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Fique atento a ícones heréticos que

negam a virgindade perpétua de Maria


como este
Written By Beraká - o blog da família on quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019 | 00:56

(ícone herético que nega a virgindade de Maria antes, durante e após parto)

“É difícil falar e não menos difícil pensar acerca dos mistérios que a
Igreja guarda escondidos nas profundezas de sua consciência
interna. A Mãe de Deus nunca foi tema da pregação pública dos
Apóstolos; enquanto Cristo era pregado até de cima dos telhados,
proclamado para todos, para ser conhecido num ensinamento
iniciatório dirigido ao mundo todo.O Mistério de Sua Mãe só
era revelado para aqueles que estavam dentro da
Igreja. Não era tanto um objeto de fé como é a fundação de nossa
esperança em Cristo, um fruto da Fé, amadurecida na
Tradição...” (V. Lossky, "Panagia," em The Mother of God,
editado por E. L. Mascall, pg. 35).

SOBRE O DÓGMA CATÓLICO:


Que Maria Santíssima foi virgem antes, durante e depois do parto, foi
declarado solenemente, definitivamente e irrevogavelmente, no segundo
Concílio universal de Constantinopla, em 553. A virgindade de Maria é
uma ideia tradicional, que remonta às origens do cristianismo, mas gerou
bastante polêmica ao longo da história da Igreja. Foi questionada pelos
pagãos, que não compreendiam como uma virgem poderia dar à luz. Já as
tendências gnósticas dentro do cristianismo achavam que Jesus era filho de
José.

As dúvidas sobre a virgindade perpétua de Maria só se tornaram veementes


depois do século XVI, quando Lutero e Calvino inventaram a tese da
Sola Scriptura. Recusando a autoridade da Igreja, que é o motivo pelo
qual cremos nos Evangelhos. Os protestantes perderam todo critério de
interpretação autêntica das Escrituras, perdendo-se em opiniões bem
confusas, contraditórias, divergentes e ambíguas entre eles mesmos, sobre
os pontos essenciais do cristianismo. É assim que, hoje, o protestantismo
liberal diz toda sorte de bobagens e blasfêmias sobre Jesus e Maria,
afirmando que Nossa Senhora teria sido apenas uma “barriga de
aluguel” nas mãos de Deus ou que Cristo, na verdade, seria um filho
bastardo.

“A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio


Corpo do Senhor”, diz a Constituição Dei Verbum (n. 21), porque em
nada elas contradizem os dogmas ou qualquer outro ensinamento da
Igreja. Nas próprias Escrituras é possível encontrar referências que
provam a virgindade perpétua de Maria (conf. Ezeq. 44,2;Cantares
4,12). De fato, a gravidez de Nossa Senhora foi mesmo obra do Espírito
Santo, e a sua integridade física durante e depois do parto apenas ratifica
esse mistério da origem divina de Jesus. Para os protestantes, que não têm a
fé apostólica integral e verdadeira, isso pode parecer um escândalo, porque
não se adequada aos raciocínios particulares deles. Quem quiser receber o
Cristo total, hoje, precisa estar disposto a abraçar inteiramente o Seu Corpo
Místico, a Santa Igreja Católica, com toda a sua riqueza doutrinal:
Tradição, Sagrada Escritura, Liturgia, Magistério etc. A regra da Sola
Scriptura não tem qualquer fundamento teológico, nem mesmo bíblico, e
se justifica apenas pela ideologia de Lutero. Durante 1500 anos, a teologia
dos grandes Doutores: Basílio, Atanásio, Agostinho, Tomás de Aquino etc.
reconheceu, na Igreja, a pessoa de Jesus e a assistência perpétua do Espírito
Santo. Com que direito, portanto, podem os protestantes fundar uma nova
Igreja, apartada da Tradição? Isso é simplesmente inconcebível.

A Virgindade perpétua de Maria: Antes, durante,


e a após o nascimento de Jesus
(Wikipédia, a enciclopédia virtual)

A doutrina da virgindade perpétua, ensina que Maria teria permanecido


virgem por toda a vida, mesmo durante o seu casamento com José. A
doutrina da virgindade perpétua de Maria expressa a "real e perpétua
virgindade de Maria mesmo no ato de dar à luz a Jesus, o Filho de Deus
feito homem". De acordo com esta doutrina, Maria permaneceu sempre
virgem (em grego: ἀειπαρθένος - aeiparthenos), fazendo de Jesus seu
único filho, cuja concepção e nascimento são considerados milagrosos.
Já no século IV, a doutrina era amplamente apoiada pelos Padres da Igreja
e, no sétimo, foi afirmada num conjunto de concílios ecumênicos. A
doutrina é parte dos ensinamentos dos católicos, anglocatólicos,
ortodoxos e ortodoxos orientais, como se comprova em suas liturgias, nas
quais repetidamente se faz referência à Maria como "sempre virgem".

Alguns dos primeiros reformadores protestantes


apoiavam esta doutrina da virgindade perpétua de
Maria, e figuras importantes do anglicanismo, como
Hugo Latimer e Thomas Cranmer "seguiam a tradição
que herdaram, aceitando Maria como sempre virgem”.
Contudo, a doutrina reformada posterior literalmente
abandonou esta teologia. A virgindade perpétua de
Maria, é contudo, defendida ainda atualmente por alguns
teólogos protestantes anglicanos e luteranos.

A doutrina da virgindade perpétua de Maria, que se acredita ser de fé (ou


seja, defendida pelos católicos como sendo uma parte essencial da fé),
afirma que Maria era virgem antes e permaneceu assim durante o parto de
Jesus e por todo o resto de sua vida.A natureza tripla desta doutrina (que
faz referência a "antes", "durante" e "depois") pressupõe, assim, a doutrina
do nascimento virginal de Jesus. Porém, a doutrina da virgindade perpétua
é também, distinta do dogma da Imaculada Conceição de Maria, que está
relacionado à concepção da própria Virgem sem a mancha (macula em
latim) do pecado original, comum a toda humanidade.

O termo grego "aeiparthenos" ("sempre virgem") aparece já na obra de


Epifânio de Salamina no início do século IV, e é amplamente utilizado na
liturgia da Igreja Ortodoxa.As orações litúrgicas ortodoxas tipicamente
terminam com "Lembrando a nossa mais sagrada, pura, abençoada e
gloriosa Senhora, a Theotoko  e sempre virgem Maria".O Catecismo da
Igreja Católica (item 499) também inclui o termo aeiparthenos e, fazendo
referência à constituição dogmática Lumen Gentium (item 57), afirma:

"O nascimento de Cristo não diminuiu a integridade


virginal de sua mãe, mas santificou-a".

A doutrina da virgindade perpétua é defendida também por algumas igrejas


anglicanas e luteranas, mas não todas. No século II iniciaram-se as
primeiras discussões sobre a concepção de Jesus e a virgindade de Maria. A
maioria dos primeiros escritores cristãos aceitavam a concepção virginal de
Jesus baseando-se nos relatos de Lucas e Mateus, mas, na época, o foco
era a virgindade antes do nascimento e não durante ou depois.

A interpretação da afirmação em Mateus 1,25 de que José "não a conheceu


enquanto ela não deu à luz um filho" e de várias menções no Novo
Testamento sobre os chamados desposyni (literalmente, "irmãos do
Senhor") se discute posteriormente. Alguns dos primeiros autores cristãos,
como Tertuliano, Helvídio e Eunômio de Cízico, interpretaram a afirmação
de Mateus como significando que José e Maria teriam tido relações
conjugais normais após o nascimento de Jesus, e que Tiago, José, Judas e
Simão eram de fato filhos biológicos de Maria e José, um ponto de vista
para o qual há poucas evidências até antes da época deles.

Um documento do século II que prestou especial atenção à virgindade de


Maria era originalmente conhecido como "Natividade de Maria", mas se
tornaria posteriormente conhecido como o apócrifo "Protoevangelho de
Tiago". Ele trata da virgindade de Maria antes do nascimento, da forma
milagrosa pela qual ela deu à luz e sua virgindade física após o parto. Neste
livro apócrifo também, alega-se que os supostos "irmãos" e "irmãs" de
Jesus (que aparecem, por exemplo, em Mateus 13,56 e Marcos 6,3 - vide
irmãos de Jesus) seriam filhos de José de um casamento anterior. Porém,
não há consenso completo sobre esta doutrina na época do cristianismo
primitivo no final do século II. Como exemplo, Tertuliano (c. 160 - ca.
225) não a ensina (embora ele ensine o nascimento virginal de Jesus),
enquanto que Ireneu de Lyon (ca. 130 - ca. 202) o faz juntamente com
outros temas marianos. Porém, uma aceitação mais ampla começaria a
surgir no século seguinte.

