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“FONTE NO DESERTO”
I – Introdução:
Sentimo-nos prazerosos em levar adiante a visão de trabalho que o Espírito Santo colocou em
nossos corações. Na verdade, é apenas o início de um plano que visa o preparo de obreiros para servirem
melhor a causa do Mestre.
Sempre fico pensando no tempo que Jesus gastou para preparar doze homens que revolucionariam
o mundo com a pregação do Evangelho. Sua missão principal foi buscar e salvar o perdido e para isto, Ele
investiu todo seu Ministério, capacitando doze homens que seriam seus respectivos representantes depois
de sua partida, aliás, Ele só partiu, depois que esses homens deram as evidências necessárias de que
assimilaram seu ensino.
Creio ser esse, um dos motivos que nos impulsionaram a formar a “Escola de Líderes e
Obreiros” ELO, se é que posso usar essa expressão, mas sinto-me na liberdade de usá-la , pelas razões
que foram expostas acima. Apesar da popularidade de Cristo através de multidões que o cercavam por
todos os lados, fica bem patente o fato de que, sua missão concentrava-se naqueles doze homens. Havia
uma prioridade notável em tudo que fazia, centralizada nos doze. O ensino foi tão penetrante, que tiveram
condições sobejas de documentarem os feitos e ensinos mais importantes de Cristo, que até hoje é de
grande valia, para todo o povo de Deus na terra.
Em segundo lugar, o próprio Cristo, nos chamou, nos capacitou, e, nos enviou a pregar e a ensinar;
mas, para ensinar, é necessário primeiramente aprender. Só podemos ensinar aquilo que aprendemos e, se
aprendemos errado, também ensinaremos errado. Lamentavelmente encontramos muitos “obreiros”, que,
apesar de serem bem intencionados, não conseguem desenvolver bem seus ministérios, exatamente pela
ausência de conhecimento, no exercício do ministério.
Nosso propósito nessa “Escola” preparatória é abrir as cortinas, e focalizar os pré-requisitos
básicos de um obreiro Cristão, pois há um mundo em nossa volta, sem esperança e sem projeção nenhuma
para a vida eterna, ou até mesmo, para a vida. Essas pessoas esperam por nós, e estão cegas: não podem
ver o que vemos, ouvir o que ouvimos. Mas, certamente, poderão ouvir através de cristãos autênticos,
pois temos o antídoto para esse mal que assola a sociedade.
Acredito que, partindo de uma conscientização vocacional, destacando as implicações de um
ministério sadio, as responsabilidades de um obreiro, a ética, o culto, as doutrinas, e a visão de trabalho da
Igreja a que pertencemos, já é um bom avanço para a formação de um ministério unido.
1. A Chamada Ministerial:
1.1. “Ele mesmo concedeu uns para...” (v.11). Essa expressão destaca a necessidade de uma
conscientização da chamada. É usada pelo Apóstolo Paulo em Rm. 1:1 “Paulo, servo de Jesus
Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus””Doulos” , traduzido
como servo, é aquele que não tem vontade própria, sua vontade é a vontade de seu Senhor. A
tradução normal para essa palavra é “escravo”.
Essa separação indica que o obreiro não pode se auto-proclamar. Deve haver um
reconhecimento divino e humano em sua chamada.
1.2. Porque é importante a chamada divina? Qual a razão da chamada? Resumindo, podemos dizer
que a chamada divina tem alguns propósitos importantes:
1.2.1. Esclarecer que o ministério, seja qual for, nunca foi uma profissão na antiga aliança, e muito
menos na atual dispensação. O ministério neotestamentário é um Dom e uma vocação de
Deus. “E Ele mesmo concedeu...” (Ef.4:11). A partir dessa premissa básica, o homem
chamado pelo Senhor deve estar consciente de que:
a) – Do Senhor vem a recompensa. (1 Pe. 5:2-4).
b) – Pelo Senhor ele será julgado. (1Co.4:3-5)
1.3. A certeza da chamada de Deus faz o servo do Senhor superar obstáculos considerados, pelo
homem comum, insuperáveis ou além de qualquer possibilidade humana, pelo contrário, como
poderíamos compreender a posição de Moisés diante das rebeliões e tumultos que ele
enfrentou no deserto? (Nm.12:1 – 16; 14:1 – 9; 16: 1 – 19). Como entender a poderosa oração
intercessória quando Deus quis destruir o povo israelita e fazer dele (Moisés) um novo e
grande povo? (Nm. 14:10 – 19). Só um homem vocacionado por Deus poderia ter capacidade,
Inúmeros outros exemplos poderiam ser citados. Homens, que, no dizer do escritor da Carta
aos Hebreus, “... pela fé, venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam
as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram
forças, na batalha se esforçaram, puseram em fugida os exércitos dos estranhos”. (Hb.11:33,34).
1.4. A chamada é acompanhada da missão. Ninguém que é chamado pelo Senhor vive de um
lado para o outro, de um trabalho para outro sem ter certeza da vontade de Deus. Deus,
quando chama, comissiona seu servo para uma missão especifica.
Se Deus chama como quer, isto é, de modo soberano, é lógico que Ele também chama
quando quer. Não há faixa etária privilegiada, como vemos a seguir:
Quanto às circunstancias das chamadas registradas no texto sagrado, são as mais variadas
possíveis:
O Senhor chamou Davi quando cuidava do rebanho de seu pai (1 Sm.16:11); Eliseu
quando andava lavrando com doze juntas de bois (1 Rs.19:19-21); Paulo a caminho de Damasco, com
o objetivo de prender os cristãos (At.26;12-16).
- Chamada humana. Do tipo “vem pra cá!”. É um simples convite humano, sem
Deus ter qualquer participação. Podemos tomar como exemplo Abraão e Ló.
Abraão foi, de fato, chamado por Deus (Gn.12;4), mas, Ló simplesmente foi “com
ele”, diz a Bíblia. Há obreiros nessa situação: apenas seguindo alguém, sem terem
qualquer chamada individual. Em 1 Sm. 16:6,7, Samuel quase ungiu Eliabe por si
próprio, quando o homem de Deus era Davi.
O chamado do “Eterno” tem que ressoar através das recamaras de sua alma de modo tão
claro como os sons dos sinos. Sua escolha não é uma preferência entre alternativas. Em última
instância, ele não tem alternativa.
Havia três fileiras de remadores: a primeira, dos bancos superiores, a segunda, dos bancos mais
escondidos e a terceira dos remos inferiores. Estes remadores estavam sujeitos até desmaiarem de
exaustão. Posteriormente, esse vocábulo passou a ser usado em sentido técnico no vocabulário
eclesiástico. O Apóstolo dos gentios assume sua correta posição, como servo de Jesus Cristo, em sua
menção ao termo: “Ministros de Cristo”, pois os ministros do “mar”, isto é, os “remadores”, eram
escravos acorrentados aos seus remos; e o Apóstolo Paulo estava dominado pelo seu Senhor; pois sua
identificação nas epistolas segue sempre essa ordem de servo, de ministro de Jesus Cristo.
Como o Senhor é nosso legítimo proprietário, e a igreja foi edificada n’Ele, dentre seus servos, Ele
fez a sua escolha mais seleta, e deu os obreiros para sua Igreja, como dádiva do seu próprio amor com
um objetivo específico.
2.1 Para o aperfeiçoamento dos santos (Ef.4:12). O termo grego para aperfeiçoamento é “Katartismós”
= Capacitação. A palavra era um termo técnico para “consertar um osso quebrado” ou seja correção de
ossos partidos ou restauração de algo ao seu estado primitivo.A raiz dessa palavra é “artios”, que
significa: “ perfeito, completo, totalmente adaptado”, conf. Russel Norman Champlim. Ele nos chamou
para aperfeiçoar santos.
aperfeiçoados através da pregação e do ensino por meio dos dons ministeriais, daí, a necessidade da
Igreja valorizar cada vez mais os seus ministros, principalmente seus pastores, porque foram dados
por Cristo. “...Sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham
na palavra e na doutrina”. (1 Tm.5:17). (2 Tm 4:2; 1 Tm 1:3; 2:1; 4:6,11, 13-16; 2 Tm. 2:15; Tt.1:5;
2,6; 2:15; 3:1; Hb.13:7) Etc.
