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EBD – Fé para crer que Deus não criou o mal – Lição 8 Jovens – 4 Trimestre 2023

O que significa ter fé? Quem criou o mal? Quando o mal surgiu? Existem quantos tipos de mal?
Deus criou o mal?

É natural que, no coração de muitos, surjam questionamentos sobre a origem do mal. A dúvida
persiste: será que Deus é o criador do mal? Ao explorar as Escrituras, nos deparamos com
pessoas que relatam ter visto versículos que aparentemente indicam que Deus criou o mal.
Contudo, como cristãos que conhecem a Deus e O adoram, é essencial cultivar a fé para
acreditar que Ele nunca foi e nunca será o criador do mal. Pelo contrário, a Bíblia reitera
constantemente a bondade essencial de Deus, Sua santidade e Seu repúdio ao mal. O tema
central desta lição é fortalecer a sua fé, permitindo que você creia firmemente na não
atribuição do mal a Deus.

TEXTO PRINCIPAL "Porque o SENHOR é bom, e eterna, a sua misericórdia; e a sua verdade
estende-se de geração a geração." (SI 100.5)

É crucial reforçar com convicção a essência divina do nosso Deus. Ele é bom, misericordioso, e
Sua verdade se estende de geração a geração. A Bíblia ressalta repetidamente a bondade de
Deus, Sua maravilha e poder ilimitado. Em todos os momentos, a mensagem é clara: em Deus
não há maldade, não há mal, e não há pecado. É essencial afirmar vigorosamente essa verdade
em sua turma, destacando a natureza imaculada e perfeita do nosso Criador.

RESUMO DA LIÇÃO O pecado de desobediência de Adão e Eva trouxe toda a sorte de males
para a humanidade e a criação.

O pecado de Adão e Eva no Jardim do Éden teve repercussões significativas, introduzindo a


maldade e o mal na experiência humana. Essas consequências exigiram a intervenção de
Cristo, que se sacrificou em nosso lugar. Em outras palavras, Ele assumiu o castigo, pagou a
punição e quitou nossa dívida, possibilitando que hoje, você e eu, tenhamos acesso à vida
eterna. A obra redentora de Cristo é fundamental para compreendermos a superação do
impacto do pecado original.

LEITURA SEMANAL

 SEGUNDA - Ne 6.2 Pessoas más, intentam fazer o mal


 TERÇA - Jó 15 3 4 ,3 5 O ajuntamento dos hipócritas
 QUARTA - Sl IO.17 A boca do homem mau
 QUINTA - Pv 414 Não ande pelo caminho dos maus
 SEXTA - Pv 24.1 Não tenhas inveja do homem maligno
 SÁBADO - Pv 24.8 Mestre dos maus intentos
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TEXTO BÍBLICO: Salmos 34.12-22

INTRODUÇÃO

Para alguns filósofos, teólogos e religiosos, a questão do m al é motivo de muita discussão, Para
muitos, um dos grandes problemas relacionados à fé cristã está em conciliar a presença do mal
e do sofrimento com a bondade e a perfeição de Deus. Eles acreditam que não existe uma
definição precisa do que seja o mal, assim com o não há uma definição para o que é bem. O m
al e o bem dependem dos valores e crenças de cada pessoa. Será essa afirmativa verdadeira? É
o que veremos na lição deste domingo.

A discussão em torno da criação do mal gira em torno do aparente paradoxo de um Deus bom
e perfeito permitindo a existência do mal na vida das pessoas. Esse questionamento não é
exclusivo do pensamento secular, mas também se apresenta entre aqueles que têm fé no
Senhor. Se Deus é caracterizado por Sua bondade, amor e perfeição, por que Ele permite a
presença do mal, calamidades e pecado? Muitas indagações surgem, incluindo a culpabilização
de Deus pela criação do mal e sua persistência.

1. O MAL MORAL E FÍSICO

1.1. DE ACORDO COM A BÍBLIA.

A Palavra de Deus afirma que Deus é bom e que Ele criou o homem e o mundo perfeito (Gn
1.31). O mal, tanto o físico quanto o moral, tiveram seu início na Queda, narrada no terceiro
capítulo do livro de Gênesis. Todo o mal que vem os hoje é uma consequência do pecado de
Adão e Eva (Gn 3.16-19). Separada de Deus pelo pecado, a humanidade ficou em um estado de
sofrimento e vergonha. Ao desobedecer deliberadamente a Deus, o ser humano ficou preso ao
pecado e as suas nocivas consequências. Todo o pecado é contra Deus e a sua vontade e,
portanto, jamais pode vir dele. A decisão de Adão e Eva envolvia uma escolha pessoal acerca
do mal e do bem. O primeiro casal era livre para tomar suas decisões, entretanto, o Deus
bondoso já havia alertado para o perigo da desobediência ao afirmar: “da árvore da ciência do
bem e do mal, dela não com erás” (Gn 2.17).

O pecado surge quando Adão e Eva decidem afastar-se do projeto de Deus. Essa decisão
representa a origem do mal, uma vez que o afastamento de Deus resulta na criação e
personificação do mal ou do pecado. Portanto, o mal surge quando o homem escolhe
abandonar Deus e se separar d'Ele. O mal, nesse contexto, é a desobediência e o afastamento
de Deus, que é bom e maravilhoso.

Quando se aborda o mal físico, refere-se a tragédias e grandes calamidades que ocorrem na
vida humana. Já o mal moral está associado ao pecado, representando as ações contrárias aos
princípios morais estabelecidos por Deus.
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Adão e Eva tinham todas as oportunidades para viverem sem pecado, estando em comunhão
com Deus, ouvindo Sua voz, conscientes de Sua presença e conhecendo-O. No entanto,
optaram por desobedecer, escolhendo conhecer o mal e o pecado. Essa decisão resultou em
desobediência a Deus.

A consequência imediata dessa desobediência foi a manifestação do mal, tanto no aspecto


físico, com destruições e calamidades, quanto no aspecto moral, com o pecado. Um exemplo
claro dessa repercussão foi o episódio em que Caim matou Abel, representando o mal moral e
o pecado afetando diretamente as relações familiares e resultando na morte física de Abel.

Portanto, é crucial compreender que o mal não foi criado por Deus; ele é a consequência da
escolha humana de pecar, conforme registrado na Bíblia Sagrada. As ações de Adão e Eva, ao
desobedecerem a Deus, geraram o pecado, cujas ramificações afetam toda a humanidade até
os dias de hoje.

1.2. DE ACORDO COM A FILOSOFIA

Antes de falar a respeito do mal, observe o que o filósofo Aristóteles entendia como bem: “é
aquilo que todos os seres aspiram; o bem é desejável quando ele interessa a um indivíduo
isolado, m as seu caráter é m ais belo e m ais divino quando se aplica a um povo e a Estados
inteiros." Para alguns filósofos escolásticos (um método ocidental de pensamento crítico, com
origem nas escolas monásticas cristãs, que concilia a fé cristã com um sistema de pensamento
racional, especialmente o da filosofia grega) o bem designa o Ser que possui a perfeição
absoluta: Deus. Enquanto no conceito da ética, o bem designa aquilo que é conforme às
normas da moral. O mal, por sua vez, vai designar, em um sentido geral, tudo o que venha a ser
negativo, nocivo ou prejudicial a outra pessoa.

Na filosofia, diversos pensadores oferecem reflexões sobre o conceito de bem e mal.


Aristóteles, por exemplo, afirma que o bem é algo desejado por todos, intrínseco ao ser
humano. O grande anseio do homem é alcançar o bem, pois ninguém deseja o mal ou quer
estar próximo a ele. No entanto, suas ações e comportamentos muitas vezes resultam na
atração do mal para si e para outros.

Já na perspectiva dos filósofos escolásticos, que buscam unir o pensamento racional com a fé
cristã, o bem é associado à perfeição absoluta presente em Deus. Para essa corrente filosófica,
o bem está em Deus, que é perfeito e santo. Assim, aqueles que desejam desfrutar do bem
precisam estar em comunhão com Deus, considerado a fonte do bem.

Por outro lado, o mal, de acordo com essa visão, refere-se, em sentido amplo, a tudo que é
negativo, nocivo e prejudicial às outras pessoas. As ações maléficas estão sempre relacionadas
ao comportamento humano, sendo resultado das escolhas e atitudes prejudiciais que uma
pessoa pode tomar ao longo de sua vida.