Orígenes (185-254) tratou do assunto dos irmãos de Jesus e afirmou


acreditar que eles eram filhos de José de um casamento anterior. Helvídio
apelou para a autoridade de Tertuliano contra a doutrina da virgindade
perpétua, ao que Jerônimo (ca. 340 - 419) respondeu que "ele [Tertuliano]
não era um homem da igreja".Já no século IV, a doutrina já estava bem
estabelecida. Por exemplo, referências a ela podem ser encontradas nas
obras do século anterior de Hipólito de Roma, que chamava Maria de
"tabernáculo isento de poluição e corrupção", e nas obras do século IV de
Atanásio, Epifânio, Hilário, Dídimo, o Cego, Ambrósio, Jerônimo e do
papa Sirício, a doutrina foi repetidamente atestada, uma tendência que
ganhou ainda mais ímpeto no século seguinte.

Padres da Igreja e Idade Média


João Crisóstomo (347– 407) defendia a virgindade perpétua baseado em
diversos argumentos, um dos quais os comandos que Jesus deu à mãe no
Calvário, «Mulher, eis aí teu filho!» (João 19,26), e ao discípulo amado,
«Eis aí tua mãe!» (João 19,27). Desde o século II estas duas frases de
Jesus na cruz tem sido utilizadas como racionais para o fato de Maria
não ter tido outros filhos e que "dessa hora em diante o discípulo a
tomou para sua casa" justamente por que, após a morte de Jesus e de
José, não haveria mais ninguém para cuidar de Maria.

No tempo de Gregório de Níssa e de Agostinho de Hipona, com a crescente


ênfase na piedade mariana, um papel mais amplo de Maria começou a
aparecer no contexto da história da salvação. O próprio Agostinho
apresentou diversos argumentos a favor desta doutrina. No final do século
IV, a passagem: «Como será isso, uma vez que não conheço varão?»
(Lucas 1,34) começou a ser interpretado como uma indicação de um
"voto de perpétua virgindade" por parte de Maria.

Este conceito de "voto de Maria" já tinha aparecido no Protoevangelho de


Tiago (4,1), que afirma que a Ana, a mãe de Maria, ofertou Maria como
uma "virgem ao Senhor" no Templo e que José, um viúvo, que a serviria
como seu guardião (as proteções legais para as mulheres dependiam de um
guardião: pai, irmão ou, na falta destes, um marido). No início do século
VII, no "Pequeno Livro sobre a Virgindade Perpétua da Abençoada Maria",
Isidoro de Sevilha liga temas mariológicos e cristológicos ao relacionar a
virgindade de Maria com a divindade de Cristo num único argumento. O
Concílio de Latrão de 649, que teve a presença de Máximo, o Confessor,
explicitamente afirmou o ensinamento sobre a virgindade de Maria antes,
durante e depois do parto. A doutrina foi novamente afirmada no Sexto
Concílio Ecumênico em 680.Outro livro, "A História de José, o
Carpinteiro", do século VII, apresenta Jesus falando, na morte de José, de
Maria como "minha mãe, virgem incorrupta".Ao longo dos séculos, a
interpretação de Maria como a "sempre virgem noiva do Senhor que tomou
um voto de perpétua virgindade" se espalhou e estava consolidado na época
de Ruperto de Deutz no século XII. No século seguinte, Tomás de Aquino
criou uma longa e detalhada defesa teológica da doutrina e afirmou que
a negação da virgindade perpétua de Maria seria derrogatória para a
perfeição de Cristo, um insulto ao Espírito Santo e uma afronta à
dignidade da Mãe de Deus.

O paralelismo de Maria como a "segunda Eva"


Já no século IV, no contexto da discussão do plano de Deus para a
salvação, um tema paralelo começou a aparecer no qual a obediência de
Maria («faça-se em mim segundo a tua palavra.» (Lucas 1,38)) e a
doutrina da perpétua virgindade foram contrapostas a Adão e Eva, da
mesma forma que a obediência de Jesus já fora contraposta a Adão em
Romanos 5,12-21.O conceito de Maria como uma "segunda Eva" foi
introduzido pela primeira vez por Justino Mártir por volta de 155. Sob este
ponto de vista, que foi discutido em detalhes por Ireneu, apoiado por
Jerônimo e ganhou apoio posterior, os votos de obediência e virgindade de
Maria teriam colocado-a numa posição de "segunda Eva" como parte do
plano de salvação da mesma forma que Jesus seria o Segundo, ou novo
Adão.

O tema desenvolvido pelos Padres da Igreja corria em


paralelo ao desenvolvido pelo apóstolo Paulo em
Romanos 5,18-21, no qual ele comparava o pecado de
Adão com a obediência de Jesus à vontade do Pai até o
Calvário: "Assim, pois, como por uma só ofensa veio o
julgamento sobre todos os homens para a condenação,
assim também por um só ato de justiça veio o julgamento
sobre todos os homens para a justificação da vida". Da
mesma forma, a obediência de Maria às afirmativas do
arcanjo Gabriel e sua aderência a um voto de perpétua
virgindade seriam remédios para o dano causado por
Eva.

O ensinamento da "segunda Eva" continuou a crescer entre os católicos e,


ao discutir a virgindade perpétua, o Catecismo do Concílio de Trento, de
1566, explicitamente ensina que, enquanto Eva, ao acreditar na serpente,
trouxe uma maldição sobre a raça humana, Maria, ao acreditar no anjo,
trouxe-lhe uma benção.Este conceito continua parte dos ensinamentos
católicos. O papa Pio XII fez referência a ele em sua encíclica Mystici
Corporis Christi e o papa João Paulo II também durante uma Audiência
Geral no Vaticano em 1980.

A virgindade de Maria na Reforma Protestante


O início da Reforma Protestante em princípios do século XVI não
provocou a rejeição imediata da doutrina da virgindade perpétua e diversos
líderes protestantes mostraram variados graus de apoio a ela, sem, contudo,
chegarem a endossá-la diretamente. Os primeiros reformadores protestantes
acreditavam que as escrituras requeriam a aceitação do nascimento virginal
de Jesus, mas apenas permitiam que se aceitasse a virgindade perpétua.
Com o tempo, muitas igrejas protestantes pararam de ensinar a doutrina e
outras, a negaram totalmente.

Apoio pelos primeiros reformadores


1)- Martinho Lutero acreditava que Maria não havia tido outros filhos e
que não houve relações conjugais com José. O texto em latim dos Artigos
de Esmalcalde (1537), escrito por ele, utiliza o termo "sempre virgem" em
referência à Maria.Ele continuou a acreditar na doutrina por toda a vida,
mesmo depois de ter rejeitado outros dogmas marianos.

2)- Zuínglio apoiava diretamente a virgindade perpétua e escreveu: "Eu


acredito firmemente que [Maria],permaneceu sempre pura, intacta
Virgem". Como ele, os reformadores ingleses também apoiavam o
conceito da virgindade perpétua, mas geralmente variavam entre si sobre as
razões. O apoio de Lutero e Zuínglio à virgindade perpétua foi endossado
por Heinrich Bullinger e foi incluído na Segunda Confissão Helvética em
1566.

3)- João Calvino era menos enfático em seu apoio pela ideia e não chegou
a aceitá-la ou negá-la diretamente, advertindo contra a ideia de uma
"especulação ímpia" sobre o tema. Porém, ele rejeitou os argumentos
contra a virgindade perpétua que se baseavam na menção nas escrituras
sobre os irmãos de Jesus entendidos como sendo outros filhos de Maria.

4)- Os reformadores anglicanos dos séculos XVI e XVII apoiaram a


virgindade perpétua "com base na antiga autoridade cristã".No século
XVIII, John Wesley, um dos fundadores do metodismo, também a
defendeu e escreveu que "nascido da abençoada Virgem Maria, que,
tanto depois quanto antes de dá-Lo à luz, continuou pura e imaculada
virgem".

