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Murilo Alencar | FERRAMENTA EBD

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Murilo Alencar | FERRAMENTA EBD

Esboço Da Lição 02
Do 3º Trimestre
De 2023
Por Murilo Alencar

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SOBRE O ABRA A JAULA

O Abra a Jaula é um projeto de pregação, evangelismo e ensino da palavra de Deus. O abrir a jaula
pode ser comparado com a ordenança máxima dada a igreja por Jesus "Ide por todo mundo e pregai
o evangelho a toda criatura". Spurgeon disse que o evangelho é como um leão faminto que está
enjaulado, de modo que nosso papel não é salvar ninguém, mas abrir a jaula e deixar que o Leão saia
e consuma os corações!

Nesse sentido, nos colocamos a disposição, principalmente de Deus, para promover um conteúdo
bíblico e pentecostal.

No acervo de vídeos do Abra a Jaula, temos pregações curtas, reflexões bíblicas, pré-aula da Escola
Dominical, dicas de pregação com O Pregador e a Pregação e o personagem da bíblia, além de vários
projetos que ainda estão para serem colocados em prática, pois estamos em constante crescimento.

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A IGREJA DE CRISTO E O IMPÉRIO DO MAL


Como Viver Neste Mundo Dominado Pelo Espírito da Babilônia

Domingo, 09 julho de 2023

A DETURPAÇÃO DA DOUTRINA BÍBLICA DO PECADO

INTRODUÇÃO

O pecado é uma realidade trágica. Ele não é uma ilusão; ele realmente existe. Esse fato é
reconhecido pela Bíblia. Nesta lição, veremos que o “espírito da Babilônia” tem a maligna intenção
de reconfigurar a doutrina do pecado. A igreja, não pode abandonar a Escritura para seguir
teologias modernas e antibíblicas. A igreja não pode trocar o Evangelho por outro evangelho que
não fala de pecado para agradar o ouvinte.

TEXTO ÁUREO

Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à Lei, pois é
mediante a Lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado. (Ro 3.20 NVI).

A REALIDADE DO PECADO E A NECESSIDADE DE SALVAÇÃO Por isso, nenhuma carne será justificada diante
dele

A INCAPACIDADE DA LEI EM SALVAR – A SALVAÇÃO NÃO É MERITÓRIA pelas obras da lei,

A LEI NÃO TORNA O HOMEM O PECADOR, MAS REVELA O PECADO porque pela lei vem o conhecimento do
pecado.

O texto de Romanos 3.20 é o clímax do argumento de Paulo, não apenas contra a


autoconfiança dos judeus, mas contra toda tentativa de salvar a si mesmo. A Lei traz o
conhecimento do pecado, não o perdão dele.

Paulo conclui sua tese acerca da culpabilidade do homem e encerra seu argumento
mostrando a total impossibilidade de o homem sair absolvido do tribunal de Deus, confiando em
seus méritos ou baseando-se em suas obras.
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W. Burrows diz que a lei revela a inescapável realidade do pecado, a natureza maligna do
pecado, a força mortal do pecado e a culpa irremediável do pecado. A lei é boa quando usada para
produzir convicção de pecado, mas é impotente para salvar o pecado.

Em poucas palavras, Paulo nos ensina que: O homem é culpado dos pecados de comissão
e omissão, dos pecados públicos e secretos. Está condenado por Deus não só por causa do que
diz e faz, mas por causa do que é, ou seja, por causa de seu estado pecaminoso.
Consequentemente, só é possível uma conclusão. O homem está condenado, condenado,
condenado. Sua condição é aquela de total desesperança e desespero.

Geoffrey Wilson é pertinente quando diz que a doutrina da graça pregada por Paulo se
baseia firmemente em uma doutrina adequada do pecado, porque ele sabia que apenas a pessoa
convencida de pecado tem interesse naquele que salva do pecado.

Quem deturpa a doutrina do pecado, também deturpa a doutrina da salvação. A adulteração


dessas doutrinas não muda a condição do homem e nem sua realidade, apenas o torna mais cego,
mais pecador e o deixa mais próximo da condenação eterna.