2.3 Para edificação do corpo de Cristo (Ef.4:12). Grego: “Oikodomé” = Construção, edificação. A
palavra é uma expressão de desenvolvimento. Essa edificação de ordem espiritual faz do corpo
místico de Cristo um templo habitado pelo Espírito de Deus, porque se torna lugar apropriado para
sua residência. Tal como noutros lugares, encontramos aqui, nessa expressão, a combinação das idéias
de edificação de um templo e desenvolvimento de um organismo vivo, de tal modo que a edificação é,
ao mesmo tempo, o crescimento de um organismo vivo. Essa mesma combinação aparece no trecho
de Ef.3:17, no que respeita ao fato da Igreja ser ao mesmo tempo “arraigada” como uma árvore e,
firmada como um edifício levantado sobre seus alicerces. A passagem de 1 Pe. 2:5 refere-se a esse
templo espiritual como algo composto de “pedras vivas”; e isso também combina duas metáforas, a
do estado de crescimento e de vida de um organismo e a de um edifício em formação. Ora, os dons
ministeriais e espirituais têm pôr fim promover o crescimento, o bem-estar e a edificação, ou seja, o
progresso e o desenvolvimento contínuo da Igreja.
2.4 Para que haja unidade na fé (v.13). Grego: “Katantésomen”. O termo grego indica: “chegar a
um alvo”. A unidade requer humildade e concordância doutrinária. “Rogo-vos, porém, irmãos, pelo
nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós
dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer” (1 Co.1:10). A
unidade conduz ao conhecimento (v.13).Quando o texto refere-se ao conhecimento, logicamente não
está em foco o conhecimento histórico, mas o conhecimento experimental. O efeito da unidade é a
perfeição. “...Até que todos cheguemos a unidade da fé e ao pleno conhecimento do filho de Deus,
a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (v.13) Grego: “Epignósis” =
“compreensão, percepção, entendimento, consciência“ ; um conhecimento específico”.Equivale a
dizer que quem recebe tal conhecimento, recebe experimentalmente o filho de Deus.
espiritual gera esclarecimento e proteção contra os falsos mestres, que são praticamente atores. A
palavra engano nesse verso é a tradução do termo grego “kybeía”, sinalizando que esses falsos
mestres são habilidosos em convencer os homens de suas doutrinas. Esse termo nos dá idéia de uma
“fraude intencional”
2.6 Para que haja um bom ajustamento (v.16) grego: “Synarmologúmenon” = Ajustado. O verbo
também quer dizer: “juntar, unir, vincular” (Synarmologéo). Refere-se a um corpo unido pelas juntas
e ligaduras. Esse corpo se caracteriza pela maravilhosa cooperação de muitos elementos que são
“É melhor abolir os púlpitos do que enchê-los de homens que não tem conhecimento experimental
daquilo que ensinam” C.H.Spurgeon
3.2 Profetas.
Profeta é aquele que proclama as verdades inspiradas; ou aquele que fala a outrem da parte de
alguém. Nesta sentido, Arão foi profeta de Moisés (Ex. 7:1,2).
A mensagem do profeta pode ser predição de eventos futuros como no caso de Ágabo
(At.21:10,11) ou de Paulo ao predizer a manifestação do “...homem do pecado, com sinais e prodígios
de mentira...” (2 Ts.2:1,2), ou inspirações doutrinárias “...para o aperfeiçoamento dos santos... e
edificação do corpo de Cristo cf. (1 Co.14:3,4).
De todos os dons ministeriais estabelecidos por Cristo em sua Igreja, encontramos em sua própria
pessoa o excelente modelo e o mais elucidativo exemplo.
O mais correto é pensar em um homem sentado a uma mesa, a escrever a mensagem que
Deus lhe vai colocando na mente ou mesmo ditando para outro escrever, como no caso de
Jeremias e Baruque (Jr. 45), falando ao povo para determinadas ocasiões. Outras vezes falando
ao rei, às autoridades de seu país, em audiências obtidas propositadamente, e ainda transpondo
as fronteiras de seu país, andando quilômetros e mais quilômetros levando a mensagem de
Deus a outros povos, exortando-os ao arrependimento e à conversão a Deus como faz em
nossos dias, um pregador do Evangelho, movido pelo Espírito Santo. O profeta como
pregador, portanto, edifica, exorta e consola (1Co.14;4). O profeta como pregador cativa os
corações dos ouvintes com uma declaração da verdade que convence a consciência (1
Co.14:4).
Da mesma maneira que os profetas do A .T. contribuíram para a formação do A .T., assim
também veio a revelação divina, do N.T. Verdades que o Apóstolo Paulo denomina
“...mistério de Cristo, o qual em outras gerações não foi dado a conhecer aos filhos dos
homens, como agora foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas no Espírito Santo”
(Ef.3:4,5; Rm. 16:25,26).
Como se pode observar, o profeta ocupa lugar de destaque como contribuinte para o
“...Aperfeiçoamento dos santos...” (Ef. 4:11,12). Foram participantes com os apóstolos na
consolidação da estrutura doutrinária da Igreja, mediante a revelação do plano de Deus para
salvação dos gentios (Ef.3:3-6). Nesse sentido o Apóstolo Paulo afirma que a Igreja está
“edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas...” (Ef.2:20). “Assim foram
completadas es Escrituras do AT.e NT. Desde então o ofício de profeta permanece, não para
acrescentar algo à perfeita revelação das Escrituras, mas
para edificar o corpo de Cristo mediante o inspirado e inspirador Dom de um ministério que
interpreta e aplica essas Escrituras como nova luz, vida e poder a cada geração e a cada
operação do Espírito Santo” Toda profecia deve ser conferida com o texto definitivo. A
Palavra de Deus sempre será o meio, o equilíbrio, o manual para testar veracidades proféticas
hodiernas. Nesse sentido devemos imitar os Bereanos.
3.3 Evangelistas.
a) Dom de Evangelista: Filipe foi sem dúvida um dos mais destacados Evangelistas
aos quais o Novo Testamento faz referência. Por seu intermédio o Eunuco Etíope foi conduzido a Cristo e
batizado. Graças ao Ministério desse abnegado Evangelista, muitos samaritanos foram conduzidos ao
conhecimento de Deus e à salvação. E na qualidade de Evangelista que Filipe é encontrado na estrada
entre Jerusalém e Gaza (Atos 8:26), nas cidades ao norte de Azoto (Atos8:40), na cidade de Cesaréia
(Atos 21:8). Ele fora um dos sete primeiros diáconos da Igreja, mas agora elevado a Evangelista. (Atos
6:5).
3.4 Pastor.
“De todos os ofícios do Ministério Cristão, o pastorado é o mais conhecido em nossos dias. O
título é dado até mesmo aos ministros em diferentes funções ministeriais. A função é tão honrosa, que o
Antigo Testamento, freqüentemente atribui a Deus o Título de Pastor de Israel” (Jr.23:4 Sl. 23:1; Sl.
80:1). O verbo técnico da terminologia pastoral em hebraico é “Ra’ah”, “apascentar”, do qual vem o
termo “Ro’eh”, pastor; que indica “caminho”, “condutor e guia”. Já no Novo Testamento a palavra pastor
é oriunda do termo grego: “poimen” que significa: apascentador, guarda, aquele que conduz um rebanho
ao pasto, um sustentador.
b) O Dom de Pastor.
