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Governo do Estado do Piauí

Universidade Estadual do Piauí - UESPI


Campus Universitário Professor Barros Araújo
Curso Agronomia

Fitopatologia

Prof.: Wagner Pessoa


ABACATE
Alguns benefícios do Abacate:

• Controla os problemas bucais;


• Auxilia nos tratamentos respiratórios;
• Embeleza a pele e os cabelos;
• Alivia os problemas menstruais;
• Proporciona uma gestação saudável;
• Elimina os gases;
• Combate o estresse;
• Reduz as inflamações;
• Elimina as toxinas;
• Mata vermes e parasitas;
• Ajuda na perda de peso, colesterol e diabetes;
• Melhora a imunidade e combate hipertrofia
muscular...
Dados de produção

Segundo a FAO (2021): México, República


Dominicana, Peru, Colômbia, Indonésia, Quênia,
Brasil e Haiti são os maiores produtores mundiais.

E no Brasil de acordo com o IBGE (2021): O


Sudeste corresponde a 82,46% e o Sul 11,6 e o
Nordeste 4,19% da produção nacional. Entre os
estados temos: São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
Podridão das raízes – Phytophthora cinnamomi

Em 1990 verificou-se ≠ na sintomatologia


encontrada no tronco e na coroa de plantas
atacadas por P. citrícola.

Assim a podridão das raízes = P. cinnamomi e o


Cancro ou Gomose = P. citrícola

Sintomas
Amarelecimento generalizado das folhas como se fosse ↓ N;

Queda de folhas e o ramo fica exposto, em seguida ocorre seca de ramos do


ponteiro;

Pode ocorrer aumento repentino na produção de frutos menores antes da morte da


planta;

As raízes exibem descoloração e necrose seguida de destruição das radicelas.

A doença é percebida apenas em fases muito avançadas, tornado o controle muito


difícil.

Abacateiro com
sintomas de
podridão das raízes
a direita e planta
sadia a esquerda.
Muda inoculada com
o patógeno,
apresentando
sintomas na parte
aérea.
Etiologia

Phytophthora cinnamomi é um Oomycetes possui hifa não


septada

Características culturais de Phytophthora


cinnamomi. (a) micélio coralóide; (b)
clamidósporos; (c) esporângio ovóide não
papilado; (d) oogónio, oósporo e anterídios
anfigínicos de duas células; (e, f) colônias com 5
dias de idade crescendo em Batata- dextrose-
ágar e farinha de milho-ágar, respectivamente.
Os oósporos são liberados na presença de água, nesse
caso a umidade do solo necessitar estar alta e T 21 – 30
°C. Temperatura 33 °C inibe a doença e entre 9 – 12
°C ↓ incidência.

Pode sobreviver saprofiticamente como oósporos por


longos períodos, se produzir clamidósporos pode
chegar até 8 anos.

Disseminação por solos entre viveiros, equipamentos e


ferramentas, água e sementes de frutos contaminados.
Controle

Porta enxerto tolerante como os mexicanos: Barr Duke,


Duke, D9, Thomas, Toro Canyon, Borchad, Topa Topa e
G-6 e guatemalenses: G1033, Martin Grande, G755a,b,c,
URC 2007, 2008, 2022, 2023, 2053 e G-755.

Aquisição de mudas sadias;

Plantio em solos com boa drenagem;

Solarização do solo;

Manutenção do colo da planta limpo, evitando folhas


secas e detritos;

Balanço nutricional cuidado com o N e pH , assim como


Ca e P↓
Aplicação de gesso tem mostrado bons resultados;

Evitar ferimentos no sistema radicular são porta de

entrada para a doença;

Químico não existem produtos registrados no MAPA,

Porém injeções de Fosetil-Al no tronco da planta (porém

o custo é elevado) e fosfito de potássio.


Verrugose – Sphasceloma perseae

Também chamada de sarna do abacateiro é conhecida

desde de 1918 na Flórida, no Brasil foi relatada em

1938 em Limeira – SP.

É importante pelo mal aspecto visual que causa no

fruto, por ocasionar queda de frutos jovem e causar o

subdesenvolvimento em alta severidade nos viveiros.


Sintomas

Encontrados nos frutos “principalmente” como pequenas


pontuações erupitivas e verrugosas, com 5 a 6 mm, de coloração
marrom que aumenta rapidamente e coalescem.

Sintomas da
verrugose em
frutos de abacate.
Essas infecções nunca ultrapassam a casca.

