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Aula 2 - Rota Errada

Introdução: Você em algum momento da vida já pegou alguma rota errada?


Nos acidentes de trânsito, parte deles estão relacionados com o fato de um
veículo entrar no caminho errado, na hora errada, podendo ocasionar graves
acidentes. Para evitar esses problemas, existem as sinalizações de trânsito que
nos aponta para onde devemos ir, evitando o risco de perder a vida. Na Bíblia
uma das metáforas para falar do pecado é tomar um caminho errado, seguir
um caminho contrário ao que Deus havia ordenado. Em outras palavras,
pecado é sinônimo de desobediência, de transgressão. Na aula de hoje,
veremos o significado da palavra pecado, suas características bem como a
solução apresentada por Deus para este problema.
I - Significado de pecado: A palavra pecado vem do grego harmatia, que pode
ser traduzida literalmente como “errar o alvo”. No sentido bíblico é realizar um
ou mais atos que são contrários à vontade de Deus, bem como à sua Lei. No
entanto, a definição biblica para pecado não se limita meramente a atos, ou
práticas, mas está ligado também à intenção do indivíduo e da sua condição
natural. Em essência, apesar dos pecados mudarem um pouco com o passar
do tempo, eles se resumem ao seguinte: fazer a nossa vontade em detrimento
da vontade de Deus.

1. Transgressão da Lei: Em 1 João 3:4 é dito que “o pecado é a


transgressão da lei”. todo ato que é contrário àquilo que Deus
estabeleceu em sua Lei, constitui como pecado. A Lei divina é baseada
no amor onde os primeiro quatro mandamentos é caracterizado pelo
nosso amor supremo a Deus e os 6 restantes ao amor imparcial que
devemos devotar ao próximo. Para a Bíblia, cometer um pecado nos faz
tornar culpados de todos, no sentido de que toda a Lei é quebrada.
Quando a lei de Deus é desobedecida, a consequência que é gerada a
curto, médio ou longo prazo é sofrimento e morte.”Porque o salário do
pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo
Jesus, nosso Senhor” (Rm. 6:23). Muitos veem a Lei de Deus como algo
restritivo, que nos impede de alcançar a felicidade, e utilizam esse
raciocínio como justificativa para pecar. Negligencia a seriedade do
pecado. Uma boa reflexão sobre esse assunto seria o seguinte: “Se
você acha que a Lei de Deus restringe a felicidade do ser humano,
pergunte para um homem ou uma mulher que foi traído, por adultério?

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Se você acha que a Lei de Deus é restringe o ser humano de alcançar o
bem-estar, pergunte para um Pai ou uma mãe que perdeu o seu filho
assassinado. Se voce acha que a Lei de Deus é restritiva à felicidade,
pergunte a um pai ou mãe de família na China que gostaria de ter pelo
menos um dia de descanso para dedicar à sua família.”. A partir deste
simples raciocínio, já podemos concluir que uma vida de prática de
pecado não vale a pena, pois onde ele é praticado, o resultado é
sofrimento e, por fim, morte e morte eterna. Todavia, pecado vai além
de meros atos, mas está ligado à condição natural do ser humano, da
sua natureza.

2. Condição desregrada: Após o pecado de Adão e Eva, toda a


descendência se tornou corrupta e depravada. Mais do que uma
escolha errada, a Bíblia nos aponta o pecado como um condição que
nos influencia a tomarmos decisões erradas. Isso é representado pelas
palavras do apóstolo Paulo: “Porque nem mesmo compreendo o meu
próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto.
(…) Neste caso, quem faz isso já não sou eu, mas o pecado que habita
em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita
bem nenhum, pois o querer o bem está em mim, mas não realizá-lo. (…)
Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o
pecado que habita em mim” (Romanos 7: 15-20). Em outras palavras, os
meus atos pecaminosos são manifestações da minha natureza que está
contaminada pelo “vírus” do pecado, que adquiri desde o meu
nascimento. “Eu nasci em iniquidade, e em pecado me concebeu a
minha mãe” (Salmo 51:5). Mais do que mudar a condição, o pecado
também muda a minha forma de enxergar a realidade. O pecador
começa a ver o mal como algo bom, prazeroso e o bem como alo chato
e ruim. Um exemplo básico para isso é quando as pessoas preferem ir
para eventos e locais que reina a licensiosidade, do que ir para locais
em que há cultivo da comunhão, da compaixão, etc. Para esses
indivíduos, aquilo que é mal é o bom, que o satisfaz, e o bom, na
verdade, é algo chato, ruim, pois não o agrada. Por isso, é necessário
que haja uma mudança nos gostos e costumes das pessoas. Por isso
Jesus veio morrer na cruz e, em seguida, enviou o seu Espírito, para
que venhamos a sentir prazer nas coisas realmente boas. “Os que vivem
segundo a carne se inclinam para as coisas da carne, mas os que vivem
segundo o espírito se inclinam para as coisas do Espírito” (Romanos
8:5).