Como já foi dito, os títulos às vezes correspondem aos dons ministeriais, e estes se
revelam na prática. Uma coisa é ter o nome de “pastor”, outra é “exercer o pastorado”.
Tem se dito que o Pastor deve ter por fora o couro duríssimo de um rinoceronte e por dentro a
moleza de uma pomba, o celebro de Salomão; a força de uma águia; a graça de um cisne, a afabilidade de
um pardal; as horas noturna do búfalo” Conf. Donald Turner. Em seu livro “A Prática do Pastorado”
Os dons ministeriais tanto habilitam e capacitam para o trabalho, como impulsionam a realizá-lo
zelosamente. Disto se conclui que o ministro cujo trabalho é infrutífero, é assinalado por constantes
fracassos, possui apenas o título e não o Dom. O Evangelista que não tem mensagem e não ganha almas
recebeu um título inadequado. O Pastor que com pouco tempo no pastorado de uma Igreja não pode mais
ser tolerado pelos desacertos ou imprudências demonstra a ausência do Dom ministerial. Decidiram sobre
sua separação ministerial, mas Deus não estava nesta decisão.
O Dom ministerial de Pastor se qualifica por diversas virtudes para este ofício. O trabalho do
Senhor requer todas as boas qualidades que um homem possa ter. O homem consciente disto, convicto da
chamada de Deus, não aceitará o ministério pelas honras que dele lhe advirão. Ao contrário, deverá sentir
o peso da responsabilidade a ponto de exclamar como Moisés: “Quem sou eu...?” (Ex.3:11); ou como
Isaias: “Ai de mim...!” (Is.6:5)
3.5 Mestres.
Mestre é a última categoria de ministros arrolados em Ef. 4:11, pelo Apóstolo Paulo. A palavra no
original grego é “Didáskalos”, e significa: “Ensinador, Professor”.
A importância deste Dom Ministerial se vê na repetição nas três listas de ministérios apresentados
no NT (Rm.12:6-8; 1 Co. 12:28; Ef.4:11).
a) Jesus, O Mestre por excelência: No Evangelho de João 3:2, Nicodemos chamou Jesus de
“Rabi”, que significa grande homem em matéria de ensino, como de fato, Ele tem sido o grande
modelo dos dons ministeriais. Ele é o Mestre Supremo, sem igual, que se identificou através de
sua capacidade doutrinária. Seu ensino era acompanhado de “autoridade” e sabedoria singular.
Seu método pedagógico pode ser exemplificado da seguinte maneira:
1) Simplicidade na linguagem e no estilo (Jo 7:46);
2) Ensinos universais;
3) Ensinava com autoridade (Mt. 7:28,29).
“A doutrina de Jesus ara transmitida no poder do Espírito Santo, ao espírito dos seus ouvintes, qual
resplendor de luz a dissipar-lhes as trevas e a desfazer-lhes as dúvidas, implantando neles profunda
convicção da verdade. Ele mesmo disse: “As palavras que vos tenho dito são espírito e vida” (Jo 6:63)
b) A finalidade do Dom de Mestre: Mestre é o ministro que recebe de Deus o Dom para
Ensinar. A exposição clara e fundamentada da doutrina de Cristo constitui a mais autêntica prova da
veracidade do Evangelho e o mais eficiente meio para edificação dos fieis. Para isso aqueles que possuem
este importante Dom do Ensino, devem dedicar-se e fazê-lo com diligência.
Nas referencias de Paulo e Apólo e outros Mestres em Corinto, ensinar significa também regar
onde outro plantou, ou seja, ajudar para o crescimento. Significa também edificar sobre o fundamento
insubstituível da pessoa de Cristo e, para tanto nos adverte: “...Cada um veja como edifica”, levando em
conta o fundamento e os materiais a serem empregados, os quais deverão ser testados pelo fogo do
julgamento divino, no dia do Senhor (1 Co. 3:10-15).
Através do Dom de Mestre, o Espírito Santo traz luz às mais preciosas e profundas verdades
divinas. Todas, entretanto, são reveladas ou retiradas do tesouro insondável das Escrituras Sagradas.
O ensino Bíblico requer que o Dom seja concedido por Deus . As referências citadas tais como: (Rm
12:6,7; 1 Co. 12:28; Ef. 4:11) mostram que não é um dom natural, apesar de que o dom natural oferece
uma base, mas brilhando acima de tudo está o notável Dom como dádiva de Cristo.
Convém enfatizar que existe hoje grande número de indivíduos ensinando nas Igrejas unicamente
porque possuem o dom natural, no entanto, não possuem o Dom Ministerial de Cristo para tal ensino.
Tais mestres podem até promover divisões no corpo de Cristo, daí, a necessidade de se conservar no
ministério somente aqueles que realmente são chamados.
Nenhum Ministério na unção do Espírito Santo poderia ser árido. Dele “...fluirão rios de água
viva” (Jo 7:38), seja qual for o Dom que haja recebido, tanto na evangelização, no ensino, como na
profecia. O Apóstolo Paulo nos descreve o modo feliz, do ministério de ensino de Apolo, chamando de
irrigação (1 Co.3:6), e na verdade todo ensino que provem de um Dom Ministerial produz bons
3.6.2 Bispo: A expressão grega é “Episkopo” que significa: curador, superintendente, administrador,
feitor, governante, guarda. Usa-se este termo no sentido de guardião de almas, aquele que cuida do bem-
estar espiritual do seu rebanho. É neste sentido quase igual o termo “Pastor”. O Bispo, como Pastor , tem
a responsabilidade de ver que o serviço de outras pessoas seja bem feito. Não se encontra no NT. O uso
deste vocábulo para designar um oficial eclesiástico que tenha autoridade sobre outros ministros do
Evangelho. É evidente que trabalhadores zelosos, como Pedro, Paulo Timóteo e Tito, exerceram grande
influência sobre comunidades cristãs e seus obreiros no século I; não por força do título que ostentavam,
mas pelo desvelo e prontidão que mostraram no cumprimento do ministério. O próprio Apóstolo Paulo
recomendou que assim fossem tratados: “ Os Presbíteros que governam bem, sejam estimados por
dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina”(I Tm.5:17).
3.6.3 Diáconos. No texto grego: “servo, ministro, garçom”. O espírito cristão revela-se no fato de que
Jesus tomou palavras humildes, que significava qualidades desprezadas pelos orgulhosos do mundo,
enobrecendo o seu sentido e usando-os. Usou o verbo “Diakonéo” para descrever a sua própria missão .
(Mc.10:45). No sentido teológico da palavra todos somos diáconos, independentemente de seus cargos,
pois, o próprio Cristo tomou o título para si. Porém, há o ministério específico do Diácono. No contexto
de Atos 6: 1 a 4, Diácono é alguém encarregado de servir às mesas.
De acordo com o Capítulo 6 de Atos, o diaconato foi instituído como um ministério efetivo na
Igreja do Novo Testamento, em decorrência de uma crise surgida no atendimento às necessidades
materiais das viúvas pobres, que vivia sob os cuidados da Igreja em Jerusalém. As exigências para o
ofício eram as seguintes:
a) Ter boa reputação.
b) Ser cheio do Espírito Santo.
c) Ser cheio de sabedoria.
O trabalho do diácono na Igreja hoje é muito diversificado. Ele serve como porteiro, professor da
Escola Dominical, recepcionista, etc. Ajuda cuidar do patrimônio da Igreja, distribuição da Santa Ceia e
uma série de outras atividades.
Muitos daqueles que começaram servindo como Diáconos, face à dedicação, habilidade,
idoneidade e amor demonstrado, galgara, posições de dignidade vindo a se tornarem valorosos Ministros
do Evangelho. Temos uma grande promessa para os diáconos em 1 Tm. 3:13.
