Você está na página 1de 3

A Sangrenta e Herética Ideologia Marxista

Postado por Ruy Marinho - no dia 2.11.16 - Seja o primeiro a comentar!


Karl Marx acreditava que toda a
história foi marcada pela luta de classes que
pode ser resumida em uma luta entre
opressores e oprimidos. Essa luta é o motor da
História, e sempre termina, ou em uma grande
revolução que transforma toda a sociedade, ou
em uma destruição das duas classes.
Na Modernidade o mundo se divide em
duas classes antagônicas diametralmente
opostas: a burguesia e o proletariado. A burguesia desempenhou um papel revolucionário para o
progresso histórico abatendo o feudalismo. Não obstante, a burguesia transformou tudo em mercadoria
reduzindo as relações sociais a relações monetárias.
No entanto, na própria tese burguesa já está presente a semente de sua antítese e as armas
de sua própria destruição. O desenvolvimento do Capital produziu também o proletariado, que a cada
dia vem se tornando uma maioria mais poderosa. O proletariado deverá derrubar o domínio burguês
por meio de uma revolução violenta, implantar uma ditadura do proletariado e abolir a propriedade
privada. Isso inclui a abolição da "família tradicional burguesa", responsável pela manutenção do
capital por meio da perpetuação da herança privada.
A ditadura do proletariado possibilitará o fim da sociedade de classes, das explorações e o
rompimento radical com as ideias tradicionais, como aquelas sustentadas pela religião cristã. Para isso,
o proletariado deverá tomar gradualmente o capital da mão dos burgueses, centralizar os meios de
produção no domínio do Estado. Serão necessárias tomar medidas como aumento de impostos,
centralização dos meios de transporte na mão do Estado, obrigatoriedade do trabalho e educação
pública e gratuita de todas as crianças. A destruição violenta das relações de produção acabará com
as classes em geral, fazendo surgir o comunismo no qual o desenvolvimento livre de cada pessoa será
o livre desenvolvimento de todos.[1]
Assim, o fim do projeto marxista é uma sociedade perfeita em que todos são iguais. Mas como
diz o ditado "não se faz uma gemada sem quebrar ovos", para um comunista é necessário despotismo,
violência, fuzilamentos e derramamentos de sangue para que esse mundo seja alcançado. Não
obstante, como a implantação do igualitarismo por meio de uma ação imanente ou pelo desdobrar-se
de um progresso histórico tem se mostrado um sonho impossível, apenas ovos foram quebrados. O
comunismo já deixou um saldo de mais de 100 milhões de mortes[2] e "fuzilamentos", "canibalismo" e
"miséria"[3] são os frutos da busca pelo fantástico e inalcançável mundo da "igualdade social". Isso
sem falar do nazismo e do facismo, os filhos bastardos do marxismo[4].
MARXISMO CULTURAL
Na metade do século XX, neo-marxistas e frankfurtianos passaram a criticar o movimento
operário por querer mais enriquecer do que realmente promover uma revolução. Desse modo, passou-
se a compreender que o protagonismo histórico deveria ser executado pelo lumpesinato (urbanos
improdutivos), que seriam aquelas pessoas que por terem "raiva contra o sistema", estavam aptos para
serem os verdadeiros promotores da tão sonhada revolução.[5]
Antonio Gramsci foi o responsável pela ideia de que se deve ocupar todos os espações de
conhecimento a fim de que toda a informação sirva aos interesses do movimento revolucionário. Desse
modo, a escola, os jornais, as universidades, a imprensa, os movimentos e agremiações estudantis, os
sindicatos, as revistas, livros didáticos e os movimentos sociais passam a ser colocados a serviço da
ideologia revolucionária, transformando os indivíduos em massas de manobra[6]. Essa ocupação de
todos os espaços criaria uma hegemonia do pensamento revolucionário, fazendo com que todos se
tornassem marxistas sem nem mesmo perceber, como um peixe nadando na água de um aquário sem
saber. É interessante observar que o gramscianismo foi um projeto adotado pelo PT[7].
E não há necessidade de um discurso lógico-racional, nem importa muito que causa está
sendo defendida (feminismo, LGBTTT, combate ao racismo, islamofobia etc.), e sim fazer com que
alguma "causa" seja submetida aos interesses da ideologia. O que importa é fomentar um espírito
revolucionário para a derrubada da ordem social vigente. Por isso, um gramscista não vê problema em
mudar de opinião a todo momento ou adotar um discurso contraditório - o que vale é usar qualquer