A virgindade Perpétua de Maria e as Escrituras


“Jesus e Tiago, conhecido como "irmão do
Senhor" ...”( Gálatas 1,18-20)

Algumas passagens no Novo Testamento tem sido utilizadas para


materializar objeções à doutrina da virgindade perpétua enquanto que
outras, para apoiá-lo.Uma das objeções diz respeito à menção dos irmãos e
irmãs de Jesus,entre eles Tiago, José, Simão e Judas. Eles já foram
interpretados como sendo filhos de José e Maria por Tertuliano e, talvez,
por Hegésipo, mas que, quando Helvídio o fez, encontrou a oposição de
Jerônimo, que, aparentemente, deu voz à opinião geral cristã da época. Ele
defendia que os "irmãos" em questão seriam filhos de Maria, a mãe de
Tiago e José nomeada em Marcos 15,40 e Marcos 15,47, uma irmã de
Maria, mãe de Jesus (João 19,25), sendo portanto, primos de Jesus.

Outro ponto de vista, expressado por Eusébio e Epifânio, é o de que eles


seriam filhos de José de um casamento anterior.A visão moderna é de que
eles eram filhos de Cleófas, um irmão de José de acordo com Hegésipo, e
"Maria, mãe de Tiago e José", uma cunhada e não irmã de Maria, a mãe de
Jesus. O livro de 1978 "Mary in the New Testament: A Collaborative
Assessment by Protestant and Roman Catholic Scholars" conclui que "não
se pode dizer que o Novo Testamento identifique-os [os "irmãos e irmãs de
Jesus"] sem dúvida como irmãos e irmãs de sangue e, assim, como filhos
de Maria".

Mateus 1,25 afirma que José não teve relações conjugais com Maria "até"
(em grego: ἕως οὗ) o parto de Jesus. Escritores como R.V. Tasker e D. Hill,
argumentam que isto implicaria que Maria e José tiveram relações
conjugais normalmente depois disso. Outros, como K. Beyer, lembram que
o grego ἕως οὗ depois de uma negativa "geralmente não tem nenhuma
implicação sobre o que acontece depois do limite do 'até' ter sido
alcançado" e Raymond E. Brown observa que "o contexto imediato
favorece a ausência de uma implicação futura aqui, pois Mateus está
preocupado apenas em reforçar a virgindade de Maria antes do nascimento
da criança", e até depois do parto.

Por outro lado, a resposta de Maria ao arcanjo Gabriel quando lhe foi
anunciado que ela iria conceber, «Como será isso, uma vez que não
conheço varão?» (Lucas 1,34), tem sido interpretado, pelo menos desde a
época de Gregório de Níssa, como indicativo de que ela teria feito um voto
de perpétua virgindade, mesmo casada (Conf. Num 30,1-13):

"Pois se José a tivesse tomado como esposa, com o objetivo de ter


filhos, por que ela teria se espantado com o anúncio de sua
maternidade, uma vez que ela própria já havia aceitado se tornar
mãe de acordo com a lei da natureza?"

Esta interpretação, ainda que mantida por muitos, é rejeitada por escritores
como Howard Marshall, e é considerada implausível por Raymond E.
Brown.Uma passagem utilizada para apoiar a doutrina é uma das frases de
Jesus na cruz, um par de comandos que ele deu à sua mãe, «Mulher, eis aí
teu filho!» (João 19,26), e ao discípulo amado, «Eis aí tua mãe!» (João
19,27). O evangelho de João em seguida afirma que "dessa hora em diante
o discípulo a tomou para sua casa". Desde o tempo dos Padres da Igreja
estes versículos tem sido utilizados para explicar por que, na época da
morte de Jesus, não havia ninguém mais vivo na família imediata da
Maria para tomar conta dela e, por isso, ela teve que ser confiada a um
discípulo.O papa João Paulo II também fez uso dela para defender a
virgindade perpétua de Maria. Ele também acrescentou que o comando
"Eis aí o teu filho!" não simplesmente para confiá-la ao discípulo, mas
também para confiá-lo a Maria, preenchendo-lhe o vazio maternal
provocado pela perda de seu único filho na cruz.

“O Senhor me disse: Esta porta deve permanecer


trancada. Não deverá ser aberta; ninguém poderá entrar
por ela. Deve permanecer trancada porque o Senhor, o
Deus de Israel, entrou por ela...” (Ezequiel 44,2)

Perspectiva islâmica sobre a virgindade de Maria


no Alcorão
Na Sura 19 (chamada Maryam),o Corão declara que Jesus foi o resultado
de uma concepção virginal (versos 20-22) e alguns estendem esta
interpretação como significando também a virgindade perpétua de Maria.
Não há uma crença doutrinária clara sobre se ela se manteve ou não virgem
depois do nascimento de Jesus. No islã, Jesus e Maria foram as duas únicas
crianças que não foram tocadas por Satã no momento do nascimento, pois
Deus colocou um véu entre eles.O Corão também conta a história da
Anunciação e do Nascimento de Jesus (Sura 3 e 19).

Virgindade perpétua de Maria na arte


Segundo a tradição, teria sido Salomé que ajudou Maria no parto de Jesus e
que descobriu a toca-la, que ela teria permanecido virgem durante e após o
parto. A virgindade de Maria na época da concepção de Jesus é um tópico
importante na arte mariana, geralmente representado como sendo a
anunciação a Maria pelo arcanjo Gabriel de que ela iria conceber
virginalmente uma criança que seria o Filho de Deus. Afrescos
representando a cena aparecem em igrejas católicas há muitos séculos,
sendo o mais antigo um exemplo do século IV na Catacumba de Priscila
em Roma.
(Ícone verdadeiro que confirma o dogma da virgindade perpétua de
Maria)

A virgindade de Maria depois da concepção de Jesus aparece também na


arte cristã de tradições ortodoxa e ortodoxa oriental (e também na
ocidental) ao incluir nas cenas da Natividade a figura de Salomé, a quem o
Evangelho de Tiago apresenta como a pessoa que descobriu que Maria teria
preservado sua virgindade mesmo depois do parto. Em muitos ícones, a
virgindade perpétua de Maria é representada por três estrelas que
aparecem à sua esquerda, direita e sobre (ou na) sua cabeça, que
representam a virgindade antes, durante e depois do parto.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia virtual

PERPECTIVAS TEOLÓGICAS ORTODOXAS:

“A Igreja Síria Ortodoxa, (pre Calcedoniana) a mais antiga, após a de


Jerusalém, acredita na virgindade perpétua de Nossa Senhora, ou seja, por
toda a vida, assim como Igreja Armênia (o primeiro reino oficialmente
cristão), bem como as Igrejas ortodoxas Copta e Etíope...”(Padre'Norbério
Sírio Ortodoxo).

Porém, é preciso que se diga que na Igreja Ortodoxa e bizantina oriental,


algumas delas defendem que Maria só foi virgem antes e durante o parto, e
portanto, os seus escritores iconográficos pertencentes as estas igrejas,
acompanham estas correntes teológicas em seus “escritos”.

O Ícone “Herético” da Sagrada Família (Por


John Sanidopoulos)
A principal razão pela qual a iconografia ortodoxa é mais do que fechada à
inovação, é para impedir que os conceitos heréticos entrem na Igreja, uma
vez que a heresia pode ser representada tanto em ícones como escrita em
livros, e proclamadas no púlpito. Uma dessas inovações na “iconografia
ortodoxa” começou com a representação da "Sagrada Família", mostrando
Cristo nos braços de São José e da Virgem Maria, ou apenas nos braços de
São José. Embora essas representações possam parecer inocentes, elas de
fato exibem uma falta de atenção para assuntos essenciais da doutrina
Ortodoxa.

Para a Igreja Ortodoxa, tais representações (artísticas) da "Sagrada


Família" são baseadas nas instituições do Papado (católico), que nos
tempos modernos instituiu solenemente a Festa da Sagrada
Família. Como observou um estudioso católico romano, ao contrastar a
festa instituída solenemente, centrada na Sagrada Família com as festas
cristãs da Antiguidade:

"A Festa da Sagrada Família é um produto da nossa


época moderna. Na Iconografia Ortodoxa tradicional, o
Cristo Menino é devidamente retratado, não só com São
José, mas sim sozinho com Sua Mãe, enfatizando assim o
dogma de que Ele é "um Filho sem pai natural, que foi
gerado (não criado) pelo Pai sem mãe, antes dos tempos"

De fato, para proteger os fiéis de uma compreensão inadequada de seu


papel paternal e de sua relação com a Theotokos, a iconografia ortodoxa
tradicional minimiza a figura de São José (sem, evidentemente, denegrir
sua pessoa), assim como os Padres da Igreja são lacônicos quando falam
sobre ele. Por exemplo, no Ícone da Natividade de Cristo, como o Professor
Constantine Cavarnos comenta:

"Ele não é mostrado na parte central da composição,


como a Theotokos e o Menino, mas afastado, num canto,
para enfatizar o Relato bíblico e ensinamento da Igreja
de que Cristo nasceu de uma Virgem, sem a participação
humana”
Leonid Ouspensky e Vladimir Lossky, em seu trabalho sobre a teoria
iconográfica, fazem uma observação semelhante:

"Outro detalhe enfatiza que, na natividade de Cristo, a ordem da


natureza é vencida. José não faz parte do grupo central da Criança
e da Sua Mãe, é pai adotivo, e deve estar enfaticamente
separado deste grupo".