• Incumbir-se de suas funções com todas as forças da sua alma, certo que seu trabalho não será vão
no Senhor.
• Viver em humildade, sem pretensões, sem presunção, de sorte a agradar a Deus e ao ministério.
• Evidenciar provas de um espírito serviçal, fazendo-se da sua Igreja servo não só do Senhor, mas
também dos homens.
• Evitar o espírito de murmuração e insatisfação com o ministério que tem, evitando, portanto,
compara-lo com os ministérios que se mostram mais evidentes na Igreja.
3.6.4 Cooperadores (Cl. 4:11). No original grego “Synergós”, traduzido como cooperador,
ajudador,co-obreiro, conf. Dicionário da Língua Grega. (Rm.16:3; 1 Co. 3:9; 2 Co. 1:24; Fp.
2:25; 1 Ts.3:2; Fp.1:24).
Os Cooperadores tem uma função importantíssima na Igreja atual. Assim como na Igreja
primitiva. Paulo faz menção de seus cooperadores; isto é, aqueles obreiros que estavam auxiliando
como descreve em Cl.4:11. Os Cooperadores, na atualidade, ajudam o ministério diaconal;
auxiliam na portaria da Igreja; no desempenho do culto e Escola dominical, enfim, como se define
a palavra Cooperam, auxiliam naquilo que for necessário, e estão submissos ao pastorado da
Igreja. Na verdade, todos os membros cooperam no trabalho, mas existe o cooperador oficial,
assim como todos têm o dever de evangelizar, entretanto há o Evangelista oficial. O Cooperador
deve ser um membro maduro e submisso, e que preencha os requisitos necessários de um obreiro
cristão.
Desde o princípio, como se verifica na Igreja Primitiva, a Igreja sempre foi composta de obreiros
que assumiram responsabilidades. Temos exemplos sobejos, na Igreja de Jerusalém como se verifica na
escolha de um Apóstolo para assumir o lugar de Judas. Posteriormente, os Apóstolos estavam se
envolvendo com o serviço diaconal e prejudicando o Ministério da Palavra e da Oração, então o Espírito
Santo lhes orientou na eleição dos diáconos cf. At. Cap.6. Encontramos esta prática em todo o NT e por
conseguinte em toda a história da Igreja.
Essas responsabilidades começam com os membros. Se eles são constantemente instruídos de seus
deveres para com a Igreja, no que tange à fidelidade no horário, pensamento doutrinário, costumes locais,
e acima de tudo, o compromisso com a Igreja; isto é fundamental para a Igreja hodierna, pois há um
crescimento desajustado de Igrejas, e de aventureiros que se autoproclamam “pastores”, sem ordenação e
o devido preparo para o exercício da função, quanto maior não deve ser o compromisso dos obreiros!
Compromisso é a palavra de ordem para membros e obreiros, pois, esses movimentos modernos estão
sempre adocicando a boca de ovelhas de outros rebanhos, chamando-os, e até oferecendo “consagrações”.
Acredito que o crescimento da Igreja deve-se a essa conscientização de todos, mas, principalmente dos
obreiros. Que tipo de compromisso temos com a Igreja? Se qualquer motivo for razão para abandoná-la,
trocando-a por outra mais adiante, ou até argumentando mudança de endereço para transparecer o
abandono mais legítimo, então, nunca tivemos compromisso.
3. Responsabilidades Específicas.
Essa responsabilidade relaciona-se com o zelo que o obreiro deve ter para com o templo. Existem
detalhes, que se o pastor não puder contar com os obreiros, os gastos se avolumam. Esse zelo se destaca
quando o obreiro tem aquele cuidado especial, para verificar as torneiras dos banheiros, após o término
dos cultos, ou luzes que não foram apagadas, etc. Aconselha-se aos Diáconos fazerem as verificações
necessárias após os cultos, em todos os sentidos possíveis. Incluem-se os reparos necessários do templo
nessa responsabilidade. Existem reparos que carece de um técnico e outros que todos podem fazer. Ex.
Trocar uma lâmpada queimada, trocar uma tomada, etc. Que esse zelo pela casa do Senhor, esteja no
coração de cada obreiro.
Seria interessante fazer uma escala mensal para não cairmos no erro, de imaginar que todos
deveriam fazer, o que todos imaginaram que todos fizessem, quando nada foi feito.
Ética é uma palavra que a principio podemos defini-la como: “estudo dos juízos e apreciação
referente à conduta humana”. Origina-se do grego “Ethos”, que significa: “Costume” e tem uma
atimologia significativa; idêntica ao radical latino “mos”, donde se origina a expressão “Moral”.
a) A Ética é também uma parte da filosofia que estuda os deveres do homem, para com a
sociedade.
b) Ética é na prática aquilo que você pensa e faz.
c) Ética Cristã é a somatória de princípios que dão sentido a vida cristã normal.
d) Ética Bíblica é a maneira de vida que a Bíblia prescreve e aprova.
e) Ética Ministerial relaciona-se à conduta dos obreiros e do ministério em geral. A essa conduta
soma-se a ética cristã ou a ética Bíblica. Quando falamos de ética Pastoral, estamos falando de
uma ética direcionada ao pastor ou ministro, assim coma falamos de “ética médica”, ética do
direito, ética profissional, etc.
A Ética Pessoal: traje; unhas; cabelos; sapatos; asseio corporal (barba cabelos dentes, etc).
• Não usar dificuldades financeiras para se desculpar. Obs. Uso de gravata e roupas
adequadas como é nosso costume.
• Evitar comer cebola ou alho em certas ocasiões.
• Nosso corpo é o templo do Espírito Santo. Relaxo não é sinônimo de humildade.
2. A ética e a família:
• Tomar cuidado com certos comentários ministeriais em família. Não confunda o ministério
da Igreja com a sua família.
• Nem todo assunto de reunião ministerial deve ser comentado em família. Esse é um fator
muito difícil. Saibamos fazer a devida separação.
6. A Ética Comportamental:
8. A Ética Parlamentar.
• O presidente da Assembléia.
• O pedido de palavra.
• O orador.
• Os apartes.
• Necessidade de obedecer ao regimento interno.
9. Posturas Éticas:
10. Ética nas críticas. Aceite-as com calma. Não se irrite. Não fique nervoso. Se você atua na
vida pública como escritor, professor, pastor, obreiro, ser criticado faz parte do trabalho. Acalme-
se!
1º - Fale com as pessoas. Nada há tão agradável e animado quanto uma palavra de
saudação, particularmente hoje em dia, quando precisamos mais de “sorrisos amáveis”.
2º - Sorria para as pessoas. Lembre-se de que acionamos 72 músculos para franzir a testa, e
somente 14 para sorrir.
3º - Chame as pessoas pelo nome. A musica mais suave para muitos ainda é ouvir o seu
nome.
5º - Seja cordial. Fale e aja com toda sinceridade. Tudo que você fizer, faça com todo
prazer.
8º - Saiba considerar os sentimentos dos outros. Existem três lados em uma controvérsia: O
seu, o da outra pessoa e o lado de quem está certo.
A pessoa que aceita a Jesus como seu Salvador tem a sua maneira de agir
totalmente modificada, pelo fato de, com o novo nascimento, tornar-se uma nova criatura, que passa
a atuar de uma maneira diferente e freqüentar ambientes também diferentes. No dizer de Paulo, o cristão
é uma carta lida pela sociedade. “Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações”, “Conhecida e
lida por todos os homens, porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo”, “Ministrada por nós e
escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de
carne do coração.” (2 Co,3:2,3)
O Homem é Dotado de Livre Arbítrio. O Livre Arbítrio é a liberdade de escolha. Ele pode
preferir o obedecer ou o desobedecer a Deus, através de suas palavras, de seus atos, de suas ações.