VERDADE PRÁTICA

O pecado de Adão arruinou toda a humanidade. Contudo, Jesus Cristo pode regenerar
eficazmente o pecador.

1. O pecado de Adão foi uma desobediência à vontade de Deus e uma quebra da comunhão
com ele. Adão e Eva foram tentados pela serpente a comer do fruto proibido da árvore do
conhecimento do bem e do mal, cobiçando algo que não lhes pertencia e duvidando da
bondade de Deus. Ao fazerem isso, eles pecaram contra Deus e perderam a sua inocência e
a sua harmonia com o Criador.

2. O pecado de Adão teve consequências para toda a humanidade e para toda a criação. Por
causa da transgressão de Adão, o pecado se transmitiu a todos os seus descendentes,
tornando-os culpados diante de Deus. Além disso, a terra foi amaldiçoada e passou a
produzir espinhos e cardos, dificultando o trabalho e o sustento do homem. A mulher passou
a ter dores no parto e a estar sujeita ao domínio do homem.

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3. O pecado de Adão foi superado pela graça de Deus em Jesus Cristo. Apesar da queda do
homem, Deus não o abandonou, mas prometeu enviar um Salvador que esmagaria a
cabeça da serpente e restauraria a comunhão com Deus. Esse Salvador é Jesus Cristo, o
Filho de Deus, que veio ao mundo como o último Adão, obedecendo perfeitamente à
vontade de Deus e morrendo na cruz pelos pecados da humanidade.

I. O ENSINO BÍBLICO DA NATUREZA PECAMINOSA

1.1 Definição de pecado.

Segundo Champlin (2013, p. 145), pecado é a tradução do grego hamartia. Esse termo é
derivado de uma raiz que indica “errar o alvo”, “fracassar”. Trata-se do fracasso em não atingir um
padrão conhecido, mas antes, desviando-se do mesmo. O pecado tanto é um ato como é uma
condição. É o “estado” dos homens sem regeneração, que se manifesta na forma de numerosos e
perversos atos. Pecar é afastar-se daquilo que Deus considera a “conduta ideal”, do homem ideal,
exemplificado em Jesus Cristo. Isso conduz à “impiedade” (asebeia; 2Pe 2.6), que consiste na
oposição a Deus e a seus princípios, em autêntica rebelião da alma. E isso leva à “parabasis”,
“transgressão” (ver Mt 6.14 e Tg. 2.11) contra princípios piedosos reconhecidos.

Davis (2005, p. 955), define pecado como qualquer falta de conformidade com a lei de Deus,
ou transgressão dessa lei, Rm 3.23; Jo 3.4; Gl 3.10–12. Pecado de omissão consiste em deixar de
fazer o que a lei de Deus ordena; e pecado de comissão consiste em fazer o que a lei proíbe.

Justo González (2009, p. 244) define pecado como a barreira que separa os homens de
Deus, e que se interpõe entre quem somos e quem Deus deseja que sejamos. O pecado é tanto
uma ação como uma condição. Como ação, o pecado é a violação consciente da vontade de Deus,
portanto, é possível falar de “pecados” no plural e classificá-los conforme diversos critérios. Isso é o
que geralmente é conhecido por “pecado atual” (os pecados que cada indivíduo comete) — uma
ação ou atitude que se rebela contra o que se sabe ser a vontade de Deus. Porém, em seu sentido
mais profundo, o pecado não é uma ação nem uma atitude, mas uma condição em que os
humanos encontram-se afastados de Deus. Isso é uma condição em que todos nascemos e da
qual não podemos nos livrar por nós mesmos.

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• Spurgeon: “Pecado é uma rebelião contra o governo de Deus. É uma tentativa de destronar
o Rei dos reis e Senhor dos senhores. É uma inimizade contra Deus e contra tudo o que é
bom e santo.”

• John Piper: “Pecado é o que você faz quando seu coração não está satisfeito com Deus.
Pecado é o fruto do descontentamento com Deus como sua maior alegria. Pecado é o ato
de trocar a glória de Deus por ídolos vazios.”

