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MARIOLOGIA

A. TEOLOGIA

Por Pe. João Pilotti


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1º - PERSPECTIVAS IMPORTANTES

 O destino da vida de Maria acha-se marcado para sempre pela maternidade


para com Jesus Cristo. Este fato fundamental assegurou-lhe sua permanente
importância para e na Igreja...
 Tal importância se desdobra em duas direções:
1. Da Teologia e Magistério: as implicações de Maria com o Filho e a
Igreja;
2. Da Espiritualidade: meditação da figura de Maria derivada desta relação
e a derivada devoção mariana, bastante matizada;
 Uma interpretação adequada do significado de MÃE DO SENHOR só pode trazer
uma teologia equilibrada e uma sóbria espiritualidade com interpretação objetiva
das fontes.
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2º - DOCUMENTOS BÍBLICOS

 O NT dificilmente tem interesse histórico, mas sim claramente


teológico por Maria.

 1. Relação: 1ª menção cronológica em Gal 4,4 sobre a justificação,


em contexto de afirmar a humanidade de Jesus e a liga a ele no
desígnio da salvação. E em At 1,14 a vemos na cena de Pentecostes
como importante membro da comunidade das origens, portanto, em
relação com a Igreja.
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2º - DOCUMENTOS BÍBLICOS

 2. Sinóticos: Marcos – 3,31-35 sua mãe é incluída entre os parentes


que o procuram e não entendem sua missão...; Mateus destaca Maria
nas narrativas da infância e da árvore genealógica...; Lucas é por
excelência mariano: Mãe do Senhor como personalidade viva – Mãe
do Messias...;
 3. João: 2,1-11 no 1º milagre do Messias; 19,25-27 aos pés da cruz
como discípula plenamente realizada.
 4. Outros textos do NT: Ap 12-118 a “mulher” refere-se a Israel e
à Igreja e não diretamente a Maria...;
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3º - HISTÓRIA DOS DOGMAS
 1. Antes de Éfeso (até 431 d.C.):

 Docetismo: negação da humanidade de Jesus. Para combate-lo, entre outros,


usa-se da maternidade de Maria para atestar a humanidade de Jesus;

 Mãe do Senhor: o monarquismo contribuiu muito pela sua difusão;

 A Maternidade divina virginal: Eva-Maria (Antitipismo); Maria-Igreja


(Paralelismo);

 Em Maria há ausência de pecado: afirmação de que em Maria há a


perfeita santidade, ou seja, a ausência total de pecado;
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3º - HISTÓRIA DOS DOGMAS

 2. Concílios antigos:
 Éfeso em 431: Maria é proclamada MÃE DE DEUS –
“THEOTÓKOS”.

 Sínodo de Latrão em 629: ilumina e afirma o conteúdo da


virgindade de Maria ao gerar Jesus Cristo e por toda a vida.

 A partir do século V se criam as festas de Maria, a estatuária e a


poesia se desenvolvem amplamente.
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3º - HISTÓRIA DOS DOGMAS
 3. Maria na Idade Média:
 Por volta do 1100 a 1300: aprofunda-se muito a IMACULADA
CONCEIÇÃO (ao nascer) e a sua ASSUNÇÃO (ao morrer)- a
biografia de Maria;
 Séc. XII Bernardo de Claraval: Maria torna-se sujeito de
inclinação piedosa em medida mais acentuada. Passa ser vista
como “Madonna” (Senhora);
 A Reforma: com Lutero entram em choque frontal sobre a
devoção a Maria da Idade Média, acusando a Igreja Católica
Romana de “mariolatria”. Somente após o Vaticano II se
superará este impasse...;
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3º - HISTÓRIA DOS DOGMAS

 4. Do século XVIII ao século XX:

 1854, Pio IX, Proclama o dogma da Imaculada Conceição de


Maria;
 1950, Pio XII, Proclama o dogma da Assunção de Maria ao Céu
em corpo e alma;
 Formulação da Mariologia como disciplina da Teologia,
amplamente estruturada e fundamentada, tanto bíblica, quanto
doutrinal e cientificamente;
 Expoentes: L. Grignon de Montfort; Afonso M. de Ligório...;
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3º - HISTÓRIA DOS DOGMAS

 5. O Concílio Vaticano II - século XX:


 Uma virada decisiva para uma consideração orientada para as FONTES
representou a decisão do Vat. II de INTEGRAR A TEMÁTICA MARIANO-
MARIOLÓGICA NA ECLESIOLOGIA (LG 52-69) e frisar a Mãe de Jesus
como exemplar discípula de Cristo e imagem original de Cristo a partir da
graça baseada na fé...;

 A consideração subjetiva de Maria não é impedida, mas inserida nos


contexto de Igreja e liturgia...;

 Paulo VI - linhas mestras: Maria “Mãe da Igreja”; “espelho das esperanças


dos homens de nosso tempo”;
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3º - HISTÓRIA DOS DOGMAS
 6. A Mariologia depois do Concílio Vaticano II:

 Visão universal e eclesiológica: o alcance salvífico da fé da


Mãe de Cristo e seu significado para o sentido de nossa
existência;

 Expoentes: Maria, símbolo real da Igreja (Von Balthazar);


Maria, forma real assumida pela aliança (Ratzinger); Maria,
modelo da “nova mulher” (Teologia Feminista); Maria, imagem
original do cristão libertado (Teologia da Libertação); Maria,
concretização da transcendência humana (A. Müller);
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4º - REFLEXÃO/PARTILHA...
 O que se entende por maternidade divina em Maria?
 .............................................
 O que se entende por virgindade perpétua de Maria?
 .............................................
 O que é a santidade perfeita em Maria?
 .............................................
 O que afirma o Dogma da imaculada conceição de Maria?
 .............................................
 O que afirma o Dogma da assunção de Maria ao céu?
 .............................................
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4º - REFLEXÃO/PARTILHA...
 O que se entende por maternidade divina em Maria?
 Razão legitimadora de toda doutrina e veneração de Maria. Assegura a consubstancialidade de Jesus com
Deus e com os homens;

 O que se entende por virgindade perpétua de Maria?


 Símbolo da atitude de fidelidade, onde Deus doa, e Maria responde com radicalidade de atitude espiritual
(virgindade);

 O que é a santidade perfeita em Maria?


 Preservação total para Deus e a ele se doa inteiramente como mãe, unida por inteiro a Deus e portanto santa
sem falhas;

 O que afirma o Dogma da imaculada conceição de Maria?


 Maria é agraciada (salva) por Deus desde a sua concepção: Deus cria para si o sinal de sua graça que volta
para o mundo;

 O que afirma o Dogma da assunção de Maria ao céu?


 A glorificação de Maria em Deus e junto de Deus. À fé total de Maria é doada por Deus a salvação total
(cumprimento), o que para nós é na esperança;

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