1.3. DE ACORDO COM A ÉTICA SECULAR E CRISTÃ.


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A ética secular está fundamentada em valores materialistas e relativistas, onde o bem e o mal
dependem do ponto de vista de cada pessoa. Já a ética cristã tem com o fundamento as
Escrituras Sagradas e seu objetivo é aperfeiçoar a nossa vida de comunhão com Deus e o nosso
testemunho cristão perante a sociedade na qual estamos inseridos. Ela mostra que o Deus
Trino é santo e imutável e criou tudo perfeito. A ética cristã trata das três esferas principais do
homem: a moral, a social e espiritual. Os israelitas caíram no deserto por não observarem a lei
moral que havia sido outorgada pelo Senhor. Não podem os deixar de lado estes fatos bíblicos,
pois nos revelam o perigo de não vivermos o ideal ético do Reino de Deus instituído por Jesus
Cristo (1 Co 10.5). A corrupção moral tem causado terríveis consequências para toda a
sociedade. Não podem os nos conformar com o pensamento deste mundo (Rm 12.1). É preciso
dizer "não" ao hedonismo, ao relativismo ético e a tudo que nos leva a pecar e assim nos
afastar de Deus. Som os o “sal da terra” e a “luz do mundo" deste século, vivam os como tais
(Mt 5.13,14).

Na abordagem da ética, é possível identificar duas perspectivas principais: a ética cristã e a


ética secular. A ética, em geral, proporciona um padrão para a sociedade, determinando o que
é considerado certo ou errado. No entanto, as duas abordagens diferem em suas bases e
fundamentos.

A ética secular é caracterizada pela relatividade, sendo influenciada pela cultura e pensamento
de cada povo. Nessa perspectiva, o conceito de bem e mal é percebido de forma subjetiva,
variando de acordo com as opiniões individuais. A ética secular muitas vezes se apoia no
materialismo, concentrando-se em possuir e adquirir bens materiais, negligenciando aspectos
espirituais. Além disso, ela é fundamentada no relativismo, não reconhecendo uma verdade
absoluta.

Por outro lado, a ética cristã é norteada pela Bíblia Sagrada, que estabelece padrões morais e
éticos para os seguidores do cristianismo. Todas as atitudes, comportamentos, falas e
pensamentos são avaliados à luz dos princípios bíblicos. A ética cristã se baseia na obediência
aos ensinamentos da Bíblia, e as ações que vão de encontro a esses princípios podem ter
consequências.

A questão moral está intrinsicamente ligada aos comportamentos que vão de encontro aos
princípios estabelecidos na Palavra do Senhor. Pecados como prostituição, lascívia, inveja,
fornicação e adultério são exemplos de desvios morais que desagradam a Deus. O texto
ressalta a importância de manter uma conduta alinhada com a ética moral, rejeitando práticas
pecaminosas que contrariam os preceitos divinos.

É vital compreender que Deus não se agrada e não aprova a prática desses pecados, e
participar de atividades santas enquanto persiste no pecado é incongruente com os princípios
cristãos. O hedonismo, que busca o prazer a qualquer custo, é mencionado como uma
influência negativa, levando alguns jovens a cederem a comportamentos pecaminosos
enquanto frequentam a igreja.

O alerta é direcionado especialmente aos jovens que podem cair na armadilha do hedonismo,
acreditando que têm controle absoluto sobre suas vidas e corpos. A mensagem enfatiza que
viver no pecado terá consequências, pois Deus não permite que as ações fiquem impunes. O
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chamado à vigilância é destacado, lembrando que todos, desde o porteiro até o pastor, estão
sujeitos às investidas do pecado. A ênfase na necessidade de uma vida consagrada, permeada
por oração, jejum e meditação na Palavra, serve como uma armadura para resistir às tentações
do diabo.

A exortação final é para que, como professor, também se compartilhe esse despertamento com
os alunos, incentivando a vigilância constante e a resistência às sutilezas do pecado, visando
evitar suas consequências na vida de cada um.

2- DEUS E O MAL

2.1. DEUS É MAU?

Não! Ele é bom, santo, justo e tem todo o poder: “Eu formo a luz e crio as trevas: faço a paz e
crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas (Is 45 7).” Muitos têm se utilizado
erroneamente desse texto do profeta Isaías para afirmar que o m al e o bem procedem de
Deus. Sabem os que o caráter de Deus é benigno: "bom e reto é o SENHOR; pelo que aponta o
caminho aos pecadores" (Sl 25.8). O Senhor é bom e sabem os que existe a lei da semeadura e
da colheita, ou seja, este princípio afirma que a humanidade colhe o que planta. É a lei da
causa e do efeito. Elifaz, um dos amigos de Jó, faz uso desse princípio ao afirmar: 38 JOVENS
“Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo" Uó
4.8). Encontramos tal princípio no livro de Salmos, onde os salmistas, em vários poemas,
afirmavam que Deus é bom e justo, por isso, Ele recompensa os bons e pune os maus (SL 1.6).
No Novo Testamento também encontramos tal princípio no texto de 1 Pedro 3.12.

A análise da relação entre Deus e o mal é esclarecida pela leitura da Bíblia Sagrada, que
constantemente descreve Deus como bom, reto, justo e santo. O salmista e outros autores
enfatizam a natureza benevolente de Deus, destacando que Ele não prática nem concorda com
o pecado. Tiago reforça a ideia de que Deus não tenta ninguém e não pode ser tentado,
sublinhando a distância divina em relação ao mal.

O versículo de Isaías, no qual Deus afirma criar o mal, é contextualizado para revelar que, nesse
caso, "mal" se refere a calamidade e destruição. A interpretação sugere que Deus estava
levantando uma nação ímpia para castigar o povo de Israel devido aos seus pecados. Aqui, a
justiça de Deus é enfatizada, indicando que as escolhas e comportamentos humanos resultam
em consequências, seja positiva ou negativa.

Ser justo, no entendimento apresentado, significa receber o que se plantou. Obediência traz
bênçãos, enquanto desobediência e afastamento de Deus resultam em castigo e destruição. O
texto ressalta que a justiça de Deus não implica em maldade, mas sim na aplicação equitativa
de recompensas e punições de acordo com as escolhas humanas. O "mal" mencionado por
Isaías não está associado ao mal moral ou ao pecado, mas refere-se ao castigo merecido pela
nação de Israel em virtude de suas transgressões.
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2.2. DEUS É UM SER EM EQUILÍBRIO?

Há também aqueles que utilizam o texto de Isaías citado acima para afirmar que Deus é um ser
em “equilíbrio”; Ele é tanto bom com o mau. No entanto, sabem os que o Deus verdadeiro não
é um conjunto de forças opostas. Ele é perfeitamente bom, e não contém nada de mau,
conforme nos diz o apóstolo João: “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma" (1 Jo 1.5).

É crucial esclarecer a verdade sobre a natureza de Deus, especialmente quando algumas


pessoas erroneamente propagam a ideia de que Ele é simultaneamente bom e mau. Essa
concepção equivocada sugere um Deus em equilíbrio entre a bondade e a maldade, o que é
completamente falso. O Deus que adoramos é santo, não possui trevas, não contempla o mal e
não é tentador. Desmistificar essa noção é essencial para que todos possam compreender a
verdadeira natureza divina.

É fundamental transmitir à sua turma que a Bíblia não afirma que Deus criou o mal, mas sim
que o mal é uma consequência do afastamento humano de Deus, das escolhas pecaminosas e
do distanciamento dos princípios divinos. As calamidades, doenças e males morais são
resultados diretos do pecado, que surge quando as vontades humanas não são guiadas pelo
Espírito Santo, mas cedem aos desejos próprios.

Ao alertar sobre a influência dos desejos não controlados pelo Espírito Santo, destaque a
importância da consagração, do jejum, da participação em atividades religiosas e da busca por
orientação espiritual. A mensagem central é: a prática do mal e do pecado decorre da falta de
domínio sobre os desejos e da ausência de uma vida guiada pela orientação divina. Portanto, é
vital manter a vigilância espiritual e cultivar um relacionamento íntimo com Deus para evitar
cair nas armadilhas do pecado.

2.3. DEUS NÃO CRIOU O MAL MORAL.

Deus não criou o mal no sentido moral. As Escrituras Sagradas afirmam que: “Porque tu não és
Deus que tenha prazer na iniquidade, nem contigo habitará o mal” (Sl 5.4,5). Deus não tenta
ninguém, pois segundo o profeta Isaías Ele é “Santo, Santo, Santo" (Is 6.3). A palavra "mal" em
Isaías 457 se origina de uma palavra que pode ter vários sentidos. Neste contexto e em outros
onde Deus faz ou traz o mal, a palavra significa “calamidade” ou “punição", sendo 0 oposto de
paz. Deus usaria Ciro para “abater as nações” (Is 451). Já no versículo 8, Deus promete salvação
(paz) e justiça (punição ou mal). Outros trechos usam a mesma linguagem. Os males que Deus
ameaçou trazer sobre Judá em 2 Reis 22.16 foram punições pelo pecado. Tal verdade revela
justiça e não maldade. Deus não é o criador do m al moral, entretanto com o um Deus santo,
Ele traz juízo ao pecador (Rm 3.23).