• Paul Washer: “Pecado é uma ofensa infinita contra um Deus infinitamente santo. Pecado é
uma violação da natureza e do caráter de Deus. Pecado é uma afronta à majestade e à
glória de Deus. Pecado é uma expressão de ódio e desprezo por Deus.”

• Augustus Nicodemus: “Pecado é tudo aquilo que contraria a vontade revelada de Deus
nas Escrituras. Pecado é tudo aquilo que fere o relacionamento do homem com Deus e com
o próximo. Pecado é tudo aquilo que desonra e desfigura a imagem de Deus no homem.”

APLICAÇÃO – Mudar o conceito de pecado é muito perigoso. O alvo do “espírito da Babilônia” é


fazer que o homem pense que é livre sendo escravo; é fazer que o homem pense que é amigo de
Deus vivendo como inimigo (Ex. Deus é amor; Ele me conhece; Ele sabe que sou assim mesmo); é
fazer com homem pense que é salvo estando condenado.

1.2 A universalidade do pecado.

O pecado é universal. Todos os homens são pecadores; tudo no homem é pecaminoso. O


pecado é universal entre os homens; ele é pleno dentro do homem. Se alguém desenhasse um
círculo para indicar os justos, o círculo deveria ficar vazio. Todos estariam excluídos. Se alguém
desenhasse um círculo para indicar os pecadores, ele estaria cheio. Todos deveriam ser incluídos.

pois todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3.23 NAA).

Poderíamos parafrasear o texto a cima assim: “Todos pecaram, todos os que pecaram são
pecadores, e todos os pecadores estão separados de Deus”.

Portanto, assim como por um só ser humano entrou o pecado no mundo, e pelo pecado veio
a morte, assim também a morte passou a toda a humanidade, porque todos pecaram. (Rm
5.12 NAA).

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Sobre o texto a cima o Grant Osborne (2022, pp. 194 a 195), diz: Todas as pessoas
herdaram a corrupção de Adão (a primeira parte do v. 12). A expressão “todos pecaram” significa
que todas as pessoas voluntariamente escolheram seguir sua disposição herdada para pecar e
cometeram pecados. Por isso, são culpados por dois caminhos — a natureza pecaminosa herdada
de Adão (pecado passivo) e a participação pessoal no pecado por meio dos próprios pecados
(pecado ativo).

Hernandes Dias Lopes (2010, pp. 224 a 227), com muita assertividade pontua:

a. O pecado entrou no mundo por um homem (5.12). Embora o pecado já tivesse ocorrido no
mundo angelical com a queda de Lúcifer, na história humana o pecado foi introduzido pela
queda de Adão. O pecado é uma conspiração contra Deus. É a transgressão da sua lei, um
ato de rebeldia e desobediência a Deus. Sendo livre, Adão escolheu desobedecer. Tendo
livre-arbítrio, tornou-se escravo do pecado e por meio do seu pecado precipitou toda a raça
no estado de rebelião contra Deus.

b. A morte entrou no mundo pelo pecado (5.12). Que tipo de morte entrou no mundo pelo
pecado? A morte física, espiritual e eterna. Pecado e morte não podem separar-se (Gn 2.17;
3.17–19; Rm 1.32; 1Co 15.22). Em Adão, todos pecaram; em Adão todos morreram.
Segundo John Stott, a pena de morte cai hoje sobre todos os homens não apenas porque
todos pecaram como Adão, mas porque todos pecaram em Adão.

c. Porque todos pecaram em Adão e porque o salário do pecado é a morte, a morte passou a
todos os homens, uma vez que todos pecaram. Ela atinge a todos sem distinção e sem
exceção. Repousa seus dedos gélidos sobre ricos e pobres, reis e vassalos, servos e
chefes, doutores e analfabetos, pequenos e grandes, velhos e crianças, religiosos e ateus.
Não podemos nos esconder da morte. Ela será o último inimigo a ser vencido.

O salmista Davi, fazendo uso de poesias, reverberou uma verdade teológica muito profundo:
Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe. (Sl 51.5 NVI).
Você já observou que a criancinha não precisa que ninguém a ensine a mentir? Quando seu filho
faz alguma coisa errada e você pergunta: Quem fez isso? Ele prontamente dirá, não fui eu. Precisa
ensinar uma criança a ser egoísta? Ser violenta?

