Você está na página 1de 35

MANEJO

EFICIENTE
DOENÇAS

Conheça e identifique as principais


doenças na cultura da Soja.

BASF na Agricultura.
Juntos pelo seu Legado.
Introdução
O primeiro passo para fazer um manejo eficiente é conhecer os possíveis
inimigos da sua lavoura. Por isso a BASF reuniu neste guia as principais
doenças da soja e como identificá-las. E para proteger o seu Legado de todas
elas, conte com as nossas soluções.

Índice

CRESTAMENTO- FERRUGEM- MANCHA-ALVO


ÁNTRACNOSE
FOLIAR ASIÁTICA PÁG. 9
PÁG. 3
PÁG. 5 PÁG. 7

MANCHA- MANCHA- MANCHA-


OLHO-DE-RÃ OU PARDA OU PÚRPURA- MELA
CERCOSPORIOSE SEPTORIOSE DA-SEMENTE PÁG.17
PÁG. 11 PÁG. 13 PÁG. 15

MOFO-
MÍLDIO NEMATOIDES OÍDIO
BRANCO
PÁG.19 PÁG. 23 PÁG. 26
PÁG. 21

PHOMOPSIS- PODRIDÃO- RHIZOCTONIA OU


DA-SEMENTE DE-FUSARIUM TOMBAMENTO
PÁG. 28 PÁG. 30 PÁG. 32
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 3

Antracnose
Nome comum e científico:
Antracnose (Colletotrichum truncatum)
Foto: Nedio Tormen.

Parte atacada da planta: Plântulas, pecíolos, folhas, hastes, vagens


e sementes.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da doença: Ocorre desde


a germinação da semente até a fase reprodutiva.

Condições que favorecem a ocorrência da doença: Elevadas temperaturas


e precipitações, ocorrendo simultaneamente, favorecem o desenvolvimento
da doença.

Sintomas: Necrose de plântulas e pecíolos e de manchas (lesões) nas folhas,


hastes, vagens e sementes. As lesões são deprimidas e castanho-escuras que
em condições de alta umidade apresentam pontuações pretas, que são as
frutificações do fungo.

Principais características que auxiliam na identificação da doença:


As lesões escuras, deprimidas com pontuações negras são típicas da doença
e facilmente identificáveis.

Potencial de dano econômico: Não há estudos que determinem a


porcentagem de danos econômicos no Brasil, ocasionados pela ocorrência
de antracnose. Contudo, há dados do BIP - Business Intelligence Panel da
empresa Spark, especializada em serviços de informações no agronegócio,
que mostrou dados econômicos em relação ao controle dessa doença, na
safra de 2017/18.

3
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 4

Esse estudo indicou que 67% da área plantada de soja recebeu ao menos
uma pulverização de fungicida visando controlar essa doença. Ainda de
acordo com os dados da Spark, observa-se que em 26% da área de soja
este foi considerado o alvo principal do controle.

Foto: Nedio Tormen.

Referências bibliográficas:

ALMEIDA A.M.R., FERREIRA L.P., YORINORI J.T., SILVA J.F.V., HENNING, A.A., GODOY
C.V. Doenças da soja. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN
FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de fitopatologia - Doenças das Plantas
Cultivadas. 4 ed. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 2005, v. 2, p. 293-302, 2005.

BALARDIN, R.S. Doenças na soja. Santa Maria: UFSM, 2002. 107p.

SPARK BIP (Business Intelligence Panel). Levantamento mercadológico de soja -


safra 17/18, 2018.

WRATHER, J. A.; KOENNING, S. R. Effects of diseases on soybean yields in the


United States 1996 to 2007. Plant Health Progress, St. Paul MN, USA, 2009.
4
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 5

Crestamento-foliar
Nome comum e científico:
Crestamento-foliar (Cercospora kikuchii)

Parte atacada da planta: Folhas, hastes, vagens, sementes.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da doença: Sintomas mais visíveis


nos estádios reprodutivos R6 e R7.1.

Condições que favorecem a ocorrência da doença: A faixa ideal de


temperatura para o desenvolvimento da doença é de 23º a 27ºC. Além de alta
umidade e elevada altitude.

Sintomas: Nas folhas, os sintomas iniciam com pequenas pontuações escuras


que evoluem para castanho-avermelhas e acabam coalescendo, resultando em
crestamento e até mesmo desfolha da planta. Nas vagens, os sintomas seguem
o mesmo padrão, passando para as sementes, que se tornam manchadas com
uma coloração purpura, indicando que são portadoras do patógeno, servindo
como fonte de inóculo.

