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MARIOLOGIA
Prof. Claudio Eduardo França
lavouraletras@uol.com.br
EMENTA
OBJETIVO GERAL
“(LG 67) ... Além disso, exortam com todo empenho os teólogos e pregadores da
palavra divina a que, ao considerarem a singular dignidade da Mãe de Deus, se
abstenham com cuidado, tanto de qualquer falso exagero como também duma
demasiada pequenez de espírito. Com o estudo da Sagradas Escrituras, dos Santos
Padres, dos Doutores e das Liturgias da Igreja, esclareçam com precisão, sob a
orientação do Magistério, as funções e os privilégios da Santíssima Virgem, que
sempre se referem a Cristo, origem de toda a verdadeira santidade e devoção.
Evitem diligentemente tudo o que, por palavras ou por obras, possa induzir em erro os
irmãos separados ou quaisquer outras pessoas, quanto à verdadeira doutrina da Igreja.
Por sua vez, recordem-se os fiéis de que a devoção autêntica não consiste em
sentimentalismo estéril e passageiro, ou em vã credulidade, mas procede da fé
verdadeira que nos leva a reconhecer a excelência da Mãe de Deus e nos incita a
um amor filial para com a nossa Mãe, e à imitação das suas virtudes.”
CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II. CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA LUMEN GENTIUM (Sobre a Igreja)
Cap. VIII – A Bem Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, no mistério de Cristo e da Igreja.
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PROGRAMAÇÃO
1) Introdução
1.a) Uma breve visão da situação da mulher na Palestina do século I
1.b) A prefiguração da Virgem no A.T.
1.c) Maria nos Evangelhos e na Comunidade Cristã primitiva
1.d) Princípios metodológicos de Mariologia
BIBLIOGRAFIA
BOFF, Lina. Mariologia, interpelações para a vida e para a fé. Petrópolis,RJ: Vozes,2004
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GROPELLI, Vitor. Maria, a Igreja e o povo. Breve curso de Mariologia para leigos. São
Paulo: Editora Ave Maria,2009.
MURAD, Afonso. Maria, toda de Deus e tão humana. São Paulo: Paulinas,
Valencia/ESP: Siquém,2004 (Coleção livros básicos de teologia 8:2)
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MARIOLOGIA
INTRODUÇÃO
“A Caridade de Maria desafia a ação da Igreja. Ela é o modelo de vida cristã para aqueles
que assumem com seriedade seu batismo na Igreja.”
.
“...assim Maria é como uma „Suma Teológica mínima‟. É possível crer em Deus sem crer em
Cristo; é possível crer em Jesus sem crer na Igreja; mas não é possível crer em Maria sem ao
mesmo tempo crer, pelo menos virtualmente, em Deus, em Cristo e na Igreja” (Pe.Virgílio
Rotondi,SJ. La Madonna e l‟operaio. Academia Mariologica Internazionale)
.
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Deus podia;
Convinha que fizesse;
Logo fez.
Por exemplo: Deus, que é Todo-Poderoso, podia criar uma filha que não fosse
manchada pelo pecado original. Ora, convinha que Ele fizesse isso, em vista da obra
redentora de Cristo. Então, Deus concedeu a Maria o privilégio da Imaculada
Conceição.
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LUMEN GENTIUM
Constituição Dogmática do Conc. Ecumênico Vaticano II sobre a Igreja
“Remida de modo mais sublime em atenção aos méritos de Seu Filho, e unida por Ele
por vínculo estreito e indissolúvel, foi enriquecida com a sublime prerrogativa e
dignidade de ser Mãe do Filho de Deus e, portanto, filha predileta do Pai e sacrário do
Espírito Santo; com este dom de graça sem igual, ultrapassa de longe todas as outras
criaturas celestes e terrestres. Ao mesmo tempo, encontra-se unida na estirpe de Adão
com todos os homens que devem ser salvos; mais ainda, é „verdadeiramente mãe dos
membros de Cristo (...) porque com o seu amor colaborou para que na Igreja nascessem
os fiéis, que são membros daquela cabeça‟. Por esta razão é também saudada como
membro supereminente e absolutamente singular da Igreja, e também como seu
protótipo e modelo acabado, na fé e na caridade; e a Igreja Católica, guiada pelo
Espírito Santo, honra-a como a Mãe amantíssima, dedicando-lhe afeto de piedade
filial”.
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CATEQUESE RENOVADA
CNBB / 15.04.1993
“Maria é o modelo de vida cristã, pois toda a sua existência é uma plena comunhão com
o Filho, uma entrega total a Deus em todos os seus caminhos, numa única união que
culmina na Glória. Acreditou com uma fé que foi dom, abertura, resposta, fidelidade. O
„Magnificat‟ espelha sua alma vazia de si mesma e plena confiança no Pai. É o poema
da espiritualidade dos pobres de Javé e do profetismo da Antiga Aliança; modelo
daqueles que não aceitam passivamente as circunstâncias adversas da vida pessoal e
social, e não são vítimas da alienação, mas antes proclamam com ela que Deus exalta os
humildes e depõe dos tronos os soberbos”.