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3. Tentação x Pecado: Há uma distinção significativa entre tentação e
pecado que necessita ser explicado aqui. Tentação significa “testar” ou
“incitar a fazer algo errado”. O fato de ser tentado não significa que o
indivíduo que está sofrendo com a tentação, está pecando. Um exemplo
básico disso é a pessoa de Jesus. A Bíblia nos relata que Jesus foi
tentado no deserto da Judeia pelo diabo, e ainda assim afirma que ele
era sem pecado. “Porque não temos sumo sacerdote que não possa se
compadecer das nossas fraquezas; pelo contrário, ele foi tentado em
todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hebreus 4:15).
Portanto, quem sofre a tentação não está necessariamente pecando, e
sim o tentador. No entanto, quando o indivíduo cede à tentação, ele
então comete pecado.”Ninguém ao ser tentado, diga: ‘Sou tentdo por
Deus’. Porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo não
tenta ninguém. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça,
quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça, depois de haver concebido,
dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera morte” (Tiago
1: 13-15). Apesar disso, temos a segurança de que Deus não permitirá
que sejamos tentados além das nossas forças, pois juntamente com a
tentação ele proverá livramento (1 Coríntios 10:13).
II - A origem do pecado: O que podemos afirmar desde já, biblicamente é que
Deus não criou o pecado. A Bíblia é muito clara em afirmar que o pecado é um
ato de rebeldia contra Deus. Não foi desejo de Deus que o pecado surgisse e
contaminasse a criação. No entanto, ao criar suas criaturas racionais
(pensantes) Deus dotou-as com o dom do livre-arbítrio ou livre-escolha.
Exercendo esse dom de forma errada, nosso primeiros pais, induzidos por
Satanás, escolheram transgredir a ordem de Deus, comendo do fruto proibido
e permitindo que o pecado afetasse a criação.

1. O poder do pecado está na desobediência e não no fruto - Não era o fruto


proibido que tinha poderes mágicos, que fez com que o pecado se
alastrasse em todo o mundo. Na verdade, o ato de rebeldia/desobediência,
fez com que o ser humano perdesse o senso de pureza e inocência,
permitindo que sua consciência fosse contaminada, e consequentemente,
sua natureza se tornasse depravada. O problema é que o pecado não
afetou somente Adão e Eva, mas toda a sua descendência também. Tal
problema é tão grave, que por causa da presença do ser humano, toda a
natureza recebeu a maldição do pecado, e se sujeitou ao domínio do mal.
Quando escolhemos desobedecer a Deus conscientemente, é como se
também comermos da árvore que Deus nos proibiu de comer. Por isso,

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olhando ao nosso redor e para a nossa realidade, podemos entender que
no fim, é melhor obedecer do que transgredir.

2. Sentimentos gerados pelo pecado - Após o pecado de Adão e Eva, é


destacado na Bíblia algumas características que estão intimamente
relacionadas com o pecado. A primeira é a vergonha. “Então os olhos de
ambos se abriram; e, percebendo que estavam nus, costuraram folhas de
figueira e fizeram cintas para si” (Gn. 3:7). Quando o pecador cai em si com
relação ao pecado que cometeu, o sentimento que geralmente o
acompanha é de vergonha. Quando se trata de pecados escondidos que
são descobertos, esse sentimento se torna ainda mais evidente. Adão e
Eva tentaram solucionar esse problema por si mesmos. No entanto, Deus
ensinou para eles que somente Ele pode solucionar o problema do pecado,
incluindo também o problema da vergonha (Gn. 3:21). A segunda
característica é o medo. “Ele respondeu: - Ouvi a sua voz no jardim, e,
porque estava nu, tive medo, e me escondi”. O pecado nos traz medo com
relação a Deus. Em alguns casos, pode trazer repulsa e até revolta. A Bíblia
nos diz que em relação ao pecado, a presença de Deus é como “fogo
consumidor” (Hb. 12:29). Apesar do medo ou de outros sentimentos que
nos impedem de aproximar do Senhor, Ele mesmo assim nos convida:
“Venham, pois, e vamos discutir a questão. Ainda que os pecados de vocês
sejam como o escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que
sejam vermelhos como o carmesim, eles se tornarão como a lã” (Isaías
1:18). A terceira é a transferência da responsabilidade. O pecador sempre
tena achar um responsável secundário para lançar a culpa da sua
transgressão (Gênesis 3:12). “Ah Senhor, isso foi culpa dele(a) que me
provocou. (…) Ah Senhor, esse celular com essa propagandas me levou a
pecar (…)” E por ai se estende as justificativas. No entanto, quando se trata
de pecado, não há justificativa. Se o pecado fosse justificado, então
haveria uma causa natural para a sua origem e prática, e portanto, Deus
deveria se o responsável.

