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3. Fé é justiça
a. A fé é o único meio de alcançar salvação, pois ela apreende a Cristo, que satisfez a Lei de
Deus. Fé é justiça, não por ser ato meritório, mas por receber, abraçar e reter a Cristo. Esta é
a justiça de Deus. O que há de justificante na fé não é o de ela ter seus méritos próprios, mas
de ela reivindicar os méritos de Cristo.
b. O fundamento da justificação, portanto, está em Cristo. Os confessores, com muita
persistência, disseram que é “por causa de Cristo e pela fé” que somos justificados. Deus
nos é favorável, graças ao trabalho de Cristo. Recebemos o perdão de Deus e nos tornamos
justos diante de Deus por obra de Deus, por causa de Cristo e pela fé, porque Cristo ofereceu
a si mesmo como sacrifício e pagou pelos nossos pecados e assim conquistou a misericórdia,
favor e o perdão de Deus.
c. Somos justificados, ao cremos que Cristo sofreu por nós e que, por causa dele os nossos
pecados estão perdoados e nos são dados justiça e vida eterna.
4. Fé é dependência de Deus
a. Portanto, que fé que salva? Não é qualquer fé. As pessoas dizem “eu tenho fé”. Primeiro,
que a fé cristã só pode existir onde há contrição e pesar. Segundo, ela só pode existir quando
crê, aceita e possui a promessa de Deus.
b. Qual promessa? Promessa de misericórdia de Deus oferecida no evangelho, que dá o perdão
dos pecados. Nós somos justificados por que a fé recebe a promessa de que Deus quer ser
propício aos que nele crêem.
c. A verdadeira fé é aquela que crê que, por Cristo obtém perdão, que reconhece que Cristo nos
reconciliou com Deus. É aquela que se agarra em Jesus e sua obra na cruz e na ressurreição.
Ela crê na salvação verdadeira. Crer, portanto, é encontrar o Cristo crucificado, é reconhecer
que em sua cruz está o fim de nossas possibilidades e o início da salvação de Deus. Rm
3.28. Pela fé.
d. É como alimentar-se. O que nos alimenta não é o ato de comer, mas a comida. Se
comêssemos areia, isto não significaria alimentar-se. Assim também, ter uma grande fé em
uma mensagem errada de nada adianta para a salvação. Jo 3.16 “para que todo o que nele
crê”.
5. Boas Obras.
a. Os católicos acusavam os luteranos de estarem rejeitando as boas obras. Os luteranos na
verdade, não apenas as ensinavam, mas mostravam que a fonte para praticá-las está em
Cristo Jesus.
b. A teologia romana fazia cálculos para alcançar a satisfação e acreditavam que podia haver
crédito ou débito.
c. Usando o exemplo do livro-caixa, o ser humano não tem nada na coluna de créditos diante
de Deus, só débitos. Na outra coluna estão os méritos de Cristo. Ao que crê, Deus atribui os
méritos de Cristo e, por amor a Cristo, não leva em consideração nossos débitos.
d. Portanto, não há a menor possibilidade de obtermos misericórdia e perdão por nossos
próprios méritos, obras ou penitências. Sem fé é impossível agradar a Deus. Na verdade
nossas obras, devido a fraqueza humana, são imperfeitas. Não sendo perfeitas, não tem
valor meritório. Deus, porém, as aceita, mesmo sendo imperfeitas, por causa de nossa fé em
Cristo.
Textos: Rm 3.20-28 (NTLH); Rm 4.5; Gl 2.16
6. Não ceder
a. A doutrina da salvação pela graça, distingue a religião cristã de todas as outras religiões do
mundo. Todas as outras religiões ensinam que o ser humano pecou e é ele que deve retornar
a Deus e alcançar a salvação por seus próprios esforços e obras. Ensinam que o ser humano
se torna agradável pelo bem que faz.
b. Nós conhecemos a doutrina correta. Precisamos estar firmados, não duvidar e não ceder.
Texto: Rm 10.1-4