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LUGARES MARIOLÓGICOS
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MARIA NO NOVO TESTAMENTO
Cremos que os evangelhos falam o suficiente de Maria. Eles não pretendem dar todas as
informações e satisfazer nossa curiosidade sobre Maria de Nazaré, mas nos revelam a
chave para entender e acolher o segredo de sua pessoa.
Cada citação sobre Maria, na Bíblia, necessita ser compreendida no contexto do livro
onde está situada. Os textos do NT sobre Maria foram escritos com os olhos centrados
em Jesus e na comunidade dos seus seguidores. Uma mariologia bíblica coerente deve
seguir essa perspectiva cristocêntrica e eclesial.
No primeiro evangelho escrito, Maria aparece como imersa no meio do seu clã. Tem
apenas um nome, não um perfil definido. É ainda uma figura „sem relevo‟,
insignificante. Não tem personalidade, mas é mera função. Quando parece emergir, é
restituída à irrelevância: „Quem é minha mãe?‟ (Mc 3,33). „Não é ele o filho de Maria?‟
(Mc 6,3)
Marcos tem apenas uma „mariologia a estaca zero‟, uma „mariologia a-mariológica‟.
Para ele, “Maria é como uma mulher qualquer”. É na verdade, a mariologia dos „crentes
e dos agnósticos‟. Paulo (Gl 4,4) tem uma visão (a-mariológica) parecida.
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2 – MATEUS (+/- 70):
Dá-se um passo a mais, em relação a Marcos, ao apresentar Maria como a mãe virginal
do Messias. Nos relatos da infância, ele mostra Maria como a mãe associada ao destino
do Filho. Provavelmente em virtude dessa visão positiva sobre Maria e da participação
importante de Tiago (“o irmão do Senhor”) nas comunidades cristãs de origem judaica,
Mateus reduz o conflito de Jesus com sua família.
Maria simboliza o ser humano em construção, aberto a Deus, tocado pelo Espírito
Santo, cultivando um coração solidário. Esses traços de Maria inspiram atitudes de
vida de cada cristão e da Igreja. Sentimo-nos chamados a ser discípulos fiéis de
Jesus.
Se Maria é um “ser para o outro” – Cristo -, só o é a partir de seu “ser para si”, em força
de sua liberdade. Se é toda de Cristo, não o é por natureza ou destino, mas por decisão
pessoal. É, portanto, uma figura „destacada‟, bem personalizada, bem individualizada. É
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No corpo joaneu, Maria é mais que mera personagem (missão) e até mais que uma
personalidade (pessoa): é „personalidade corporativa‟. Seu significado supera sua pessoa
individual. Ela possui uma imensa radiância ou ressonância simbólica: ela representa a
Comunidade eclesial, a Humanidade salva, o Cosmo redimido.
João tem uma „alta mariologia‟, uma „mariologia simbólica‟. A Maria de João
transcende infinitamente Maria de Nazaré.
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(Pressuposto)
1) EMINÊNCIA
a) “A Cheia de Graça” (kecharítoomenne);
b) “A bendita entre todas as mulheres”;
c) “A Mãe do meu Senhor”;
d) “Aquela que acreditou”;
e) “Aquela que „todas as gerações proclamarão bem-aventurada‟.‟;
f) “A mulher na qual o Onipotente fez „grandes coisas‟.”;
g) “A Mulher”; A nova Eva.
2) SINGULARIDADE
a) Só Maria é a „Mãe do Senhor‟;
b) Só ela foi „Mãe virginal‟;
c) Só ela foi concebida imaculada;
d) Enfim, só ela foi assumida ao céu em corpo e alma.
3) CONVENIÊNCIA
a) Convinha que a Mãe de Deus fosse virgem para ser „sinal‟ da divindade
do Filho;
b) Convinha que fosse imaculada “para gerar o Cordeiro sem mancha”;
c) Como não pecou, não pagasse „o salário do pecado – a morte‟
(Assunção).
1) Criatura;
2) Peregrina da Fé;
3) Redimida;
4) Serva do Senhor;
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5) Membro da Igreja.
