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TEIXEIRA DE FREITAS, BA
AGOSTO - 2019
Willians Chaves de Araujo
TEIXEIRA DE FREITAS, BA
AGOSTO - 2019
Dedico esse trabalho a meus pais que me
acompanharam e ampararam durante
minha trajetória até aqui.
Agradeço a minha mãe e meu pai que sempre me criaram da melhor forma possível,
a minhas irmãs Nicolly e Osmairia, e minha sobrinha. Agradeço imensamente a
todos os professores com o qual tive o prazer de aprender conjuntamente durante
meu percurso acadêmico até aqui, e em especial a minha orientadora, prof.ª Gisele,
cuja orientação foi vital para a realização do trabalho.
Há uma gama de amigos que gostaria de agradecer, a começar com os integrantes
da “República da Alegria”, por terem vivido tudo isso comigo, e em especial à Vitória
Martins, Caroline Thomy, Luiz Henrique e Victor Reis. Agradeço a Gabriel Gil pelos
puxões de orelha, a Alice Almeida por sempre me consolar, a Rodrigo de Deus por
sempre entender minha situação acadêmica, a Wagner Barbosa por estar presente
nas situações mais aleatórias, a Danielle Lages por ser minha parceira de estudos
e a Weverson Sousa por ser a pessoa mais compreensível de todas. Agradeço
também a Kethlin, Mariana Calais e Cimar Henrique, que compuseram nosso
“bonde”.
Agradeço profundamente a Universidade Federal do Sul da Bahia pela formação
pública e de qualidade, e a seus funcionários das mais variadas categorias, que a
fazem realidade e peça chave para o desenvolvimento do Extremo Sul baiano.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA MUNICIPAL ODETE MARIA DE
ALMEIDA, CARAVELAS, BA.
RESUMO
ABSTRACT
Environmental education has as one of its objectives the promotion of individual and
collective actions of conservation of natural resources, through a practical vision,
stimulating the critical look, valuing the environment, proposing proximity to the daily
life of the student throughout the educational process. The school is a favorable
place for environmental education, because it interdisciplinarily associates it with the
indispensable relationship of the human being with the environment. Thus, the
present study aimed to raise awareness of environmental protection through
meetings and workshops with students and teachers from the Odete Maria de
Almeida municipal school, Caravelas, BA. To this end, discussions were held with
students and four workshops of a pedagogical nature, directed to the Thematic Axes:
Environment, Waste, Soils and Water. The theme Environment was worked with
focus on medicinal plants, on the theme of waste worked with the making of
composter, in the theme Soils a vegetable garden was built to grow vegetables and
medicinal plants and the last theme on water was discussed, warning about diseases
and water quality. In all workshops the participation of students and teachers was
effective, collaborative and enthusiastic.
Página
Figura 1. Horta escolar na Escola Municipal Cora Coralina, Santo Antônio
do Descoberto, GO........................................................................................... 16
Figura 2. Horta escolar no Centro Promocional Todos os Santos, na cidade
de Goiânia, GO (PIMENTA; RODRIGUES, 2011. p. 7)................................... 16
Figura 3. Localização do município de Caravelas no estado da Bahia,
Brasil................................................................................................................. 21
Figura 4. Escola Municipal Odete Maria de Almeida, Caravelas – BA ............ 22
Figura 5. Realização do jogo de adivinhação................................................... 27
Figura 6. Coleta de materiais para confecção da composteira........................ 28
Figura 7. Confecção de composteira com ajuda dos estudantes .................... 28
Figura 8. Espaço cultivável antes e depois do preparo.................................... 29
Figura 9. Estudantes participando do cultivo na horta montada...................... 30
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................... 9
1.1 . Objetivo Geral............................................................................ 11
1.1.1 Objetivos Específicos...................................................... 11
2. REVISÃO DE LITERATURA............................................................... 13
2.1. Educação ambiental..................................................................... 13
2.2. Biodiversidade brasileira e Meio ambiente.................................... 16
2.3. Legislação brasileira e Meio ambiente.......................................... 18
2.4. Cultivo e horta na escola............................................................... 19
3. MATERIAL E MÉTODOS.................................................................... 21
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................... 27
5. CONCLUSÕES ................................................................................... 32
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................... 33
9
1. INTRODUÇÃO
urbano. Esse evento foi fruto direto da publicação do relatório Brundtland, que ficaria
conhecido como “Nosso Futuro Comum”. É nesse relatório que se encontra a
definição mais conhecida do termo: “o desenvolvimento sustentável é aquele que
atende as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de as
gerações futuras atenderem suas próprias necessidades” (BARBOSA, 2008).
Essa temática abre espaço para repensarmos aspectos socioambientais de
formas de consumo e modelos de desenvolvimento através do desenvolvimento
sustentável (JACOBI, 2005). Assim, tendo a consciência da interferência do homem
no equilíbrio do ambiente terrestre e havendo a necessidade de atender à demanda
de inclusão da população como atores benéficos nas questões ambientais, incluiu-
se no capítulo VI, § 1°, inciso VI, da Constituição Brasileira (capítulo relacionado ao
meio ambiente), “o dever público de promover educação ambiental em todos dos
níveis de ensino”. Essa inclusão, contudo, não garante mudanças sozinha, devendo
ser agregada a trabalhos de longo prazo nas comunidades, e em específico,
comunidades presentes em regiões degradadas.
A escola é um local propenso para tais ações, pois é possível associar
questões ambientais com as questões socioculturais locais, aliados a
conhecimentos científicos ao qual são expostos através dos componentes
curriculares (RODRIGUES et al. 2010). Desta forma, o tema “educação ambiental”
deve ser abordado de forma interdisciplinar, por abranger problemas firmados em
questões socioeconômicas, políticas, culturais e históricas, rompendo barreiras
tradicionais de ensino, principalmente por dialogar com professores, alunos e a
sociedade (RODRIGUES et al. 2010).