Da mesma forma, em ícones ortodoxos com temas semelhantes, como a


Apresentação do Senhor no Templo, ou da Fuga Para o Egito, a iconografia
ortodoxa entende que São José não possa ser a cabeça da "Sagrada
Família"; antes, ele é visto como o “guardião” providencialmente
ordenado para a Theotokos e seu Divino Filho. Sua humilde aceitação e o
cumprimento virtuoso desse papel são precisamente os pontos do foco em
sua veneração pela Igreja Ortodoxa.

Santo Agostinho de Hipona ainda observa:

"José poderia ser chamado de pai de Cristo, por em certo sentido,


ele ser o cônjuge da mãe de Cristo, mas qualifica essa admissão
insistindo que, em sua relação conjugal, e por causa desta
fidelidade conjugal (seu celibato mútuo), ambos são
merecidamente chamados pais de Cristo (não só ela como sua mãe,
mas ele como seu pai; sendo seu marido), ambos tendo sido tal em
espírito e propósito, embora não em carne. Mas enquanto um era
seu pai somente em propósito, e sua mãe também em carne, ambos
eram, por tudo isso, apenas os pais de sua humildade, não de sua
sublimidade; de sua pequenez, e não da sua divindade. Assim, se
os três devem ser retratados em iconografia juntos, eles
devem ser representados cumprindo o seu propósito
divino, mais do que como uma família de acordo com a carne...”

Um outro grupo de pessoas onde a representação da "Sagrada Família"


pode particularmente confundir são os convertidos do protestantismo. Os
evangélicos afirmam acreditar na Virgindade de  Maria, o que significa que
eles aceitam “parcialmente esse dogma” do Nascimento Virginal. Parte
disso tem a ver com o fato de que os evangélicos consideram a
domesticidade conjugal o ideal mais elevado da vida cristã, em aguda
contradição com a Escritura e com o Pai que ensinam que o estado mais
elevado da vida cristã é a virgindade, alcançando sua união com Deus.

Através de notáveis hereges como os ebionitas Helvídio e Joviniano, os


evangélicos mantêm à visão mais irreverente de que São José e a Virgem
Maria se envolveram em relações conjugais físicas após o nascimento de
Cristo, e por este meio geraram outros filhos. São João Damasceno chama
aqueles que defendem esse ponto de vista de "inimigos de Maria". Assim,
quando os protestantes se convertem à fé Ortodoxia oriental e veem
ícones como a "Sagrada Família", não se deve pensar que tal imagem os
confunda, mas que possa justificar a retenção de suas visões heréticas
anteriores.

A perpétua virgindade da Theotokos é um pressuposto básico para


realmente aceitar o dogma da Encarnação. Como escreve São Gregório
Palamas:

"Deus projetou para receber sua natureza de


nós, hipostaticamente unindo-se com ela de uma maneira
maravilhosa. Mas era impossível unir aquela Alta Natureza,
cuja pureza é incompreensível para a razão humana, a uma
natureza pecaminosa, antes dela, portanto, para a concepção e
nascimento da Concessão de pureza, era necessário uma
Virgem perfeitamente impecável e a mais pura".

São Basílio, o Grande, chama aos ícones de "os


livros dos analfabetos". Diz ele:

"Que melhor prova temos de que as imagens são os livros dos


analfabetos, os arautos sempre honrando os santos, ensinando
aqueles que os contemplam sem palavras e santificando-se pelo
espetáculo. Eu não tenho muitos livros ou tempo para
estudar e ao entrar numa igreja, o refúgio comum das
almas, com minha mente cansada de pensamentos
conflitantes, vejo diante de mim um belo retrato e a visão
me refresca e me induz a glorificar a Deus".
Agora, se a pessoa analfabeta entra em uma Igreja Ortodoxa e vê e o ícone
da "Sagrada Família", como é que eles deveriam lê-lo corretamente sem
uma interpretação difícil, ou equivocada? Portanto, se uma imagem emite
uma óbvia e imediata aparente falsidade ou heresia, então ela deve ser
rejeitada para que não conduza o inocente e simples ao extravio da fé, pois
supõe-se que exista uma perfeita harmonia entre os dogmas proclamados e
as imagens iconográficas que adornam nossas igrejas.

Na Igreja Ortodoxa, temos muitas famílias santas, como Joaquim e Ana


com a Theotokos, Zacarias e Isabel com João o Precursor, a família de
Basílio o Grande, a família de Gregório Palamas, famílias que devemos
celebrar e retratar em nossas igrejas, porque elas eram famílias de acordo
com a carne. Por outro lado, a família de São José e da Virgem Maria com
Cristo não eram uma família de acordo com a carne, mas, como escreveu
Santo Agostinho, uma família "de espírito e propósitos espirituais", que
foram reunidos por uma ordem divina para fazer Cristo realizar Sua obra de
salvação para redimir a raça humana.

Fonte:phronema3.blogspot.com/2017/08/o-icone-heretico-da-sagrada-familia.

A Mãe de Deus e os Santos na teologia Ortodoxa:

Em Deus e na Igreja ortodoxa, não há divisão entre os vivos e os que


partiram, mas todos são um no amor do Pai. Estejamos vivos ou mortos,
como membros da Igreja nós ainda pertencemos à mesma família, e
ainda temos o dever de carregar o fardo uns dos outros. Assim como os
Cristãos Ortodoxos aqui na terra oram uns pelos outros e pedem orações
aos outros, eles também pedem pelos fieis que partiram e pedem aos fieis
que partiram, para que orem por eles. A morte não consegue cortar o
vínculo de amor mútuo que liga todos os membros da Igreja juntos.

"Ó Cristo, dá repouso às almas de teus servos, junto com


Teus Santos, lá onde não há doenças, nem tristeza, nem
gemidos, mas sim vida eterna." Assim a Igreja Ortodoxa
ora pelos fiéis falecidos; e de novo:

“O Deus dos espíritos e de toda a carne,


Que venceste a morte e derrotaste o diabo,
e deste vida ao Teu mundo:
dá Tu, o mesmo Senhor,
repouso às almas de Teus servos falecidos,
no lugar de luz refrigério e repouso,
do qual toda dor, tristeza e suspiros fugiram.
Perdoa todas as transgressões que eles cometeram,
por palavras, atos ou pensamentos...”

Os Ortodoxos estão convencidos que os Cristãos aqui na terra tem


obrigação de rezar pelos que partiram, e são confiantes que os mortos
são ajudados por essas orações. Mas precisamente de que modo nossas
orações ajudam os mortos? Qual é a condição exata das almas no período
entre a morte e a ressurreição dos corpos no último dia? Aqui, o
ensinamento Ortodoxo não é inteiramente claro, e tem variado alguma
coisa em diferentes períodos:

No século dezessete numerosos escritores Ortodoxos, mais notoriamente,


Pedro de Moghila e Dositeus em sua Confessions, sustentaram a doutrina
Católico-Romana do Purgatório, ou algo muito próximo (de acordo com o
ensinamento Romano normal, as almas no Purgatório passam por
sofrimento expiatório, e então prestam "satisfação" ou "justificativa"
dos seus pecados. Deveria ser frisado, no entanto, que mesmo no século
dezessete existiram muitos ortodoxos que rejeitaram o ensinamento
Romano sobre Purgatórios. As afirmações sobre os mortos na Orthodox
Confession de Moghila, foram cuidadosamente mudadas por Meletius
Syrigos, enquanto já no fim da vida Dositeus especificamente retratou-se
em relação ao que tinha escrito sobre os mortos em sua
Confessions). Hoje a maioria, senão todos os teólogos Ortodoxos rejeitam
a idéia do Purgatório, de qualquer forma. A maioria estaria inclinada a
dizer que os fiéis mortos não sofrem nada. Outra escola sustenta que
talvez eles sofram, mas se for assim, seu sofrimento é purificador mas
não expiatório, pois quando um homem morre na graça de Deus, então
Deus o liberta perdoando-lhe todos os pecados e não exige penalidades
expiatórias: Cristo, o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo, é
nossa única explicação e satisfação. Além desses, um terceiro grupo
prefere deixar a questão inteiramente em aberto:
“Evitemos formulações detalhadas acerca da vida após a
morte, eles dizem, e preservemos uma reverente e agnóstica
reticência. Quando Santo Antonio (Antão) do Egito estava certa
vez pensando na divina providência, uma voz veio a ele
dizendo: "Antônio, pensa em ti próprio, pois isso que
especulas são julgamentos de Deus, e não é para que Tu
os conheça...” (Apophthegmata P.g.65, Antony, 2).

