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Existe o bem e o mal?

Em religião, ética e filosofia, o bem e o mal referem-se à avaliação de objetos,


desejos e comportamentos através de um espectro dualístico, onde, numa dada direção,
estão aqueles aspetos considerados moralmente positivos e, na outra, os moralmente
negativos.

Bem: Qualidade de excelência ética atribuída a ações que estejam relacionadas a


sentimentos de aprovação e dever.

 Aristóteles: “É aquilo a que todos os seres aspiram”


 Santo Agostinho (Sec. V): “O bem é desejável quando ele interessa a um
indivíduo isolado, mas o seu caráter é mais belo e mais divino quando se aplica a um
povo e a Estados inteiros.”

Mal: Refere-se a tudo aquilo que não é desejável ou que deve ser destruído.

 Mal metafísico: Simples imperfeição;


 Mal físico: Sofrimento;
 Mal moral: Pecado.

Embora todas as linguagens possuam uma palavra que expressa bem no sentido de "ter
a qualidade certa ou desejável" e mal no sentido de "indesejável", a noção de "bem e mal"
num sentido moral ou religioso absoluto não é antigo, e surge das noções de purificação
ritual e impureza. A moralidade em seu sentido absoluto solidifica-se nos diálogos de Platão,
com a proposta da Ideia do Bem, juntamente com a emergência do pensamento monoteísta
(principalmente em Eutífron, o qual pondera o conceito de piedade como um absoluto
moral). A ideia é, posteriormente, desenvolvida na Antiguidade tardia, no neoplatonismo,
gnosticismo e pelos Padres da Igreja.

Este desenvolvimento do relativo ou habitual para o absoluto é, também, evidente nos


termos ética e moralidade, ambos sendo derivados de termos para "costume regional" (em
latim, mores).

Pedro Drumond 10º6 nº19


Existe o bem e o mal?

Na Sagrada Escritura, os primeiros capítulos do Génesis deixam claro que Deus criou o
mundo material (reino mineral, vegetal e animal irracional) e espiritual, os anjos do céu, por
meio de sua palavra (dabar) e viu que “tudo era bom” – Gn 1,10 “Deus chamou à parte seca
“terra” e à massa das águas, “mar”. E Deus viu que isso era bom.”.

Em seguida, fez o ser humano, sintetizando, em si, o mundo material e espiritual, uma
vez que tem a alma dada diretamente por Deus.

As criaturas racionais têm a liberdade de escolha e, por isso, podem optar pelo bem ou
contra ele, praticando o mal. Tal foi o que se deu quando Deus colocou os anjos à prova:
parte deles permaneceu fiel, mas outros rebelaram-se por soberba e foram, por isso,
expulsos do céu. São os anjos maus ou demônios.

A escolha entre “anjos e demónios” há muito que é definida de acordo com as


oportunidades e/ou circunstâncias em que nos encontramos e das oportunidades que nos
surgem para nos comportarmos bem ou mal.

De acordo com os mais recentes estudos na área da psicologia comportamental, somos


significativamente alheios a forças que têm um papel principal na forma como tomamos
decisões. Ou seja, escolhas que assumimos como resultado do nosso livre-arbítrio são, e
depois de uma observação mais aprofundada, largamente determinadas pelas forças
biológicas, ambientais e sociais exteriores a nós e que estão para além do nosso controlo.

Não há consenso se o bem ou o mal são intrínsecos à natureza humana. A natureza da


bondade tem recebido muitos tratamentos; num deles, o bem é baseado no amor natural,
vínculos e afetos que se desenvolvem nos primeiros estágios do desenvolvimento pessoal.
Outro tratamento para o termo afirma que a bondade é um produto do conhecimento da
verdade. Existem diferentes pontos de vista sobre o porquê do surgimento do mal. Muitas
religiões e tradições filosóficas concordam que o comportamento malévolo é, em si mesmo,
uma aberração que resulta da condição humana imperfeita (a queda do homem). Por vezes,
o mal é atribuído à existência do livre-arbítrio e da agência humana. Alguns argumentam
que o mal em si se baseia finalmente na ignorância da verdade (isto é, do valor do homem,
da santidade e da divindade). Alguns pensadores do iluminismo alegaram o oposto,
sugerindo que o mal é aprendido como consequência de uma estrutura social tirânica.

Pedro Drumond 10º6 nº19


Existe o bem e o mal?

O problema do mal (teodiceia) é uma das críticas mais antigas à existência de Deus
como ser omnipotente (que tudo pode) e benevolente (que é bom). Este argumento propõe
uma crítica à existência de um Deus onipotente já que a existência do mal é incompatível
com a Sua existência.

1. Ou Deus quer eliminar o mal do mundo, mas não pode;

Então ele não é omnipotente. Ele é fraco, não pode fazer tudo, logo não é um deus.

2. Ou pode, mas não quer;

Então ele é malvado, algo não esperado de um deus.

3. Ou nem quer nem pode;

É fraco e malvado, não o considerando um Deus.

4. Ou quer e pode;

Podemos chamá-lo de Deus, pois é omnipotente porque pode eliminar o mal e é


benevolente visto que quer eliminar o mal.

Porém, mesmo este último ponto sendo possivelmente verdadeiro, porque é que
existe mal no mundo? Porque é que Ele ainda não eliminou o mal? Ou, sendo o criador de
todas as coisas, porque permitiu que o mal existisse?

Em suma de todos os meus argumentos, posso concluir que o bem e o mal existem
pois está comprovado científica e religiosamente que nós, seres racionais, temos a escolha
entre o bem e o mal. Mesmo tendo significados que parecem bem definidos, os conceitos
de bem e mal são completamente subjetivos, pelo que dependem do ponto de vista de cada
ser humano, o que os tornou grandes alvos de debate por diversos filósofos ao longo da
História. Reforço a minha opinião dizendo que se no Reino de Deus, não devia de existir
maldade, porque é que ele ainda não a erradicou? Será que é fraco ou não tem boas
intensões ou ambos?

Pedro Drumond 10º6 nº19

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