Entretanto, deve ser notado que liberdade implica em responsabilidade. O mesmo Deus que criou o
homem dotando-o de livre arbítrio declarou que o uso dessa liberdade dependeria da sua fidelidade
(Dt. 30:19; Gl.5:13)
A Bíblia está repleta de exemplos, tanto de pessoas que viveram em harmonia com
Deus como também de exemplos negativos daqueles que rejeitaram as leis divinas.
No primeiro grupo podemos citar: Abraão, José, Samuel, os vários Profetas, Paulo,
Timóteo e muitos outros. No segundo grupo podem ser destacados: Saul, Acabe, Acazias, Pecaías e
outros.
c) Andar em Integridade.
O cristão deve ser íntegro tanto em suas ações (Mt.12;33; Rm.6:22) como em suas palavras (Cl.4:6;
Mt.5:37). Cabe ao mesmo, andar com sabedoria e ter uma palavra sempre agradável e temperada. A
conversa do crente deve ser cativante, amável e graciosa. Os filhos de Deus devem ter uma linguagem
originada na graça de Deus e marcada pela pureza (Ef.4:29). Linguagem e atitudes indecentes podem se
tornar em hábitos tão arraigados que estouram subitamente em circunstâncias inesperadas (Mc.14:71).
O apóstolo Pedro recomenda o seguinte: “Porque quem quer amar a vida e ver os dias
bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano “ (1 Pe.3:10), também: (1
Pe.2:21,22; Sl.39:1).
2º O Amor como Fonte de Conduta. O amor deve ser alicerce de toda conduta do cristão
pelo fato de ser um sentimento sublime, envolvente, que produz bem estar e felicidade tanto aos que
a) Amor a Deus. Jesus disse: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo teu coração, e de
toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt.22:37). Significa que devemos amar a Deus com todo
nosso ser e quando isso acontece a nossa conduta passa a ser influenciada por tal amor. Amar a Deus é,
sem dúvida alguma, a motivação para uma vida equilibrada, feliz e próspera (Sl.1).
b) Os bons hábitos. Devem ser desenvolvidos e cultivados, pois são próprios a uma
vida transformada pelo poder do Evangelho de Jesus (Ef.5:1-21). Dentre as muitas virtudes e as
qualidades morais que devem enriquecer o indivíduo, o amor é a principal. Ao adquirirmos os hábitos
salutares, que só servirão para enobrecer nosso viver, vamos nos tornar agradáveis e de “boa-fama”.
Sempre será melhor para nós falar bem de alguém, que mal, ajudar ao invés de prejudicar, bendizer em
lugar de amaldiçoar. Mas para agirmos assim, temos que seguir o verdadeiro padrão divino (Tg.4:7-12).
Todos nós temos inúmeras oportunidades de demonstrar amor ao próximo no nosso dia-a-
dia, mas muitas vezes deixamos de fazê-lo por egoísmo ou por esperar oportunidades especiais, ocasiões
em que possamos ser elogiados por nossas boas ações. Por exemplo, até mesmo quando paramos para
ouvir o que uma pessoa sente necessidade de dizer, nesta nossa atitude estamos demonstrando amor
através da consideração que dispensamos à alguém. O novo nascimento é, em grande parte, caracterizado
pela mudança de hábitos e atitudes. Pois a pessoa que recebe a luz divina do Evangelho e aceita a Jesus
como Salvador, arrepende-se de seus pecados e recebe pleno perdão. Daí em diante, ela participa de um
meio ambiente sadio, como membro de uma Igreja e assim vai deixar de exercitar certos maus hábitos,
porque os bons hábitos vão solidificar o seu caráter cristão, como está escrito:”as coisas velhas já
passaram, eis que tudo se fez novo” (II Co.5:17).
a) A Justiça. Consiste oferecer a cada um aquilo que lhe compete, aquilo que lhe é por
direito, mesmo que sejam pequenas e insignificantes. A Bíblia é rica em conselhos à esse respeito. “Os
tesouros da impiedade de nada aproveitam; mas a justiça livra da morte” (Pv.10;2; Sl 82:3,4).
Quando nos referimos à Ética Ministerial, estamos falando de um comportamento direcionado que
é peculiar do Ministro e Obreiros em geral, assim como comumente ouvimos referência à Ética Médica,
do Direito, e de outras profissões. Assim sendo, essa disciplina rege a conduta esperada de um Ministro
de Deus que é incalculável. (I Co.4:1,2).
1º Princípios Básicos da Ética Ministerial. A Ética nos ensina que, “sendo a veracidade a base
de todo o bom intercurso entre os homens, a lei de conservação social exige de todo homem obediência
estrita à esta lei, em todas as relações com os seus semelhantes”. O colega de Ministério é nosso irmão e
próximo também. (Lc.10:29) e, como tal, devemos-lhe respeito e conservação de seu caráter e reputação,
para uma pura e tranqüila consciência com Deus (Rm.13:7). As epístolas pastorais representam um
verdadeiro código de Ética Ministerial direcionada a todos os Ministros do Senhor.
2º A Ética da Vida Pessoal do Ministro. A vida pública e privada do Ministro deve estar em
harmonia. Charles Spurgeon exorta os Ministros a se empenharem a fim de que o caráter se harmonize,
sob todos os aspectos, com o Ministério que Deus lhes confiou. Ele conta a história de uma pessoa que
pregava tão bem e vivia tão mal, que quando estava no púlpito, todos diziam que nunca devia sair dali, e
quando não estava no púlpito, todos diziam que nunca deveria voltar a subir nele. Depois Spurgeon
desafia-nos com esta analogia: “Que nunca sejamos sacerdotes de Deus no altar e filhos de Belial fora das
portas do tabernáculo”. Os homens deste mundo podem viver uma vida hipócrita impunemente, mas o
homem de Deus nunca! Aquele que estiver entre os pastores deve estar entre os maiores homens. (I
Tm.4:16).
c) Deve Cultivar uma Conduta Virtuosa. Um Ministro deve exibir diversas virtudes
positivas: vigilância, sobriedade, honestidade, hospitalidade e aptidão para ensinar. Ser vigilante significa
ser cauteloso e estar sempre alerta. Manter a calma em situações difíceis e tomar decisões sensatas é a
marca distintiva de uma pessoa equilibrada. Ser sóbrio, quer dizer ser discreto, prudente, sério, solene
acerca do trabalho dos outros. Dar séria atenção aos negócios e trabalhar para Deus são características
influentes. Ser honesto diz respeito a ser disciplinado, organizado nos pensamentos e no viver, metódico e
modesto. Reunir As coisas mental, emocional, física e espiritualmente é sinal característico de uma
pessoa bem educada etc.
Deve abster-se dos costumes rudimentares adquiridos que prejudicam a eficácia de seu Ministério
ou na sua influência pessoal (Hb.5:12; 6:1; Gl.4:9).
d) Outras Virtudes Importantes. Deve esforçar-se para viver dentro dos limites de seu
orçamento e com honestidade saldar integralmente seus compromissos financeiros (II Co.8:20,21; 12:14;
Mt.22:21; Rm.13:8). Deve ter o coração cheio de confiança na providência paterna de Deus, em todas as
circunstâncias , sabendo que esta é a vontade d’Ele para sua vida (I Co.1:8-10; Dn 3: 17,18, Mt. 6:30; I
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Ts.5:18). Certificar-se de que suas relações familiares são justas e que se constituem exemplo de viver
piedoso para toda a comunidade (I Tm. 3:4-7; Lc.1:6; Ef.5:28). Ter a Bíblia como a Palavra de Deus, a
única regra de fé e prática e usá-la como a substância de seu Ministério docente e profético; bem como
zelar pelo Ministério da Palavra. (II Tm.2:15; 4:1-5; Rm.11:13; I Co.4:1).
c) Em Relação aos Colegas. Zelar pela reputação dos seus colegas quando ela se baseia num
caráter bom, por ser uma das coisas mais preciosas que se possui, e não permitir comentários
desabonadores a seu respeito (João 15:17; I Ts.4:9). Zelar pela natureza, pela moral, pela dignidade e pela
espiritualidade do Ministério Evangélico, tomando, para isso, as providências que a Ética Cristã lhe
indicar (I Tm.5:19-21). Ficar à parte das questões que surjam nas Igrejas de seus colegas, e não se
aproveitar da ocasião para arrebanhar os descontentes, salvo quando for convidado por aquele ou pela
Convenção a que estiver filiado (Pv.26:17; Mt.7:12). Só aceitar convide para pregar em outra Igreja
quando formulado pelo Pastor ou seu substituto legal, respeitando os princípios éticos e bíblicos. Não
interferir nos assuntos da Igreja de um colega ou exercer proselitismo entre seus membros e, muito
menos, abrir ou apoiar trabalhos nas áreas imediatas a sua Igreja, lembrando-se de que o campo é o
mundo e não as igrejas ou jurisdição dos outros (Rm.15:20). Etc.