A natureza pecaminosa está presente em nós desde que nascemos, se manifesta em ações
deliberadas quando perdemos a inocência e tomamos decisões conscientes. Acompanha o homem
até morte, sendo ele crente ou não. Quem morre em Cristo, morre na promessa de um corpo
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transformado. Quem morre sem Cristo, aguarda a segunda ressurreição, para ser julgado,
sentenciado e condenado eternamente, está é a segunda morte.

1.3 Corrupção total.

O que significa depravação total? Significa que, mesmo o ser humano podendo fazer
algumas coisas boas, o pecado, infelizmente, prevalece em seu coração – e mais: contamina todo
o seu ser. Esse é o sentido do termo “total” quando falamos de “depravação total do ser humano” à
luz da Bíblia. Essa depravação não é total no sentido de intensidade, mas de abrangência. Ela é
total porque o pecado, além de prevalecer interiormente, contamina, repito, todas as áreas da vida
da pessoa.

Como coloca Geisler corretamente, o pecado “se espalhou por todas as partes do nosso ser”
– mente, emoção, vontade e corpo.

Em síntese, depravação total quer dizer que todos os seres humanos, em todo o seu ser,
foram contaminados pelo pecado. Significa que o ser humano, após a Queda, passou a ter uma
inclinação natural e prevalecente para o pecado que impede-o de fazer a vontade divina e de vir a
Deus.

II. AS TEOLOGIAS MODERNAS

2,1 A Teologia da Libertação.

O termo “Teologia da Libertação” poderia ser aplicado, em tese, a toda teologia que seja
voltada às situações de opressão ou que delas trate. De modo mais especifico a Teologia da
Libertação é um movimento que engloba várias correntes de pensamento interpretando os
ensinamentos de Jesus Cristo como libertadores de injustas condições sociais, políticas e
econômicas.

Seus proponentes a descreveram como interpretação analítica e antropológica da fé cristã.


Mas, ao agregar várias correntes de pensamento, o movimento absorveu crenças da Umbanda,
do Espiritismo, do Islamismo e até do Xamanismo. Esse movimento é criticado por adotar o
marxismo como base ideológica. As ramificações da teologia da libertação são igualmente
nocivas.

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As teologias identitárias são herdeiras da Teologia da Libertação. Nessa abordagem, não


há um significado objetivo e normativo da Escritura. Ao contrário, o que existe é uma leitura
feminista, uma leitura dos ideais negros, uma leitura homossexual, uma leitura asiática. Todos
são vistos entre si como tendo sua própria validade, à medida que o horizonte do leitor imerge no
horizonte do texto bíblico.

a. Teologia Feminista. Elizabeth Stanton, ativista feminista, escritora da Bíblia da mulher e


pioneira nos estudos bíblicos de gênero, afirmou que no relato da criação, uma parte é
inspirada e outra não é. Ele sugere que quando a Bíblia afirma que o homem e a mulher
foram criados a imagem de Deus, o texto é inspirado. Contudo, quando a Bíblia diz que a
mulher foi criada da costela de Adão, o texto não inspirado, mas sim, um relato machista.
Veja a ideia presente nas palavras de Stanton em recortar a Bíblia e selecionar as
partes que ela mais gosta. Nesses movimentos, a tesoura está na mão do ser
humano.

b. Teologia Negra. James Cone, defensor da teologia negra disse: Não devemos concluir
que a Bíblia é um testemunho infalível. Deus não foi o autor da Bíblia, nem seus escritores
foram meros secretários. [...] Pouco importa para o oprimido quem escreveu a Escritura; o
importante é se pode servir como uma arma contra os opressores. James Come, A Black
Theology of Liberation, p.31.

c. Teologia Queer. (Queer é um termo guarda-chuva da língua inglesa para minorias


sexuais e de género, ou seja, que não são heterossexuais ou não são cisgênero).
André Musskopf, no artigo, “Uma brecha no armário”, escreveu: Talvez a questão chave
seja inverter a pergunta que geralmente é feita – o que a Bíblia diz sobre
homossexualidade? – e assumir como ponto de partida a realidade vivida de pessoas
homossexuais – o que os homossexuais têm a dizer sobre a Bíblia?