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03 CONCEITOS IMPORTANTES
elemento de composição
pospositivo, do gr. latreía,as 'serviço, serviço a um deus, culto,
adoração' (em que está implícito o suf. -ia formador de subst.
abstratos) em compostos cultos de vária época a partir do sXVI
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DOGMAS MARIANOS
Sobre DOGMAS
Os grandes dogmas da Igreja surgiram nos primeiros séculos por meio de concílios,
para resolver questões de fé, que não podiam ser resolvidas somente pela Sagrada
Escritura. Estava em jogo o núcleo da identidade cristã: quem é o nosso Deus, quem é
Jesus, como se articulam a divindade e a humanidade em sua pessoa, como Cristo nos
revela Deus. O conflito de interpretações da experiência cristã chegou a tal ponto que se
tornou necessário matizar afirmações, estabelecer limites para certas posições e
discernir qual leitura era mais fiel à revelação cristã. Os grandes concílios ecumênicos
de Nicéia, Éfeso, Constantinopla e Calcedônia resolveram grandes conflitos,
especialmente na área da Cristologia. Eles encerravam a discussão com um Credo que
sintetizava os pontos consensuais da comunidade cristã. Refutavam também as
afirmações que, após discussão, eram reconhecidas como deficientes, incoerentes ou
contrárias à experiência cristã. Daí os anátemas e a qualificação de heresia
(literalmente: separado) para as posições não aceitas.
“Mas Jesus nos deixou o Espírito, que nos conduz à verdade plena. O Espírito recorda o
que Jesus nos disse e nos ajuda a compreender muito mais (Jo 16,12-13). Portanto, a
interpretação da revelação continua aberta.” (MURAD,2004)
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“Não afirmamos que o Verbo se tenha transformado em sua natureza para tornar-se
carne. Nem tampouco para transformar-se em um homem completo formado de alma e
corpo; mas sim que o Verbo, unindo-se a uma carne animada por uma alma racional
em uma ordem pessoal, fez-se homem de um modo inexplicável e incompreensível, e
assim assumiu o título de Filho do Homem, não apenas pela vontade ou decisão, mas
tampouco simplesmente assumindo uma pessoa. Mas, apesar de as naturezas serem
diversas, formam uma verdadeira união, de maneira que de ambas resulta um ser,
Cristo e Filho. Isto não quer dizer que desapareça a diferença de naturezas pela união,
mas que, para nós, constitui um único Senhor e Cristo e Filho, tanto divino como
humano, por uma concorrência na unidade, para nós, misteriosa e inefável. (...) Porque
não nasceu primeiramente um homem comum, da Santa carne conforme a concepção
carnal, de maneira que tornou Virgem, de modo que depois descesse sobre ele o Verbo,
mas que já desde o seio materno afirmamos que se uniu com a própria a geração na
carne (...) E assim, não duvidaram (os Padres) em chamar a Santa Virgem Mãe de
Deus (Theotókos)”
Fundamentação Bíblica:
Gl 4,4
Lc 1,35.39-44.56
Mc 6,3
Mt 1,18-25
Jo 2,1; 6,42; 19,25
“Maria não é „Mãe de Deus em sentido estrito, porque uma criatura não pode ser mãe
do Criador. De maneira precisa, dizemos que ela é “Mãe do Filho de Deus encarnado”.
Compreendemos a maternidade divina de Maria no horizonte da teologia trinitária.
Maria é a filha querida de Deus Pai, simbolizando a participação de cada ser humano na
filiação divina a partir de Jesus Cristo. Em relação ao Seu Filho Jesus Cristo, Maria é
mãe, educadora e discípula. E, por fim, Maria é „contemplada‟ pelo Espírito. Assim ela
se torna templo espiritual e corporal do Espírito Santo.” (MURAD,2004)
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“...nos últimos dias o Verbo se fez carne e habitou entre nós. E de tal maneira se
uniram sem confusão ambas as naturezas no seio da santa Virgem Maria, Mãe de
Deus, que, da mesma forma que desde antes dos tempos era Filho de Deus, fez-se filho
do homem e nasceu no tempo segundo o modo de ser humano, abrindo a vulva da mãe
ao nascer, e não dissolvendo a virgindade da mãe, pelo poder da divindade”
“Se alguém não confessa segundo os Santos Padres que a Santa e sempre Virgem e
Imaculada Maria é, no sentido próprio e segundo a verdade, Mãe de Deus, enquanto
própria e verdadeiramente, no final dos séculos, concebeu do Espírito Santo sem sêmen
e deu à luz sem corrupção, permanecendo mesmo depois do parto sua indissolúvel
virgindade, o próprio Deus Verbo nascido do Pai antes de todos os séculos, seja
condenado.”
“Dessas três pessoas, cremos que só a do Filho assumiu um verdadeiro homem sem
pecado, da santa e imaculada Virgem, para a libertação do gênero humano, e nisso se
mostra uma nova ordem e uma nova natividade; nova ordem porque a divindade
invisível mostra-se visível na carne; e nasceu com um novo tipo de natividade, porque a
virgindade imaculada não conheceu o coito com homem, mas ofereceu a matéria de sua
carne fecundada pelo Espírito Santo. O parto da virgem não pode ser explicado pela
razão, nem mostrar-se igual a qualquer outro caso...”