Principais características que auxiliam na identificação da doença:


Os sintomas de crestamento-foliar avançado pode ser confundido com uma
diversidade de fatores. É necessário conhecer o histórico da área e possuir
o caderno de campo com as informações das últimas aplicações para se
descartar que os sintomas observados sejam fitotoxicidade de algum defensivo
químico. Se houver grãos, então será possível avaliar se há as manchas
purpuras na semente.

Potencial de dano econômico: As perdas podem atingir patamar de até 30%,


devido a ocorrência de crestamento foliar de Cercospora.
5
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 6

Foto: Nedio Tormen.

Referências bibliográficas:

ALMEIDA A.M.R., FERREIRA L.P., YORINORI J.T., SILVA J.F.V., HENNING, A.A., GODOY
C.V. Doenças da soja. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN
FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de fitopatologia - Doenças das Plantas
Cultivadas. 4 ed. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 2005, v. 2, p. 293-302, 2005.
6
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 7

Ferrugem-asiática
Nome comum e científico: Ferrugem-
asiática (Phakopsora pachyrhizi)
Foto: Marcelo Katakura.

Parte atacada da planta: Folhas.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da doença: Já foi notificado


ocorrência de ferrugem asiática desde o estádio V3 da soja, sendo as
manifestações mais agressivas a partir do estádio reprodutivo R5.

Condições que favorecem a ocorrência da doença: O processo de


infecção depende da disponibilidade de água livre na superfície da folha,
sendo necessário no mínimo seis horas, com um máximo de infecção
ocorrendo com 10-12 horas de molhamento foliar. A amplitude de
temperatura favorável a ocorrência da doença é muito grande entre 15º
e 28ºC são favoráveis à infecção.

Sintomas: Os primeiros sintomas são pontos de no máximo 1mm de


diâmetro, em tons de verde mais claro que a folha, facilmente observados
quando coloca-se a folha contra a luz do sol. A evolução da doença
transforma a cor dessas manchas em tons pardo-castanhos já modificando a
superfície da folha, quando é possível notar a formação de uma protuberância
com o uso de lupa de aumento. Nesse momento essas manchas já são
consideradas urédias formadas, por onde os urediniósporos serão liberados
posteriormente. Essas pequenas lesões liberam milhares de esporos que
são capazes de iniciar o processo infeccioso na mesma folha, plantas do
mesmo talhão, propriedades vizinhas etc.. uma vez que são carregados
principalmente pelo vento. A alta incidência e severidade dessa doença
podem levar a desfolha prematura da planta.

7
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 8

Principais características que auxiliam na identificação da doença:


É possível identificar com lupa de aumento que há formação de urédias em
ambos lados da folha, mas a maior concentração é na face inferior; a presença
dos esporos pode ajudar na distinção dessa doença entre a mancha parda,
que possui sintomas inicial semelhante.

Potencial de dano econômico: As perdas em produtividade dependendo


do nível de infestação podem ficar entre os valores de 10% a 90%, já que a
desfolha das plantas afeta diretamente a produção e a qualidade do grão.

Referências bibliográficas:

ALMEIDA A.M.R., FERREIRA L.P., YORINORI J.T., SILVA J.F.V., HENNING, A.A., GODOY
C.V. Doenças da soja. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN FILHO,
A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de fitopatologia - Doenças das Plantas Cultivadas. 4
ed. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 2005, v. 2, p. 293-302, 2005.

CAF. Consórcio Antiferrugem. Custo ferrugem asiática da soja. Disponível em:


Acesso em: 23 out. 2018.

GOELLNER, K.; LOEHRER, M.; LANGENBACH, C.; CONRATH, U.; KOCH, E.;
SCHAFFRATH, U. Pathogen profile Phakopsora pachyrhizi, the causal agent of
Asian soybean rust. Molecular Plant Pathology, v. 11, n. 2, p. 169-177, 2010.

HARTMAN, G.L.; SIKORA, E.J.; RUPE, J.C. Rust. In: HARTMAN, G.L.; RUPE, J.C.; G.L.;
SIKORA, E.J.; DOMIER, L.L.; DAVIS, J.A.; STEFFEY, K.L. Compendium of soybean
diseases. 5th. Ed. Saint Paul: APS Press, p. 56-59, 2015.

HENNING, A.A.; ALMEIDA, A.M.R.; GODOY, C.V.; SEIXAS, C.D.S.; YORINORI, J.T.;
COSTAMILAN, L.M.; FERREIRA, L.P.; MEYER, M.C.; SOARES, R.M.; DIAS, W.P. Manual
de identificação de doenças de soja. 5. ed. Londrina: Embrapa Soja. 75 p. (Embrapa
Soja. Documentos, 256), 2014.

