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Esboço Da Lição 03
Do 2º Trimestre
De 2023
Por Murilo Alencar
DIREITOS AUTORAIS
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O Abra a Jaula é um projeto de pregação, evangelismo e ensino da palavra de Deus. O abrir a jaula
pode ser comparado com a ordenança máxima dada a igreja por Jesus "Ide por todo mundo e pregai
o evangelho a toda criatura". Spurgeon disse que o evangelho é como um leão faminto que está
enjaulado, de modo que nosso papel não é salvar ninguém, mas abrir a jaula e deixar que o Leão saia
e consuma os corações!
Nesse sentido, nos colocamos a disposição, principalmente de Deus, para promover um conteúdo
bíblico e pentecostal.
No acervo de vídeos do Abra a Jaula, temos pregações curtas, reflexões bíblicas, pré-aula da Escola
Dominical, dicas de pregação com O Pregador e a Pregação e o personagem da bíblia, além de vários
projetos que ainda estão para serem colocados em prática, pois estamos em constante crescimento.
É um privilégio muito grande contribuir com seu ministério. Nós gostaríamos de te conhecer
melhor e estar mais próximo de você. Faça parte da nossa família, é só clicar nos botões.
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RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA
Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos estudar sobre um pecado com grande poder destrutivo, o ciúme.
Tomaremos como referência a família do patriarca Jacó. Todavia, veremos o ciúme e o seu
potencial de alcance, bem como suas consequências. Por fim, apresentaremos o caminho bíblico
para vencer este pecado. Vamos juntos aprender a Palavra de Deus.
TEXTO ÁUREO
Pois onde há inveja e ambição egoísta, também há confusão e males de todo tipo. (Tg 3.16 NVT).
É importante não perder de vista que Tiago está descrevendo situações que ocorrem dentro
da igreja, ambiente onde deveria imperar a comunhão e o amor. Esse texto pode muito bem ser
aplicado ao assunto da lição como um alerta as famílias. O lar deve ser um lugar de paz e
harmonia, mas ciúmes e brigas podem produzir resultados desastrosos, como: suspeitas
infundadas, tagarelice prejudicial, calúnias, ultrajes, difamação, inimizades, espírito vingativo,
obstinação, rebeldia, hipocrisia, dissensões, rixas, favoritismo, opressão e atos de violência.
VERDADE PRÁTICA
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O ciúme é uma obra da carne e só o fruto do Espírito é capaz de superar as consequências ruins
dessa emoção.
• O ciúme é uma obra da carne porque revela falta de confiança em Deus e no seu amor por
nós.
• O ciúme pode gerar sentimentos negativos como inveja, raiva, amargura e ressentimento,
que afetam o nosso relacionamento com Deus e com o próximo.
• O fruto do Espírito é capaz de superar as consequências ruins do ciúme porque nos ajuda a
cultivar virtudes como amor, alegria, paz, paciência, bondade, benignidade, fidelidade,
mansidão e domínio próprio.
O primeiro subponto vai trabalhar o texto de “Gênesis 37.3,4”; Ora, Israel amava mais a José
que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica talar de mangas
compridas. Vendo, pois, seus irmãos que o pai o amava mais que a todos os outros filhos, odiaram-
no e já não lhe podiam falar pacificamente.
Os filhos, geralmente, tendem a repetir os erros cometidos pelos pais. Abraão mentiu a
respeito de Sara, dizendo que ela era sua irmã (Gn 12.11,12). Isaque, seu filho, espelhou esse
mesmo comportamento pecaminosos (Gn 26.6,7).
O que está acontecendo agora no lar de Jacó é a repetição do mesmo erro cometido por
Isaque e Rebeca. A predileção por um dos filhos gerou consequências irreparáveis no lar dos pais
de Jacó. No entanto, o patriarca reproduz o mesmo erro dentro de seu lar quando escancara sua
predileção por José.
Alguns pontos precisam ser levantados aqui como advertência aos pais sobre a criação dos
filhos:
1.1.1 Os filhos aprendem com o exemplo dos pais. Os pais são os primeiros modelos de
comportamento para os filhos, que tendem a imitar o que veem e ouvem em casa. Se os
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pais mentem, gritam, brigam, traem ou são violentos, por exemplo, os filhos podem
incorporar esses hábitos e reproduzi-los em suas relações.