Simeão, o novo Teólogo descreve os Santos como formando uma


corrente dourada:

«A Santíssima Trindade,
penetrando todos os Homens,
do primeiro ao último,
da cabeça aos pés,
liga-os todos juntos...
Os Santos em cada geração,
juntam-se àqueles que se foram antes,
e preenchidos como aqueles com luz,
tornam-se uma corrente, dourada,
na qual cada Santo é um elo separado,
unido ao próximo pela fé, obras e amor.
Assim, no Deus Único
eles formam uma única corrente
que não pode ser quebrada rapidamente.»

(Centuries 3, 2,4).

Tal é a idéia Ortodoxa da comunhão dos Santos. Essa corrente é uma


corrente de mútuo amor e oração; e nessa oração amorosa os membros da
Igreja na terra, "chamados para serem santos," tem seu
lugar. Privadamente um Cristão Ortodoxo está livre para pedir as orações
de qualquer membro da Igreja, canonizado ou não. Seria perfeitamente
natural para uma criança Ortodoxa, se órfã, terminar suas orações
vespertinas pedindo pela intercessão não só da Mãe de Deus e dos Santos,
mas de sua própria Mãe e de seu Pai. Nas suas orações públicas, no
entanto, a Igreja ora pedindo só para aqueles que ela oficialmente
proclamou como Santos. Mas em circunstâncias excepcionais um culto
público pode vir a ser estabelecido sem qualquer ato formal de
canonização. A Igreja Grega sob o Império Otomano começou logo a
comemorar os Novos Mártires em seus ofícios, mas para evitar que os
turcos ficassem sabendo, normalmente não havia nenhum ato de
proclamação. O culto dos Novos Mártires foi em muitos casos algo que
apareceu espontaneamente da iniciativa popular. O mesmo aconteceu em
anos mais recentes com os Novos Mártires da Rússia: em certos locais,
tanto dentro quanto fora da União Soviética, eles começaram a ser
comemorados como Santos nos ofícios da Igreja, mas as condições
presentes na Igreja Russas fazem com que a canonização formal seja
impossível (Falta a unidade católica).

 
(Neste ícone o autor corretamente mostra José evitando tocar em
Maria)
A reverência pelos Santos está intimamente
ligada com a veneração dos ícones:

Os ícones são colocados pelos Ortodoxos não só em suas Igrejas, mas


também em cada cômodo de suas casas, e até mesmo em carros e ônibus.
Esses sempre presentes ícones, agem como ponto de encontro entre os
membros vivos da Igreja e aqueles que se foram antes. Os ícones ajudam
os Ortodoxos a olhar os Santos não como figuras remotas e legendárias do
passado, mas como contemporâneos e amigos pessoais.

No Batismo, um Ortodoxo recebe o nome de um Santo, "Como um


símbolo de sua entrada na unidade da Igreja, que não é só a Igreja da
terra, mas também a Igreja no Céu" (P. Kovalevsky, Exposé de la Foi
Catholique Orthodoxe, Paris, 1957, p. 16). Um Ortodoxo tem uma
devoção especial ao Santo de quem carrega o nome; usualmente ele
mantém um ícone de seu santo padroeiro em seu quarto, e ora diariamente
para ele. A festa do seu Santo padroeiro ele guarda como seu dia de Nome,
e para muitos Ortodoxos (como também para muitos Católicos Romanos na
Europa Continental), essa é uma data muito mais importante do que seu
aniversário.

Um Cristão Ortodoxo ora não só para os Santos mas


também para os anjos, e em particular para seu Anjo da
Guarda. Os anjos "Cercam-nos com sua intercessão e
escudam-nos com suas asas protetoras de glória
imaterial" (Do hino de despedida da Festa dos Arcanjos, 8
novembro).

A Mãe de Deus na Igreja Ortodoxa

Entre os Santos, uma posição especial pertence à Virgem Maria a quem os


Ortodoxos reverenciam como a mais exaltada entre as criaturas de
Deus, "Mais venerável que os querubins, incomparavelmente mais
gloriosa que os serafins" (Do Hino à Virgem, cantado na Liturgia de São
João Crisóstomo). Note-se que nós a designamos "A mais exaltada entre as
criaturas de Deus". Os Ortodoxos, como os Católicos Romanos, veneram
ou honram a Mãe de Deus, mas em nenhum sentido os membros de
ambas as Igrejas a consideram como a quarta pessoa da Trindade, nem
asseguram a ela a adoração devida somente a Deus. Na teologia Grega a
distinção é claramente marcada: existe uma palavra especial, latreia,
reservada para a adoração de Deus, enquanto que para a veneração da
Virgem, termos inteiramente diferentes são empregados (duleia,
hyperduleia, proskynesis).Nos ofícios Ortodoxos a Virgem Maria é
mencionada com freqüência e em cada ocasião lhe é dado seu título
completo:

"Nossa Santíssima, Imaculada, Bendita e Gloriosa


Senhora, Mãe de Deus e Sempre Virgem Maria."

Aqui estão os três principais epítetos aplicados


para Nossa Senhora, pela Igreja Ortodoxa:

1º)- Theotokos (Mãe de Deus):O primeiro desses títulos foi designado a


ela pelo Terceiro Concílio Ecumênico (Éfeso, 431).O termo Theotokos é de
particular importância, pois dele provem a chave para o culto Ortodoxo da
Virgem. Nos louvamos Maria porque ela é a Mãe do Nosso Deus. Nós
não a veneramos isoladamente, mas por sua relação com Cristo. Assim a
reverência mostrada a Maria, longe de eclipsar a adoração de Deus, tem
exatamente o efeito contrário: quanto mais estimamos Maria, mas vívida é
a nossa consciência da Majestade de seu Filho, pois é precisamente por
conta do Filho que nós veneramos a Mãe.

2º)- Aeiparthenos (Sempre Virgem):Este segundo título pelo Quinto


Concílio Ecumênico (Constantinopla, 553). (A crença na Virgindade
Perpetua de Maria pode parecer à primeira vista contrária às Escrituras,
porque Marcos 3,31 menciona os "irmãos" de Cristo. Mas a palavra usada
ali, em grego, significa também, meio-irmão, primo ou parente
próximo).A Igreja Ortodoxa chama Maria de a "Toda Pura"; ela é
chamada "Imaculada," ou "sem mancha" (em Grego, Achrantos); e
todos os Ortodoxos concordam em acreditar que Nossa Senhora, foi livre
do pecado durante sua vida terrena.

3º)-Panagia (Toda Santa): O Epíteto Panagia, apesar de nunca ter sido


objeto de uma definição dogmática, é aceito e usado por todos os
Ortodoxos.

A Mariologia é uma simples extensão da Cristologia

Os Padres do Concílio de Éfeso insistiram em chamar Maria de


Theotokos, não porque quisessem glorificá-la como um fim em si
próprio, à parte do seu Filho, mas porque somente louvando Maria
poderiam salvaguardar a doutrina correta da pessoa de Cristo. Qualquer
um que pense nas implicações da grande frase: O Verbo se fez Carne, não
pode deixar de sentir um respeito temeroso por aquela que foi escolhida
como instrumento de tão extraordinário Mistério.

