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PRINCIPAIS DOENÇAS

Antracnose, Podridão seca dos frutos (Lasiodioplodia theobro-


mae), Podridão parda (Rizophus stolonifer) e Cercosporiose. Elaboração

Divino Nunes Mesquita


(Engº. Agr. EMATER-AC)
mesquit@agronomo.eng.br
Cel: (68)9.9967-0413

Para controle concomitante aplicar solução à base de Mancoze-


be (3 g/L Manzate ou dithane ) + Deltametrina (1,5 mL de De-
cis) + Óleo mineral (1 mL de Assist). O mancozeb pode ser
intercalado com tiofanato metilico (2 g/L ).
Uma alternativa que apresentar eficiência no controle dessas
doenças é a aplicação preventiva de oxicloreto de cobre.
INDUÇÃO FLORAL
Técnica de manejo que visa obter picos de produção em perío-
dos de ‘entressafra’ que consiste na necessidade de aproxima- Fotos: CARDOSO, 2011; MESQUITA, 2011; SÁNCHEZ, 2011
damente 600h de estresse hídrico + poda de 50% da co-
pa+desfolha (poda+desfolha química com solução de 1,5-3%
de uréia+tratamento hormonal com Cianamida a 1,5%). Solicitação deste documento pode ser feita à EMATER-AC:
POLINIZAÇÃO
As flores melhores fornecedoras de pólen, estarão situadas Av, das Nações,2.604, Estação Experimental
mais nas extremidades dos ramos, devem ser colhidas no final Rio Branco – AC, CEP 69918-172
da tarde, acomodadas em sacos de papel em ambiente seco e Tel: (68) 3226-4365
fresco para polinização no dia seguinte até as 7:00 horas.
A aplicação do pólen pode ser feita com pincel fino de pelo de
GRAVIOLEIRAS
camelo ou bombinhas que podem ser feitas artesanalmente. (Anona muricata L.)
Cada flor tem capacidade para fornecer pólen para outras 20,
as quais após a polinização devem ser identificadas. Tais flores
podem ser marcadas com pincel atômico, fitas coloridas ou
braçadeiras plásticas.