1.1.2 Os filhos internalizam as crenças e os valores dos pais. Os pais transmitem aos filhos a
sua visão de mundo, a sua forma de pensar e de agir, a sua cultura e a sua religião.
1.1.3 Os filhos sofrem as consequências dos erros dos pais. Os pais podem afetar a vida dos
filhos com as suas escolhas e atitudes. Se os pais se divorciam, se envolvem com
drogas, abandonam os filhos ou são negligentes, por exemplo, os filhos podem sofrer
traumas emocionais, baixa autoestima, insegurança, rebeldia, etc.
A semente da discórdia, ciúme e inveja no coração dos filhos de Jacó foi plantada pelo
próprio patriarca.
• José era o filho preferido de seu pai Jacó, que lhe deu uma bela túnica colorida como sinal
de seu amor.
• José teve dois sonhos que indicavam que ele seria superior a seus irmãos e que eles se
curvariam diante dele.
O ciúme é um pecado grave que pode causar muitos problemas e sofrimentos. A Bíblia diz
que o ciúme é uma obra da carne que impede as pessoas de herdarem o Reino de Deus (Gl 5.19-
21). O ciúme também pode prejudicar a saúde, a paz e a união das pessoas (Pv 14.30; 2 Co
12.20). O ciúme também pode cegar as pessoas para as qualidades dos outros e impedir que elas
se alegrem com o sucesso alheio (1 Sm 18.8-9).
Sabe o mais assusta? Jacó era um semeador de ciúmes entre os seus filhos. Devemos
tomar muito cuidado com aquilo que semeamos no coração dos nossos filhos, dos nossos
familiares e dos nossos amigos.
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Os sonhos de José tinham natureza profética, mas seus irmãos entenderam como uma
atitude presunçosa e soberba.
José deveria ter contado seus sonhos? Essa é uma pergunta difícil de responder, pois a
Bíblia não nos diz se José agiu certo ou errado ao contar seus sonhos. Talvez ele tenha contado
seus sonhos por inocência, sem perceber que isso iria provocar o ciúme e o ódio de seus irmãos.
Talvez ele tenha contado seus sonhos por orgulho, querendo se exaltar diante deles. Talvez ele
tenha contado seus sonhos por obediência, achando que era o que Deus queria que ele fizesse.
Todavia, é um fato incontestável que a casa de Jacó já estava inflamada pelo ciúme, a
inveja e a rivalidades. Esse ambiente tóxico cega espiritualmente as pessoas. Os animamos
estavam a flor da pele, contar os sonhos de Deus, contribuiu apenas para alimentar o ódio de seus
irmãos.
Queremos evitar ser repetitivos, portanto, levantaremos um questionamento: Foi certo Jacó
dar a José uma túnica de várias cores?
Essa é uma pergunta que não tem uma resposta fácil ou definitiva, pois depende do ponto
de vista e da intenção de Jacó ao dar a túnica a José. Podemos pensar em alguns argumentos a
favor e contra essa atitude de Jacó.
A favor:
• Jacó deu uma túnica a José como uma forma de expressar seu amor e sua gratidão por ele,
pois era o filho de sua velhice e o filho de Raquel, sua esposa amada.
• Jacó deu uma túnica a José como uma forma de reconhecer sua fidelidade e sua
obediência, que contrastavam com a conduta errada de seus outros filhos.
• Jacó deu uma túnica a José como uma forma de cooperar com o plano de Deus, que havia
dado sonhos a José que revelavam seu destino de governar sobre seus irmãos e salvar sua
família.
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Contra:
• Jacó deu uma túnica a José como uma forma de demonstrar seu favoritismo e sua
parcialidade, que eram ações imprudentes diante dos seus outros filhos.
Diante desses argumentos, podemos concluir que Jacó agiu com boas intenções ao dar uma
túnica a José, mas também com falta de sabedoria e discernimento. Ele não previu problemas que
isso causaria para ele mesmo, para José e para seus irmãos. Ele não soube equilibrar seu amor
por José com seu cuidado pelos demais filhos. Ele não percebeu que sua atitude poderia ser
interpretada como uma ofensa a seus irmãos.