Em folhas ocorre pequenas pontuações de 1 a 2 mm de cor


chocolate, arredondadas no limbofoliar e alogadas se estiver
nas nervuras, quando severamente atacadas as folhas
tendem a se deformar e até sofre rompimento do limbo
foliar.

Etiologia

Ocasionada pelo Sphaceloma perseae

Se desenvolve em  UR

A disseminação no pomar ocorre pelo vento e respingo de


chuva e mudas contaminadas disseminam a doença a longas
distâncias.

Sobrevive nas folhas infectadas e frutos remanescentes.


Controle

Variedades resistentes – Ouro Verde, Quintal e


Collinson.

Químico – fungicidas cúpricos ou ditiocarbamatos


(mancozeb).

Em frutos quando 2/3 das pétalas caírem até atingir 5


cm de . Em folhas nas brotações até 3 cm
comprimento.

Podas de limpeza, eliminando-se ramos, galhos secos e


frutos caídos e remanescentes do pomar.

Plantio de quebra-ventos.
Cercosporiose – Pseudocercospora purpúrea e
Cercospora perseae

Sintomas

Nos frutos pequenas lesões, ligeiramente deprimidas e


irregulares de cor marrom com bordos bem definidos.

Em condições de  UR podem surgir pontuações


acinzentadas no centro das lesões (sinais).

Essas lesões tem ≈ 3 a 6 mm de  e quando  velhas


provocam rachaduras nos tecidos, abrindo caminho
para outros patógenos.

Queda de frutos e o sintoma  severo da doença.


Nas folhas as lesões são angulares de cor marrom ou
cinza, com halo clorótico, apresentam 1 a 3 mm  em
ambas as faces e podem coalescer.

As lesões podem ocorre no pedúnculo o que causa sua


queda.

Sintoma da cercosporiose em
frutos de abacate.
Etiologia
Pseudocercospora purpúrea e Cercospora perseae

Inicia-se no período chuvoso, e de junho a julho ocasiona a queda


das folhas.

Sobrevive nas folhas.

Disseminação – vento e chuva.

Penetração de forma direta e indireta (ferimentos) pode


permanecer queicente por meses e se manifestar apenas na
colheita.

Controle

VR –  Collinson e Pollock e ± Prince, Simminds e Linda.

Químico – cúpricos antes da florada e depois da queda de 2/3 das


pétalas.

Culturais = Verrugose
Antracnose – Glomerella cingulata (Colletotrichum gloeosporioides)

Doença mais severa em clima úmido, podendo causar


perdas na pós-colheita, armazenamento e transporte
dos frutos

Sintomas – Afeta os frutos principalmente, porém


pode atacar outros órgãos da planta (folhas, flores e
ramos).

Folhas – manchas necróticas de coloração escura, com


bordos definidos e formato irregular, ocupando às
margens das folhas ou o espaço entre as nervuras.

Nos ramos causa necroses escuras e seca de ramos e


ponteiros.

Flores – seca, abscisão floral, queda prematura e/ou


podridão de frutos jovens.
Em frutos inicia-se por pequenas pontuações de marro

a preta, com formato O e tamanho de 6-13 mm .

As lesões evoluem atingindo a polpa ou necrosando o

fruto. Quando atinge a polpa provoca escurecimento

de coloração marrom a bege. É comum essa infecção

ocorre via pedúnculo ocasionado a queda do mesmo.

Essa podridões ocorrem em frutos maduros e

raramente em frutos verdes.


Sintomas externos e internos em frutos de abacate
decorrentes da antracnose.
A doença adquiri maior importância em pomares mal
tratados ou debilitados nutricionalmente.

Etiologia – Glomerella cingulata (Colletotrichum


gloeosporioides e C. acutatum)

Necessita de água livre para que ocorra a infecção com


T 22-27 °C.

A infecção ocorre no campo em frutos verdes e


permanece quiescente.

A doença começa a surgi quando o fruto está


amadurecendo e o nível de compostos antifúngicos
começa a declinar como o DIENE.
Controle

Podas de limpeza e queima de material doente pelo menos


uma vez por ano.

Químico – cúpricos e ditiocarbamatos (mancozebe) 2 ou 3x


entre o florescimento e a frutificação. Pode-se utilizar ainda
o difenoconazol (triazol) e tiabendazol.

Evitar ferimento nos frutos para não ocasionar a podridão


peduncular.

Armazenar frutos em 7 a 13 °C dependendo da variedade.

Existem ainda métodos testados com grande eficiência


como:

• Óleos essenciais;
• Antioxidantes;
• Agentes de controle biológico;
• Silicatos;
• Indução de resistência.
UFA
ACABOU!!!!!!

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