apresentar desfolhamento
precoce, queda acentuada de flores e frutos, subdesenvolvimento e má formação de frutos e
sementes. Plantas, quando severamente atacadas nos estádios iniciais de crescimento,
podem ser levadas à morte.

Danos: O sintoma típico da doença são lesões necróticas nas folhas. A doença começa a
se manifestar nas folhas mais velhas e inferiores como diminutas manchas marrons,
rodeadas por tecido clorótico, evoluindo para manchas irregulares ou angulares,
variando a coloração de canela a marrom. As lesões totalmente desenvolvidas são
ligeiramente deprimidas e necróticas. Os sintomas se dispersam progressivamente para
a parte superior da planta, podendo ocupar áreas extensas nas folhas devido à
coalescência das lesões.

BIOLOGIA/ EPIDEMOLOGIA DO PATÓGENO

CONTROLE

As manchas e os crestamentos foliares podem ser controlados através da adoção de algumas


medidas que atuam tanto sobre o patógeno fúngicos como bacterianos.

Os restos de culturas devem ser retirados do campo e queimados ou enterrados, assim como
eliminar, da vizinhança da lavoura, as plantas estreitamente relacionadas que possam servir de
hospedeiro alternativo. Evitar os solos mal drenados ou com possibilidade de encharcamento.
Realizar rotação de cultura com plantas não-hospedeiras.

Aplicações de fungicidas cúpricos registrados para as culturas no começo da cultura garantem


bom controle da doença. A aplicação de fungicidas, protetores ou sistêmicos constitui uma
alternativa de controle, principalmente quando não existem variedades resistentes. Um grande
número de produtos químicos tem mostrado eficiência no controle de manchas, desde que
empregados corretamente.

Aplicações de fungicidas cúpricos registrados para as culturas no começo da cultura garantem


bom controle da doença.

Hospedeiro/ cultura: Citrus spp.


Família Botânica:
Doença: Verrugose
Agente Casual: Elsinöe fawcetti

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