RUPE, J.; SCONVERS, L. Soybean rust. The Plant Health Instructor. 2008. Disponível
em: Acesso em: 20 mar. 2013
8
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 9

Mancha-alvo
Nome comum e científico:
Mancha-alvo (Corynespora cassiicola)
Foto: Lucas Santos.

Parte atacada da planta: Folhas, hastes, raízes, vagens e sementes.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da doença: A mancha alvo


pode ocorrer em qualquer estádio fenológico da planta e é mais conhecida e
reconhecida no final do ciclo.

Condições que favorecem a ocorrência da doença: A doença surge


na lavoura logo nos primeiros estádios fenológicos da soja, em baixa
incidência, e vai ganhando força com a sucessão dos eventos climáticos
favoráveis ao seu desenvolvimento como elevada umidade relativa do ar,
elevada precipitação (que gere no mínimo 6 horas de molhamento foliar) e
temperaturas entre 18º a 39ºC.

Sintomas: Os sintomas iniciam em pequenos pontos amarelados com halo


e evoluem até lesões circulares de aproximadamente 2cm de diâmetro,
formado com anéis concêntricos com um ponto escuro no centro, tomando
a cor castanho-claro a castanho-escuro. Em cultivares muito suscetíveis, os
sintomas podem surgir nas hastes e vagens, atingindo as sementes.

Principais características que auxiliam na identificação da doença:


As lesões são bem características e podem ser diferenciadas das lesões
de mancha “olho-de-rã” observando a cor do centro da lesão: mancha alvo
possui centro escuro e mancha “olho-de-rã” possui centro castanho-claro.

9
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 10

Potencial de dano econômico: Os estudos econômicos da doença ainda são


incipientes no Brasil, mas em altas incidências e cultivares suscetíveis já foi
relatado danos à produtividade na ordem de até 50%.

Foto: Nedio Tormen.

Referências bibliográficas:

ALMEIDA A.M.R., FERREIRA L.P., YORINORI J.T., SILVA J.F.V., HENNING, A.A., GODOY
C.V. Doenças da soja. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN FILHO,
A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de fitopatologia - Doenças das Plantas Cultivadas. 4
ed. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 2005, v. 2, p. 293-302, 2005.

GODOY, CLAUDIA & M UTIAMADA, CARLOS & MEYER, MAURICIO & CAMPOS,
HERCULES & LOPES, IVANI & R DIAS, ALFREDO & C BULHÕES, CEREZO & PIMENTA,
CLÁUDIA & MIGUEL-WRUCK, DULÂNDULA & MOREIRA, EDER & RAMOS JUNIOR,
EDISON & BORGES, EDSON & V SIQUERI, FABIANO & PEDRO, IVAN & GRIGOLLI,
JURCA & NUNES JUNIOR, JOSÉ & M DE, LUANA & CARREGAL, HENRIQUE & VOLF,
MARCELO & J CARLIN, VALTEMIR. Eficiência de fungicidas para o controle da
mancha-alvo, Corynespora cassiicola, na cultura da soja, na safra 2017/18:
Resultados sumarizados dos ensaios cooperativos, 2018.

HARTWIG, E.E. Effect of target spot on yield of soybeans. Plant Disease, St. Paul,
v.43, p.504-505, 1959.

SINCLAIR, J.B. Compedium of Soybean Disease. 2 nd. St Paul: The American


Phytopathological Society, 104p, 1982.
10
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 11

Mancha-olho-de-rã
ou Cercosporiose
Nome comum e científico:
Mancha-olho-de-rã ou Cercosporiose
(Cercospora sojina)
Foto: Rafael Soares.

Parte atacada da planta: Folhas, hastes, vagens e sementes.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da doença: Ocorre em todos os


estádios do ciclo da cultura, principalmente na fase da floração.

Condições que favorecem a ocorrência da doença: Temperaturas entre 25º


a 35ºC e elevada umidade.

Sintomas: As lesões surgem na fase superior como pequenas manchas


encharcadas, que se tornam castanho-claras e arredondadas, com bordas
definidas e castanho-avermelhadas. Na face inferior da folha, o centro
castanho-claro da lesão mostra pontuações escuras que são as estruturas
reprodutivas do patógeno. Nas hastes e vagens o surgimento e evolução das
características dos sintomas são os mesmos que nas folhas. Em sementes, o
tegumento mostra rachaduras e manchas marrons acinzentadas.

Principais características que auxiliam na identificação da doença:


A doença mostra várias lesões circulares nas folhas, com centro claro e halo
castanho escuro. Diferente da mancha alvo, as lesões de mancha-olho-de-rã,
não possui anéis concêntricos no interior da lesão.

Potencial de dano econômico: Atualmente está sob controle com o uso de


variedades resistentes combinado com o manejo fitossanitário utilizado no
controle da ferrugem asiática.
11
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 12

Foto: Rafael Soares.