2.2 Liberalismo teológico.

O que é Liberalismo Teológico? O Liberalismo tem no seu cerne, servir de ponte entre a fé
cristã e o conhecimento moderno. Os teólogos liberais defendiam que a sobrevivência do
cristianismo dependia da sua capacidade de adaptar-se a mentalidade cientifica e filosófica de
seus dias. Ou seja, essa Teologia, entendia que a cultura exigia uma renovação do cristianismo
impondo que ele se amolda-se as necessidades espirituais do homem moderno mesmo que
fosse necessário negar doutrinas basilares da fé cristã. O liberalismo exigiu muita flexibilidade
em relação a teologia cristã tradicional ortodoxa. Os liberais entendiam que para o

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cristianismo continuar sendo uma opção intelectual séria no mundo moderno, era
essencial que ele fosse completamente reconstruído. Essa ideia implicava em uma
desconstrução da herança doutrinaria, bem como uma mudança nos métodos
interpretativos da Bíblia.

Nos casos em que a maneira tradicional de interpretar a Bíblia ou as crenças


tradicionais pareciam comprometidas por avanços do conhecimento humano,
era imperativo que elas fossem descartadas ou reinterpretadas de modo a
alinharem-se com aquilo que já se sabia acerca do mundo. (Alister McGrath.
Teologia Histórica, p.252).

2.3 As consequências do Liberalismo Teológicos.

Ainda hoje sofremos com os frutos podres do liberalismo.

a. Desprezo pela Bíblia. Friedrich Schleiermacher, pai do Liberalismo Teológico defendia que:
A experiencia pessoal religiosa era primaria, porém a teologia e a doutrina eram
secundárias. Em suma, para ele a base da religião é a experiência humana, não a
existência de Deus. A Bíblia não é infalível e não tem autoridade absoluta. Ela é especial,
apenas porque registra a experiência religiosa da igreja primitiva.

i. Aplicação – Muitas igrejas têm abandonado a Doutrina e a Palavra para abraçarem


as concepções pessoais do homem.

ii. Aplicação – O “eu” determina como deve ser minha relação com Deus, e não a
Bíblia. Por exemplo: Caso o homem não goste da doutrina do inferno, conforme as
Escrituras, ele tem autonomia para negá-la ou modificá-la.

b. Rejeição dos Milagres e do sobrenatural. A Teologia Liberal nega os milagres


registrados na Bíblia, não aceita o nascimento virginal, divindade de Cristo ou a inspiração
das Escrituras.

c. Estilo de Vida Pecaminoso. Os liberais com frequência, dizem: “O Cristianismo é um


estilo de vida e não uma doutrina”. Eles dizem seguir Jesus, mas rejeitam sua doutrina.
Eles pregam que possível se relacionar com Jesus sem a Bíblia, sem normas e sem
mandamentos.

Resumo da Teologia Liberal – “Um Deus sem ira trouxe homens sem pecado a um reino sem
julgamento por meio das ministrações de Cristo sem uma cruz. (Richard Niebuhr).

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Aplicação – O Cristianismo fundamenta suas crenças e práticas nas Escrituras. Os liberais são
hereges, não podem ser chamados de irmãos. Suas crenças e práticas estão pautadas na
experiência pessoal e na cultura.

Aplicação – Como cristãos, precisamos rejeitar as adaptações, atualizações e mudanças


bíblicas para dialogar com a cultura.

III. A NORMALIZAÇÃO DO PECADO

3.1 Crise ética e moral.

A deturpação da doutrina do pecado promove um abandono ou uma alteração dos


princípios imutáveis da Palavra de Deus, o que certamente influencia a conduta, isto é, o modo
de vida das pessoas.

Vivemos em um tempo onde as palavras registradas no livro do profeta Isaias ganham


muita evidência pela sua atualidade, pois presenciamos uma completa inversão de valores. Ai
dos que chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do
amargo, doce e do doce, amargo! (Is 5.20 NVI).

