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Escola Dominical da Igreja Evangélica do Seixal

Estudo das Doutrinas Bíblicas Fundamentais

Lição Nº14 – O ser humano como homem e mulher

1. Introdução
Continuamos a estudar as Doutrinas Bíblicas Fundamentais, agora, na parte 3, que consiste nas Doutrinas sobre o
Homem. Já estudámos a Doutrina da Criação e a Doutrina do Ser-Humano, como homem e mulher e, hoje,
estudaremos a Doutrina do Pecado, encerrando assim as Doutrinas sobre o Homem.

2. Doutrina do Pecado

PARTE 3: DOUTRINAS DO HOMEM


13ª Lição Doutrina do Pecado

1. O que é o pecado?
2. De onde veio o pecado?
3. No que consistiu o Pecado de Adão e Eva?
4. Como o pecado de Adão nos afeta?
5. As crianças são culpadas antes de cometerem pecados voluntários?
6. Há graus de pecado?
7. O que acontece quando um verdadeiro crente peca?
2.1. O que é o pecado?
- Pecado é qualquer falta de conformidade com a lei moral de Deus em atos, disposição ou estado (natureza). Ou seja,
não só o ato de roubar é pecado, como cobiçar o que é do outro é uma atitude pecaminosa. Mais, se tu és um descrente,
mesmo sem cometeres um pecado por ação ou atitude, tu ainda és um pecador pela tua natureza não estar em
conformidade com a lei moral de Deus – Ef.2:3; Gl.5.20;
- Ou seja, Pecado é transgredir a lei de Deus em atos, palavras ou pensamentos - 1Jo.3:4;
- O pecado como um estado é dessemelhança de Deus, como um princípio é oposição a Deus e como um ato é
transgressão da Lei de Deus
- As ações e as disposições pecaminosas do homem devem ser atribuídas a uma
natureza corrupta, que as explica.
- O Pecado é a contradição da excelência moral de Deus – é oposto a tudo o que é bom no caráter de Deus;

2.2. De onde veio o Pecado?


- Deus não é o autor do Pecado, ainda que seja o Deus soberano que preordenou todas as coisas –; Dt.32:4; Tg.1:13;
- O Pecado também não teve origem numa força (ou algo preexistente) oponente de Deus;
- A origem do Pecado também não venceu a onipotência de Deus, surpreendendo-O;
- Certos de que Deus não peca, não tenta e não tem prazer no pecado, podemos afirmar que, pelos mistérios
insondáveis da Sua Vontade, Deus permitiu que o pecado viesse à existência mediante a escolha voluntária das suas
criaturas;
- Recordemos, que mesmo antes do Pecado de Adão e Eva, o pecado já estava presente no mundo angelical com a
queda voluntária dos anjos e do seu chefe Satanás;
- Mas, no que diz respeito à raça humana, o pecado tem origem na história real e verídica de Adão e Eva, relatada em
primeiro lugar em Génesis e confirmada em muitos outros textos bíblicos;

2.3. No que consistiu o Pecado de Adão e Eva?


- Consistiu em desobedecerem à ordem de Deus de não comerem daquele fruto;
- Embora tenham sido tentados por Satanás, foram Adão e Eva que o cobiçaram e o comeram, sendo por isso
responsabilizados plenamente por Deus – Gen.3:6;
- Adão e Eva foram criados retos, sem pecado e disposição para pecar, porém falíveis – com possibilidade de alterar a
orientação santa de sua natureza;
- Não sabemos como desejos maus podem ter-se originados na sua natureza santa, mas sabemos que não foram
provocados por Deus, mas surgiram deles mesmos quando sugeridos por Satanás – 2Co.11:3;
- A queda de Adão e Eva não fugiu à soberania de Deus - Deus permitiu que eles caíssem em pecado.Rm11:32; 5:20-21;

2.4. Como o Pecado de Adão nos afeta?


- Todos somos considerados culpados por Deus pelo pecado de Adão (imputação da culpa); - Rm.5:12; 18,19; Rm.5:8;
- Herdamos uma natureza pecaminosa (já nascemos culpados), ou seja, incapazes de nos aproximarmos de Deus e de
fazer o que é bom e justo sem a ajuda divina (Depravação Total) – Sl.51:5; Ef.2:3;
- Através do pecado de Adão e Eva a morte (física, espiritual) entrou no mundo;
- O pecado afetou a natureza, o mundo criado (Deus amaldiçoou a terra, ela passou a produzir espinhos e ervas
daninhas e a sofrer de catástrofes climáticas e desordens no reino natural – seca, tempestades, enchentes, tsunamis,
terremotos etc.

2.5. As crianças são culpadas antes de cometerem pecados voluntários?


- Mesmo antes do nascimento as crianças já são culpadas diante de Deus e possuem a natureza pecaminosa que não
somente lhes dá a tendência para pecar, mas também faz com que Deus as veja como “pecadoras” à sua vista –
Sl.51:5; sl.58:3;
- Mas, então, o que podemos dizer das crianças que morrem antes de serem capazes de entender e de crer no
evangelho? Podem ser salvas?
- Se tais crianças são salvas, elas não podem ser salvas por méritos próprios, ou com base em sua justiça ou
inocência, mas sua salvação deve ser inteiramente baseada na obra redentora de Cristo e pela obra regeneradora do
Espírito Santo dentro delas – 1Tm.2:5; Jo.3:3;
- Contudo, é certamente possível para Deus produzir regeneração (isto é, vida espiritual nova) em uma criança
mesmo antes de ela nascer – Lc.1:15 (João Batista); SL.22:10 (David);
- Devemos, entretanto, afirmar muito claramente que esse não é o modo comum de Deus salvar pessoas. A salvação
regularmente ocorre quando alguém ouve e entende o evangelho e a seguir deposita sua confiança em Cristo. Mas
em casos incomuns, como o de João Batista, Deus trouxe salvação antes desse entendimento. E isso nos leva a
concluir que certamente é possível que Deus também faça isso quando sabe que a criança vai morrer antes de ouvir
o evangelho;
- A salvação é sempre obra da misericórdia de Deus, não por causa de nossos méritos (v. Rm 9.14-18). A Escritura
não nos permite dizer nada além disso.

2.6. Há graus de pecado?

- Resposta a essa pergunta pode ser tanto sim como não, dependendo do sentido em que a pergunta foi formulada;
- Em termos de nossa posição legal diante de Deus. qualquer pecado, mesmo o que possa parecer bem pequeno,
torna-nos legalmente culpados perante Deus e, portanto, dignos de punição eterna – Rm.5:16; Gl.3:10; Tg.2:10,11;
- Por outro lado, alguns pecados são piores do que outros no sentido que causam consequências mais danosas na
nossa vida e na vida de outras pessoas e no nosso relacionamento com Deus – Jo.19:11; Mt.5:19; Mt.23:23;
- Em geral, podemos dizer que alguns pecados têm consequências mais danosas que outros se trazem mais desonra
a Deus ou se causam mais danos a nós mesmos, a outros ou à igreja;
- Um pecado não-intencional é ainda pecado – Lv.5:17;
- Já os pecados cometidos arrogantemente, desprezando os mandamentos de Deus, são considerados muito mais
seriamente - Nm 15.30;
- Nossa conclusão, então, é que, em termos de resultados e em termos do grau do desprazer de Deus, alguns
pecados são certamente piores que outros – Tg.3:1; cf. Lc.12:48;
- Quando o cristão peca a sua posição legal diante de Deus permanece inalterada. Ele é ainda perdoado, pois “já não
há condenação para os que estão em Cristo Jesus” – Rm.8:1;
- Cristo morreu “pelos nossos pecados” — passados, presentes e futuros, sem distinção. Em termos teológicos, ainda
mantemos nossa “justificação” - 1Co 15.3;
- O fato de que temos pecado que permanece em nossa vida não significa que perdemos a condição de filhos de
Deus. Em termos teológicos, ainda mantemos nossa “adoção” – 1Jo.1:8; 1Jo.3:2;
- Quando pecamos, embora Deus não cesse de nos amar, Ele fica desgostoso connosco - Ef.4:30;
- Quando pecamos, não é somente nossa relação com Deus que fica prejudicada. Nossa vida cristã e a nossa
capacidade de dar frutos também ficam danificadas - Jo.15:4; Rm.6:16;

2.7. Por que Deus pune o Pecado?


- Deus é Santo e a justiça de Deus o exige, de forma que possa ser glorificado no universo que criou – Jr.9:24;
Rm.3:25;
- A punição do pecado sirva como repressão contra futuros pecados e como advertência;
- Portanto, quando Deus enviou Cristo para morrer e pagar a penalidade por nossos pecados, ele mostrou como
poderia ser ainda justo —fez a devida provisão para a punição dos pecados anteriormente cometidos (dos santos do
AT) e então, em perfeita manifestação de justiça, transferiu a penalidade a Jesus Cristo na cruz;
- Se ele não punisse o pecado, não seria o Deus justo, e não haveria justiça definitiva no universo. Mas, quando o
pecado é punido, Deus está mostrando ser o justo juiz sobre todas as coisas, e a justiça está sendo feita em seu
universo;

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