Levando em consideração o enfoque da “educação ambiental”, projetos com
essa temática devem ser cada dia mais estimulados, especialmente em regiões
como a do Extremo Sul da Bahia, que apresenta uma área impactada pelos
processos de colonização, e posteriormente o de modernização (crescimento
demográfico, urbano e industrial) (ALMEIDA et al. 2008) trazendo, de forma
agregada, a degradação dos recursos ambientais presentes. O Extremo Sul Baiano
é uma microrregião que se estende de Porto Seguro à divisa com o Estado do
Espírito Santo ao Sul e Minas Gerais a Oeste, com população estimada em 818.196
habitantes e área total de 27.665,304 km² (IBGE, 2017). É composta por dezenove
municípios: Alcobaça, Caravelas, Eunápolis, Guaratinga, Ibirapuã, Itabela,
11
2. REVISÃO DE LITERATURA
(Dias, 2003). De acordo com Santos (2015), tal abordagem era a principal no país
pois não contrariava intenções políticas e econômicas.
A Constituição Federal de 1988 foi a primeira a tratar diretamente sobre EA
e marcou ações a serem efetivadas em relação ao tema. Logo depois, em 1992,
ocorreu a Rio 92, com finalidade de discutir métodos de governo e economia verde
(IBAMA; HRT O&G; AMBIENTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA, 2014). A
Educação Ambiental fora apresentada como proposta de solução ou ferramenta
essencial para atingir a sustentabilidade.
De acordo com Layrargues; Lima (2011), educadores da linha
socioambiental, descontentes com a predominância da vertente da educação
ambiental voltada ao conservacionismo, diferenciaram em duas linhas, a
conservacionista e a alternativa, tendo essa última amadurecido e rebatizada com
denominações diversas como crítica, emancipatória, transformadora e popular.
Apesar de apresentar diversas facetas, Layrargues; Lima (2011)
condensaram-nas em três macrotendências, a conservadora, a pragmática e a
crítica. Os autores apontam que a vertente conservacionista instiga o amor pela
natureza e a sensibilização quanto a seu uso, e é orientada pela ecologia. A mesma
surgiu num contexto na qual a preocupação humana com a crise ambiental provinha
da destruição perceptível de ambientes naturais. Essa vertente é fundamentalmente
ecológica, e não questiona estruturas sociais vigentes.
Assim, a macrotendência pragmática nasceu dos problemas oriundos dos
resíduos sólidos urbanos, e enraizada no papel do indivíduo em fazer sua parte para
com o ambiente, apresentando caráter remediativo, na qual busca corrigir as
imperfeições do sistema produtivo baseado no consumismo. A vertente pragmática,
abrange especialmente as correntes da Educação para o Desenvolvimento
Sustentável e para o Consumo Sustentável, focando no ambientalismo de
resultados, no pragmatismo contemporâneo e no ecologismo de mercado que
decorrem da hegemonia neoliberal instituída mundialmente desde a década de 80
(Layrargues; Lima, 2014).
A vertente crítica busca avaliar a raiz dos problemas, e para isso faz uma
análise dos atores dos conflitos, seus interesses e problemas sociais, enfrentando
politicamente as desigualdades. Paulo Freire é um dos autores mais referenciados
pela EA crítica (SANTOS, 2015), pois o mesmo postula a educação como
15
Figura 1. Horta escolar na Escola Municipal Cora Coralina, Santo Antônio do Descoberto,
GO. (Virgens, 2011. p. 10)
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1.2 A Escola
A horta foi montada em terreno próprio, cedido pela escola. Além disso, foram
preparados defensivos agrícolas caseiros/naturais a serem utilizados na própria
horta. Foi seguido e orientado os seis passos para a construção de uma horta
escolar, segundo Irala (2001): localização (terreno plano, com luminosidade,
disponibilidade de água para irrigação, pouco trânsito de pessoas e animais e longe
de sanitários); uso de ferramentas (enxada, enxadão, regador, ancinho, sacho e
carrinho de mão); preparo do canteiro (limpar o terreno, revirar a terra a 15cm de
profundidade, desmancham-se os torrões, demarcação de canteiros em 1,20m x 2
a 5m); adubação de canteiros (adubo natural com resíduos vegetais e animais);
preparação de covas (feitas antes do plantio, espaçamento variando de acordo com
a hortaliça plantada); e manutenção da horta (rega duas vezes ao dia, sem
encharcar o solo, e sempre que possível seguir com a remoção manual de ervas
daninhas e reposição do adubo após colheita para garantir a qualidade da terra e
das hortaliças).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5. CONCLUSÕES
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO, M.; ROCHA, R.; ALGER, K.; MESQUITA, C.A.B. A Mata Atlântica do sul
da Bahia: situação atual, ações e perspectivas. São Paulo: Conselho Nacional da
Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (Caderno 8) / Fundação SOS Mata Atlântica,
1998.
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso
em: 13 ago. 2018.
DIAS, Leonice Seolin; LEAL, Antonio Cezar; CARPI JUNIOR, Salvador (Org.).
Educação Ambiental: conceitos, metodologia e práticas. Tupã: Anap, 2016.
187 p.
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1991. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=Tx-
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WERNER, TB; PINTO, LP; DUTRA, GF; PEREIRA, PGP. Abrolhos 2000:
conserving the Southern Atlantic’s richest coastal biodiversity into the next century.
Coastal Management. n. 28, p. 99-108, 2000.