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Base Bíblica
Não ocorrem nas Escrituras, mas expressam verdades bíblicas. Nas Escrituras temos
algumas formas confessionais rudimentares, como Dt 6.4-9. No Novo Testamento temos
referências às “tradições” em 2Ts 2.15, à “palavra do Senhor” em Gl 6.6 e à “pregação” em Rm
16.25. A confissão de Jesus como Cristo em Jo 1.41, como Filho de Deus em At 8.37, como
Senhor em Rm 10.9 e como Deus em Jo 20.28, Rm 9.5 e Tt 2.13, constituiu um ponto de
partida para o desenvolvimento de credos na confissão publica.
INSTRUTIVO tinham como objetivo a confissão batismal, então logo passaram a servir
como roteiro para a instrução catequética na doutrina cristã. O ensino variava da exposição
simples até a teológica mais avançada. Era exigido do candidato uma compreensão da
profissão de fé e uma dedicação sincera além da apreensão intelectual.
LITÚRGICO desde o início os credos tiveram função litúrgica dentro do culto. Eram
usados no batismo; o Credo Niceno foi incorporado na Eucaristia. E os credos foram também
incluídos após a leitura das Sagradas Escrituras para os crentes afirmarem a sua fé.
Por muito tempo pensava-se que o Credo Apostólico levava este nome porque foram
os 12 apóstolos que diziam uma cláusula - cada um - até formarem o credo que hoje nós
temos. Mas isso é lendário.
O credo que nós conhecemos hoje teve sua origem por volta do ano 700 AD. E ele teve
como antecessor uma versão romana antiga, que segue agora:
Creio em Deus Pai Todo-Poderoso. E em Jesus Cristo Seu único Filho nosso Senhor, que
nasceu do Espírito Santo e da virgem Maria; crucificado sob o poder de Pôncio Pilatos e
sepultado; ressuscitou ao terceiro dia; subiu ao céu, e está sentado à mão direita do Pai, de
onde há de vir e julgar os vivos e os mortos. E no Espírito Santo; na santa igreja; na remissão
dos pecados; na ressurreição do corpo.
O Credo dos Apóstolos teve funções importantes dentro da Igreja Cristã. Era uma
confissão de fé para os candidatos ao batismo e a comunhão. Com o passar dos tempos foi
uma “regra de fé” dentro da Igreja Cristã, pois nesta estavam se infiltrando algumas heresias.
Este credo ainda hoje é usado como confissão batismal; para ensino da fé cristã; e
afirmação desta fé.
O Credo de Atanásio
É conhecido como Symbolum Quicunque. Diz a tradição que o autor desse credo é
Atanásio. E a ocorrência mais antiga desse nome é encontrada no primeiro cânon do Sínodo de
Autun de 670 AD sendo chamado de A FÉ DE SANTO ATANÁSIO. Embora Atanásio tenha escrito
este credo em grego, ele é considerado um símbolo latino. Termos como homoousion são
omitidos, mas é incluído o termo filioque.
Discute-se muito quanto a data deste credo, atribuindo-lhe o ano de 500 AD, e o local
da composição deste credo atribui-se ao sul da Gália, devido a questões teológicas como o
arianismo e o nestorianismo.
Nos tempos da Reforma este credo era contado como um dos três clássicos do
cristianismo, tendo sido incorporados às Confissões Luteranas e nas confissões da Igreja
Reformada. A Confissão de Westminster não o reconhece formalmente.
A primeira parte deste credo - a Doutrina de Deus como uma Trindade - é chamada de FIDES
CATHOLICA, excluía pontos de vista não ortodoxos. Era afirmado em confronto com o
modalismo.
A segunda parte deste credo - a Doutrina das Duas Naturezas de Cristo - ensina que as
duas naturezas de Cristo são completas em si mesma sem que qualquer uma delas perdesse a
sua identidade. E esta parte do credo foi usada para combater o erro do sabelianismo - que
Cristo tinha uma só natureza - ; do apolinarismo - a natureza humana era incompleta - ; e do
eutiquianismo - na união das duas naturezas uma foi perdida.
O Credo Niceno
A despeito do nome, o Credo Niceno deve ser distinguido do Credo de Nicéia de 325.
Inclui o ensino cristológico que Nicéia adotou contra o arianismo. Basea-se provavelmente em
credos de Jerusalém e Antioquia. Foi aceito em Calcedônia em 451 e Constantinopla II em 553.
Tanto no oriente como no ocidente este credo tornou-se a confissão eucarística.
Bibliografia: