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TESOURO

Fernando H. Gomes
ADVEC Soldado Paiva, RJ
Lição 02 – 1° Trimestre 2024 – A Gravidade do Pecado de uma Nação?

TEXTO BÍBLICO BÁSICO: Isaías 1.2-7,16,21

TEXTO ÁUREO

“²E voltarei contra ti a minha mão, e purificarei inteiramente as tuas escórias; e tirar-te-ei
toda a impureza.” (Isaías 1:25)

1. O QUE É O PECADO?

Pecado é tudo aquilo que transgride a Lei de Deus sendo contrário ao Seu caráter. Desse
modo, o homem peca tanto ao não fazer o que agrada a Deus quanto ao fazer aquilo que o
desagrada. A doutrina acerca do pecado é bastante exaustiva na Bíblia, tanto no Antigo
quando no Novo Testamento. A seguir, veremos o que as Escrituras dizem sobre o que é o
pecado, qual o seu significado e tudo que o envolve.

A Bíblia nos descreve como corrompidos da imagem que Deus nos criou. Como isso
aconteceu? O livro de Gênesis registra. Pouco depois de serem feitos à imagem de Deus,
Adão e Eva, foram tentados por uma serpente maligna. A serpente sempre foi entendida
como Satanás, um inimigo do Senhor. Na Bíblia, Satanás geralmente fala por meio de
alguém. Neste caso, ele falou através de uma serpente.

Deus, o Criador de todos, estabeleceu as regras pelas quais os seres humanos devem viver
para serem felizes, realizados e agradáveis a Deus. O pecado é rebelião contra Deus e Suas
regras.

“Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei,
não tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei escrita em seus
corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer
acusando-os, quer defendendo-os;” (Romanos 2:14,15)

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O texto em destaque ressalta o fato de que mesmo aqueles que não conhecem a Deus ou
qualquer uma de Suas palavras são capazes, por natureza, de fazer o que é certo, por causa
de sua consciência, que Deus nos dá, mostrando o que é certo e o que está errado.
Infelizmente para muitas pessoas, eles ignoraram suas consciências e buscaram seu próprio
prazer por tanto tempo que têm dificuldade em discernir o que é certo e errado.

Quando nos tornamos cristãos, pode ser difícil, a princípio, discernir o que é certo e o que é
errado. Se se tem alguma dúvida se algo é pecado ou não, não o faça, especialmente se
isso resultar em que alguém tenha menos fé por causa de suas ações. Não se pode e não
se deve brincar de tentar se aproximar o máximo possível do pecado sem realmente pecar;
devemos tentar estar o mais próximo possível de Deus e assim estaremos longe do pecado!

A ferramenta mais importante que Deus nos deu para saber se algo é pecado ou não é a
Bíblia.
“Se me amais, guardai os meus mandamentos.” (João 14:15)

Na Bíblia, podemos ler quais são os mandamentos de Jesus. O resumo mais simples é: ame
a Deus e ame seu próximo. Ao fazer isso, o cristão obedecerá a Deus e não será cativo do
pecado.

1.1. O que significa pecado na Bíblia?

Na Bíblia existem vários termos que são empregados para se referir ao pecado e que
possuem diferentes significados. Antes, também é importante entender que tais termos
algumas vezes são utilizados para se referir ao mal no seu sentido mais amplo e genérico, e
não necessariamente ao pecado, como por exemplo, ao mal físico (doenças etc.), mesmo
que esse mal genérico seja, em última análise, resultado, consequência ou punição pelo
pecado.

Em outras palavras, é correto afirmar que o pecado é o mal numa categoria específica, que
de forma bastante resumida pode ser definido como sendo o “mal moral”. Dentre os termos
mais utilizados para se referir ao mal que implica no conceito de pecado, podemos destacar:

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• Palavras hebraicas: 1) Chatta’th, significa algo como “desviar do caminho”, “errar o
alvo”, no sentido de um erro ou desvio deliberado; 2) ‘Avel e ‘Avon, designa um tipo
de “falta de integridade”, “desonestidade”, “iniquidade” ao afastar-se intencionalmente
do caminho da justiça; 3) Pesha’, transmite a ideia de revolta e rebelião contra uma
autoridade legitima, algo como uma “quebra da aliança”; 4) Rasha’, significa
“maldade”, implicando sempre no sentido de “culpa moral” ao fugir impiamente das
regras estabelecidas; 5) Asham, “culpa”; 6) Ta’a, “andar errado”; etc.

• Palavras gregas: 1) Harmatia, essa é a palavra mais abrangente para pecado no Novo
Testamento e na Septuaginta, e significa um desvio do caminho da justiça; 2) Adikia,
“injustiça”; 3) Anomos, usada para se referir aquele que transgride a Lei; 4)
Paraptoma, algo como “uma ofensa ou transgressão deliberada”; 5) Poneros,
geralmente refere-se a “iniquidade moral”; etc.

Todos esses termos, quando aplicados à ideia de “mal moral”, geralmente são traduzidos
por palavras que revelam o pecado em seus mais diversos aspectos, como: pecado, culpa,
maldade, depravação, perversidade, iniquidade, injustiça, desobediência, rebelião,
impiedade, prostituição, imoralidade e outras.

1.2. O que a Bíblia diz sobre o pecado?

A Bíblia diz que o pecado é uma grave e deliberada revolva contra o próprio Deus, que
naturalmente resulta na transgressão de sua Lei. Ao mesmo tempo em que as Escrituras
revelam explicitamente essa verdade, elas também expõem de forma clara qual é o padrão
correto contra o qual os homens deliberadamente transgridem, bem como não deixa
qualquer dúvida com relação à responsabilidade do próprio homem nessa transgressão.

A Bíblia também diz que o pecado entrou na humanidade na Queda do homem, quando
Adão e Eva livremente resolveram pecar contra o Senhor (Gênesis 3). A partir dali o pecado
contaminou a natureza humana de tal forma que fez com que o homem se encontrasse num
pleno estado de depravação, incapaz de se livrar do pecado e fazer o bem em relação a
Deus.

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Em outras palavras, após o pecado ter entrado no mundo, por sua própria natureza, todas
as faculdades do homem, incluindo suas decisões, desejos e vontades, estão inclinadas ao
mal (Romanos 3:10-12). Assim, não há um ser humano se quer que não possua uma
natureza decaída, pois todos já nascem nesse estado de pecado.

Esse estado, condição e qualidade de pecador é chamado de “pecado original”, pois ele não
ocorre por imitação ou influência externa, mas é derivado da raiz da raça humana, ou seja,
o pecado de Adão foi o pecado de toda a humanidade, e assim todos os homens já nascem
com uma natureza deprava e corrupta (Romanos 5:12).

Esse pecado original também é a raiz de todos os pecados cometidos pelos homens durante
suas vidas, que geralmente são chamados de “pecados factuais”. Tais pecados possuem
sua fonte no pecado original, e são todos aqueles que os homens comentem no decorrer de
suas vidas.

2. OS EFEITOS DO PECADO

Quando pecamos, o Espírito Santo nos deixa desconfortáveis com o que fizemos
(convicção); como resultado, devemos nos apressar a confessar e pedir perdão a Deus. Se
mais alguém estiver envolvido, podemos precisar confessá-lo e pedir perdão também, ou,
como no caso de roubar ou quebrar algo pertencente a alguém, talvez seja necessário
substituí-lo. O Espírito Santo constantemente nos guia para que possamos ser purificados
do pecado. Se nos recusarmos a ouvir Sua inspiração, gradualmente Ele ficará em silêncio,
e deixaremos de crescer e ser fortes porque ignoramos Deus falando conosco.

Às vezes, as pessoas podem se sentir culpadas por algo, e não têm certeza do que fizeram.
Quando isso acontece, devemos orar e pedir a Deus que nos mostre nosso pecado para que
possamos lidar com ele. Se nada vier à tona, é possível que o diabo esteja lhe dando uma
falsa sensação de culpa que também pode nos levar a não crescer em nossas vidas
espirituais.

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos
purificar de toda a injustiça.” (1º João 1:9)

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O texto acima nos diz que se confessarmos nosso pecado, Deus nos perdoará e nos
purificará; assim, se continuarmos nos sentindo culpados por algo, mas Deus não nos
mostrar nada, ou você se lembrará de algo que fez no passado, e confessou, mas ainda não
se sente feliz, lembre-se deste versículo. Uma vez que confessamos o pecado, Deus perdoa
e purifica, e é esquecido.

A Bíblia afirma que a grande consequência e castigo do pecado é a morte. Com relação ao
conceito de “morte” nesse sentido, deve-se entender que ela significa não apenas a morte
física, mas a morte espiritual e a morte eterna. A morte física, e não apenas ela, mas também
os sofrimentos da vida, são resultantes do pecado que entrou no mundo. Tais sofrimentos e
aflições são comuns na vida do homem tanto no aspecto físico quanto mental e emocional.

No decorrer da vida humana, o homem experimenta as mais variadas consequências pelos


seus atos pecaminosos. Ele é punido tanto nas consequências naturais de seu pecado
(Provérbios 5:22) como também sofre a penalidade imposta por um ato direto do próprio
Deus (1 Crônicas 10:13; Salmos 11:6).

No final da vida do homem ocorre também a separação do corpo e da alma, ou seja, a morte
física propriamente dita, e a Bíblia afirma claramente que esse fim é tanto consequência
como penalidade pelo pecado (Gênesis 3:19; Romanos 5:12-21; 1º Coríntios 15:12-23).

Já a morte espiritual basicamente significa a separação de Deus (Ezequiel 18:4-20; Romanos


5:12; 6:16-23; Tiago 1:15), pois o Deus santo e justo não pode ter comunhão com o homem
impuro, injusto e totalmente depravado.

Se o homem, por natureza morto em pecados e delitos, não for vivificado pela ação soberana
de Deus (Efésios 2:1-11), sua morte espiritual o conduzirá à morte eterna, que implica na
triste realidade de que o ímpio sofrerá, por toda a eternidade, o castigo da santa ira de Deus,
isto é, o pecador impenitente será atormentado pelos séculos dos séculos (Apocalipse
14:11).

CONCLUSÃO

“E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.”

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(João 16:8)

O homem, por si mesmo, não possui qualquer capacidade de se libertar do pecado. Porém,
através da obra redentora de Cristo, Deus providenciou a salvação do homem do pecado.
Essa salvação, no entanto, basicamente ocorre em três estágios.

Primeiramente o homem é liberto da culpa do pecado, recebendo o perdão de Deus através


da justificação, um ato pontual do próprio Deus. Depois, o redimido é liberto do poder do
pecado, num processo que dura toda sua vida, o qual a Bíblia chama de santificação. Por
fim, o homem é liberto definitivamente da presença do pecado, e isso ocorrerá na
glorificação, isto é, na ressurreição por ocasião da volta de Cristo. Assim, o redimido receberá
um corpo glorioso não mais sujeito ao pecado (1 Coríntios 15:54).

Portanto, enquanto está vivendo neste mundo, mesmo justificado, o redimido ainda está
sujeito ao pecado (1º João 1:8-10), porém o Espírito Santo, o Auxiliador enviado pelo Pai e
pelo Filho, capacita aquele que foi feito nova criatura em Cristo a não deixar que o pecado,
por meio de sua velha natureza, domine sua vida (Romanos 6:1-13; 8:1-4).

Assim, estes não andam mais segundo a carne e suas obras perversas, mas andam segundo
o Espírito, num modo de vida completamente oposto ao pecado, que demonstra o caráter de
Cristo através do fruto do Espírito Santo em suas vidas.

BIBLIOGRAFIA

• https://www.palavrabiblica.net/como-posso-saber-se-algo-e-
pecado/?gad_source=1&gclid=CjwKCAiAyp-
sBhBSEiwAWWzTntm2wLJzRrRlXcO1um13XNjYpF6wEjtYYK0fMWxzYgj6vWN8Rr
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• https://avida.living-water.me/2016/01/03/corrupted-part-2-and-missing-the-
target/?gclid=CjwKCAiAyp-sBhBSEiwAWWzTnl9v0bgxNYN691-
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• https://estiloadoracao.com/o-que-e-pecado/

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