No entanto, Deus usou essa situação para cumprir seus propósitos soberanos na vida de
José e de sua família. Deus permitiu que José fosse vendido como escravo e levado ao Egito, mas
também o fez prosperar em tudo o que fazia. Deus permitiu que José fosse preso injustamente,
mas também o fez interpretar os sonhos do Faraó. Deus permitiu que José fosse esquecido na
prisão, mas também o fez governador do Egito. Deus permitiu que José fosse rejeitado por seus
irmãos, mas também o fez reconciliar-se com eles e salvá-los da fome.
Assim, podemos ver que Deus é capaz de transformar o mal em bem para aqueles que o
amam (Gn 50.20; Rm 8.28). Podemos ver que Deus é fiel para cumprir suas promessas e seus
sonhos na vida daqueles que confiam nele (Gn 45.5-8; Hb 11.22). Podemos ver que Deus é
poderoso para fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos (Gn 41.51-52; Ef 3.20).
Podemos ver que Deus é amoroso para perdoar nossos erros e restaurar nossas relações (Gn
33.4; 1 Jo 1.9).
Jacó cometeu alguns erros como pai que podem ter afetado negativamente seus filhos.
Alguns desses erros foram:
2.2.1 Ele enganou seu pai Isaque para receber a bênção da primogenitura que pertencia a seu
irmão gêmeo Esaú, com a ajuda de sua mãe Rebeca. Isso provocou a ira de Esaú e fez
com que Jacó fugisse para Harã, onde trabalhou para seu tio Labão.
2.2.2 Ele demonstrou favoritismo por Raquel e por seus dois filhos com ela, José e
Benjamim. Isso causou ciúmes e ressentimento entre os outros filhos, que chegaram a
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vender José como escravo para os ismaelitas e mentir para Jacó que ele havia sido
morto por um animal selvagem.
2.2.3 Ele não protegeu sua filha Diná quando ela foi violentada por Siquém, o filho do príncipe
dos heveus. Ele deixou que seus filhos Simeão e Levi vingassem sua honra matando
todos os homens da cidade de Siquém, trazendo perigo para toda a sua família.
2.2.4 Ele não corrigiu seus filhos quando eles cometeram pecados como idolatria, adultério e
assassinato. Ele apenas os repreendeu em seu leito de morte, quando lhes deu as
bênçãos proféticas.
Esses erros de Jacó como pai podem ter influenciado o comportamento de seus filhos de
várias maneiras, tais como:
• Eles aprenderam a ser enganadores e mentirosos, como Jacó foi com seu pai Isaque.
• Eles desenvolveram sentimentos de inveja, ódio e vingança, como Jacó e Esaú sentiram um
pelo outro, como Lia e Raquel sentiram uma pela outra, e como os irmãos sentiram por
José.
• Eles se tornaram violentos e cruéis, como Simeão e Levi foram com os siquemitas, como
Judá foi com sua nora Tamar, e como os irmãos foram com José.
Se podemos usar a palavra ciúme de forma positiva, a definição seria mais ou menos essa:
O ciúme saudável é aquele que nos leva a cuidar e a valorizar as pessoas e as coisas que temos,
sem sufocar ou controlar. É aquele que nos leva a melhorar e a crescer, sem invejar ou competir. É
aquele que nos leva a admirar e a reconhecer, sem cobiçar ou roubar. O ciúme saudável é um sinal
de amor e de respeito, que fortalece os laços e a confiança.
O ciúme doentio, por outro lado, é aquele que nos leva a desconfiar e a acusar as pessoas e
as coisas que temos, sem motivo ou prova. É aquele que nos leva a diminuir e a criticar, sem razão
ou justiça. É aquele que nos leva a odiar e a agredir, sem limite ou piedade. O ciúme doentio é um
sinal de possessão e de egoísmo, que enfraquece os laços e a confiança.
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• O ciúme pode trazer problemas para a vida conjugal, quando um dos cônjuges se sente
ameaçado ou inferiorizado pelo outro, e passa a vigiar, a cobrar, a ofender ou a violentar o
seu parceiro. O ciúme pode destruir o amor, a harmonia, a fidelidade e a paz no casamento.
• O ciúme pode trazer problemas para as amizades sinceras, quando um dos amigos se sente
excluído ou desprezado pelo outro, e passa a ignorar, a caluniar, a sabotar ou a trair o seu
companheiro. O ciúme pode romper o afeto e a lealdade na amizade.
• O ciúme pode trazer problemas para o relacionamento profissional, quando um dos colegas
se sente injustiçado ou prejudicado pelo outro, e passa a competir, a invejar, a difamar ou a
boicotar o seu colaborador. O ciúme pode comprometer o desempenho, o reconhecimento, o
crescimento e o êxito no trabalho.