III - A Solução para o Pecado: Deus não deixou a humanidade perecer em sua
própria ruína. Antes de pronunciar o seu juízo sobre a Terra, primeiro ela
anuncia uma maravilhosa promessa: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre
a sua descendência e o seu descente. Este lhe ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o
calcanhar.” (Gênesis 3:15). Aqui é anunciado como se dará a solução para o
problema do pecado. Um descendente viria da mulher para destruir as
artimanhas de Satanás. Essa profecia aponta especialmente para Jesus, que

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veio a este mundo a fim de libertar o ser humano da escravidão do pecado e
provar o caráter justo de Deus.

1. A morte na Cruz - Sobre o motivo de Jesus ter vindo a Terra, a Bíblia diz:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito
para que todo o que Nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo.
3:16). O principal motivo que levou Deus a enviar o seu Filho foi o amor pela
raça humana caída. Deus não espera que nós venhamos a se arrepender
para nos amar, ele nos ama do jeito que nós estamos, e essa é a causa que
faz Deus agir em prol do ser humano para a sua redenção. “Mas Deus
prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por
nós quando ainda éramos pecadores” (Romanos 5:8). E por isso, “onde
aumentou o pecado, a graça de Deus aumentou muito mais ainda”
(Romanos 5:20, NVI) Por meio de Jesus Cristo, nós podemos finalmente
ser reconciliados com o Pai (2 Coríntios 5:18-19). O pecado que causa um
abismo de separação entre nós de Deus, Jesus fez do seu sacrifício, uma
ponte para que pudéssemos ter novamente acesso ao Pai através do
perdão de nossos pecados. No entanto, o problema do pecado não se
limita apenas a atos, como vimos anteriormente, mas está ligado à natureza
do ser humano. Para a solução deste problema, Deus enviou o seu Santo
Espírito.

2. O Espírito Santo: é unicamente por meio do trabalho do Espírito Santo que


a nossa natureza pode ser moldada à semelhança da natureza perfeita sem
pecado.A Bíblia diz que quando estamos no Espírtio, nossa inclinação será
para fazermos as coisas do Espírito (veja Romanos 8:5). Somente ele pode
mudar os meus gostos, hábitos e desejos pelo mal. Tal mudança começa a
partir de quando aceito o sacrifício de Cristo, culminando na sua Segunda
Vinda. Alí, finalmente toda a natureza corrompida pelo pecado será
substituída por uma naureza perfeita, sem mancha. “Num momento, num
abrir e fechar de olho, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os
mortos ressucitarão incorruptíveis, e nós seremos transformado” (1
Coríntios 15:52. Esse evento é conhecido na teologia como glorificação.

Conclusão: Recapitulação. Como vencer o pecado? A Bíblia nos dá algumas


ferramentas que se colocadas em uso, nos darão a vitória. (1) Vigiar e Orar (Mt.
26:41). Quando cultivamos uma vida de oração e estrita vigilância, estaremos
seguros da tentação e consequentemente mais longe do pecado. Além disso,
(2) devemos confiar no Senhor de todo o coração (Pv. 3:5), pois somente
obedecendo a sua vontade e à sua Lei, estaremos livre do pecar. (3) Resistir ao

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diabo (Tiago 4:7), como Jesus resistiu, através da Palavra de Deus. Par isso,
precisamos submeter a nossa vida ao “Assim diz o Senhor” e, então, o inimigo
das almas não terá poder sobre nós. (4) fuja da tentação. Não dê brechas para
que ela chegue até você; corte laços co aquilo que será um incentivo para
você pecar (Mt. 5:29-30)

Fazer atividades do livro (p. 6-7)

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