EMATER ACRE

COLHEITA
O ponto de colheita é definido pela mudança na coloração do
fruto de verde escuro para verde claro, devendo ser cortado o
pedúnculo bem próximo da base de inserção.
Caso o mercado consumidor esteja distante é necessário acon-
dicionar as frutas em embalagens específicas (telas de isopor,
papéis).
VARIEDADES Os danos diretos ocasionados pelo rompimento dos vasos re- Broca da semente
Morada e Comum são as mais cultivadas. Morada é mais pro- duzem a produtividade da cultura, além do orifício permitir en- A Vespa deposita os ovos nas sementes dos frutas pequenos
missora e produz frutas que pesam de 3,0 – 10,0 kg, de forma trada de organismos que causam podridões dos tecidos, morte e os sinais são visíveis pela casca (um ou mais orifícios) po-
redonda à cordiforme, polpa firme, sabor sub-ácido a ácido. A de galhos ou da planta dendo causar queda precoce pela entrada de microrganismos.
comum, frutas alongadas e casca mais aderida a polpa. O controle pode ser realizado com os mesmo defensivos utili-
MATERIAL PROPAGATIVO zados para a broca do fruto.
Por causa da variabilidade genética não se recomenda insta- Podem-se ainda, adicionar aos inseticidas, fungicidas à base
ção de pomares com mudas provindas de sementes, as quais de Tiofanato metílico (Cercobin 700 PM 100g/100 l de água)
podem ser utilizadas somente como cavalo para enxertias. A ou Oxicloreto de cobre (150 g/100 L de água) para o controle
melhor e mais forma de propagação da gravioleira é por alpor- preventivo de doenças fúngicas.
quia em plantas matrizes promissoras.
PLANTIO
Evitar solos pouco profundos, mal drenados e distantes de
fontes de água. O espaçamento pode variar de 4x5, 5x5, 4 x 3 Broca do coleto
m ou superadensados 4 x 3 ou 3 x 3 m. O adulto é um besouro, tipo caruncho ou gorgulho e o dano se
As covas devem possuir as dimensões mínimas de 40x40x40 limita ao coleto da planta e pode provocar o bloqueio da circula-
cm e a calagem e adubação de base deve ser realizada con- ção da seiva. Os ferimentos podem servir como porta de entra-
forme interpretação da análise do solo. da para fungos, que causam total escurecimento dos tecidos e,
ADUBAÇÃO EM COBERTURA em seguida, podridão da área afetada. O controle pode ser
realizado com uso do fungo Metarhizium sp. Inspecionar e amostrar o pomar, quinzenalmente, a partir do
As adubações nitrogenadas e potássicas serão iniciadas aos
início da floração, para verificar a existência de flores ou frutas
90 dias após plantio no primeiro, segundo e terceiro anos com
danificados:
50-100 g de Nitrocálcio por planta + micronutrientes conforme
Coletar e enterrar todos os frutos caídos no solo;
interpretação da análise do solo. A partir do terceiro adubar-se-
Quando atingir o nível de controle (5%), pulverizar de forma
á conforme exportação pelas frutas.
direcionada, as flores e frutos;
CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS O ensacamento de frutas ainda pequenos, com sacos de pa-
Pode ser realizado com roçadeiras, e embora não registrados, pel ou parafinado é uma medida preventiva e eficiente; e,
se recomenda utilizar herbicidas de contato (Paraquat) com Utilizar armadilhas luminosas no pomar para captura de adul-
uso de protetores (Ex. chapéu de napoleão) e graminicidas tos da broca-do-fruto nas bordas do pomar (uma unidade em 2
(Targa, Fusilade, Select), isolados ou em mistura com latifolici- ha).
das precoces (Basagran, Flex). Prevenção e controle das brocas do tronco e coleto: Eliminar
os ramos brocados e seco. Aplicar inseticida fosforado ou pire- Abelha irapuá
Obs: uso de vegetação em cobertura do solo até o fechamento
tróide na região da provavel incidência O controle deve ocorrer antes do plantio por destruição dos
das entrelinhas e muito importante e gera economia ao Fruti-
Injetar inseticidas (malathion ou piretróide a 8% - 10%) nas ‘ninhos’ ou após, com aplicação de Fipronil (Formilix ou Bioin-
cultor, desde que não haja competição com as gravioleiras.
perfurações feitas pela praga e vedar os orifícios com argila. sect, Cavalera).
IRRIGAÇÃO
Pode ser realizada por microaspersão ou gotejamento e deve Para o controle ou a prevenção das brocas, inspecionar, perio-
preceder um projeto, pois uma planta em produção plena re- dicamente, o coleto das plantas com mais de dois ano s de ida-
quer aproximadamente 45-55 L de água por dia. O uso de hi- de, principalmente na parte coberta pelo solo.
drogel agrícola proporciona economia de água e reduz signifi- Broca do fruto
cativamente o turno de rega. Mariposa cujas fêmeas colocam os ovos sobre as folhas e fru-
PODAS tos pequenos. As larvas atacam e destroem o interior da polpa
As árvores devem ser conduzidas com desbrotas na base, e das sementes.
Lagartas das folhas, membrancines (Membracis sp. e Enche-
podas de formação e condução quantas forem necessárias O controle pode ser realizado com inseticidas à base de Dipte-
nopa sp.) e cigarrinha verde (Empoasca kraemeri)
que se iniciam aos 70 cm de altura. O desponte do ramo princi- rex 500 a 0,3% ou Lebaycid 500 a 0,1%.
pal a altura de 70 cm pode ser realizada em viveiro ou no cam-
po, antes do plantio e a partir de então se conduz 4-6 ramos
que devem ser despontados ao atingir o comprimento de 60-70
cm e dispostos de modo que permita a entrada de luz solar
pela copa
PRINCIPAIS PRAGAS
Broca do tronco
O ataque é identificado por excrementos, exsudação pegajosa O controle de lagartas e membrancines podem ser realizado
e escura e serragem formada por fragmentos alongados, a com Orthene 750 BR na dose de 3 kg/ha, equivalente a 60
qual, em parte, acumula-se, obstruindo as galerias. g/20 L.. Esse produto controla também broca das frutas.

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