Quando os homens se recusam a louvar Maria, muito


frequentemente é porque eles não acreditam realmente
na Encarnação de Cristo

Mas os Ortodoxos veneram Maria, não só porque ela é a Theotokos, mas


também porque ela é a Panagia, Toda-Santa. Entre todas as criaturas de
Deus, ela é o exemplo supremo de sinergia ou cooperação entre o propósito
da divindade e a vontade livre do ser humano. Deus, que sempre respeitou
a liberdade humana, não quis tornar-se encarnado sem o livre
consentimento de Sua Mãe. Ele esperou pela resposta voluntária dela: "Eis
aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim, segundo a sua palavra" (Lc.
1,38). Maria poderia ter recusado: Ela não era meramente passiva,
mas uma participante ativa no Mistério. Como Nicolau Cabasilas
disse:

«A encarnação não foi trabalho só do Pai,


de Seu Poder e de Seu Espírito...
Mas foi também trabalho
da vontade e da fé da Virgem...
Assim como Deus encarnou voluntariamente,
Ele também quis que Sua Mãe O portasse livremente
e com seu consentimento completo!" (On the Annunciation, 4-
5, Patrologia Orientalis.» vol. 19, Paris, 1926, pg. 488).

“Se Cristo é o Novo Adão, Maria é a nova Eva, aquela que se


submeteu à vontade de Deus contrabalançando a desobediência de
Eva no Paraíso! Assim o nó de Eva foi desatado pela obediência de
Maria; pois o que Eva, uma virgem, atou pela sua descrença,
Maria, uma virgem, desatou pela sua fé...”(Irineu, Against the
Heresies, 3, 22, 4).

"Morte por Eva, vida por Maria" (Jerome, letter 22,21).

Mas foi Maria Santíssima livre também, do


pecado original?

Em outras palavras, a igreja ortodoxa concorda com a doutrina católico-


romana da Imaculada Conceição, proclamada como dogma pelo Papa Pio,
o Nono em 1854, de acordo com a qual “Maria, desde o momento em que
foi concebida por sua mãe Santa Ana, foi por decreto especial de Deus
liberada de toda mancha do pecado original..." A Igreja Ortodoxa nunca
de fato fez qualquer pronunciamento formal e definitivo sobre o
assunto. No passado Ortodoxos individualmente fizeram afirmações que
ainda que não confirmando definitivamente a doutrina da Imaculada
Conceição, de algum modo se aproximando dela; mas desde 1854 a
grande maioria dos Ortodoxos rejeitaram a doutrina, por várias razões:

1)- Eles sentiam que ela era desnecessária.

2)- Eles entendiam que de qualquer modo, como definida pela Igreja
Católico-Romana, ela implica num falso entendimento do Pecado original.

3)- Eles suspeitavam da doutrina porque ela parece separar Maria do resto
dos descendentes de Adão, colocando-a numa classe completamente
diferente de todos os outros homens e mulheres justos do Velho
Testamento.

4)- Do ponto de vista Ortodoxo, no entanto, a questão toda pertence ao


Reino das opiniões teológicas; e se um Ortodoxo individual sente-se
impelido em acreditar na Imaculada Conceição, ele não poderia ser
classificado de herético por isso.

Mas a igreja ortodoxa, enquanto em sua grande maioria (portanto, não


todas as igrejas ortodoxas) nega a doutrina da Imaculada Conceição de
Maria, acredita firmemente em sua Ascensão Corpórea (Imediatamente
após o Papa ter proclamado a Assunção como dogma em 1950, alguns
Ortodoxos (mais como reação contra a Igreja Católico-Romana)
começaram a expressar dúvidas sobre a Ascensão Corpórea e mesmo a
negá-la explicitamente. Mas certamente eles não são representativos da
Igreja Ortodoxa como um todo). Para a Igreja ortodoxa, Nossa Senhora
como o resto da humanidade, passou pela morte física, mas no caso dela, a
Ressurreição do Corpo foi antecipada: depois da sua morte física, seu corpo
foi elevado e "assumido" no céu, e seu tumulo foi encontrado vazio. Ela
passou além da morte e do julgamento, e já vive no Tempo que há de vir.
No entanto, ela não está por isso separada da humanidade, pois essa glória
corpórea da qual Maria desfruta agora, todos nós esperamos dela partilhar
um dia.
A crença na Ascensão da Mãe de Deus é afirmada claramente e sem
ambiguidade nos hinos cantados na Igreja ortodoxa em 15 de agosto, na
Festa da Dormição de Nossa Senhora. Mas a igreja ortodoxa
diferentemente de Roma, nunca proclamou a Assunção como dogma,
nem nunca desejou fazer isso. As doutrinas da Trindade e da Encarnação
foram proclamadas como dogmas, por elas pertencerem a pregação pública
da Igreja; mas para a igreja ortodoxa, a glorificação de Nossa Senhora
pertence a Tradição interna, e não pública da Igreja.

O Hino ortodoxo Akathistos é comum a todos os cristãos de rito bizantino,


ortodoxos e católicos. Constitui, pois, uma antiga e solene ponte para a
plena comunhão entre a Igreja do Oriente e do Ocidente. A ortodoxa
Revista 30 Dias pediu a S. Santidade Bartolomeu I, Patriarca Ecumênico
de Constantinopla, que comentasse o texto deste maravilhoso hino da
Igreja Bizantina. 

Abaixo reproduzimos, parte desta entrevista de Gianni


Valente, publicada na edição de janeiro/2005 da revista
30 Dias:

Revista 30 Dias: A Igreja reconheceu desde o início que na virgindade de


Maria se manifesta sua beleza esplendorosa, que apaixona a Deus e o
atrai entre nós. Como é expressa, nesse hino, a predileção de Deus pela
beleza virginal de Maria?

BARTOLOMEU I: “A virgindade da Mãe de Deus, como


profundíssima, existencial, gratuita e total dedicação de seu
amor por Deus, como situação espiritual durante a qual a
mente e seu coração não são dirigidos para outro ser
terreno, é continuamente cantada no hino Akathistos, ao
lado da predileção de Deus por essa dedicação virginal da
Toda Santa por Ele. Numa estrofe se diz até que o Senhor que
habitou em seu ventre, Ele, que contém todas as coisas, a
"santificou e glorificou". Numa outra se diz que o Criador do céu e
da terra moldou a ela, a Toda Pura, morando depois em seu útero.”

Revista 30 Dias: A Igreja Católica lembrou em 2004 os cento e cinqüenta


anos da proclamação do dogma da Imaculada Conceição. Como é
celebrada, na tradição cristã ortodoxa oriental e bizantina, a Concepção
de Maria e sua santidade plena e imaculada?

BARTOLOMEU I: “A Igreja Católica viu-se na necessidade de


instituir um dogma novo para a cristandade, cerca de mil e
oitocentos anos depois do aparecimento do cristianismo, porque
aceitou uma percepção do pecado original, para nós,
ortodoxos, errada, segundo a qual o pecado original
transmite uma mácula moral ou uma responsabilidade
jurídica aos descendentes de Adão, no lugar daquela
reconhecida como correta pela fé ortodoxa, segundo a
qual o pecado transmitiu hereditariamente a corrupção,
provocada pelo distanciamento do homem da graça
incriada de Deus, que lhe dá vida espiritual e corporal. O
homem moldado à imagem de Deus, com a possibilidade e o
destino de se assemelhar a Deus, escolhendo livremente o amor a
Ele e a observância de seus mandamentos, mesmo depois da
queda de Adão e Eva pode-se tornar, se tem essa intenção,
amigo de Deus; então, Deus o santifica, como santificou a
tantos pais antes de Cristo, ainda que o cumprimento de seu
resgate da corrupção, ou seja, sua salvação, tenha sido realizada
depois da encarnação de Cristo e por meio dEle. Como
consequência, segundo a fé ortodoxa, a Toda Santa Mãe
de Deus Maria “não foi concebida isenta da corrupção do
pecado original”, mas amou a Deus acima de todas as
coisas e observou seus mandamentos, e assim foi
santificada por Deus por meio de Jesus Cristo, que por ela
se encarnou. A Ele obedecia como uma dos fiéis, e a Ele se
dirigia com confidência de Mãe. “Sua santidade e sua
pureza não foram impedidas pela corrupção, que também
lhe foi transmitida pelo pecado original como a todos os
homens”, pois em Cristo renasceu como todos os santos,
santificada acima de todos os santos. Não é necessário que
sua reintegração à condição anterior à queda aconteça no
momento de sua concepção. Nós acreditamos que tenha
acontecido depois, como consequência da progressão,
nela, da ação da incriada graça divina por meio da visita
do Espírito Santo, que operou nela a concepção do
Senhor, purificando-a de qualquer mancha. Como já se
disse, o pecado original pesa sobre os descendentes de
Adão e Eva como corrupção, e não como responsabilidade
legal ou mancha moral. O pecado trouxe a corrupção
hereditária e não uma responsabilidade jurídica hereditária ou
uma mancha moral hereditária. Como consequência, para a
teologia da igreja ortodoxa, a Toda Santa participou da
corrupção hereditária, como todos os homens, mas, com
seu amor por Deus e sua pureza, entendida como uma
dedicação imperturbável e sem hesitações de seu amor a
Deus apenas, conseguiu, com a graça de Deus, santificar-
se em Cristo e fez-se digna de se tornar habitação de Deus,
como Deus quer que nos tornemos todos nós, seres
humanos. Por isso, na Igreja Ortodoxa veneramos a Toda Santa
Mãe de Deus acima de todos os santos, ainda que não
aceitemos o novo dogma de sua Imaculada Conceição. A
não aceitação desse dogma não diminui absolutamente
nosso amor e nossa veneração pela Toda Santa Mãe de
Deus...”