Referências bibliográficas:

ALMEIDA A.M.R., FERREIRA L.P., YORINORI J.T., SILVA J.F.V., HENNING, A.A., GODOY
C.V. Doenças da soja. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN
FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de fitopatologia - Doenças das Plantas
Cultivadas. 4 ed. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 2005, v. 2, p. 293-302, 2005.

YORINORI, J.T. Frogeye leaf spot of soybean (Cercospora sojina Hara). In:
CONFERENCIAL MUNDIAL DE INVESTIGACION EN SOJA, 4. Buenos Aires:
AASOJA, t.3. p.1275-1283, 1989.
12
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 13

Mancha-parda
ou Septoriose
Nome comum e científico: Mancha-
-parda ou Septoriose (Septoria glycines)
Foto: Jairo Santos.

Parte atacada da planta: Folhas, vagens e sementes.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da doença: Afeta todos os


estádios fenológicos, principalmente em R5.

Condições que favorecem a ocorrência da doença: Temperaturas entre 15º


a 30ºC com molhamento foliar de 6 horas.

Sintomas: Os primeiros sintomas já são observados nas folhas unifolioladas,


na forma de manchas e pontuações irregulares castanho-avermelhadas.
Inicialmente próximo ou nas nervuras, coalescendo e necrosando boa
parte do limbo foliar. Na fase reprodutiva, surgem manchas pardas com
halos amarelos nas vagens e nas folhas e a doença evolui para desfolha e
maturação prematura dos grãos.

Principais características que auxiliam na identificação da doença:


Identificar as cores e a evolução dos sintomas; na face superior das folhas,
as lesões são pardas e com halos amarelos e na face inferior predomina uma
coloração rosada.

Potencial de dano econômico: Causa redução de até 30% no rendimento


da cultura.

13
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 14

Foto: Jairo Santos.

Referências bibliográficas:

ALMEIDA, A.M.R. Reação de cultivares e linhagens de soja a Septoria glycines.


Resultado de Pesquisa. Embrapa. 1980.

ALMEIDA A.M.R., FERREIRA L.P., YORINORI J.T., SILVA J.F.V., HENNING, A.A., GODOY
C.V. Doenças da soja. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN
FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de fitopatologia - Doenças das Plantas
Cultivadas. 4 ed. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 2005, v. 2, p. 293-302, 2005
14
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 15

Mancha-púrpura-
da-semente
Nome comum e científico:
Mancha-púrpura-da-semente
(Cercospora kikuchii)
Foto: Nedio Tormen.

Parte atacada da planta: A doença ocorre em todas as partes da planta


e quando é observada na semente, recebe o nome de mancha púrpura.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da doença: Sementes.

Condições que favorecem a ocorrência da doença: Locais com


temperaturas entre 23° e 27°C e alta umidade.

Sintomas: Após colonizar a vagem, o fungo alcança a semente causando


uma mancha púrpura no tegumento, caracterizando o nome da doença.

Principais características que auxiliam na identificação da doença:


O tegumento das sementes fica coloridos, com manchas irregulares em tons
púrpura.

Potencial de dano econômico: A redução na produtividade pode atingir


até 30%, caso essas sementes contaminadas sejam usadas no plantio sem
o devido tratamento.

15
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 16

Foto: Lais Durigan.

Referências bibliográficas:

ALMEIDA A.M.R., FERREIRA L.P., YORINORI J.T., SILVA J.F.V., HENNING, A.A., GODOY
C.V. Doenças da soja. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN
FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de fitopatologia - Doenças das Plantas
Cultivadas. 4 ed. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 2005, v. 2, p. 293-302, 2005.

HENNING A.A. et al. Manual de identificação de doenças de soja. 4.ed. Londrina:


Embrapa Soja, 74 p, 2010.
16
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 17

Mela
Nome comum e científico: Mela
(Rhizoctonia solani)
Foto: Nedio Tormen.

Parte atacada da planta: Cotilédones, hastes, folhas, vagens e sementes.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da doença: Desde a germinação


até a fase reprodutiva da planta de soja.

Condições que favorecem a ocorrência da doença: Temperaturas entre


25° e 30°C e longos períodos de umidade. Essas condições favorecem o
desenvolvimento do fungo, que sobrevive no solo, em restos de cultura e em
hospedeiros alternativos.

Sintomas: Os sintomas na folha são de necrose e lesões nas hastes e


pecíolos; as partes infectadas secam rapidamente, se destacam e se tornam
fonte de inóculo.

Principais características que auxiliam na identificação da doença: Falhas


de estande, formação de reboleiras, podem ser um indicativo da presença da
doença na área. As lesões na haste e na vagem possuem cor avermelhada.

Potencial de dano econômico: Em regiões que o clima favorece o


desenvolvimento da doença, as perdas causadas pela Mela podem variar
de 31 a 60%.

17
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 18

Foto: Nedio Tormen.

Referências bibliográficas:

ALMEIDA A.M.R., FERREIRA L.P., YORINORI J.T., SILVA J.F.V., HENNING, A.A., GODOY
C.V. Doenças da soja. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN
FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de fitopatologia - Doenças das Plantas
Cultivadas. 4 ed. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 2005, v. 2, p. 293-302, 2005.

MEYER, M. C.; YORINORI, J. T. Incidência de doenças da soja em regiões tropicais.


Documentos Embrapa soja, Londrina, n.124, p.457, 1999.

SINCLAIR, J.B. Compedium of Soybean Disease. 2 nd. St Paul: The American


Phytopathological Society, 104p, 1982.

YORINORI, J. T. Controle integrado das principais doenças da soja. In: CÂMARA, G. M.


S. (Ed.). Soja: tecnologia de produção. Piracicaba: ESALQ, USP, p. 139-192. 1998.
18
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 19

Míldio
Nome comum e científico:
Míldio (Peronospora manshurica)
Foto: Felipe Ferreirão.

Parte atacada da planta: Folhas.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da doença: Pode ocorrer durante


todo ciclo da cultura.

Condições que favorecem a ocorrência da doença: A temperatura ideal


para ocorrência da doença é em torno de 20°C e alta umidade, entretanto a
faixa de temperaturas favoráveis à doença fica entre 10º e 25°C.

Sintomas: Pontuações e pequenas manchas irregulares espalhadas pelo


limbo foliar, de cor verde-amarelada. Com alta severidade, essas manchas
podem coalescer e necrosar a folha inteira.

Principais características que auxiliam na identificação da doença:


No verso das folhas que apresentarem as pontuações e manchas verde-
amareladas será observado as estruturas de frutificação do fungo, que a olho
nu são cotonosas e pulverulentas, com uma coloração rosada.

Potencial de dano econômico: Estimativas de redução de até 8% no


rendimento de grãos.

19
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 20

Foto: Felipe Ferreirão.

Referências bibliográficas:

HENNING A.A. et al. Manual de identificação de doenças de soja. 4.ed. Londrina:


Embrapa Soja, 74 p, 2010.

PHILLIPS, D.V. Downy mildew. In: HARTMAN, G.L., SINCLAIR, J.B., RUPE J.C. (Eds.).
Compendium of soybean diseases. 4. ed. St. Paul: APS Press, p. 18-19, 1999.

VERNETTI, F.J.; FERREIRA, L.P. Míldio – uma nova doença da soja no Rio Grande
do Sul. Pelotas: Instituto de Pesquisas e Experimentação Agropecuárias do Sul, 12 p.
(Circular 41), 1969.
20
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 21

Mofo-branco
Nome comum e científico:
Mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum)
Foto: Lauricio Moraes

Parte atacada da planta: Inflorescência, axilas das folhas e haste.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da doença: Ocorre em todos os


estádios da cultura, principalmente no início da floração.

Condições que favorecem a ocorrência da doença: Esse patógeno


sobrevive no solo por muitos anos, através de uma estrutura de sobrevivência
chamada escleródio. Temperaturas entre 10º e 25°C com umidade elevada
favorecem o desenvolvimento da doença através da geminação dessas
estruturas de sobrevivência.

Sintomas: Os sintomas iniciais são lesões irregulares e com aspecto úmido


e mole, na cor parda. Um micélio branco se forma nas bordas dessas lesões.
Ocorre o murchamento da planta, seguido de amarelecimento e crestamento
das folhas, e posterior morte da planta.

Principais características que auxiliam na identificação da doença:


Após germinar, os escleródios formam estruturas que lembram cogumelos,
mas que são denominadas de apotécios, são facilmente encontrados no chão,
próximo de plantas mostrando sintomas da doença. Liberam ascósporos que
colonizam outras plantas, formando o típico sintoma de estruturas cotonosas,
formadas pelo micélio do fungo.

Potencial de dano econômico: A ausência de controle pode gerar perdas de


até 50% em uma safra.

21
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 22

Foto: Agmar Assis.

Referências bibliográficas:

ALMEIDA A.M.R., FERREIRA L.P., YORINORI J.T., SILVA J.F.V., HENNING, A.A., GODOY
C.V. Doenças da soja. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN
FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de fitopatologia - Doenças das Plantas
Cultivadas. 4 ed. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 2005, v. 2, p. 293-302, 2005.

CASSETARI NETO, D.; MACHADO, A. Q.; SILVA, R. A. Manual de doenças da soja.


São Paulo: Cheminova, 2010.

GODOY, Claudia Vieira et al. Mycelial growth, pathogenicity, aggressiveness and


apothecial development of Sclerotinia sclerotiorum isolates from Brazil and
the United States in contrasting temperature regimes. Summa Phytopathologica.,
Botucatu, v. 43, n. 4, p. 263-268, Dec. 2017.
22
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 23

Nematoide de cisto / Nematoide de galhas


Nematoide das lesões
Nome comum e científico:
Nematoide de cisto (Heterodera glycines)
Nematoide de galhas (Meloidogyne sp.)
Nematoide das lesões (Pratylenchus brachyurus)

Parte atacada da planta: Raízes.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da doença: Afeta todo ciclo da


cultura.

Condições que favorecem a ocorrência da doença: Temperatura entre 23º


a 25ºC, presença do patógeno na área combinado com a presença de um
hospedeiro suscetível.

Sintomas: Alguns sintomas são congruentes entre as espécies de nematoides,


como a presença de sintomas em reboleira de deficiência nutricional.

Nematoide de cisto (Heterodera glycines): presença de diversos cistos nas


raízes, formados pelo corpo da fêmea que se instala e se nutre que contém os
ovos do nematoide.

Nematoide de galhas (Meloidogyne sp.): intumescimento das raízes nos locais


onde os nematoides se instalam.

Nematoide das lesões (Pratylenchus brachyurus): mostra áreas necrosadas


nas raízes, devido ao movimento do nematoide entre as células e injeção de
toxinas durante sua alimentação.

23
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 24

Principais características que auxiliam na identificação da doença:


Nematoide de cisto (Heterodera glycines): os cistos são externos, seu interior
é claro e com formato de um limão, já que os cistos são formados pelo corpo
das fêmeas, que morrem após completar seu ciclo sexual permanecendo
acoplada o local.

Nematoide de galhas (Meloidogyne sp.): é diferente dos nódulos


de Bradyrhizobium, uma vez que estes são destacáveis da raiz e o
intumescimento causado pelo nematoide não pode ser destacado da raiz.

Nematoide das lesões (Pratylenchus brachyurus): durante a alimentação,


essa espécie injeta toxinas nas células do parênquima cortical, o que causa
necrose local, além disso, a movimentação dos fitopatógenos na raiz,
desorganiza as células, intensificando a necrose das lesões. Posteriormente,
essas lesões são colonizadas por fungos necrotróficos e oportunistas, que
não podem ser associados a causa da necrose.

Potencial de dano econômico: Estima-se perdas entre 30 a 50% em


produtividade ocasionadas pela infestação de nematoides se nenhum tipo
de controle for utilizado. A forma de disseminação e a facilidade de controle
determina a intensidade dos danos. Nematoides do cisto ocupa o primeiro
lugar em perdas, estimasse que essa espécie de fitopatógeno ocupe mais
de 3 milhões de hectares no Brasil. Em segundo lugar fica o nematoide das
galhas e em seguida o nematoide das lesões.

24
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 25

Nematoide de cisto. Nematoide de galhas. Nematoide das lesões.


Foto: Paulo Sérgio dos Santos. Foto: Paulo Sérgio dos Santos. Foto: Paulo Sérgio dos Santos.

Nematoide de cisto. Nematoide de galhas. Nematoide das lesões.


Foto: Paulo Sérgio dos Santos. Foto: Paulo Sérgio dos Santos. Foto: Paulo Sérgio dos Santos.

Referências bibliográficas:

ALMEIDA A.M.R., FERREIRA L.P., YORINORI J.T., SILVA J.F.V., HENNING, A.A., GODOY
C.V. Doenças da soja. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN
FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de fitopatologia - Doenças das Plantas
Cultivadas. 4 ed. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 2005, v. 2, p. 293-302, 2005.

ASMUS, G.L. Ocorrência de nematóides fitoparasitas em algodoeiro no Estado de


Mato Grosso do Sul. Nematologia Brasileira, v.28, n.1, p.77-86, 2004.

FRANCHINI, J.C.; DEBIASI, H.; DIAS, W.P.; RAMOS JUNIOR, E.U.; SILVA, J.F.V. Perda
de produtividade da soja em área infestada por nematoide das lesões radiculares
na região médio norte do Mato Grosso. In: BERNARDI, A. C. de C.; NAIME, J. de
M.; RESENDE, A.V. de; BASSOI, L.H.; INAMASU, R.Y. (Ed.). Agricultura de precisão:
resultados de um novo olhar. Brasília: Embrapa, p.274-278, 2014.
25
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 26

Oídio
Nome comum e científico:
Oídio (Microsphaera diffusa)
Foto: Roberto Castro.