Aprofundando ainda mais o entendimento, é crucial ressaltar que o mal não é algo criado por
Deus; ao contrário, é uma consequência direta do pecado humano. A ausência de Deus na vida
das pessoas, causada pelo afastamento gerado pelo pecado, é o que propicia a ocorrência do
mal. Deus não apenas não gosta e não permite atos pecaminosos, mas Ele também não os
pratica.
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É essencial destacar que o mal é uma resposta divina à ação humana, uma punição, um castigo
imposto por Deus como consequência do comportamento pecaminoso das pessoas. Quando a
Bíblia menciona que Deus trará o mal sobre uma nação, está se referindo a esse tipo de
punição, não ao mal moral intrínseco.

Enfatize que o mal moral, representado pelo pecado, não é criado por Deus; ao contrário, surge
dos desejos humanos e das vontades que se afastam dos princípios divinos. Cada vez que um
indivíduo cede a desejos que não estão alinhados com a vontade de Deus, ele comete pecado,
que, por sua vez, traz consigo consequências. A palavra "pecado" carrega consigo a ideia de
errar o alvo, indicando que, ao pecar, estamos nos desviando do padrão estabelecido por Deus,
e isso resulta em repercussões e aprendizados. Portanto, é crucial compreender que Deus não
é o autor do pecado, mas Ele responde com justiça às ações humanas.

3- O CRISTÃO E O SOFRIMENTO

3.1 O PROBLEMA DO SOFRIMENTO.

V ivemos em uma sociedade hedonista, o nd e as p e sso a s afirm am não ser p la u síve l


pensar que um D eus que é am oroso e bondoso permita o so frimento. As Escrituras Sagradas
não descartam o sofrimento, pois segundo o profeta Isaías, o M essias seria um homem de
dores (Is 53). Vivem os na era da autoajuda, da confissão positiva, dos cooch etc. Estes querem
banir a dor e sofrimento da existência humana. Entretanto, se esquecem de que Jesus
declarou: “No m undo tereis aflições, mas tende bom ânimo" (Jo 16.33). Veja o que H.
Dieterlen afirmou depois de meditar a respeito do sofrimento do justo: “tudo d ep en d e do m
odo por que se sofre. Mas Deus sem pre tem um pensamento de amor nas tristezas que nos
envia”. Sabem os que no final todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a
Deus e que nEle confiam (Rm 8.28).

A explicação sobre o sofrimento humano em decorrência do pecado de Adão e Eva é essencial


para compreender por que Deus permite adversidades nesta vida. Desde o momento em que o
pecado entrou no mundo, a natureza humana, a Terra e toda a criação foram afetadas pelas
consequências negativas desse ato.

É crucial ressaltar que Deus não desejou nem planejou o sofrimento para a humanidade. Pelo
contrário, Ele projetou um mundo cheio de paz, alegria e gozo. No entanto, a escolha do
homem de se afastar de Deus e seguir o caminho do pecado resultou em perda, destruição e
separação de Deus.

Enquanto estivermos neste mundo contaminado pelo pecado, o sofrimento será uma
realidade. No entanto, a promessa divina é de que Deus está conosco em meio às aflições.
Mesmo diante das dificuldades, Ele deseja nos ajudar e estar ao nosso lado, assim como esteve
com o povo diante do Mar Vermelho, na fornalha ardente e nas covas dos leões.

É importante destacar que Deus não é o autor do sofrimento; Ele é o refúgio, a fortaleza e a
fonte de consolo diante das adversidades. Os jovens precisam entender que a busca por
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soluções terrenas, como livros de autoajuda, não substitui a necessidade de se aproximar de


Deus e confiar em Sua orientação.

A mensagem central é que, apesar das aflições, Deus é nossa esperança e força. Encoraje os
jovens a se aproximarem de Deus, pois, ao fazê-lo, encontrarão proteção e consolo, e não
serão abandonados diante das provações. Essa compreensão profunda sobre a relação entre o
pecado, o sofrimento e a presença de Deus podem fortalecer a fé e a confiança na providência
divina.

3.2. O SOFRIMENTO.

Lutero, em um debate no qual retomou os ensinamentos do apóstolo Paulo sobre a mensagem


da cruz, afirmou que “Deus som ente pode ser encontrado no sofrimento e na cruz". Assim,
cruz e sofrimento significam, em primeiro lugar, o que Cristo fez por nós, mas também o
sofrimento do cristão. Para o cristão, Deus entende e conhece nossa dor e Ele não se ausenta
de nós em meio às aflições. Não podemos nos esquecer de que o pecado sempre causará
sofrimento para o homem, independente da sua crença religiosa; basta ver o que ocorreu com
Adão e Eva logo após pecarem (Gn 3).

A compreensão do ensinamento de Martinho Lutero destaca que o sofrimento é central para o


entendimento e aceitação de Cristo. Lutero enfatiza que, assim como Jesus sofreu e foi
humilhado, aqueles que desejam verdadeiramente encontrar-se com Cristo devem reconhecer
e compreender o significado do sofrimento, especialmente o sofrimento que Jesus
experimentou na cruz.

O sofrimento de Jesus não apenas é um elemento essencial para entender a natureza


redentora de Sua morte, mas também serve como um ponto de conexão para as pessoas se
identificarem com Ele. A ideia é que somente aqueles que compreendem e aceitam o
sofrimento de Jesus podem verdadeiramente ter um encontro profundo com Ele.

Lutero reconhece que, embora tenhamos o direito à vida eterna através da morte e
ressurreição de Jesus, isso não garante uma vida livre de aflições aqui na terra. Jesus mesmo
afirmou que no mundo enfrentaríamos aflições, mas a promessa é que Ele estaria conosco em
meio às tribulações.

É essencial esclarecer que, de acordo com essa perspectiva, o sofrimento na terra não é
necessariamente resultado direto de pecados individuais, mas sim uma consequência do
pecado como uma realidade geral da humanidade. Doenças, calúnias, destruição e outros tipos
de sofrimento são vistos como parte das consequências do pecado presente na humanidade
como um todo.

3.3. DEUS É MAIOR QUE TODO O SOFRIMENTO.

Deus é soberano e maior do que toda dor que venham os enfrentar. Ele nos ama e não nos
abandona em meio ao nosso sofrimento. Jó foi provado pela dor, entretanto no fim de tudo viu
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o quanto o Senhor é poderoso (Jó 42.2). Eliú, um dos amigos de Jó, afirma que "Deus é grande,
e nós o não com prendemos" (Jó 36.26). Em uma tentativa de explicar a grandeza e a
majestade do Senhor, ele fala a respeito da ação de Deus nas quatro estações do ano. O Deus
que controla as estações do ano é o mesmo que tem o controle das nossas vidas. Ele não erra.
Confie no Senhor e você verá que assim como o verão, o outono, o inverno e a primavera são
sazonais, assim são os momentos difíceis da vida.

A mensagem enfatiza que Deus é onipotente e tem o poder de abençoar, abrir portas e livrar as
pessoas de qualquer sofrimento. No entanto, ressalta que tudo ocorre de acordo com a
vontade divina. A ideia é que Deus tem um plano específico para cada vida, e muitas vezes o
sofrimento é uma parte desse plano, servindo como um meio de fortalecer, mudar e preparar
as pessoas para algo melhor no futuro.

O sofrimento é apresentado como uma oportunidade de crescimento espiritual, onde as


pessoas podem orar mais, meditar na Palavra de Deus e consagrar mais suas vidas. O deserto é
mencionado como um lugar de preparação, e o sofrimento é descrito como uma ferramenta
que Deus utiliza para transformar e consertar as pessoas.

A metáfora das estações destaca a temporalidade do sofrimento, comparando-o às diferentes


estações do ano. Assim como o inverno tem um prazo de validade e dá lugar ao verão, o
sofrimento também tem um fim, e tem-se a certeza de que a alegria e as bênçãos de Deus
virão.

CONCLUSÃO

Deus criou um mundo perfeito e bom. o mal e o sofrimento entraram no mundo como uma
consequência da Queda. o Criador está sempre disposto a agir com generosidade para com a
sua criação, entretanto o pecado cega o entendimento das pessoas e elas não conseguem crer
que Ele é justo e não pode tolerar o pecado. o pecado é repugnante diante de Deus e merece
ajusta punição. Mas Deus é sempre bom; a bondade é um dos seus atributos.

a bondade e santidade de Deus, enfatizando que todas as ações na terra terão consequências.
A ideia central é que, assim como plantamos sementes na vida, colheremos os frutos
correspondentes. Se semearmos amor, colheremos amor, e se plantarmos justiça, colheremos
justiça. A mensagem destaca a importância das escolhas e a correlação entre as ações e suas
consequências.

A oração final expressa o desejo de que Deus esteja guardando, protegendo e livrando todos
do mal. Isso demonstra a confiança na providência divina e na intervenção de Deus para
manter as pessoas seguras e livres de danos.

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