Fonte:https://www.ecclesia.com.br/biblioteca/igreja_ortodoxa/a_igreja_ortodoxa_fe_e_liturgia5.html?
fbclid=IwAR3Sl3QRPOzkm9zFaqPG6_sp2y1USRMhYqtRKR3JFnLhVmJ8i60lzZbc01s

CONCLUSÃO

*Obs.: Algumas pessoas se questionam: “O que devo fazer se adquiri um


ícone herético, ou seja, que não sustenta claramente que Maria
permaneceu virgem e imaculada, mas que foi benzido por um sacerdote
legitimamente ordenado pela Igreja?...”

-Resposta: Ora, como existem sacramentos que mesmo celebrados de


forma legítima, são intrinsecamente nulos, ou seja, nunca existiram,
como alguns matrimônios validamente celebrados, o mesmo pode
acontecer com o benzimento de algo que vá contra a fé da igreja
solenemente proclamada, no caso a benção de algum objeto herético. A
grosso modo, Deus jamais abençoaria a mentira, mas sempre a verdade.
Portanto, você pode se desfazer do objeto equivocadamente bento, sem
estar cometendo pecado. O pecado estaria em se continuar a reverenciar
uma heresia já sabendo que se trata de uma.

----------------------------------------------------------

Apostolado Berakash – Trazendo a Verdade: Se você gosta de nossas


publicações e caso queira saber mais sobre determinado tema, tirar dúvidas,
ou até mesmo agendar palestras e cursos em sua paróquia, cidade, pastoral,
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Marcadores: Liturgia e Arte Sacra, Teologia

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Reply

Passagem para o mundo!


19 de fevereiro de 2020 21:08
Muito interessante, mas vou deixar uma dica. Sejam menos prolixos, tive vontade de
parar antes da metade do texto. É possível transmitir uma ideia com seus argumentos
de forma mais sucinta e objetiva para que não fique cansativo. E pelo que vi pelo
site, não é só nesse artigo. Até na carta de apresentação do "quem somos". Deus lhes
abençoe.

Reply

 Beraká - o blog da família


13 de dezembro de 2020 09:46

Prezada “passagem para o mundo”

Percebo que você pela sua rasura intelectual, já não é mais uma passagem, mas
infelizmente uma porta terrivelmente arrombada pelo atuais valores deste mundo raso,
sem profundidade, supérfluo e do fast-food. Pergunto-lhe: A quem interessaria este
despretensioso blog? Pelo ai menos nisto acho que concordamos, pois com certeza
não foi feito para pessoas apressadas e rasas como você, um blog com textos longos e
profundos. Numa época em que o sincretismo é tão prestigiado, quem gostaria de um
blog sempre pronto a discutir com qualquer um que contrariasse a doutrina católica?
Os modernos internautas como você ( que não são nosso público alvo) estariam
dispostos a conhecer um blog tão preocupado com a tradição católica e o
Conservadorismo da moral Judaico-Cristã? Este blog nascia parecendo estar
condenado ao ostracismo eletrônico. Ao longo do tempo, o único atrativo de nosso
Blog, e nossa grande preocupação foi de repetirmos aquilo que a Igreja sempre
ensinou durante séculos, e por isto mesmo, pela graça de Deus, e não por nossos
méritos, o resultado de nosso trabalho superou todas as nossas expectativas. Ao longo
deste tempo, ao invés do ostracismo, já chegamos a mais de três milhões de acesso, e
inúmeros comentários em nossas postagens que por falta de tempo, não conseguimos
responder a todos(as), os quais aproveito a oportunidade para apresentar nossas
humildes desculpas e pedido de compreensão e suas orações por este despretensioso
apostolado. As consultas ao nosso Blog com estas cifras nos coloca como dos blogs
mais consultados na sua categoria.

Prezada “porta para o mundo”, não se tratam apenas de acessos de internautas


curiosos, pois o fruto de nosso trabalho pode ser visto pelos inúmeros comentários que
semanalmente recebemos, de pessoas que tem dúvidas e nos pedem conselhos, e
como sinal claro de que estamos no caminho certo, muitas destes comentários em
nossas postagens relatam depoimentos de leitores que tiveram no Blog um instrumento
para o afervoramento da prática da religião, e muitos ainda, que se converteram ou que
retornaram ao catolicismo com a ajuda dos “longos textos” que publicamos.

Ao longo deste tempo conquistamos grupos de amigos por todo o Brasil e mesmo no
exterior, pessoas que como nós, procuram defender a doutrina católica dos ataques
dos modernistas e dos liberais do mundo moderno, que como você abriram as portas e
perderam sua identidade. Foram, portanto, anos de muitas lutas e muitas polêmicas
que resultaram, por causa da graça de Deus, em grande bem para muitas pessoas. E
como explicar o sucesso de um instrumento com tão poucos recursos, e que traz
ensinamentos tão diferentes da mentalidade atual? Neste deserto que é o mundo
moderno, Deus utilizou uma pequena garoa, que quando cai neste deserto faz brotar
imediatamente a relva verde, não por mérito dela, pois é tão pequena, muito inferior
aquilo que seria necessário, mas sim, por obra Daquele que criou a terra e nela
colocou o sal que fica a espera da água para poder dar frutos. Portanto, só temos a
agradece nossos(as) amigos(as) e leitores(as) por todo o apoio e intercessão que
temos recebido. E, sobretudo, agradecemos a Deus, que por meio de Maria
Santíssima, tem sustentado nosso combate.

É da radicalidade, do cuidado diário cara “porta aberta para o mundo”, que vem o
crescimento das plantas. É de sua radicalidade em Cristo que se alimentam as almas.
É a radicaliddae na fé que atrai as almas. Por isso, por repelirem a radicalidade e por
quererem apenas agradar com textinhos curtos, fast-food,sentimentalóides, recheados
de palavras bonitas que nem fede e nem cheira, é que os maus sacerdotes e
lideranças Cristã católicas, que estão esvaziando nossas igrejas.

Continua...

Reply

 Beraká - o blog da família


13 de dezembro de 2020 09:46

O blog Berakash pelo contrário, sem falsa modétia, atrai cada vez mais, pois viola
todas as regras de propaganda e marketing, como se diz hoje. No nosso blog
publicamos fotos e imagens senão muito raramente. Temos textos longos, sizudos,
doutrinários, por vezes áridos. Tratamos os inimigos de Deus como devem ser
tratados, aplicando-lhes o conselho de São Paulo que recomendou a Tito: "Increpa illos
dure" Reprende-os asperamente" (Tito 1, 13). E o resultado é que o blog Berakas é,
hoje, graças a Deus, um dos blogs doutrinário católico, de longe, mais lidos do Brasil,
com cerca de 10.000 acessos diários. Quanto à ironia, e palavras duras só usamos
contra os(as) insolentes. Só contra aqueles que se atrevem a ofender Deus e a Santa
Igreja, aplicando-lhes a humilhação que merecem. Pois que na ladainha de todos os
santos pedimos: "Ut inimiccos Sanctae Ecclesiae humiliari digneris, Te rogamus, audi
nos" "Que Vos digneis humilhar os inimigos da Santa Igreja, nós Te rogamos, Senhor,
ouvi-nos. E Deus nos tem ouvido.