Fundamentação Bíblica:
Mt 1,16-25
Lc 1,16-38
Lc 3,24
E nos diz que, se um tal objetivo da vida é capaz de encher a existência terrena de uma
Pessoa da Trindade feita homem, também é capaz de saturar plenamente a pobreza de
uma existência apenas humana, como a de Maria. Por isso, dá sentido a toda a vida
consagrada.” (GONZÁLEZ & CELAM,1988)
“... a doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria foi preservada imune de
toda mancha da culpa original no primeiro instante de sua concepção, por singular
graça e privilégio de Deus Onipotente, em atenção aos méritos de Cristo Jesus
Salvador do gênero humano, está revelada por Deus e deve ser, portanto, firme e
constantemente crida por todos os fiéis...”
Fundamentação Bíblica
Lc 1,28.31
Ez 37,23.37
Gn 3,15
“Para Glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar
benevolência, para honra de Seu Filho, Rei Imortal dos séculos e vencedor do pecado e
da morte, para acreditar a glória dessa mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de
toda a Igreja (...) pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma de revelação
divina que a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, cumprindo o curso de sua
vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória celestial.”
Fundamentação Bíblica:
Gn 3,15
Ex 20,12
Is 60,3
Sl 132,8
Ct 3,6
Lc 1,28
“O „objeto‟ definido é literalmente que „Maria, cumprindo o curso de sua vida terrena,
foi elevada em corpo e alma à glória celestial. Em fins do século XIX, eclodiu na Igreja
um intenso movimento ao qual se costuma chamar „imortalista‟, e ao qual aderiu um
grande número de teólogos e pastores. Esse grupo de católicos instou o Papa a definir
esse privilégio da Mãe de Deus como de „imortalidade‟, devido a seu „direito de não
morrer‟, por haver sido concebida imaculada, posto que a morte é conseqüência do
pecado” (GONZÁLEZ & CDELAM,1998)
“Os dogmas marianos falam natural e diretamente de Maria: são privilégios, graças
muitos especiais que ela recebeu de Deus. Mas não só isso; eles falam também de
Cristo: a Virgem recebeu essas graças em função de Cristo. Finalmente, os dogmas
falam de nossa salvação: representam tarefas que Maria assumiu em proveito de toda a
humanidade. (...) A verdade sobre Maria serve de „muro de proteção‟ para as verdades
referentes a Cristo e à nossa salvação. Desse modo, impugnar um dogma mariano é
como derrubar esse muro e deixar a doutrina de Cristo e de nossa salvação exposta a
ataques e saques” (BOFF,2010)
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MARIA E O MISTÉRIO DE CRISTO E
DA IGREJA
CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II. CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA LUMEN GENTIUM (Sobre a Igreja)
Cap. VIII – A Bem Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, no mistério de Cristo e da Igreja.
A intenção do Concílio Vaticano II não foi propor uma „doutrina completa‟ sobre
Maria, mas apenas colocar um novo horizonte, complementando a exposição dogmática
com os „deveres‟ dos fiéis para com a Santíssima Virgem. É uma mariologia contida e
essencial.
Maria e a Igreja
O Culto mariano
“Podemos com a ajuda deles (os santos canonizados) por meio de seu exemplo
de vida, seus ensinamentos e também com sua oração de intercessão (...) A
intercessão dos santos remonta a uma prática antiga. Nos primeiros séculos,
durante as grandes perseguições, os cristãos presos pediam àqueles destinados
ao martírio que, ao encontrarem o Senhor na glória, intercedessem por eles. Nas
catacumbas, edificaram-se capelas em memórias dos mártires. Suas relíquias
eram guardadas com respeito. Lentamente foi tomando corpo essa convicção de
que os santos, não somente os mártires, intercedem a Jesus por nós...
Podemos recorrer a Maria e aos outros santos, mas não temos a obrigação
de fazê-lo. Eles prestam um serviço a nós, colaborando na única ação
salvadora de Jesus Cristo. O cristão católico adora somente a Deus Pai
Criador, pelo Filho Redentor, no Espírito Santificador.”
“(...) Cada devoção popular a Maria tem uma história. Começou em determinado
momento, para expressar uma experiência religiosa. Mas a cultura, com suas
múltiplas produções de significados, vai mudando. É necessário purificar
aquelas coisas que já perderam a sua significação e endureceram como barro
seco. Deve ser mantido aquilo que ajuda a pessoa e a comunidade a viverem a
fé, a esperança e o amor solidário. O que estorva deve ser modificado.”
SOBRE AS APARIÇÕES
“Para um cristão, o mais importante não é ver as coisas extraordinárias, mas
entregar o coração para Deus, buscar realizar Sua vontade e esperar nele. A
Fé não precisa de sinais, embora agradeçamos muito a Deus quando Ele nos
deixa algum”
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