O tema Ética Ministerial é vasto e pode ser pesquisado em livros específicos na área de Teologia
Pastoral. A abordagem condensada foi apenas o intento de instigar a mente daqueles que se sentirem
atraídos pelo assunto. O Apóstolo Paulo nos legou praticamente um manual de Ética Ministerial em suas
epístolas pastorais, que está a disposição de todos que queiram aprofundar-se um pouco mais no tema.
Esperamos que com essas pinceladas sobre os princípios básicos da Ética Ministerial, vida pessoal do
Ministro, Relações eclesiásticas e atividades Ministeriais, sejam os suficientes para reiterarmos nossos
compromissos Éticos.
O culto em si, seja público (evangelístico) ou oferecido “Á portas fechadas” (com os membros) é
TRIBUTADO e oferecido À DEUS. É também uma HOMENAGEM à divindade e, portanto deve o
obreiro contribuir ao máximo para que essa ADORAÇÃO seja oferecida sem empecilho algum. A
DIREÇÃO DE UM CULTO É DE MUITA RESPONSABILIDADE.
Segundo o nosso “costume” ao dirigir um culto deve-se obedecer a seguinte ordem; salvo se o
Espírito Santo não DISPOR ao contrário:
• Solo/Louvor: Que seja somente o louvor. A oportunidade será somente para louvor.
• Testemunho: O tempo Maximo de um testemunho deverá ser de 5 minutos; salvo raras
exceções. Existem muitos testemunhos que tomam um tempo precioso, que é o tempo da
palavra. Existem irmãos, que carecem de capacidade de síntese de seus testemunhos. São
muito detalhistas. Necessitam de orientação.
• Palavra: Normalmente para uma Palavra estabelece-se, um tempo de 7 a 10 minutos, que
difere fundamentalmente de um testemunho.
O culto não é uma reunião social ou um mero ajuntamento de pessoas, é um momento de “Estrito
Contato” com o Ser Supremo, “DEUS”.
2. O Púlpito Cristão:
Todas as grandes organizações do mundo moderno possuem o seu ponto alto, o qual só
pode ser ocupado por alguém que seja capaz e que tenha sido preparado especialmente para
ocupa-lo. O Templo Evangélico tem seu ponto alto, o Púlpito.
O Púlpito é um lugar “Sagrado” assim como o Templo. Figurativamente representa o Santo
do Santo do Tabernáculo do AT. Por isso é mister aprender, qual deve ser o comportamento do
obreiro no Púlpito, ou o que deve ser evitado estando nesse lugar Santo, admitindo que os maus
hábitos no Púlpito são vistos com lente de aumento pela congregação e desviam a atenção do que
é importante.
a) – Relaxo no traje, aparência e asseio (Sua apresentação geral – II Tm.2:15ª). O púlpito não é
lugar para um espantalho, nem tampouco para um pavão.
b) – Toda espécie de maneirismo ( Hábito e cacoetes) desmazelo e descompostura não deve ter
lugar no púlpito.
c) – Não usar no Púlpito expressões grotescas e obscenas. “O Púlpito Evangélico é o lugar de se
pregar a Palavra de Deus”
Primeiramente, achamos necessário definir a palavra doutrina, que no sentido comum significa
ensino ou instrução. Antônio Gilberto define como ”as verdades fundamentais da Bíblia dispostas em
forma sistemática”. Aurélio Buarque de Holanda define como “Conjunto de Princípios que servem de
base a um sistema religioso, político, filosófico, cientifico, etc. Catequese Cristã. Ensinamento ou
pregação. Opinião de autores. Regra, preceito ou norma. Ex. “Tal procedimento fez doutrina”. Convém
também destacar que segundo o Novo Testamento Grego como se verifica em I Tm. 4:16, a palavra
“Doutrina” é a tradução do termo Grego “Didáskalos” = Mestre, (conforme Ef.4:11).
O Apóstolo Paulo nos informa em sua Carta a Timóteo que “se alguém ensina “OUTRA
DOUTRINA” e não concorda com as sãs palavra de Nosso Senhor Jesus Cristo, e com o ensino que é
segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe mas delira acerca de questões e palavras , das quais nascem
invejas, porfias, blasfêmias e ruins suspeitas” (I Tm.6:3,4) “OUTRA DOUTRINA” é o que muitos estão
ensinando conforme o próprio texto Paulino: “Heterodidaskalei” que é: “Ensinar outra doutrina ou
ensinar uma doutrina completamente diferente, ensinar uma doutrina falsa ou herética”. Temos também
nesse texto, a defesa de uma “Doutrina que é segundo a piedade”. O texto diz: “Eusébia”, que é
“Devoção” religiosa. Refere-se à verdadeira reverência a Deus que surge do conhecimento. É a atitude
certa para com Deus e para com a santidade, majestade e amor a Deus.
O mais lamentável é que, às vezes, até mesmo alguns crentes sinceros, por causa destas
irregularidades, chegam a ponto de vacilarem quanto a fé e galardão que há em Cristo Jesus. Felizmente
isso acontece com todos. Aqueles que estão em Cristo, a Rocha dos Séculos, não se abalam, pois, acerca
deles está escrito que as portas do inferno não prevalecerão contra eles. (Mt.16:18).
O apóstolo Paulo, já nos primórdio do cristianismo, teve de lutar contra esses perturbadores,
designados por “bestas”, “cães”, e “falsos apóstolos” e “falsos obreiros”, que demonstra cabalmente o seu
caráter (1 Co.15:32; 2 Co.11:13; Fp.3:2).
Portanto, não é de admirar que em nossos dias surjam pessoas com as mesmas características e
sentimentos perturbadores.
Paulo ensinou que ao servo do Senhor não convém contender e que devemos ser pacientes com
todos, prontos a ensinar e esclarecer, conforme determina a Palavra do Senhor.
(1 Co.11:16; 1 Tm.4:6).
O Evangelho de Jesus Cristo consiste em pregação e ensino. O mesmo que disse “ide e pregai”,
também disse: “ide e ensinai”. Podemos observar que a perseverança na doutrina era uma característica
da Igreja Primitiva. (At.2:42)
Há costumes bons e ruins. A doutrina bíblica sempre conduz aos bons costumes. (1 Co.15:33).
3.1 Há pelo menos três formas de doutrinas: Uma é sublime e santa, duas são perniciosas e
deletérias.
a) – Doutrina de Deus: (At.13:12; Lc.4:32; Pv.4:2; Mt. 7:28; Tt.2:10; João 7:16)
b) – Doutrinas de homens: (Mt.15:16; 16:12; Cl.2:22; Jr.23:16; Tt.1:14)
c) – Doutrina de demônios: (1 Tm.4:1; Tg.2:19; 1 Co.10:21; João 8:44). Há demônios cuja
atividade não é espalhar violência ou outros males ostensivos, mas ocupar-se com o ensino
maléfico, falso, errôneo e enganoso.