Não temos medo de sermos considerados antipáticos,moralistas, reacionários, etc e


coisa e tal. Só fazemos questão de defender com firmeza e ufanamente a Fé Católica e
o Conservadorismo Judaico Cristãos. E é isso que nos traz tantos apoios e tantos
acessos, e pasmem !!! Paradoxalmente por jovens, porque a juventude ama a luta e
aceita o sofrimento por Deus. "A juventude não foi feita para o prazer, e sim para o
heroísmo", disse com razão um poeta que infelizmente, nem sempre tinha razão (Paul
Claudel). Graças a Deus, então, são inúmeras as mensagens que recebemos de apoio,
de elogios, de incentivo. Melhor ainda: são inúmeras as conversões de hereges à
Igreja Católica alcançadas pelo combate que desenvolvemos. São numerosas as
almas católicas que se voltam mais ardentemente para Deus pelas LONGAS E
PROFUNDAS argumentações expostas no Blog Berakash. E que Deus seja louvado
por essa prova de que o estilo, digamos, "diplomático", isto é conciliador, fast – food,
sentimentalíde, para não dizer capitulacionista, é um verdadeiro fracasso, se
comparado com o resultado obtido pela polêmica franca, dura contra os erros, porém,
caridosa para com as pessoas enganadas, ou mais fracas que só cairam em erro pela
completa falta de formação doutrinária em que jazem os católicos, normalmente, hoje
em dia.

Detesto tudo o que é moderno e nos afasta de Deus e da verdade cara “porta
escancarada para o mundo. Sou pelo que é eterno, e sou consciente que desperto
entusiasmo e ódios. Aturo desaforos e incompreensões. Suporto calúnias e silêncios
murmurantes,e continuo firme.Muitas que perguntam com humildade, outras me
agradecem o ensinamento recebido. Ou até a Fé recuperada.Desta forma, atiço brasas
que se apagavam. Fortaleço, tanto quanto posso, com a ajuda de Deus, canas
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aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu
sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por
mim." ( João, 14, 6).Como Católicos,defendemos a verdade, contra os
erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões,
tinha verdades, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da
verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por elas até que Cristo
volte.Quem nos acusa de falta de caridade mostra sua total ignorância
na Bíblia,e de Deus, pois é amor, e quem ama corrige, e a verdade é
um exercício da caridade.Este Deus adocicado,meloso,ingênuo, e
sentimentalóide,é invenção dos homens tementes da verdade, não é o
Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro
é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomáz de
Aquino) “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai
glória...” (Salmo 115,1)
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As + lidas!

Quais as lições que a MULHER CANANÉIA pode nos dar ?

A MULHER CANANÉIA, uma Grega de origem siro-fenícia: Mateus 15,21-28:


"Jesus saiu daí, e foi para a região de T...

“Deus não divide sua glória com ninguém...”(Is 42,8) – A interpretação deste
texto é assim mesmo,como afirmam os protestantes ?

Este é o problema do "PROTESTANTE PAPAGAIO DE PASTOR" , que não se dar


nem ao trabalho de antes de dar crédito a est...

Lúcifer era Músico ? O que dizem as escrituras sobre isto ?

I – ARGUMENTAÇÃO CONTRA: Alguns textos bíblicos são usados para provar a


idéia de que Satanás era músico; veja Ezequiel 28,...

A pedra angular ou de esquina citada na bíblia fica onde em uma construção ?


Em cima ou em baixo ?

(Todo construtor sabe disto:Pedra angular FICA EM CIMA) ONDE NA BÍBLIA


APARECE AS PALAVRAS: "PEDRA ANGULAR, e ou, DE ...

Fique atento a ícones heréticos que negam a virgindade perpétua de Maria


como este
(ícone herético que nega a virgindade de Maria antes, durante e após parto)
“É difícil falar e não menos difícil pensar acerca do...

Qual a diferença entre vontade e permissão de Deus ?

“Feliz a pessoa que persevera na provação, porquanto, após ter sido


aprovada, receberá o prêmio da coroa da vida, que Deus prome...

A verdade sobre a origem da igreja local árvore da vida e seu fundador o


chinês Watchman Nee e sua doutrina

(Fundador da Igreja Local árvore da vida) Quando se pergunta a um membro


da Igreja local ÁRVORE DA VIDA que tem como fundador não ...

Mas LIVRAI-NOS do mal – O que é o “livramento?”

Permitindo, ou impedindo, dando ou tirando, Deus está sempre nos amando.


Dizem que Deus pode, mas prefere não desviar balas de s...

A Oração da Avé Maria se encontra na bíblia ? Ou é invenção dos Católicos ?

1)- “AVE MARIA CHEIA DE GRAÇA. O SENHOR É CONTIGO”( Lc 1.28).Ele, o anjo


enviado de Deus a declara CHEIA DE GRAÇA.!!!.


Kauê Varela: Filósofo e Ex-Protestante – Testemunha como chegou ao
Catolicismo.

Duas são as frases que norteiam minha jornada, uma delas é a que diz que
“todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a...

VEJA ESTES:

 A LITURGIA DIÁRIA (O EVANGELHO DO DIA)


 Biblioteca Católica: Agnus Deis
 Blog da RCC Mossoró-RN
 Blog do PADRE JOÃOSINHO - SCJ
 Blog: Diocese de Mossoró_RN
 Blog: PJ REGIONAL NORDESTE I - CEARÁ
 Blog: Padre Paulo Ricardo
 Blog: Projeto Cata-Vento ( Pessoas em situação de Risco Social)
 Blog: Projeto Família de Mossoró-RN
 CANTO GREGORIANO
 CATEQUISTA
 FOMOS PLANEJADOS (DESIGN)
 Prof. Dr. Volney J. Berkenbrock
 QUEBRANDO O ENCANTO DO NEO ATEÍSMO
 RECURSO - Bíblia Clerus - VATICANO
 RECURSO - DICIONÁRIO DE FILOSOFIA
 RECURSO: CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA ON LINE
 RECURSO: DICIONÁRIO HEBRAICO
 RECURSO: Google CATÓLICO
 RECURSO: Pergunte que Tomas Responde
 REVISTA: Pergunte e Responderemos - ON LINE - D.Estevão Bettencourt
 SITE DE PARAPSICOLOGIA - OEP NET
 SITE: Resposta Católica - EX-SEMINARISTA
 Site - QUATRO CANTOS: Verdades e mentiras da NET
 Site : CMI - CONSELHO MUNDIAL DAS IGREJAS
 Site : ESTUDOS TEOLÓGICOS
 Site : Frei Raniero Cantalamessa
 Site : Presbíteros
 Site : RCC - Renovação Carismática Católica
 Site Católico: ACI DIGITAL
 Site Católico: PASTORALIS
 Site da CNBB
 Site da OPUS DEI
 Site do Vaticano - A SANTA SÉ
 Site: AGÊNCIA FIDES - INFORMES MISSIONÁRIOS DO VATICANO
 Site: ARQUIDIOCESE DE FORTALEZA
 Site: Associação Nacional Pro Vida e Pro Família
 Site: Bíblia Católica - ON LINE
 Site: CAMINHO NEOCATECUMENAL
 Site: COMISSÃO NACIONAL DOS DIÁCONOS - CNBB
 Site: COMUNIDADE CATÓLICA SHALOM
 Site: COMUNIDADE ECUMÊNICA DE TAIZÉ
 Site: CONIC - Conselho Nacional das Igrejas Cristãs ( APOIADO PELA IGREJA
CATÓLICA)
 Site: CURSO DE FILOSOFIA A DISTÃNCIA
 Site: Cai a Farsa das mentiras Protestantes
 Site: EMPREGO CERTO - ENCONTRE AQUI
 Site: EVANGELIZAÇÃO 2000
 Site: Editora QUADRANTE - Opus Dei
 Site: FOLCOLARES
 Site: HISTÓRIA GERAL
 Site: ICONOGRAFIA ORTODOXA
 Site: Jornal LOSSERVATORI ROMANO - Em Português
 Site: LITURGIA
 Site: O SANTO DO DIA
 Site: PADRES DO DESERTO
 Site: PASTORAL CARCERÁRIA
 Site: PASTORAL FAMILIAR - CNBB
 Site: PJ NACIONAL - CNBB
 Site: PONTIFÍCIAS OBRAS MISSIONÁRIAS DO BRASIL
 Site: Pro Vida de Anápolis
 Site: Prof. Felipe Aquino
 Site: REGIONAL NORDESTE II - CNBB
 Site: REVISTA CULT
 Site: REVISTA FILOSOFIA - Conhecimento Prático
 Site: SBC - SOCIEDADE BRASILEIRA DE CANONISTAS
 Site: SECRETARIADO NACIONAL DE LITURGIA
 Site: SINE EMPREGOS DO RN
 Site: SOCIEDADE CATÓLICA
 Site: Só Filosofia
 Site: TODOS OS DÓGMAS CATÓLICOS
 Site: ZENIT - NOTÍCIAS DE ROMA
 É DEMOCRACIA

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