Parte atacada da planta: Principalmente folhas, mas também hastes, pecíolos


e vagens.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da doença: Ocorre em qualquer


estádio fenológico, mais frequentemente entre os estágios reprodutivos R1 e R6.

Condições que favorecem a ocorrência da doença: As condições climáticas


que favorecem a ocorrência de oídio são temperaturas entre 18ºC a 30ºC,
combinados com umidade relativa do ar entre 50-90% e baixa ocorrência de
precipitações.

Sintomas: Os sintomas visíveis e característicos é a fina camada de micélio


cinza-claro sobre a folha de soja, formada após a germinação e colonização de
um conídio. Em infestações muito severas, pode ocorrer também nas vagens.

Principais características que auxiliam na identificação da doença:


Os sintomas de uma colonização recente, é possível notar o aspecto
pulverulento do micélio, parecendo uma poeira cinza na superfície foliar.
Em situações de elevada severidade, pode ocorrer desfolha e crestamento
nas folhas, dificultando o diagnostico visual. Sendo necessário investigar outras
plantas ao redor, buscando as que ainda apresentem folhas em processo de
infecção recente da doença.

Potencial de dano econômico: Cultivos de soja apresentando maior


incidência, as perdas em rendimento podem atingir a faixa de 25 a 40%.

26
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 27

Foto: Agmar Assis.

Referências bibliográficas:

ALMEIDA A.M.R., FERREIRA L.P., YORINORI J.T., SILVA J.F.V., HENNING, A.A., GODOY
C.V. Doenças da soja. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN
FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de fitopatologia - Doenças das Plantas
Cultivadas. 4 ed. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 2005, v. 2, p. 293-302.2005.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Tecnologia de produção de


soja: região central do Brasil 2012 e 2013. Londrina Embrapa Soja, 2015.

McGEE, D.C. Soybean diseases: a reference source for seed technologists. St.
Paul, APS Press, 1992.

MELO, L. J. V. Crescimento e produção de fava em função de laminas de irrigação


e densidade de plantio. Revista Tecnologia e Ciência Agropecuária, João Pessoa, v. 3,
n. 2, p. 37-41, 2014.

MIGNUCCI, J.S.; LIM, S.M.; HEPPERLY, P.R. Effects of temperature on reactions


of soybean seedlings to powdery mildew (Microsphaera diffusa). Plant Disease
Reporter, Beltsville, v.61, n.2, p.122-124, 1977.
27
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 28

Phomopsis-da-semente
Nome comum e científico:
Phomopsis-da-semente (Phomopsis sojae)

Parte atacada da planta: Sementes.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da doença: Ocorre


principalmente nos estágios iniciais do período reprodutivo.

Condições que favorecem a ocorrência da doença: Altas temperaturas e


longos períodos de umidade no período de maturação da vagem.

Sintomas: Surgem pontos negros na haste e nas vagens, que são estruturas
reprodutoras do fungo. Tornam as vagens chochas ou apodrecidas.

Principais características que auxiliam na identificação da doença:


Sementes apresentando infecção pelo fungo P. sojae são enrugadas, possuem
rachaduras no tegumento, sem brilho e com micélio de cor clara.

Potencial de dano econômico: As perdas podem ser insignificantes até


comprometer 100% da produção.

28
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 29

Foto: Lais Durigan.

Referências bibliográficas:

HENNING A.A. et al. Manual de identificação de doenças de soja. 4.ed. Londrina:


Embrapa Soja, 74 p, 2010.

YORINORI, J. T. Cancro da haste da soja: epidemiologia e controle. Londrina:


Embrapa-Soja, 75 p. (Embrapa Soja. Circular Técnica, 14), 1996.

29
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 30

Podridão-de-fusarium
Nome comum e científico: Podridão-de-fusarium
(Fusarium solani f. sp. glycines)

Parte atacada da planta: Folhas, hastes e raízes.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da doença: Ocorre em todo ciclo


da cultura, principalmente em pré-emergência.

Condições que favorecem a ocorrência da doença: Presença do patógeno


no solo aliado à temperatura na faixa de 15 a 27ºC e alta umidade do solo.

Sintomas: Na raiz, o sintoma inicia abaixo na linha do solo, iniciando com uma
lesão castanho-avermelhada, atingindo o lenho da raiz até a haste, evolui para
uma lesão seca castanho-claro que estrangula a região causando tombamento
da plântula. Em folhas, o sintoma é conhecido como carijó: manchas
cloróticas no limbo foliar e necróticas na região internerval, porem as nervuras
permanecem verdes.