Narrativas são criadas para que o pecado seja aceito como normal: Se roubou porque é
pobre, não tem problema. O aborto é uma questão de saúde. Meu corpo, minhas regras. Se nos
amamos, não existe problema. Tudo vale apena se a gente se sentir feliz.

3.2 Imoralidade sexual.

Não é preciso fazer grandes explicações para que este ponto seja compreendido. Basta,
apenas, olhar ao redor. A mídia, os filmes, as séries, os desenhos, as músicas, a moda, os
artistas, os livros atuais, as escolas e as universidades (não todas, mas a sua maioria) incentivam
a prática do sexo pré-conjugal, extraconjugal, a erotização infantil e as relações homossexuais.

Constantemente, somos bombardeados por todos os lados a fim de que mudemos o nosso
conceito de certo e errado, que abandonemos os princípios da Palavra de Deus. A coisa está tão
perigosa que expor uma opinião contraria a certas práticas pecaminosas é rotulada como
fascismo e discurso de ódio.

3.3 A dessacralização da vida.

Dessacralização é o processo de perda ou negação da sacralidade de algo que era


considerado sagrado ou divino. No contexto da vida humana, dessacralização significa ignorar ou

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rejeitar a origem, o valor e o propósito da vida como um dom de Deus, e tratá-la como uma mera
propriedade ou mercadoria, sujeita à vontade e ao interesse do indivíduo ou do grupo.

1. A vida humana é sagrada porque tem origem divina e deve ser valorizada como um dom
de Deus. A Bíblia ensina que Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança, e lhe
deu capacidade de se relacionar com Ele e com o próximo (Gn 1.27; 2.7). Por isso, a vida
é inviolável e não pode ser destruída ou desrespeitada por nenhuma ideologia ou prática
pecaminosa (2 Pe 1.3; Sl 139.13-16).

2. O corpo humano deve ser cuidado, alimentado e preservado como templo do Espírito
Santo. A Bíblia ensina que Deus não só criou o ser humano, mas também o redimiu por
meio de Jesus Cristo, e o santificou por meio do Espírito Santo (Ef 5.29; 1 Co 6.19-20). Por
isso, o corpo humano não é uma propriedade privada, mas uma responsabilidade pública,
que deve ser usado para a glória de Deus e para o bem do próximo (Rm 12.1-2; Gl 5.13-
14).

3. A autonomia incondicional sobre o próprio corpo é uma ilusão que leva à rebelião contra
Deus e à destruição da vida. A Bíblia ensina que Deus é o Senhor soberano sobre toda a
criação, e que o ser humano é responsável diante dele por suas escolhas e ações (Rm
1.25; Hb 9.27). Por isso, a pretensão de usar o corpo como se quiser, sem as devidas
limitações éticas e morais, é uma forma de idolatria e pecado, que traz consequências
graves para a pessoa e para a sociedade (Rm 6.23; Gl 6.7-8).

CONCLUSÃO
Queremos concluir nosso estudo com a citação de alguns textos bíblicos que demonstram a
gravidade do pecado, o perigo de se associar com pessoas que vivem na prática deliberada do
pecado e a condenação gerada pelo pecado.
Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz. (Ef 5.11 NVI).
Mas agora estou lhes escrevendo que não devem associar-se com qualquer que, dizendo-
se irmão, seja imoral, avarento, idólatra, caluniador, alcoólatra ou ladrão. Com tais pessoas
vocês nem devem comer. (1Co 5.11 NVI).
Não se amoldem ao padrão deste mundo (Rm 12.2 NVI).
Filhinhos, não deixem que ninguém os engane. Aquele que pratica a justiça é justo, assim
como ele é justo. Aquele que pratica o pecado é do Diabo, porque o Diabo vem pecando
desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo.
(1Jo 3.7,8 NVI).
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Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem
enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos
e, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros
herdarão o Reino de Deus. Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, foram
santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso
Deus. (1Co 6.9-11 NVI).

ABRA A JAULA – PB. MURILO ALENCAR

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