ideia que possa atender a seus interesses.
O gramscismo promove uma derrubada da ordem social se infiltrando de maneira sutil na
própria cultura dominante e adotando seu discurso para destruir ela mesma por dentro. Assim, um
revolucionário pode travestir seus interesses com termos da própria cultura que planeja desconstruir.
Não atoa, vemos discursos de "amor", "tolerância", "igualdade", "respeito" (valores cristãos) que visam
justamente a derrubada da tradição cristã.
Hebert Marcuse, influenciado pela teoria freudiana, imaginava o ser humano como panelas de
pressões, cheios de desejos sexuais reprimidos que levavam os indivíduos a serem agressivos e a se
tornarem capitalistas opressores como manifesto no imperialismo americano. Marcuse propunha uma
Revolução Sexual, em que as pessoas fossem mais livres sexualmente. Isso pode ser visto no lema
"Faça amor (sexo), não faça guerra (imperialismo)". As ideias de Marcuse vieram a ser pautas de
muitas das novelas da rede Globo.
Theodore Adorno, por sua vez, propôs a ideia de que existiriam traços de personalidade
facistas que levavam as pessoas a terem um comportamento autoritário. Segundo ele, para que o
nazismo não se repetisse era necessário uma educação crítica emancipadora.[8] Isso é interessante
porque a ideia de controlar os meios educacionais esteve justamente presente no nazismo e no
facismo como um instrumento de doutrinação. Lilina Zinoviev disse:
Devemos fazer da geração jovem uma geração de comunistas. As crianças, como cera, são
muito maleáveis e devem ser moldadas como bons comunistas. Devemos resgatar os infantes da
influência nociva da vida familiar. Devemos racionalizá-los. Desde os primeiros dias de sua existência,
os pequenos devem ser postos sob a ascendência de escolas comunistas para aprenderem o ABC do
comunismo… Obrigar as mães a entregar seus filhos ao Estado soviético – eis nossa tarefa.[9]
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Marxismo, herdeiro da materialização do Espírito Absoluto de Hegel, a mitologização do
Evangelho de David Strauss e da antropologização da teologia de Feuerbach, não passa de uma
imanentização da escatologia[10]. Em outras palavras, o Marxismo é uma religião materialista ou ainda
uma heresia. É a tentativa de estabelecer o paraíso por meios e ações humanas, ao invés de confiar
na ação redentiva transcendente de Deus[11].
O marxismo cultural e sua Teoria Crítica alimenta o espírito revolucionário por formentar "lutas
de classes" colocando negros contra brancos, mulheres contra homens, jovens contra adultos,
homossexuais contra heterossexuais e empregados contra patrões. Mas já foi dito quais são as
consequências que a busca imanente por um paraíso perfeito inalcançável produz. Não é possível
desconstruir os pilares da Cultura Ocidental (moral judaico-cristã, filosofia grega e direito romano) sem
banho de sangue e caos social[12].
_______________
Notas:
[1] Marx & Engels. Manifesto Comunista. [On-line] Disponível em:
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/manifestocomunista.pdf. Acesso em 06/09/2016.
[2] https://noticias.terra.com.br/mundo/estados-unidos/site-estima-que-comunismo-matou-mais-de-100-milhoes-no-
mundo,5a9cfa2aa9aea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html.
[3] http://www.averdadesufocada.com/index.php/memrias-reveladas-especial-87/8619-voce-sabe-de-onde-veio-a-
expressao-q-comunista-come-criancinhaq-
[4] https://www.youtube.com/watch?v=onHFUTcY6QI
[5] http://sensoincomum.org/2016/05/25/nao-precisamos-de-feminismo-precisamos-de-bolsonaro/
[6] http://www.ilisp.org/artigos/por-que-o-movimento-lgbt-apoia-aqueles-que-mais-os-perseguiram-na-historia/
[7] https://www.youtube.com/watch?v=M4n1W-NB_VY
[8] https://www.youtube.com/playlist?list=PL3C5CB833F0175C0D
[9] FIGES, Orlando. A Tragédia de um Povo: A Revolução Russa (1891-1924). Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 1999. p.
912. apud http://sensoincomum.org/2016/07/01/pais-e-filhos-perspectiva-bazarov/.
[10] https://www.youtube.com/watch?v=icMw2hYJInI
[11] http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=506
[12] FIGES, Orlando. A Tragédia de um Povo: A Revolução Russa (1891-1924). Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 1999. p.
912. apud http://sensoincomum.org/2016/07/01/pais-e-filhos-perspectiva-bazarov/.

http://bereianos.blogspot.com.br/2016/11/a-sangrenta-e-heretica-ideologia.html

Você também pode gostar