Principais características que auxiliam na identificação da doença:


Áreas com histórico devem ser monitoradas. Essa doença ocorre em reboleiras
e pode ser identificada observando-se as manchas avermelhadas no colo das
plantas.

Potencial de dano econômico: As perdas já relatadas, variam entre 20% e 80%.

30
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 31

Foto: Lais Durigan

Referências bibliográficas:

ALMEIDA A.M.R., FERREIRA L.P., YORINORI J.T., SILVA J.F.V., HENNING, A.A., GODOY
C.V. Doenças da soja. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN
FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de fitopatologia - Doenças das Plantas
Cultivadas. 4 ed. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 2005, v. 2, p. 293-302, 2005.

FREITAS T.M.Q., Meneghetti R.C., Balardin R.S. Dano devido à podridão vermelha da
raiz na cultura da soja. Ciência Rural, Santa Maria, v.34, n.4, p.991-996, 2004.

RUPE, J.C., HIRREL, M.C.; HERSHMAM, D.E. Sudden death syndrome. In: HARTMAN,
G.L. et al. Compendium of soybean diseases. 4.ed. St. Paul: p. 37-39, 1999.
31
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 32

Rhizoctonia ou Tombamento
Nome comum e científico: Rhizoctonia ou Tombamento
(Rhizoctonia solani)

Parte atacada da planta: Haste da plântula.

Período/Estágio fenológico de ocorrência da doença: Pré-emergência.

Condições que favorecem a ocorrência da doença: Temperatura e umidade


do solo elevadas, entre 30 a 35 dias após a emergência.

Sintomas: Podridões aquosas de cor castanha surgem na haste, próxima


ao nível do solo, estendendo-se para cima e para baixo desse mesmo nível.
Evolui para coloração castanho escura até haver estrangulamento no nível do
solo, resultando em tombamento, ou formação de raízes adventícias.

Principais características que auxiliam na identificação da doença:


A morte das plantas em reboleira.

Potencial de dano econômico: Não há estudos que determinem a


porcentagem de danos econômicos no Brasil. Estima-se que 80% das
sementes utilizadas no plantio de soja receba tratamento com fungicida. Entre
os fitopatógenos englobados, encontra-se a Rhizoctonia solani. Contudo, há
dados do BIP - Business Intelligence Panel da empresa Spark, especializada
em serviços de informações no agronegócio, que mostrou dados econômicos
em relação ao controle dessa doença, na safra de 2017/18. Esse estudo
indicou que ao menos 10% da área plantada de soja recebeu algum
tratamento químico visando controlar especificamente essa doença. Ainda de
acordo com os dados da Spark, observa-se que em 3% da área de soja este
foi considerado o alvo principal do controle.
32
MANEJO EFICIENTE | DOENÇAS 33

Foto: Lais Durigan.

Referências bibliográficas:

ALMEIDA A.M.R., FERREIRA L.P., YORINORI J.T., SILVA J.F.V., HENNING, A.A., GODOY
C.V. Doenças da soja. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN
FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de fitopatologia - Doenças das Plantas
Cultivadas. 4 ed. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 2005, v. 2, p. 293-302, 2005.

HENNING, A.A.; ALMEIDA, A.M.R.; GODOY, C.V.; SEIXAS, C.D.S.; YORINORI, J.T.;
COSTAMILAN, L.M.; FERREIRA, L.P.; MEYER, M.C.; SOARES, R.M.; DIAS, W.P. Manual
de identificação de doenças de soja. 5. ed. Londrina: Embrapa Soja. 75 p. (Embrapa
Soja. Documentos, 256), 2014.

SPARK BIP (Business Intelligence Panel). Levantamento mercadológico de soja -


safra 17/18, 2018.
33
SOLUÇÕES BASF PARA O MANEJO
EFICIENTE DE DOENÇAS NA SOJA
BASF na Agricultura.
Juntos pelo seu Legado.

Uso exclusivamente agrícola. Aplique somente as doses recomendadas. Descarte corretamente as embalagens e restos de
produtos. Incluir outros métodos de controle do programa do Manejo Integrado de Pragas (MIP) quando disponíveis e apropriados.
Restrições temporárias no estado do Paraná: Standak® Top para os alvos Colletotrichum gossypii, Fusarium oxysporum f.sp.
vasinfectum e Lasiodiplodia theobromae em Algodão, Pythium spp. em Milho, Alternaria alternata, Aspergillus spp.,
Colletotrichum graminicola, Fusarium moniliforme, Penicillium spp., Phoma spp. e Pythium spp. em Sorgo e Pythium
spp. em Trigo. Registro MAPA: Standak® Top nº 01209; Fastac® Duo nº 10913; Nomolt® 150 nº 001393; Pirate® nº 05898.

Você também pode gostar