Esse tópico não é uma mera sugestão, mas uma explanação sintética do direcionamento
que almejamos no nosso campo de trabalho. Também não estamos querendo insinuar que em outras
Igrejas não há visão. Somente queremos ser mais específicos para os obreiros do campo de Joinville.
De acordo com o avanço das denominações, também houve um avanço de estratégias missionárias
e evangelísticas; tanto é, que podemos verificar essas tendências nas diversas denominações existentes
aqui no Brasil.
1. Oração.
Tudo que fizermos deve ser com muita oração. Aconselhamos que cada irmão ore
no mínimo uma hora por dia. Essa foi a exigência mínima do Senhor Jesus aos seus discípulos. Os
trabalhos da Igreja devem ser precedidos com um período de oração no mínimo de trinta minutos. Essa
norma foi instituída na Convenção de Madureira em Taguatinga em 1.989. Entendo que muitos não a
observam; entretanto faremos dessa norma um costume em nosso campo. Os obreiros deverão ser
exemplos dessa prática. Aconselhamos o jejum pelo menos uma vez por semana. É Bíblico e necessário
para os dias difíceis que vivemos. Sempre com o devido cuidado para não cairmos no fanatismo que se
torna um empecilho na obra de Deus.
2. Ensino.
O ensino é a base de um ministério sadio. Jesus mesmo disse: Ide e ensinai. Não adianta
planejar muito ou sonhar sem que haja estrutura e fundamento. O que segura um cristão na Igreja é o que
ele sabe a respeito de sua fé, isto é, o conhecimento adquirido a respeito da Palavra. Infelizmente, existem
muitos que querem ensinar sem nunca terem aprendido. Esses se esqueceram de que Jesus, antes de partir
preparou doze homens, e para isto, gastou toda sua vida. Nossa estratégia de ensino engloba os cultos de
doutrinas. Escolas Dominicais, Cursos Específicos, como Escolas Bíblicas; Escola de Obreiros que
acontecerá uma vez por ano, direcionada aos aspirantes do Ministério; Cursos de atualização Ministerial
para obreiros antigos; Liderança, e um novo curso de adaptação ministerial destinado aos obreiros de
outros Ministérios que se unirão conosco.
Na atualidade exige-se de todos os candidatos ao Ministério o Curso Básico em Teologia, que
pode ser ministrado pela própria Sede do Ministério. Estamos convencidos de que nossa missão, não é
somente pregar, mas principalmente a de ensinar. É com o ensino que teremos condições de estimular
nossos irmãos a leitura, a pesquisa Bíblica, enfim, estimularemos o crescimento verdadeiro.
3.Evangelismo e Missões.
Não podemos comungar com aquela idéia do passado, em que se imaginava os pecadores
entrando na Igreja sem que houvesse muito esforço. Isso só ocorre em ocasiões de grandes avivamentos.
Muitos imaginam que só devemos orar e o resto o Espírito Santo faz. Isso não é verdade. Esse método de
ficar na Igreja clamando ao Senhor para mandar as almas é contrário ao ensino do NT. O Senhor Jesus
mandou-nos ir as almas. Claro que não vamos dispensar a oração, mas não vamos ficar somente nesse
passo.
3.2 O Discipulado cristão: Essa tradição existente na Igreja de que quando um pecador
levanta sua mão e vem a frente, já se resolveu todo seu problema de conversão, é muito antiquada. O
levantamento de uma das mãos é apenas um começo, que se não tomarmos o devido cuidado, não passa
desse simples levantamento de mãos. Daí, a necessidade de discipulado.
Devido à urgência desse trabalho, instituímos a função de membros discipuladores. Esses
membros discipuladores deverão acompanhar o Novo Convertido até que ele possa caminhar sozinho. O
ideal é fazê-lo crescer até que ele se torne um discipulador. Para isso, é necessário persistência e muito
amor ao novo convertido.
Imagine comigo se tivéssemos um grupo de doze irmãos, comprometidos com o
Evangelho em todos os sentidos. Com o mesmo propósito, com a mesma doutrina, com o mesmo
compromisso, que acreditasse que sua missão na terra seria só uma; a de ganhar almas para Cristo e
ensina-las nos caminhos do Senhor. Um grupo que se comprometesse de fazer todos os meios possíveis
para ganhar apenas uma alma por ano. Ensinar essa vida a dar os primeiros passos; acompanhando-a na
oração, nos estudos bíblicos, até que ela se transformasse numa ganhadora de almas com a mesma visão
do discipulador. Que esse grupo fosse preparado durante o tempo suficiente para não desistirem desse
pensamento. Um grupo que realmente fosse preparado para essa missão. Isto é, ganhar uma alma por ano
e treina-la a tal ponto que fizesse o mesmo com outros assumindo esse mesmo compromisso. Com apenas
doze, teríamos os seguintes números nos anos seguintes:
1° Ano12
2º Ano 24
3º Ano 48
4º Ano 96
5º Ano 192
6º Ano 384
7º Ano 768
8º Ano 1536
9º Ano 3072
10º Ano 6144
11º Ano 12288
12º Ano 24576
Parece até utopia, imaginar uma possibilidade dessa natureza, entretanto, isso é possível, desde
que, tenhamos um grupo coeso, que olhe para mesma direção. Se todos os cristãos assumissem seus
compromissos evangelísticos já teríamos evangelizado o mundo.
A indicação do discipulador deverá ser no mesmo dia de sua conversão, isto é de suma
importância. Convém ressaltar ainda que é necessário ministrar um curso aos discipuladores para
consolidar a visão de trabalho, estratégias etc.
3.3 A Carta ao Novo Convertido: Essa carta tem uma importância capital; pois estamos
mostrando nosso interesse, e ao mesmo tempo estaremos estabelecendo nosso primeiro contato após sua
conversão. Motivo que obrigará a secretária do grupo enviá-la no dia seguinte. É necessário que se tenha
3.4 Missões. Entendemos que a Missão da Igreja é fazer missões, mas essa missão começa aqui,
não nos confins da terra. Primeiro devemos ganhar almas em nosso País, para depois ganharmos outras
nos confins da terra. Mas, sobretudo, quando falo a palavra “missões”, refiro-me àquela missão que
começa com o preparo, com a conscientização, com a contribuição; em síntese, com aquele pensamento
que todos já sabem: “Orando, indo, e contribuindo”. A missão da Igreja é abrangente, não se restringe
somente ao envio de missionários transculturais como insinuam alguns que ensinam sobre o assunto. A
Igreja que não se conscientizar de que sua tarefa é a tarefa missionária, pode fechar suas portas. Temos
aquela visão de missionários nos confins da terra e nos inícios da terra. Abramos nossos corações e nossas
mãos!
3.5 O Trabalho “Cristo nos Lares”. Uma maneira de envolver a igreja na reprodução de almas e
no crescimento sadio e sistemático. Não é simplesmente uma reunião nos lares. São reuniões com
objetivos definidos. Estudos e palestras evangelísticas objetivando a salvação das almas. Esses grupos são
compostos de líderes e secretárias, que farão uma síntese do conteúdo da reunião. É necessário anotar a
presença dos membros normais do grupo e de outros que estarão aderindo. Inicialmente, adotamos o
número de cinco membros para início de um grupo, e quando chegar a vinte divide-se. Cada membro do
grupo deverá assumir um compromisso de fidelidade com o trabalho. Justificar ausências, não sair sem
que tenha outro em seu lugar, convidar amigos e vizinhos para as reuniões. Jejuar nos dias de reuniões e
acompanhar os novos convertidos integrando-os a Igreja.
