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Cultura da Manga
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1. ORIGEM
2. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
– preços médios mensais <$ em dez/jan (pico safra). Importante antecipar produção para out/nov c/ técnicas de indução p/ obter melhores preços (entressafra).
3. VALOR NUTRICIONAL
– Destaca-se de outras frutas pelo alto teor de Vit A, sendo também importante fonte de Vit C, do complexo B, sais minerais, fibras (bom para funcionamento do intestino).
4. BOTÂNICA E VARIEDADES
– Família: Anacardiaceae
– Gênero: Mangifera
– Escolha da cultivar: f(condições ecológicas, resistente praga/doença, qualidade frutos, produtividade). Quadro 4.
– Mais bem aceitas: Haden, Keitt, Van Dyke, Palmer e Tommy Atkins.
– Para suco de manga, um dos cultivares mais procurados é o “Ubá”, muito disseminado na Zona da mata mineira, devido à coloração e ao sabor da polpa, além de sua grande ocorrência
natural. Em razão de a maioria das mangueiras ‘Ubá’ na Zona da mata mineira ter sido originada de sementes, existe considerável variabilidade entre elas, havendo necessidade de um
trabalho de seleção, visando identificar indivíduos superiores em relação a características agronômicas definidas como adequadas.
5. CLIMA E SOLO
– Antes de florescer: sem chuva p/ paralisar crescimento vegetativo e acontecer à indução do florescimento.
– Depois do florescimento deve ter chuva para bom vingamento de flores. No Nordeste irriga.
– Chuvas durante o florescimento: fungos, prejudica polinização (lava o grão de pólen, atrapalha insetos polinizadores, etc).
– No geral, devem ser profundos e bem drenados, evitando-se aqueles com menos de 2.0 m de profundidade de perfil.
– Sensíveis a salinidade do solo (Na). Solução: porta-enxertos tolerantes, manejo adequado irrigação.
6. CALAGEM
7. ADUBAÇÃO
– Covas: 50 x 50 x 50 cm.
– 30 dias antes do plantio: mistura-se o solo retirado das covas com 20 L de esterco de curral, ou 5 L de esterco de galinha, ou 2 L de torta de mamona..
– Ver quadro.
– Pomares em produção usar pelo menos 2 aplicações/ano de micro nutrientes, especialmente boro e zinco; através de pulverizações foliares (1ª antes do florescimento e a 2ª durante o
período de crescimento dos frutos).
– Para tanto se deve empregar uma solução contendo sulfato de zinco a 0,5% e ácido bórico a 0,2%, que pode ser associada a uma pulverização com fungicida ou inseticida.
8. PLANTIO
– As variedades de porte mais elevado, como a Haden e a Ruby deverão ser plantadas no espaçamento de 10 x 12m.
– As de porte menor, como a Tommy Atkins e a Keitt podem ser plantadas a 8 x 10m.
– Adensado: 6 x 6m, 3,5 x 4,5 m; porém exige podas regulares laterais e do topo.
– A muda ideal é a nova, enxertada por garfagem sobre cavalos da variedade Coquinho ou Rosinha.
9. TRATOS CULTURAIS
– É possível empregar culturas intercalares, ou consórcio, devido ao desenvolvimento inicial lento da mangueira.
– A escolha da cultura depende do agricultor, porém seu manejo deve interferir o mínimo possível na cultura da mangueira.
– É possível utilizar culturas anuais como soja, amendoim, feijão, dentre outras, ou frutíferas de ciclo curto, como o mamoeiro, maracujazeiro e abacaxizeiro.
– A área de projeção da copa deve ser livre de plantas daninhas durante todo o ano, podendo ser utilizada a capina manual ou herbicidas registrados para a cultura, seguindo as
recomendações técnicas para sua aplicação.
– Em pomares com + de 2 anos, alguns herbicidas, como paraquat, glifosate e diuron, são usados com freqüência, embora não sejam registrados para a cultura. Registrados são atrazine e
diquat.
– Nas entrelinhas, deve-se controlar o mato, utilizando roçadeira, cuja periodicidade de controle depende da época do ano.
– Deficiência hídrica de pelo menos 1 mês, para proporcionar o necessário amadurecimento dos ramos.
– Em regiões de clima semi-árido, o período de deficiência hídrica é conseguido pela interrupção da irrigação.
– Na Zona da Mata mineira (quase não se consegue deficiência hídrica na época em que antecede o florescimento, além de apresentar inverno frio): fazer 3 pulverizações de ethephon a 0,25
ml/L, seguidas de uma pulverização de nitrato de potássio a 30 g/L em mangueira “Haden”.
– As pulverizações de ethephon devem ser realizadas em abril e maio, e o nitrato pulverizado em maio.
10. PRAGAS
– Pragas secundárias: percevejos, ácaros, formigas cortadeiras, brocas, lagartas, besouros, cochonilhas, cigarrinhas e tripes. Causam danos, mas dificilmente atinge nível de dano econômico.
– Controle:
a) plantio de mangueiras afastado de plantas de espécies atacadas pelas moscas, sem no entanto, causar danos econômicos, como ocorre no cafeeiro;
b) eliminação de plantas de espécies mais atrativas às moscas, que estiverem próximas ao pomar, como goiabeira;
d) uso de controle biológico, associado a outros métodos; e emprego de cultivares pouco atacados, como Haden 2H, Bourbon.
– O controle químico é um dos métodos mais importantes e mais utilizados, devido à sua relativa facilidade de aplicação, eficiência e custos relativamente baixos.
– Geralmente na nossa região as moscas começam a atacar no mês de set, com as frutas “de vez”.
– Devem-se utilizar armadilhas que podem ser confeccionadas com garrafas de plástico, descartáveis, com 3 furos de 15 mm de diâmetro na sua extremidade superior, que irão servir de
entrada das moscas.
– Para atrair as moscas usa-se iscas, tais como melaço a 7% em água, adicionando 2 ml de triclorfon por litro de mistura ou suco de frutas.
– As garrafas devem ser penduradas nas plantas a uma altura de 2,5 m, cujo número varia de acordo com o tamanho do pomar. Usa-se 4 frascos para áreas com até 1 há, 2 frascos/ha, para
áreas com 2 a 5 há e 1 frasco por há, para pomares com mais de 5 há.
11. DOENÇAS
ANTRACNOSE
– Principal doença.
– Frutos maduros ficam com manchas pretas, de tamanho e número variáveis, irregulares, deprimidas, podendo apresentar rachaduras na casca.
– Produtos registrados: oxicloreto de cobre, hidróxido de cobre, óxido cuproso e o diticarbamato mancozeb toda semana durante a floração e de 15 em 15 dias a partir da formação dos
frutos.
– Benomyl, tiofanato metílico, tebuconazole, que são fungicidas sistêmicos, são também utilizados, proporcionando eficiente controle do fungo.
OÍDIO
– Ataca folhas, inflorescências e frutos recém-formados, que ficam com uma coloração branco-acinzentada, devido ao crescimento do fungo.
SECA-DA-MANGUEIRA
– Fungo: Ceratocystis fimbriata, geralmente transportado pelo besourinho Hipocryphalus mangiferae. (caso de ataque na parte aérea)
– Controle: uso de porta-enxerto resistentes e a eliminação dos ramos atacados, 40cm abaixo da porção já colonizada pelo fungo, são as únicas medidas indicadas para evitar a morte da
planta.
– Pode iniciar também pela raiz, e levar à morte. Nesse caso, não existe nenhuma medida de controle viável.
– O fungo ou o inseto vetor pode ser disseminado de uma região para outra por meio de mudas; portanto em regiões onde a doença ainda não ocorre, deve-se tomar o máximo de cuidado
ao adquirir mudas de regiões onde a doença está presente
– É uma doença que ataca principalmente as panículas da mangueira, causando deformações e tornando-as improdutivas. Ocorre também nas partes vegetativas, como nos brotos das
plantas.
– Não se sabe ao certo a causa (fungos, nematóides, vírus, deficiência Zn, desequilíbrio hormonal, ácaros, umidade em excesso)
– Controle: evitar a colheita de material propagativo de plantas com sintomas de malformação; poda e a eliminação dos ramos e inflorescências com sintomas.
– Estas práticas não eliminam o problema, mas podem mantê-lo em níveis aceitáveis.
MANCHA ANGULAR
– Bactéria Xanthomonas campestris que penetra na planta por meio de ferimentos ou aberturas naturais. É problema no estado de São Paulo.
10. COLHEITA
– Colher quando a fruta estiver madura, evitando-se a necessidade do emprego de métodos artificiais de maturação.
– Frutos altos: “colhedores de vara”, que consiste em uma sacola de pano ou rede amarrada em um aro de ferro redondo ou chapa, contendo uma reentrância ou uma lâmina para separação
da fruta da planta.
– No campo as frutas são acondicionadas em caixas de plástico e mantidas à sombra até o envio para barracões.
– No barracão são classificadas e embaladas em caixas de papelão ou madeira, para remessa ao mercado interno.
11. RENDIMENTO
– Rendimento variável.
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