Quero destacar, pelo menos, 10 problemas que o ciúme pode causar dentro do lar:
• Desconfiança: O ciúme pode gerar uma falta de confiança entre os membros da família, que
passam a duvidar uns dos outros e a suspeitar de traição ou mentira.
• Brigas: O ciúme pode provocar brigas e discussões frequentes na família, que podem se
tornar violentas ou ofensivas, gerando mágoa e ressentimento.
• Depressão: O ciúme pode causar depressão e tristeza em alguns membros da família, que
se sentem inferiores ou indignos de amor e atenção, ou que perdem a alegria e o sentido da
vida.
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• Inveja: O ciúme pode despertar inveja e cobiça em alguns membros da família, que se
incomodam com o sucesso ou a felicidade dos outros, ou que querem ter o que não lhes
pertence.
• Separação: O ciúme pode resultar em separação e divórcio na família, quando o casal não
consegue superar as crises e os conflitos causados pelo ciúme, ou quando um dos cônjuges
decide romper o relacionamento por causa de uma infidelidade real ou imaginária.
• Morte: O ciúme pode levar à morte na família, quando o ciúme se torna tão doentio e
obsessivo que leva um dos membros da família a matar ou a se matar por causa de um
amor não correspondido ou de uma vingança descontrolada.
O ciúme dentro da igreja pode se manifestar de diversas formas, como por exemplo:
• Ciúme entre os membros da igreja: Alguns podem ter ciúme de outros por causa de seus
dons, talentos, ministérios, liderança, reconhecimento, bênçãos ou amizades. Esse ciúme
pode gerar inveja, rivalidade, contenda, fofoca, calúnia ou sabotagem.
• Ciúme entre os líderes da igreja: Alguns podem ter ciúme de outros por causa de sua
autoridade, influência, visão, doutrina, estilo ou resultados. Esse ciúme pode gerar
competição, divisão, rebelião, heresia ou apostasia.
• Reconhecer o ciúme como um pecado que precisa ser confessado e abandonado (1 Jo 1.9;
Pv 28.13).
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• Cultivar o amor e a gratidão pelas pessoas e pelas coisas que Deus nos deu, sem cobiçar
ou comparar com o que os outros têm (1 Ts 5.18; Hb 13.5).
• Desenvolver uma atitude de humildade e de serviço, que busca o bem dos outros e não os
seus próprios interesses (Fl 2.3-4; Gl 5.13).
CONCLUSÃO
Como evitar agir de forma tola como Jacó? Não demonstrando predileção por um dos filhos.
Jacó falhou em educar os seus filhos no temor do Senhor, portanto, finalizamos nosso estudo com
as seguintes orientações:
• A educação dos filhos é uma responsabilidade dos pais, que devem ensiná-los no temor do
Senhor, com amor incondicional, senso de responsabilidade e sabedoria (Pv 22.6; Ef 6.4).
• A educação dos filhos deve ser baseada na Palavra de Deus, que é capaz de torná-los
sábios para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus. Os pais devem ensinar aos filhos os
mandamentos de Deus e as suas maravilhas desde a infância (2 Tm 3.15; Dt 6.6-7).
• A educação dos filhos deve ser feita com o exemplo dos pais, que devem ser imitadores de
Cristo e modelos de caráter, integridade, justiça e bondade. Os pais devem demonstrar o
amor de Deus e o amor ao próximo em suas palavras e ações (1 Co11.1; Tg 3.13).
• A educação dos filhos deve incluir a disciplina e a correção, que são expressões do amor
dos pais e da vontade de Deus. Os pais devem corrigir os filhos quando eles erram, com
firmeza e mansidão, sem provocá-los à ira ou ao desânimo. A disciplina produz frutos de
justiça e paz na vida dos filhos (Hb 12.7-11; Cl 3.21).
• A educação dos filhos deve ser feita com a presença e a atenção dos pais, que devem estar
envolvidos na vida dos filhos em todas as fases e situações. Os pais devem conversar com
os filhos, ouvir os seus problemas, compartilhar as suas experiências, orientar as suas
escolhas, apoiar as suas dificuldades e celebrar as suas conquistas. Os pais devem ser
amigos e conselheiros dos filhos (Pv 4.1; Pv 31.26).
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