Antes do início de um grupo, é necessário realizar uma série de encontros com o grupo inicial para
conscientização e determinação de estratégias. Os grupos deverão ser volantes de sete encontros em
cada lar. Se faz necessário dar ênfase a oração dentro do grupo. Os Estudos Bíblicos são feitos com a
Bíblia de Estudo Pentecostal editada pela CPAD.
4. Cultos:
4.1 Culto da Esperança:Incentivar os irmãos a fazerem campanhas de sete quintas ou sete
quartas de acordo com o dia do culto. É importante não esquecer de que no final de cada
culto deve-se fazer um apelo para novas campanhas. Dessa maneira sempre haverá um grupo
em campanha, outro iniciando e outro encerrando. Esse cultos deverão ser com testemunhos
objetivos e aconselhamos cada congregação formar um grupo de louvor para adoração
congregacional. Quando envolvemos a Igreja na adoração e no louvor, o Espírito Santo tem
mais liberdade de operação.
4.2 Outros Cultos Importantes: Culto da Ovelha desgarrada para os afastados; Culto de
Pentecostes; Culto do Amigo; Culto com os Jovens; Culto com as Crianças; Culto das Senhoras; Culto
dos Vizinhos. São muitos nomes que poderemos usar, esta é apenas uma estratégia para atrair as pessoas
para ouvirem a Mensagem do Evangelho.
5. LIDERANÇA.
Entendemos que esse acontecimento só ocorrerá quando a liderança estiver olhando para a mesma
direção. A visão do Ministério não pode ser bipartida; é necessário que se tenha uma visão clara, e que os
líderes saibam qual é essa visão, para que os liderados aprendam. Em outras palavras, a liderança da
Igreja, deve estar afinada com a visão do Pastor da mesma. Acredito que esta questão é praticamente o
cerne de todo crescimento almejado por muitos pastores.
É com este propósito que Ministramos a Escola de Líderes e Obreiros, porque temos consciência
de que precisamos nos unir em torno de um ideal comum e isso somente acontecerá quando toda
liderança entender a realidade desses fatos.
O conceito de liderança é tão diversificado quanto o próprio oficio. Dentre os diversos livros
existentes, conforme verifiquei, há uma variedade de conceitos e definições infindas. O conceito depende
muito da formação cultural de cada individuo, todavia, dentre muitas definições, destacaremos aquelas
que julgamos mais importantes.
Na área da religião, um líder mundial em círculos estudantis, deu a seguinte definição: ‘Líder é o
homem que conhece o caminho, e sabe manter-se à frente, trazendo outros após si”. Outro líder hindu,
define liderança cristã como uma vocação em que há perfeita mistura de qualidades humanas e divinas,
ou um trabalho harmonioso entre o homem e Deus destinado ao ministério e bênção das demais pessoas”.
Liderança Cristã é uma mistura de qualidades naturais e espirituais. Até mesmo as qualidades
naturais não são oriundas do individuo, mas de Deus, e, portanto, alcança maior afetividade quando
empregadas no serviço de Deus, e para sua glória. As definições acima se referem à liderança em geral.
Embora a liderança cristã exija aquelas qualidades, há outros elementos que suplementam e levam
precedência sobre elas. Personalidade é um fator primordial na liderança natural. “O grau de influência
dependerá da personalidade do homem”., escreveu Lord Montgomery, “da incandescência de que ele é
capaz, da chama que queima dentro dele, do magnetismo que atrairá os corações dos homens para ele”.
Entretanto, o líder cristão influencia aos outros não apenas pelo poder de sua personalidade, mas,
pela personalidade irradiada interpenetrada, e fortalecida pelo Espírito Santo. Visto que ele permite que o
Espírito tome controle integral de sua vida, o poder desse Espírito flui livremente através dele, para os
outros.
A Liderança espiritual é assunto de poder espiritual superior, o qual jamais é gerado pelo próprio
homem. Não existe, de modo algum, um líder espiritual feito por si mesmo. Ele só é capaz de influenciar
os outros espiritualmente porque o Espírito é capaz de trabalhar através dele, num grau superior ao
daqueles a quem ele lidera.
Um princípio geral de liderança, é que só podemos influenciar e liderar outros até o ponto a que
nós mesmos chegamos. A pessoa mais susceptível de sucesso não é aquela que lidera meramente
apontando o caminho, mas a que percorreu pessoalmente. Nós lideramos a medida em que inspiramos
outros a seguir-nos .
O líder é alguém de destaque. Sobre ele estão olhares e esperanças de realizações. Normalmente, é
ele quem vai ajudar o grupo a seguir seu caminho, orientando, sugerindo, trabalhando com a equipe.
O problema é que nós entendemos mal o conceito de líder. Ou é alguém que faz tudo sozinho e o
grupo fica na arquibancada observando para ver se vai dar certo ou não e onde estão as suas falhas e
fraquezas, ou é aquele que dá ordens.
1º - Honrar em tudo, na minha vida pessoal, sob a direção do Espírito Santo os sagrados
compromissos do Ministério que me foi concedido, tendo sempre presente as minhas responsabilidades
perante a Igreja e perante o mundo.
3º - Ser fiel no zelo e nas atribuições a mim conferidas pela Igreja ou por delegação pastoral.
5º - Obedecer aos Estatutos e Regimento Interno, da Igreja e da Convenção, bem como acatar com
humildade as observações e as restrições disciplinares da Igreja, do ministério Geral a que estou sujeito, e
das Convenções Filiadas (Estadual e Nacional).
7º - Honrar, com soluções honestas, os compromissos assumidos para com a Igreja, a Convenção,
a sociedade e o indivíduo.
8º - Praticar a fidelidade nos Dízimos e a generosidade nas ofertas para com a obra de Deus,
sendo o exemplo dos fieis.
9º - Ser observador das necessidades da Igreja atendendo sempre que possível para suprir
carências zelando para manter a ordem a harmonia e manutenção dos locais de culto.
X – CONCLUSÃO
Como conclusão, salientamos que o ELO – Escola de Líderes e Obreiros não é tudo. É apenas
uma parda visão de como os obreiros e aspirantes devem encarar o ministério. Acredito que toda
organização que deseja o crescimento faz questão de mostrar a visão desse crescimento aos seus
líderes e liderados e, a compreensão é fundamental para que se vá adiante.
Tenho plena certeza de que, o doador dos dons ministeriais esteve presente, ministrando aos
nossos corações e nos revelando a profundidade e a extensão do ministério que Ele tem com cada um de
nós.
Espero que essas notinhas sobre a chamada ministerial, o ministério cristão, a responsabilidade do
obreiro; a ética do obreiro; o obreiro e o culto cristão; o obreiro e as doutrinas básicas;o obreiro e a visão
de trabalho do ministério sirvam como mola propulsora para um ministério profícuo; e como uma triagem
separando os vocacionados para o trabalho do Senhor.
Não tenho dúvidas de que o Senhor está nos moldando para grandes coisas nestes últimos dias que
estamos vivendo nessa terra. Deus pode contar com você?
“Um grande compromisso com o grande mandamento e com a grande comissão fará nascer uma
grande Igreja”. (Rick Warren).
XI – BIBLIOGRAFIA
TAYLOR,W.C. Dicionário do Novo Testamento Grego, 8ª Ed. Juerp, Rio de Janeiro, 1986.
CHMAPLIN, Russel Norman, O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, Vol. IV,
Millenium, São Paulo.
BARCLAY, William, Palavras Chaves do Novo Testamento, 2ª Ed. Tradução Gordon Chown,
Edições Vida Nova, São Paulo, 1988.
SOUZA, Estevão Ângelo de, Títulos e Dons do Ministério Cristão. CPAD. Riode Janeiro, R.J.
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Autor Pr. José Elias Croce – IEAD – Vila Guacuri – São Paulo – SP